Turismo em Pernambuco
Publicado em 05.02.2006
No momento em que se discute o potencial turístico do Recife, para o qual aflui um grande número de visitantes de todo o Brasil, é interessante analisar as possibilidades que Pernambuco tem de explorar esse potencial e os problemas e vantagens que esta exploração podem trazer. Inicialmente, devemos salientar que o potencial do Estado neste setor é garantido pela presença de numerosas praias de areia e de águas sempre mornas todo o ano. O turista oriundo de países temperados não conta com praias arenosas em quantidade, geralmente lá elas são de seixos ou de cascalho e não dispõem de água quente. Em Pernambuco, com um clima tropical e acentuada estação seca, a água do mar se mantém com temperatura elevada desde setembro até abril e um sol muito quente em todo este período. Só de junho a setembro, na estação chuvosa, é que a praia não exerce grande atração, vez que o tempo fica nublado e os rios lançam ao mar muita água barrenta, vinda das cheias que ocorrem com certa freqüência na costa pernambucana. Além disso, existem praias cheias de beleza natural, desde o norte, como Itamaracá, até o sul, como São José da Coroa Grande. Entre uma e outra, temos a Coroa do Avião, a praia de Pau Amarelo, a de Boa Viagem, com os seus arranha-céus litorâneos, a enseada de Gaibu, a praia de Porto de Galinhas, com as suas piscinas naturais, Serrambi, a foz do Sirinhaém, com a ilha de Santo Aleixo, a baía de Tamandaré e foz dos rios Formoso e Una. Em todo o litoral desenvolveram-se, desde o período colonial, grandes plantações de coco, são coqueirais que se adaptaram e se disseminaram pelos solos arenosos que em certos trechos fazem lembrar as ilhas da Oceania, dando a impressão de que são nativos. A cidade de Olinda, localizada na zona litorânea, é considerada monumento da humanidade: por ter sido a primeira capital do Estado, possui velhas igrejas e monumentos centenários. Recife, a capital, é uma cidade pujante, tem várias universidades e colégios que ministram cursos de acesso ao ensino superior.
Mais para o interior, encontramos áreas em que existia, no período colonial, a Mata Atlântica, hoje reduzida a umas poucas reservas ecológicas, ocupadas que foram pelos canaviais responsáveis pela indústria açucareira, típica de Pernambuco. Nesta área existem cidades históricas, como Goiana, Igarassu, Ipojuca e Sirinhaém, que possuem construções coloniais onde são encontradas casas grandes de antigos engenhos que produziram açúcar e aguardente até os meados do século passado. Entre estes, podemos salientar o engenho Poço Comprido, com casa grande do século 18, Uruaé, com sobrado e capela do período imperial, o engenho Miranda, onde há um santuário de devoção a uma menina, falecida na adolescência e considerada, na região, como santa, o engenho Jundiá, com pico elevado da serra do Mascarenhas, e igreja centenária, onde modernamente foi instalada uma pista de lançamento de vôo de asa delta, Morojó, com sobrado, capela, moita onde se moía a cana que produzia o açúcar.
Mais para o interior, encontramos o maciço da Borborema onde, em alguns pontos mais altos, existem cidades que atraem turistas no período de baixas temperaturas e onde se realizam festivais de inverno, como Gravatá, Garanhuns e Triunfo, finalmente, a oeste, encontramos o vale do submédio São Francisco, onde se desenvolve intensamente a agricultura irrigada, especializada na cultura de frutas da terra e outras antes inexistentes na área.
Pernambuco ainda oferece aos turistas uma série de eventos de grande interesse, como o Carnaval, sobretudo em Olinda e Recife, os festejos juninos realizados em todo o Estado, mas, sobretudo, em Caruaru, oferecendo uma culinária típica a base de milho e mandioca, além de festejos populares com adivinhações em torno das fogueiras e danças típicas nordestinas. Oferece ainda, há mais de 30 anos, o espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém (Fazenda Nova), que atrai pessoas de todo o País e que conta ultimamente com a participação de famosos artistas da Rede Globo.
Todos estes fatos provocam a vinda, para o Estado, de turistas do exterior, americanos, alemães, argentinos, sobretudo, e pessoas de vários Estados e regiões do País, desenvolvendo, assim, ao mesmo tempo, um turismo internacional, nacional, estadual e local.
