sábado, junho 21, 2008

Sobre a Educação.

Entende-se que a educação é o processo pelo qual, uma pessoa ou um grupo de pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, artísticos, técnicos ou especializados, com o objetivo de desenvolver suas capacidades ou aptidões. A educação pode ser recebida em estabelecimentos de ensino, organizado para essa finalidade, ou através da própria experiência empírica do cotidiano, seja por intermédio pessoal, ou por meios de leituras, conferências, atividades artísticas etc.

O escopo primordial do processo educativo consiste em dotar o homem de instrumentos culturais capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza, e ao mesmo tempo, busca conforma-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de progresso, equilíbrio e sustentação do meio físico e social por meio de sua participação no processo de socialização coletiva. Enfim, a educação consiste, basicamente em desenvolver as capacidades humanas, a fim de uma compreensão de significados e/ou conceitos cristalizados na cultura e fazer com que o indivíduo tenha a autonomia e consciência de tomar decisões. Nesse contexto, o processo educativo é vital para todos, haja vista a necessidade de orientação cultural, tendo em vista o desenvolvimento de uma coletividade social.

Pois bem, a educação tem um papel de singular grandiosidade no papel sociológico. No entanto, é válido analisar também a sua existência no contexto histórico, tendo em vista a sua contribuição para o desenvolvimento de determinadas realidades históricas e sociais.

Sabe-se que na Grécia Antiga, onde a supremacia do Estado era indiscutível, especialmente nos primeiros tempos, considerava-se de fundamental importância às relações o indivíduo e a própria cidade-estado. A educação visava, sobretudo, a preparar o jovem, tendo em vista tais relações. Cada Estado tinha suas características peculiares e os seus respectivos sistemas educacionais deviam adaptar-se a esses caracteres para poder, assim se tornar um instrumento efetivo na orientação e preparação da juventude para o exercício da cidadania. Um exemplo cabível a essa observação, está inserido na conjuntura espartana de sociedade, onde os jovens espartanos se preparavam sob a supervisão do Estado, em uma espécie de acampamento militar, no qual, os rapazes, eram preparados para se tornarem exímios guerreiros, enquanto as moças, desde pequenas já eram educadas para serem saudáveis mães de futuros guerreiros. Essa disciplina educacional ocorria de uma outra forma em Atenas, uma vez que o militarismo não era uma característica marcante na vida ateniense, no entanto, havia presença de leis que dispunham sobre a freqüência às escolas dos filhos dos cidadãos livres. É válido ressaltar que os próprios estabelecimentos de ensino eram regulamentados até certo ponto, por uma legislação especial gerida em prol ao funcionamento do Estado ateniense.

No que diz respeito a educação em Roma, podemos avaliar que nos primeiros tempos da república, o sistema de educação era inteiramente ministrada na família e na vida social. O pai tinha poder ilimitado sobre os filhos e era publicamente censurado quando fracassara no ensino dos preceitos morais cívicos e religiosos. A educação romana já não dava tanta importancia para a retórica dos sofistas, como acontecia em Atenas, uma vez que o regime era autocrático, que logo descambava para uma tirania vista no período imperial. As condições gerais da sociedade não admitia esse tipo de educação. Os costumes se corromperam nos derradeiros tempos. O renascimento religioso do paganismo, ocorrido nos primeiros séculos do cristianismo, onde ele surge trazendo um renovado sopro de vida. Diga-se de passagem, que os conflitos entr as filosofias cristãs e pagãs, também refletiu na educação, haja vista que a pagã, consistia em uma ética individualista e orgulhosa. Já a cristã exaltava a humildade como uma das maiores virtudes.

No medievo a educação era basicamente uma instrução dogmática nas doutrinas da igreja e das escrituras, ao lado disso, também havia uma herança da velha educação dos tempos de Roma. O interesse humano passava por uma “mudança” de conceitos, no qual, as preocupações sobre a ordem espiritual e o fortalecimento das autoridades eclesiásticas, com o advento da filosofia Patrística, no inicio da Idade Média. O dogmatismo criava conceitos que eram praticamente inquestionáveis, devido ao caráter que a Igreja Católica se manifestava no domínio das mentes e corações do mundo ocidental. Mais adiante, com o surgimento da Escolástica (doutrina filosofica surgida posteriormente a filosofia patrística) os conteúdos da educação mantinham-se em completa harmonia com os interesses intelectuais da época. Além de ser um ensino de caráter religioso, o próprio sistema social da época fazia com que o sistema educacional tivesse alternâncias de métodos e conteúdos baseados nas classes sociais existentes. Esse tipo de educação própria de classe se manifestava principalmente na preparação de pajens e senhores na arte da cavalaria.

