sábado, junho 30, 2012

Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Machado de Assis.


"Lágrimas não são argumentos".

"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar".

"O acaso... é um Deus e um diabo ao mesmo tempo".

"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento".




"Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito".

"A mentira é muita vez tão involuntária como a respiração"

"Está morto: podemos elogiá-lo à vontade".

"As coisas valem pelas idéias que nos sugerem".

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30 de Junho: Seleção Brasileira Conquista o Pentacampeonato Mundial


Há exatamente 10 anos, milhões de brasileiros comemoravam o tão sonhado pentacampeonato mundial de futebol. Após ser derrotada pela seleção da França (donos da casa), na final da copa de 1998, o grito de campeão ficou preso na garganta de todos os torcedores da seleção canarinha. Contudo, os caminhos traçados pela seleção brasileira até a copa de 2002, foi um tanto que desastroso. Quatro técnicos comandaram o time durande esse período, nas eliminatórias da copa. a campanha da seleção foi um desastre, e a maioria dos torcedores não acreditavam que a conquista do quinto título mundial fosse acontecer na copa do Japão/Coréia do Sul.

Porém, essa situação se modificou completamente, uma vez que, com o início da copa, o Brasil de fato, mostrou que sempre será uma nação favorita ao título. Liderada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e com um elenco composto por jogadores altamente qualificado, como,  Ronaldo (fenômeno), Cafú, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Roberto Carlos, Vampeta e os goleiros, Marcos, Dida e Rogério Ceni,  a seleção fez  uma campanha impecável, reconquistando a cada vitória, a confiança da torcida. 

 E ao vencer a seleção da Alemanha por 2 a 0, na final do campeonato, o Brasil conseguiu conquistar o tão sonhado pentacampeonato mundial, trazendo a alegria que faltava para os milhões torcedores que acompanharam os 90 minutos de jogo e que puderam naquele dia, soltar bem alto o grito de campeão!
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As Aventuras da Família Brasil - Luis Fernando Veríssimo.

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terça-feira, junho 26, 2012

Download - Celso Furtado.

FURTADO, Celso
Download: 4Shared
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22 de Junho: Morte de Manuel Correia de Andrade.



Há cinco anos atrás, o Brasil perdeu um dos maiores intelectuais e humanista do século. Professor e pesquisador de singular referência para o campo acadêmico, Manuel Correia de Andrade é formado em direito, história e geografia, e teve uma vida marcada por perseguições e prisões políticas e pela ampla defesa à reforma agrária. Como intelectual, acumulou um notório respeito e reconhecimento, tanto dentro, como fora do círculo acadêmico,sendo condecorado doutor honoris causa em três universidades brasileiras, além de ministrar cursos em centros universitários de outros países. E foi na madrugada de 22 de Junho de 2007 que a sociedade pernambucana testemunhou o falecimento desse grande intelectual, que deixou um importante legado cultural e cientifico para todas as demais gerações de pesquisadores e estudiosos das ciências humanas do Brasil e do mundo.
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sábado, junho 23, 2012

Edgar Vasques: Rango.

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quinta-feira, junho 21, 2012

Igreja de São João Batista dos Militares, em Olinda, Volta a Receber os Fiéis.


O Dia de São João, no próximo domingo 24 de junho, será, com certeza, de muita festa em Olinda, Pernambuco. Além dos festejos tradicionais de junho, a cidade receberá de volta a Igreja de São João Batista dos Militares, totalmente restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Pernambuco (IPHAN-PE), realizada pelos alunos da Obra-Escola de Restauração do templo. Os trabalhos começaram em 20 de dezembro de 2010 e foram executados pelo Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI), com recursos da ordem de R$ 833 mil, do PAC Cidades Históricas. 

Agora, em pleno Dia de São João, as atividades religiosas na Igreja poderão ser retomadas. Um cortejo sairá às 17h da Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e seguirá até a Igreja de São João Batista dos Militares para a celebração da missa de inauguração da restauração, a partir das 18h. 

Com o curso na Obra Escola de Restauração da Igreja de São João Batista dos Militares, localizada no sítio histórico de Olinda, o IPHAN-PE proporcionou a oportunidade de capacitação para a comunidade. As aulas começaram em 18 de janeiro de 2011, contando com 20 alunos entre jovens e adultos, com idades entre 17 e 25 anos. Eles foram capacitados nos ofícios tradicionais da construção, com enfoque em restauro, sob acompanhamento de dez técnicos do IPHAN e das prefeituras participantes do PAC Cidades Históricas em Pernambuco. Os alunos receberam treinamento em pintura, forja de metais e fundição, carpintaria e marcenaria, cantaria, estuque e alvenaria. 

