domingo, dezembro 28, 2008

COLETIVO ACORDA - Avaliação - 2008


Podemos avaliar que o ano de 2008 foi um momento bastante propício para a consolidação do Coletivo ACORDA.

Em todos os processos políticos que participamos saímos fortalecidos e com a certeza que a luta deve continuar. A integração e a humildade sempre foram os principais valores pregados por todos, e através dessa diretriz que conseguimos ampliar nossas intervenções e chegar mais próximo de nossa principal meta: transformar a sociedade.


Proporcionar à juventude um debate consciente e crítico sobre a nossa sociedade é a nossa principal missão. E a partir de tal conjuntura, o coletivo ACORDA fortificou importantes parcerias com outros coletivos jovens, fazendo com que os nossos sonhos se tornem cada vez mais realidade. Enfim, os próximos anos serão de infinita importância para a consolidação dessa grande jornada. Só depende de todos nós, afinal de contas a organização é coletiva e a militância é forte.

ATUAÇÕES DO ANO DE 2008

PARTICIPAÇÃO DA 1ª CONFERENCIA ESTADUAL DE JUVENTUDE OCORRIDA NO CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO. TENDO A PARTICIPAÇÃO DE MILITANTES NA COORDENAÇÃO DE GRUPOS DE DISCURSÕES COM JOVENS DE TODOS O ESTADO.

ELEIÇÕES DO DCE “QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA” EIS O NOME DA CHAPA QUE REPRESENTOU OS MILITANTES DO COLETIVO NA FUNESO. INFELIZMENTE A VITÓRIA NÃO SE CONCRETIZOU POR POUCO MAIS DE UMA DEZENA DE VOTOS, NO ENTANTO A PARTICIPAÇÃO EM TAL PROCESSO CONCRETIZOU AINDA MAIS O ACORDA COMO FORÇA POLÍTICA DENTRO DA INSTITUIÇÃO.

ELEIÇÕES DO D.A DE HISTÓRIA. COMPONENTES DO COLETIVO ATUALMENTE FAZEM PARTE DA GESTÃO DO DIRETÓRIO ACADÊMICO DO CURSO DE HISTÓRIA DA FUNESO. CONSTRUINDO A ENTIDADE COM MUITA FORÇA E ATITUDE.

NÚCLEO ACORDA NA JOAQUIM NABUCO. A FUNDAÇÃO DE UM NÚCLEO DO COLETIVO ACORDA NA FACULDADE JOAQUIM NABUCO EM PAULISTA JÁ ESTÁ DANDO O QUE FALAR. CONSTRUIR UM VIRTUOSO DEBATE POLÍTICO DENTRO DA INSTITUIÇÃO É A NOSSA META.

ACORDA NA ORGANIZAÇÃO DO EPEH – 2008, O ENCONTRO PERNAMBUCANO DE ESTUDANTES DE HISTÓRIA É UM EVENTO ACADÊMICO QUE A CADA DIA QUE PASSA SE FORTALECE CADA VEZ MAIS DENTRO DA AGENDA UNIVERSITÁRIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. O 4º EPEH OCORREU NA FUNESO COM A TEMÁTICA BRASIL-AFRICA.

PARTICIPAÇÃO DO COLETIVO ACORDA NO 1º CURSO DE CIDADANIA ATIVA PROMOVIDO PELA UNIJUVI – UNIVERSIDADE DA JUVENTUDE EM PARCERIA COM A SEJE – SECRETARIA ESPECIAL DE JUVENTUDE E EMPREGO. UM ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO ENTRE JOVENS DE VÁRIOS MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS, MARCADOS POR FECUNDOS DEBATES, OFICINAS E TROCA DE EXPERIÊNCIAS DURANTE OS 4 DIAS DO EVENTO.