Durante o século XI, as cidades do norte da Itália apresentavam um maior progresso cultural e material se comparadas com o resto da Europa. O espírito clássico, de fato nunca morrera e a “Divina Comédia” escrita por Dante demonstrava que o poeta era um intelectual e estudioso dos velhos bardos latinos. Os humanistas se manifestavam como um “divisor de água” para a cultura medieval, o advento do renascimento abriu as portas para a instauração de uma atmosfera erudita muito mais livre do que a produção intelectual do período inicial da Idade Média. Tal fato representou um forte ultraje ao autoritarismo inquestionável da Igreja católica e principalmente no fortalecimento dos ideais de liberdade individual. Essa ruptura com o Status quo pregado pelo sistema educacional regido pelo clero, influenciou de uma forma bastante visível, na visão de mundo do homem de tal período.

Os movimentos intelectuais do século XVIII tiveram certamente um caráter aristocrático, no entanto, já no século XIX, devido a tantas mudanças que o mundo ocidental passava a educação já era reconhecida como um sistema nacional, sendo esse, um sistema fundamental da história da educação de todos os países.

Pensar em Educação é refletir também sobre a história da humanidade, uma vez que, os conceitos educacionais ao longo do tempo se tornaram vários e ligados a determinados contextos históricos. Contudo, a Educação sempre foi um instrumento de infinita relevância, não somente para o homem em sua postura individual, mas também como um sujeito da história que faz parte de uma coletividade e participa do processo de organização social. As relações sociais de determinado periodização histórica deve muito ao sistema educacional enquadrado ao seu tempo. Ao ser educado, o individuo irá ter todas as bases de conhecimento para se enquadrar na realidade e também ter subsídios para modificá-la. Historicamente a educação é uma boa ferramenta para uma reflexão de determinada ordem social, política ou econômica. Visto que é notável que as formas de se educar sempre está se modificando ao longo do tempo. No entanto, apesar da mecânica da história, a educação nunca perderá o seu maior significado, o de tornar os homens um ser social.
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Entende-se que a educação é o processo pelo qual, uma pessoa ou um grupo de pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, artísticos, técnicos ou especializados, com o objetivo de desenvolver suas capacidades ou aptidões. A educação pode ser recebida em estabelecimentos de ensino, organizado para essa finalidade, ou através da própria experiência empírica do cotidiano, seja por intermédio pessoal, ou por meios de leituras, conferências, atividades artísticas etc.

O escopo primordial do processo educativo consiste em dotar o homem de instrumentos culturais capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza, e ao mesmo tempo, busca conforma-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de progresso, equilíbrio e sustentação do meio físico e social por meio de sua participação no processo de socialização coletiva. Enfim, a educação consiste, basicamente em desenvolver as capacidades humanas, a fim de uma compreensão de significados e/ou conceitos cristalizados na cultura e fazer com que o indivíduo tenha a autonomia e consciência de tomar decisões. Nesse contexto, o processo educativo é vital para todos, haja vista a necessidade de orientação cultural, tendo em vista o desenvolvimento de uma coletividade social.

Pois bem, a educação tem um papel de singular grandiosidade no papel sociológico. No entanto, é válido analisar também a sua existência no contexto histórico, tendo em vista a sua contribuição para o desenvolvimento de determinadas realidades históricas e sociais.

Sabe-se que na Grécia Antiga, onde a supremacia do Estado era indiscutível, especialmente nos primeiros tempos, considerava-se de fundamental importância às relações o indivíduo e a própria cidade-estado. A educação visava, sobretudo, a preparar o jovem, tendo em vista tais relações. Cada Estado tinha suas características peculiares e os seus respectivos sistemas educacionais deviam adaptar-se a esses caracteres para poder, assim se tornar um instrumento efetivo na orientação e preparação da juventude para o exercício da cidadania. Um exemplo cabível a essa observação, está inserido na conjuntura espartana de sociedade, onde os jovens espartanos se preparavam sob a supervisão do Estado, em uma espécie de acampamento militar, no qual, os rapazes, eram preparados para se tornarem exímios guerreiros, enquanto as moças, desde pequenas já eram educadas para serem saudáveis mães de futuros guerreiros. Essa disciplina educacional ocorria de uma outra forma em Atenas, uma vez que o militarismo não era uma característica marcante na vida ateniense, no entanto, havia presença de leis que dispunham sobre a freqüência às escolas dos filhos dos cidadãos livres. É válido ressaltar que os próprios estabelecimentos de ensino eram regulamentados até certo ponto, por uma legislação especial gerida em prol ao funcionamento do Estado ateniense.