A Igreja de São João Batista dos Militares 

O monumento, localizado no polígono de tombamento federal, é uma edificação do século XVI e foi um dos poucos edifícios na Civitas Olinda a resistir ao incêndio causado pelos holandeses. Por isso, entre os anos de 1656 e 1669, funcionou como sede da Paróquia da Sé, que passava por obras de reconstrução. 

Apesar de toda a importância, nos últimos 15 anos a Igreja de São João Batista dos Militares sofreu os danos de um processo de abandono, perdendo inclusive a função religiosa. A deterioração foi progressiva. Em 25 de maio de 2009 ocorreu o colapso de parte da estrutura do telhado, que caiu sobre o coro. Em julho e agosto de 2009, como medida emergencial, foram feitos uma cobertura provisória e o escoramento do restante do telhado para proteger a igreja das intempéries, evitando o agravamento dos problemas de estabilidade. 

Informações para a imprensa: 
Assessoria de Comunicação Iphan 
comunicacao@iphan.gov.br 
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br 
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br 
(61) 2024-5476 / 2024-5477 
www.iphan.gov.br
www.twitter.com/IphanGovB

Fonte: IPHAN-PE - Ascom
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21 de Junho: Dia Mundial do Skate!


Veja a matéria produzida pelo blog clicando aqui.
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quarta-feira, junho 20, 2012

20 de Junho: Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDE.


 
Foi durante o segundo governo de Getúlio Vargas que foi promulgada a Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, responsável pela criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), que seria uma autárquia federal com sede no Rio de Janeiro, com o objetivo de formular e executar a política nacional de desenvolvimento econômico, de maneira autônoma (no âmbito administrativo) e com personalidade jurídica própria. Inicialmente o BNDE teria duas funções principais, elaborar análises de projetos e atuar como uma instituição capaz otimizar o setor industrial no país. 

Inicialmente os investimentos do banco se direcionaram para a infraestrura, como reaparelhamento de portos e ferrovias, aumento da capacidade de armazenamento e a ampliação do potencial elétrico. Posteriormente, já na década de 1960, os investimentos em setores da iniciativa privada e na indústria propriamente dita, já era uma realidade institucionalizada nas ações da autarquia. 

Nessa mesma década, o BNDE também descentralizou as suas atividades em outras regiões brasileiras, instalando novas sedes, em São Paulo, Recife e Brasília, além de operar em todos os estados, por meio de operações em parcerias com uma ampla rede de agentes financeiros credenciados. Posteriormente, em 21 de Junho de 1971, o BNDE, torna-se uma empresa pública, com personalidade jurídica de direito privado, por meio da Lei nº 5.662. 

Já na década seguinte, o banco passou a incorporar as demandas sociais na sua agenda de atividades e passou a ser denominado de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 1982. A partir desse momento, além dos financiamentos nos empreendimentos industriais, infraestrura e nos setores agrícolas, comerciais, de serviços e nas micro e médias empresas, o banco também direcionou sua atenção em investimentos sociais no âmbito da educação, saúde, agricultura familiar, saneamento básico, meio ambiente, cultura, mobilidade e transportes coletivos. Ficando nítida a preocupação institucional em garantir um desenvolvimento econômico alicerçado na sustentabilidade, geração de emprego e renda e redução das desigualdades sociais e regionais.
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Coluna: Os Malvados.

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Novo Telecurso - História - Aula 24. (A Expansão das Fronteiras Brasileiras).



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segunda-feira, junho 18, 2012

Deputado Jorge Amado "O Romancista do Povo".


Em 1945, o escritor baiano Jorge Amado foi eleito deputado federal pelo PCB (Partido Comunista do Brasil), para a Assembléia Constituinte. Assumiu o mandato no ano seguinte, e algumas de suas propostas, como a que instituiu a liberdade de culto religioso, foram aprovadas e viraram leis. Alguns anos depois, porém, o partido foi colocado na clandestinidade e Jorge Amado teve o mandato cassado. A imagem mostra cartaz produzido para a sua campanha.

Fonte: Café História.
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domingo, junho 17, 2012

Exercícios de História - Renascimento Cultural e Revolução Científica na Idade Moderna.