PARCERIA COLETIVO ACORDA & P.A.R.D.O (POSSE ALTERNATIVA DE RIO DOCE-OLINDA). É NESSA ESFERA QUE PRETENDEMOS CONTRIBUIR COM A ORGANIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS EM OLINDA. ESSA PARCERIA TEM MUITO O QUE RENDER, POIS A TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE OS MEMBROS DE AMBOS OS GRUPOS ESTÁ SENDO BASTANTE PROVEITOSA PARA O FORTALECIMENTO DO DEBATE SOBRE AS POLÍTICAS PUBLICAS DA JUVENTUDE NO MUNICÍPIO DE OLINDA.

COLETIVO ACORDA NO CONEB DA UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES) COM GRANDE SATISFAÇÃO E TRABALHO, CONSEGUIMOS ELEGER 11 DELEGADOS PARA REPRESENTAR ALGUNS CURSOS UNIVERSITÁRIOS NO CONSELHO DE ENTIDADES DE BASE QUE ACONTECERÁ EM SALVADOR – BAHIA DURANTE O MÊS DE JANEIRO DO ANO DE 2009.

CONSTRUÇÃO DO NÚCLEO DE ESTUDANTES NA FOCCA EM OLINDA. DESCENTRALIZAR AS INTERVENÇÕES DENTRO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL UNIVERSITÁRIO FOI UMA TAREFA DE INFINITA GRANDEZA PARA A AMPLIAÇÃO DO COLETIVO. E NESSA CONJUNTURA MAIS UMA FACULDADE RECEBE A MILITANCIA DO COLETIVO ACORDA DE BRAÇOES ABERTOS PARA A CONTINUIDADE DA LUTA.

A PRIMEIRA REUNIÃO DO NÚCLEO OURO PRETO/TABAJARA FOI MUITO PROVEITOSA, O PROJETO DE AMPLIAÇÃO DAS BASES FOI TRAÇADO E ESTÁ SENDO CUMPRIDO COM MUITA METODOLOGIA E DISCIPLINA POR TODOS, E ATRAVÉS DE TAL DIRETRIZ QUE FUNDAMOS ESSE NOVO NÚCLEO EM OLINDA.

NÚCLEO DE JARDIM ATLANTICO/ RIO DOCE PROMOVE O LUAU DAS JUVENTUDES PROJETO QUE JÁ ESTÁ DANDO O QUE FALAR. UMA VEZ QUE, EM MENOS DE 60 DIAS JÁ FORAM ORGANIZADOS TRÊS ENCONTROS COMO. ENVOLVEDO OS PARTICIPANTES EM UM ESPAÇO LÚDICO DE INTEGRAÇÃO E DIÁLOGO. E ASSIM VAMOS OCUPAR A PRAIA DE OLINDA E TRANSFORMA-LA NOVAMENTE EM UM PONTO DA JUVENTUDE.

COLETIVO ACORDA NO INTERIOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO. DURANTE O MÊS DE DEZEMBRO, OCORREU EM SERTANIA – PE, O ENCONTRO DA ONG COLETIVIDADE, ONDE O COMPANHEIRO WELLINGTON LIMA NOS REPRESENTOU EM TAL EVENTO, INTERVINDO E LEVANTANDO AS NOSSAS BANDEIRAS DE LUTA.

OS ESPORTES TAMBÉM TÊM ESPAÇO NA AGENDA DO COLETIVO ACORDA. E FOI VALORIZANDO E INCENTIVANDO A PRÁTICA ESPORTIVA QUE O MILITANTE DIEGO SILVESTRE (BUYUH) APÓS MUITO ESFORÇO VOLTOU A PRÁTICAR JUDÔ E CONSEGUIU O TÍTULO DE VICE-CAMPEÃO DA 1º COPA NACIONAL DE IGARASSU. FOI A PARTIR DAÍ QUE BUYUH JÁ TEM COMO PROJETO PARA ANO QUE VEM A ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS EM OLINDA.

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sábado, novembro 29, 2008

Aos Dias que Estão por Vir.