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Turismo em Pernambuco
Publicado em 05.02.2006
No momento em que se discute o potencial turístico do Recife, para o qual aflui um grande número de visitantes de todo o Brasil, é interessante analisar as possibilidades que Pernambuco tem de explorar esse potencial e os problemas e vantagens que esta exploração podem trazer. Inicialmente, devemos salientar que o potencial do Estado neste setor é garantido pela presença de numerosas praias de areia e de águas sempre mornas todo o ano. O turista oriundo de países temperados não conta com praias arenosas em quantidade, geralmente lá elas são de seixos ou de cascalho e não dispõem de água quente. Em Pernambuco, com um clima tropical e acentuada estação seca, a água do mar se mantém com temperatura elevada desde setembro até abril e um sol muito quente em todo este período. Só de junho a setembro, na estação chuvosa, é que a praia não exerce grande atração, vez que o tempo fica nublado e os rios lançam ao mar muita água barrenta, vinda das cheias que ocorrem com certa freqüência na costa pernambucana. Além disso, existem praias cheias de beleza natural, desde o norte, como Itamaracá, até o sul, como São José da Coroa Grande. Entre uma e outra, temos a Coroa do Avião, a praia de Pau Amarelo, a de Boa Viagem, com os seus arranha-céus litorâneos, a enseada de Gaibu, a praia de Porto de Galinhas, com as suas piscinas naturais, Serrambi, a foz do Sirinhaém, com a ilha de Santo Aleixo, a baía de Tamandaré e foz dos rios Formoso e Una. Em todo o litoral desenvolveram-se, desde o período colonial, grandes plantações de coco, são coqueirais que se adaptaram e se disseminaram pelos solos arenosos que em certos trechos fazem lembrar as ilhas da Oceania, dando a impressão de que são nativos. A cidade de Olinda, localizada na zona litorânea, é considerada monumento da humanidade: por ter sido a primeira capital do Estado, possui velhas igrejas e monumentos centenários. Recife, a capital, é uma cidade pujante, tem várias universidades e colégios que ministram cursos de acesso ao ensino superior.
Mais para o interior, encontramos áreas em que existia, no período colonial, a Mata Atlântica, hoje reduzida a umas poucas reservas ecológicas, ocupadas que foram pelos canaviais responsáveis pela indústria açucareira, típica de Pernambuco. Nesta área existem cidades históricas, como Goiana, Igarassu, Ipojuca e Sirinhaém, que possuem construções coloniais onde são encontradas casas grandes de antigos engenhos que produziram açúcar e aguardente até os meados do século passado. Entre estes, podemos salientar o engenho Poço Comprido, com casa grande do século 18, Uruaé, com sobrado e capela do período imperial, o engenho Miranda, onde há um santuário de devoção a uma menina, falecida na adolescência e considerada, na região, como santa, o engenho Jundiá, com pico elevado da serra do Mascarenhas, e igreja centenária, onde modernamente foi instalada uma pista de lançamento de vôo de asa delta, Morojó, com sobrado, capela, moita onde se moía a cana que produzia o açúcar.
Mais para o interior, encontramos o maciço da Borborema onde, em alguns pontos mais altos, existem cidades que atraem turistas no período de baixas temperaturas e onde se realizam festivais de inverno, como Gravatá, Garanhuns e Triunfo, finalmente, a oeste, encontramos o vale do submédio São Francisco, onde se desenvolve intensamente a agricultura irrigada, especializada na cultura de frutas da terra e outras antes inexistentes na área.
Pernambuco ainda oferece aos turistas uma série de eventos de grande interesse, como o Carnaval, sobretudo em Olinda e Recife, os festejos juninos realizados em todo o Estado, mas, sobretudo, em Caruaru, oferecendo uma culinária típica a base de milho e mandioca, além de festejos populares com adivinhações em torno das fogueiras e danças típicas nordestinas. Oferece ainda, há mais de 30 anos, o espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém (Fazenda Nova), que atrai pessoas de todo o País e que conta ultimamente com a participação de famosos artistas da Rede Globo.
Todos estes fatos provocam a vinda, para o Estado, de turistas do exterior, americanos, alemães, argentinos, sobretudo, e pessoas de vários Estados e regiões do País, desenvolvendo, assim, ao mesmo tempo, um turismo internacional, nacional, estadual e local.
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