No que diz respeito a educação em Roma, podemos avaliar que nos primeiros tempos da república, o sistema de educação era inteiramente ministrada na família e na vida social. O pai tinha poder ilimitado sobre os filhos e era publicamente censurado quando fracassara no ensino dos preceitos morais cívicos e religiosos. A educação romana já não dava tanta importancia para a retórica dos sofistas, como acontecia em Atenas, uma vez que o regime era autocrático, que logo descambava para uma tirania vista no período imperial. As condições gerais da sociedade não admitia esse tipo de educação. Os costumes se corromperam nos derradeiros tempos. O renascimento religioso do paganismo, ocorrido nos primeiros séculos do cristianismo, onde ele surge trazendo um renovado sopro de vida. Diga-se de passagem, que os conflitos entr as filosofias cristãs e pagãs, também refletiu na educação, haja vista que a pagã, consistia em uma ética individualista e orgulhosa. Já a cristã exaltava a humildade como uma das maiores virtudes.

No medievo a educação era basicamente uma instrução dogmática nas doutrinas da igreja e das escrituras, ao lado disso, também havia uma herança da velha educação dos tempos de Roma. O interesse humano passava por uma “mudança” de conceitos, no qual, as preocupações sobre a ordem espiritual e o fortalecimento das autoridades eclesiásticas, com o advento da filosofia Patrística, no inicio da Idade Média. O dogmatismo criava conceitos que eram praticamente inquestionáveis, devido ao caráter que a Igreja Católica se manifestava no domínio das mentes e corações do mundo ocidental. Mais adiante, com o surgimento da Escolástica (doutrina filosofica surgida posteriormente a filosofia patrística) os conteúdos da educação mantinham-se em completa harmonia com os interesses intelectuais da época. Além de ser um ensino de caráter religioso, o próprio sistema social da época fazia com que o sistema educacional tivesse alternâncias de métodos e conteúdos baseados nas classes sociais existentes. Esse tipo de educação própria de classe se manifestava principalmente na preparação de pajens e senhores na arte da cavalaria.

Durante o século XI, as cidades do norte da Itália apresentavam um maior progresso cultural e material se comparadas com o resto da Europa. O espírito clássico, de fato nunca morrera e a “Divina Comédia” escrita por Dante demonstrava que o poeta era um intelectual e estudioso dos velhos bardos latinos. Os humanistas se manifestavam como um “divisor de água” para a cultura medieval, o advento do renascimento abriu as portas para a instauração de uma atmosfera erudita muito mais livre do que a produção intelectual do período inicial da Idade Média. Tal fato representou um forte ultraje ao autoritarismo inquestionável da Igreja católica e principalmente no fortalecimento dos ideais de liberdade individual. Essa ruptura com o Status quo pregado pelo sistema educacional regido pelo clero, influenciou de uma forma bastante visível, na visão de mundo do homem de tal período.

Os movimentos intelectuais do século XVIII tiveram certamente um caráter aristocrático, no entanto, já no século XIX, devido a tantas mudanças que o mundo ocidental passava a educação já era reconhecida como um sistema nacional, sendo esse, um sistema fundamental da história da educação de todos os países.

Pensar em Educação é refletir também sobre a história da humanidade, uma vez que, os conceitos educacionais ao longo do tempo se tornaram vários e ligados a determinados contextos históricos. Contudo, a Educação sempre foi um instrumento de infinita relevância, não somente para o homem em sua postura individual, mas também como um sujeito da história que faz parte de uma coletividade e participa do processo de organização social. As relações sociais de determinado periodização histórica deve muito ao sistema educacional enquadrado ao seu tempo. Ao ser educado, o individuo irá ter todas as bases de conhecimento para se enquadrar na realidade e também ter subsídios para modificá-la. Historicamente a educação é uma boa ferramenta para uma reflexão de determinada ordem social, política ou econômica. Visto que é notável que as formas de se educar sempre está se modificando ao longo do tempo. No entanto, apesar da mecânica da história, a educação nunca perderá o seu maior significado, o de tornar os homens um ser social.
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