O Brasil ainda é um país Jovem. No entanto sua trajetória histórica é reconhecida como um grande exemplo de histórias de lutas, desobediências e revoltas protagonizadas pelo povo, visando transformações sociais. Apesar de toda rapina e exploração ocorrida nessas terras tupiniquins desde o século XVI, debater o futuro do país era sem dúvida se entregar a um campo de incertezas, onde o imaginário manifestava em seus devaneios um grande sonho de esperança e mudança. O que restava para o brasileiro era a dúvida da certeza de dias melhores.

E nesse cenário, a exclusão social se apresentaa como um aspecto constante no panorama social do país. A população era  muitas vezes considerada apenas como simples mão-de-obra barata dentro de um complexo processo de exploração do capital em nossa economia. Mesmo assim, ser brasileiro ainda se configurava como um exímio instrumento de esperança para a construção de novos rumos para o país.

Chegamos ao século XXI e a realidade brasileira (mundial) já se configura de uma forma bastante otimista, principalmente para os setores mais populares. As lutas sociais e políticas que marcaram a história brasileira durante o século XX refletiram bastante a evolução de um país de raízes agrárias, paternalistas e latifundiária para um país industrial, urbano e classista. As lutas do povo brasileiro se manifestavam nas mais diversas regiões e o neoliberalismo implantado nas engrenagens econômicas do país, passa a ser, o principal inimigo do desenvolvimento nacional. O entreguísmo da nossa economia ao capital estrangeiro gerou descontentamento ampliando cada vez mais a necessidade de implantações não somente de políticas de governos, mas de políticas publicas que envolvessem o Estado, o governo e os setores sociais.

As lutas políticas ocorridas desde o inicio do século XX, representaram um instrumento de transformações sociais. E justamente por isso que as bandeiras de lutas históricas nos deixam com a responsabilidade moral de continuarmos todos esses processos implantados muitas vezes pelos heróis anônimos que corrobora com a brilhante saga da civilização brasileira.

E diante de toda essa história, os movimentos sociais se apresentam como um segmento deveras importante para a  institucionalização de algumas políticas públicas visando o avanço do país. Uma vez que, o muito que já foi conquistado, representa apenas uma parte de uma longa trajetória para uma verdadeira construção de um novo projeto de desenvolvimento.

Nessa conjuntura, o fortalecimento das entidades políticas que enfoquem as bandeiras de lutas em prol ao povo brasileiro, amadurecendo os espaços de debates, ampliando as relações democráticas e coletivas, em detrimento dos processos de disputas e antagonismos é de singular relevância para uma participação e  mobilização popular.

Como foi afirmado a outrora, o que foi feito não é o bastante e a luta continua! É com essa motivação que  o povo brasileiro tem que se manifestar. E é dessa maneira que a vanguarda política brasileira irá alcançar cada vez mais, vitórias significantes, tanto no panorama econômico, quanto social, político e cultural.

Responder aos problemas sociais brasileiros com verdadeiras soluções, entendendo que vivemos em uma sociedade heterogênea é, com absoluta certeza, um dever primordial para o exercício de uma cidadania crítica, virtuosa e principalmente democrática. Nesse contexto, a incerteza do futuro, irá depender de nossa inércia.

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terça-feira, junho 24, 2008

Memórias e Outros Causos.

Entender e explicar a realidade por meio dos fatos que em muitos casos já estão esquecidos por muitos, cultivar as memórias e delas tirar certezas e respostas. Resgatar o ontem pelo hoje ou até mesmo viver em um tempo que não mais nos pertence. Enfim, eis alguns ofícios ligados ao papel do historiador na sociedade. E a partir dessa breve tentativa de dissertar sobre o mister do entendedor do passado que inicio aqui a mais nova coluna do medíocre na rede, através da exposição de algumas de minhas memórias na vida acadêmica, política, pedagógica e em outros casos se possível for.

Serei breve e socializo logo como texto inicial uma homenagem a outros professores de história igual a mim, contarei algumas de minhas lembranças da minha vivência na faculdade. Costumo a dizer que, se houveram pessoas que aproveitaram de um tudo durante o período de faculdade, com absoluta certeza, eu fui uma dessas pessoas. Lembrar dos tempos de faculdades é lembrar de um sonho que ninguém pode imaginar sem está dentro da vida acadêmica. É na vivência estudantil que você pode ver que somos seres em constantes mudanças, evoluções e até mesmo involuções. E justamente por querer socializar com possíveis leitores a minha vivência acadêmica que pretendo a partir desse momento iniciar com uma homenagem aos que estudaram junto comigo, desde o período inicial até o final da graduação.

Éramos uma turma bastante heterogênea, existiam vários mundos dentro daquela sala de aula, quase todos nem imaginavam que essa gama de mundos e pensamentos iriam se modificar ao ponto de se transformarmos em um só mundo ao mesmo tempo com todas as diferenças. Pois bem, tudo no inicio é surpresa são dúvidas, expectativas e principalmente vontade de entregar nossa existência em prol à busca pelo conhecimento. Fisicamente a faculdade não se diferencia de um ensino secundarista, ou seja, professor e aluno ligados a uma só meta: ser aprovado nas respectivas disciplinas. Mas tinha uma diferença clara, ninguém estava disposto a delegar aquele tempo investido em um curso superior por nada – cada um tinha suas prioridades, não sabíamos que tais prioridades, com o decorrer do tempo com muita certeza seriam desconstruídas a luz dos novos caminhos que se manifestavam para todos.

Estudava no turno noturno, esse período pouquíssimas pessoas tinha a minha faixa de idade, a grande maioria eram adultos que ao invés de voltar para suas casas após o horário do trabalho, agora iriam se entregar a vida acadêmica, mesmo que naquele momento não soubesses ou desconfiassem disso, haja vista, todo um leque de incertezas. E foi assim o primeiro encontro daquele bojo de futuros intelectuais que estavam a surgir. Noite nublada, sala lotada e logo de início, uma problematização (tão cedo?): será que essa quantidade toda de alunos que iniciaram esse curso irá realmente concluir o curso? Pois bem, naquela hora acho que todos realmente tinham essa meta de concluir com êxito aqueles quatro anos de estudo. No entanto, muitos acontecimentos particulares apareceram e aquela turma tão numerosa foi ficando pelo caminho, pois apesar de tudo, a caminhada da graduação é repleta de surpresas, descaminhos e grandes obstáculos. Mesmo com tudo isso, reviver a faculdade é visitar minha memória com um grande e saudoso sorriso.

Entre tantos acontecimentos, irei relatar os relativos aos primeiros semestres que passei como universitário, pois bem, não quero relatar fatos que diz respeito a minha vivencia fora do âmbito estudantil, apesar de também ser importante, principalmente no fato de que naquele momento que entrava para o mundo da academia, ainda permanecia preso ao imaginário de um jovem recém saído do período colegial. Mas como tudo isso seria mais tarde um processo de transição, pude perceber que aprendi muito com os amigos que fiz dentro e fora do campus universitário. Foram momentos fecundos de festas e estudos, pesquisas e avaliações. Ainda lembro da primeira avaliação que a turma estava para fazer, não imaginem a ansiosidade que todos estavam naquele momento. Mesmo sabendo que daquele tempo em diante, a ciência iria ser nossa companheira fiel.

Guardo lembranças boas de todos os colegas da faculdade, que juntos convivemos durante determinado período de nossas vidas, mas como a própria história é dinâmica e nada permanece instável, percebemos claramente que o tempo que uniu todas aquelas mentes corações, também se responsabilizou em separar os nossos caminhos durante toda a jornada, só ficando assim as lembranças de um tempo que um dia foi nosso.
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sábado, junho 21, 2008

Sobre a Educação.

Entende-se que a educação é o processo pelo qual, uma pessoa ou um grupo de pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, artísticos, técnicos ou especializados, com o objetivo de desenvolver suas capacidades ou aptidões. A educação pode ser recebida em estabelecimentos de ensino, organizado para essa finalidade, ou através da própria experiência empírica do cotidiano, seja por intermédio pessoal, ou por meios de leituras, conferências, atividades artísticas etc.

O escopo primordial do processo educativo consiste em dotar o homem de instrumentos culturais capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza, e ao mesmo tempo, busca conforma-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de progresso, equilíbrio e sustentação do meio físico e social por meio de sua participação no processo de socialização coletiva. Enfim, a educação consiste, basicamente em desenvolver as capacidades humanas, a fim de uma compreensão de significados e/ou conceitos cristalizados na cultura e fazer com que o indivíduo tenha a autonomia e consciência de tomar decisões. Nesse contexto, o processo educativo é vital para todos, haja vista a necessidade de orientação cultural, tendo em vista o desenvolvimento de uma coletividade social.

Pois bem, a educação tem um papel de singular grandiosidade no papel sociológico. No entanto, é válido analisar também a sua existência no contexto histórico, tendo em vista a sua contribuição para o desenvolvimento de determinadas realidades históricas e sociais.

Sabe-se que na Grécia Antiga, onde a supremacia do Estado era indiscutível, especialmente nos primeiros tempos, considerava-se de fundamental importância às relações o indivíduo e a própria cidade-estado. A educação visava, sobretudo, a preparar o jovem, tendo em vista tais relações. Cada Estado tinha suas características peculiares e os seus respectivos sistemas educacionais deviam adaptar-se a esses caracteres para poder, assim se tornar um instrumento efetivo na orientação e preparação da juventude para o exercício da cidadania. Um exemplo cabível a essa observação, está inserido na conjuntura espartana de sociedade, onde os jovens espartanos se preparavam sob a supervisão do Estado, em uma espécie de acampamento militar, no qual, os rapazes, eram preparados para se tornarem exímios guerreiros, enquanto as moças, desde pequenas já eram educadas para serem saudáveis mães de futuros guerreiros. Essa disciplina educacional ocorria de uma outra forma em Atenas, uma vez que o militarismo não era uma característica marcante na vida ateniense, no entanto, havia presença de leis que dispunham sobre a freqüência às escolas dos filhos dos cidadãos livres. É válido ressaltar que os próprios estabelecimentos de ensino eram regulamentados até certo ponto, por uma legislação especial gerida em prol ao funcionamento do Estado ateniense.

No que diz respeito a educação em Roma, podemos avaliar que nos primeiros tempos da república, o sistema de educação era inteiramente ministrada na família e na vida social. O pai tinha poder ilimitado sobre os filhos e era publicamente censurado quando fracassara no ensino dos preceitos morais cívicos e religiosos. A educação romana já não dava tanta importancia para a retórica dos sofistas, como acontecia em Atenas, uma vez que o regime era autocrático, que logo descambava para uma tirania vista no período imperial. As condições gerais da sociedade não admitia esse tipo de educação. Os costumes se corromperam nos derradeiros tempos. O renascimento religioso do paganismo, ocorrido nos primeiros séculos do cristianismo, onde ele surge trazendo um renovado sopro de vida. Diga-se de passagem, que os conflitos entr as filosofias cristãs e pagãs, também refletiu na educação, haja vista que a pagã, consistia em uma ética individualista e orgulhosa. Já a cristã exaltava a humildade como uma das maiores virtudes.

No medievo a educação era basicamente uma instrução dogmática nas doutrinas da igreja e das escrituras, ao lado disso, também havia uma herança da velha educação dos tempos de Roma. O interesse humano passava por uma “mudança” de conceitos, no qual, as preocupações sobre a ordem espiritual e o fortalecimento das autoridades eclesiásticas, com o advento da filosofia Patrística, no inicio da Idade Média. O dogmatismo criava conceitos que eram praticamente inquestionáveis, devido ao caráter que a Igreja Católica se manifestava no domínio das mentes e corações do mundo ocidental. Mais adiante, com o surgimento da Escolástica (doutrina filosofica surgida posteriormente a filosofia patrística) os conteúdos da educação mantinham-se em completa harmonia com os interesses intelectuais da época. Além de ser um ensino de caráter religioso, o próprio sistema social da época fazia com que o sistema educacional tivesse alternâncias de métodos e conteúdos baseados nas classes sociais existentes. Esse tipo de educação própria de classe se manifestava principalmente na preparação de pajens e senhores na arte da cavalaria.

Durante o século XI, as cidades do norte da Itália apresentavam um maior progresso cultural e material se comparadas com o resto da Europa. O espírito clássico, de fato nunca morrera e a “Divina Comédia” escrita por Dante demonstrava que o poeta era um intelectual e estudioso dos velhos bardos latinos. Os humanistas se manifestavam como um “divisor de água” para a cultura medieval, o advento do renascimento abriu as portas para a instauração de uma atmosfera erudita muito mais livre do que a produção intelectual do período inicial da Idade Média. Tal fato representou um forte ultraje ao autoritarismo inquestionável da Igreja católica e principalmente no fortalecimento dos ideais de liberdade individual. Essa ruptura com o Status quo pregado pelo sistema educacional regido pelo clero, influenciou de uma forma bastante visível, na visão de mundo do homem de tal período.

Os movimentos intelectuais do século XVIII tiveram certamente um caráter aristocrático, no entanto, já no século XIX, devido a tantas mudanças que o mundo ocidental passava a educação já era reconhecida como um sistema nacional, sendo esse, um sistema fundamental da história da educação de todos os países.

Pensar em Educação é refletir também sobre a história da humanidade, uma vez que, os conceitos educacionais ao longo do tempo se tornaram vários e ligados a determinados contextos históricos. Contudo, a Educação sempre foi um instrumento de infinita relevância, não somente para o homem em sua postura individual, mas também como um sujeito da história que faz parte de uma coletividade e participa do processo de organização social. As relações sociais de determinado periodização histórica deve muito ao sistema educacional enquadrado ao seu tempo. Ao ser educado, o individuo irá ter todas as bases de conhecimento para se enquadrar na realidade e também ter subsídios para modificá-la. Historicamente a educação é uma boa ferramenta para uma reflexão de determinada ordem social, política ou econômica. Visto que é notável que as formas de se educar sempre está se modificando ao longo do tempo. No entanto, apesar da mecânica da história, a educação nunca perderá o seu maior significado, o de tornar os homens um ser social.
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domingo, fevereiro 10, 2008

Carta à Juventude Socialista do Século XXI

Ser socialista nesse novo século é sem duvida uma forma de atrair para si mesmo, uma tarefa árdua e carregada de desafios. Não é pra tanto que esse pensamento ainda sobrevive e chega ao século XXI ainda vivo e manifestando-se em vários cantos do mundo como uma alternativa racional para o destino da humanidade. Sabe-se que o século anterior, foi um momento deveras importante para o destino do socialismo mundial.

As lutas e as ideologias se intensificaram maciçamente dominando mentes e corações libertárias que gritavam ferozmente contra o regime burguês que o mundo tomava para si como rumo principal. Pois bem, as artérias dos militantes socialistas pulsavam em torno de um só significado: revolução! Toda essa euforia foi bastante significativa, haja vista que, ser a antítese de um mundo capitalista e execrável por natureza era realmente uma incumbência bastante honrosa e principalmente humana.


O século XX representou para a economia mundial um período em que as idéias tomaram corpo e se confrontavam em um duelo quase sempre destrutivo para algum lado. O século passado com absoluta convicção foi o século da arbitrariedade, do individualismo esclarecido, do poder bélico, da ascensão e da queda. Sem mais predicados, e dando continuidade ao raciocínio que aqui exponho, volto a ressaltar que ser socialista não é uma tarefa fácil, nem tampouco um prazer em tempo integral.

A bandeira do socialismo carrega entranhada a toda sua ideologia, um grande bojo de sangue, suor e lágrimas. O que poderíamos esperar? A grande Revolução Industrial do século XIX entrega ao mundo um sistema explorador e entranhado de injustiças. O mundo por sua vez, acalanta as idéias burguesas e dá todos os subsídios para que essa criação econômica se incorpore e seja batizada de liberalismo.

O mundo é o grande ventre que gera a história, que por sua vez, é o fator de análise e ponderação de seu tempo. O século XX em seu início, nada mais é que um período em que as nações capitalistas não estão para brincadeira e seguem literalmente as regras do jogo do mercado mundial: produzir muito, obter matéria-prima barata e ampliar cada vez mais os seus mercados consumidores. A competição comercial e armamentista foi iniciada e o mundo presenciou o primeiro conflito mundial de caráter destrutivo.

E assim caminha a humanidade, carregada de transformações e continuidades. Os regimes ditos liberais passaram por uma notável crise econômica e social que abalaria as suas estruturas durante a década de 1930. O mundo por sua vez, passou a almejar por regimes que se expressassem em torno de um Estado forte e regulador, com isso as manifestações do poder geram outra arbitrariedade de caráter desumano e a história é a principal espectadora de mais uma guerra de extremidade incalculável.

Mesmo com todas as lições históricas, o terreno da contemporaneidade ainda foi bastante fértil para o crescimento do capitalismo em detrimento dos ideais socialistas que aos poucos foram se tornando inviáveis aos olhos dos economistas e políticos que decidiam cada vez mais que um Estado forte não era algo sugestivo para as novas regras de mercado que o mundo “necessitava”. Com isso, os principais regimes socialistas passaram a entrar em uma crise significativa tendo em vista as nações capitalistas que cresciam cada vez mais na corrida política do mundo regido por uma bipolarização que já estava com seus dias contados.

O capitalismo chega ao final do século anterior fortalecido pela alcunha do neoliberalismo e das novas regras de mercado via um mundo em processo de globalização. Os mercados regionais passavam a seguir rumo aos grandes blocos econômicos, as elites exploradoras moldavam cada vez mais o mercado mundial tendo em vista as suas aspirações e o socialismo ficava cada vez mais marginalizado e “engolindo seco” as injustiças e desigualdades do mundo.

No Brasil, o século XX representou um período político e econômico bastante polêmico e ao mesmo tempo importante para a nossa breve história nacional. Pois bem, o país passou por diferentes períodos, enfrentou uma transição de ser um país agrário para um país industrializado e urbano. Viu surgir uma nova burguesia urbana e presenciou também o crescimento ainda maior da exploração que o capital ao penetrar nas terras tupiniquins implantou sobre os braços trabalhadores dos campos e das cidades brasileiras. De Vargas a FHC, foi o período em que o campo da esquerda socialista não se rendeu na luta contra o capital explorador, e se manifestou em torno de propostas sociais para resolver as problemáticas brasileiras. Ser militante de esquerda no século XX era carregar consigo uma bandeira histórica que vinha desde as teses marxistas do século anterior. Experiências revolucionárias não faltaram para guiar a luta socialista tanto no Brasil quanto no mundo. No entanto, o que realmente careceu fora um projeto econômico embasado e crítico às regras de mercado que o mundo passava até então. As referencias socialistas ainda estavam ligadas a realidade ou industrial de Marx ou dos regimes autoritários da URSS.

O capitalismo não parava de se transformar e infelizmente ser socialista no final do século XX era basicamente: ser e fazer oposição ao regime neoliberal e propor uma nova alternativa cabível a vacância após o suposto fim do regime capitalista. Como obstáculos a essas tarefas nada fáceis, é válido somar que as constantes perseguições e regimes ditatoriais que a esquerda socialista sofria no país de fato dificultavam e muito a concretizações das atribuições básicas de um militante socialista.

Enfim, essa primeira parte pode ter parecido de fato algo enfadonho, no entanto, a meu ver, é fundamental escrever tal manifesto, uma vez que, foi essas e muitas outras histórias que fazem cada vez mais o socialismo existir, uma vez que, antes de está em tribunas e reuniões políticas, o socialismo é algo que reside no coração de cada militante e ser socialista é carregar uma herança que não morre tão facilmente. É carregar a vontade de superar as dificuldades impostas por um sistema explorador, exclusivista e destrutivo por natureza com o sorriso e o olhar da esperança que os dias que estão para vir, o mundo será melhor para todos.
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