1.Com relação às mudanças na arte e na ciência, no início da idade Moderna, analise as afirmativas abaixo:

I. As ideias de Copérnico abalaram as concepções de mundo da sua época, ao estabelecer as bases científicas do heliocentrismo. 
II. As censuras e as perseguições da Inquisição inibiram descobertas científicas e condenaram sábios, como Giordano Bruno. 
III. As famosas leis formuladas por Isaac Newton serviram de base para o crescimento da ciência moderna, destacando-se também suas noções de espaço e tempo absolutos. 
IV. As mudanças na produção do conhecimento, nos séculos XVI e XVIII, foram acompanhadas por renovações expressivas na arte e na música com Rembrandt, Valázquez, Vivaldi entre outros. 
V. A filosofia de Descartes trouxe renovação importante na forma de pensar o mundo. Depois da análise, conclui-se que estão corretas: 

a) todas as afirmativas. 
b) apenas as afirmativas I e III. 
c) apenas as afirmativas I, II e III. 
d) apenas as afirmativas II e IV. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 

2. No advento do mundo moderno, foi vivenciada uma verdadeira “Revolução Científica”. Considerando as características que possibilitaram essa Revolução Científica, assinale a alternativa INCORRETA: 

a) As descobertas da chamada ciência moderna foram constituídas a partir de uma grande interação com o passado de civilizações como os gregos e árabes; 
b) O desenvolvimento dos trabalhos dos cientistas foi favorecido pela diminuição da influência da Igreja Católica diante da Reforma Religiosa; 
c) A chamada Revolução Científica, conhecida também como o Renascimento, encontrou maiores estímulos nas tendências humanista e racionalista em desenvolvimento no período; 
d) Essa renovação na ciência foi elemento de fortalecimento da Igreja Católica diante das ameaças da Reforma protestante; 
e) Os avanços científicos viabilizados por uma nova interpretação do papel do homem, com bases em uma postura racionalista foram elementos básicos para o advento do capitalismo. 

3. Renascimento cultural, Reformas religiosas, Expansão marítima: esses três movimentos simbolizam um mundo em transformação. Apresentaram características comuns, mas desenvolveram-se em áreas e com objetivos bastante diferentes. Sobre suas semelhanças e diferenças, podemos destacar que os três movimentos demonstraram o desejo de:

 a) romper com as temáticas religiosas, tão presentes na Idade Média, mas ocorreram em locais bastante distintos: o Renascimento ocorreu na Itália, as Reformas deram-se na Alemanha e na Suíça e a Expansão Marítima partiu da Península Ibérica. 
b) recuperar os valores éticos e estéticos da Antiguidade Clássica, mas buscaram modelos distintos: o Renascimento retomou padrões da arquitetura greco-romana, as Reformas restauraram o politeísmo e a Expansão Marítima reconquistou o Mediterrâneo. 
c) ampliar a influência européia para outras partes do planeta, mas dirigiram seus esforços para regiões variadas: o Renascimento foi levado às colônias africanas, as Reformas lutaram contra o islamismo no Oriente Médio e a Expansão Marítima permitiu a conquista da América. 
 d) valorizar o humano, mas se preocuparam com aspectos diferentes de suas possibilidades: o Renascimento voltou-se a uma visão científica do mundo, as Reformas privilegiaram o livre-arbítrio e a Expansão Marítima rompeu limites da mentalidade medieval. 
e) revitalizar as cidades, mas recorreram a estratégias diferentes: o Renascimento atraiu visitantes aos museus, as Reformas produziram construções de imponentes catedrais e a Expansão Marítima trouxe novas mercadorias para o comércio urbano. 

4.O Renascimento cultural teve sua origem nas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas a partir da Baixa Idade Média. Foram transformações dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, dos valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e que atingiram a alta burguesia e a nobreza, excluindo os demais segmentos da sociedade.
 (Myriam Mota e Patrícia Braick, História: das cavernas ao Terceiro Milênio) 

Dentre as transformações a que as autoras se referem, é correto mencionar: 

a) a afirmação dos Estados liberais, sob controle da burguesia, a partir da retomada do estudo do Direito Romano nas universidades. 
b) o desenvolvimento das atividades mercantis, que fez surgir uma nova camada social interessada em valorizar o indivíduo e a razão. 
c) o fortalecimento da autoridade dos doutores da Igreja católica, que defendiam a fé como meio de compreensão da realidade material. 
d) a ascensão política das camadas populares, que questionaram a visão de mundo centrada em Deus e incentivaram a crítica e a experimentação. 
e) a consolidação do sistema fabril, substituindo as corporações medievais, devido às novas exigências da economia autossuficiente. 

 5.Sobre o Renascimento, assinale a alternativa CORRETA. 

a) As chamadas grandes navegações não mantinham relação com o mundo renascentista. 
b) Foi um movimento que coincidiu com a falência do Estado Absolutista. 
c) Houve o envolvimento de todas as camadas, principalmente dos segmentos mais populares. 
d) A fé era a medida de todas as coisas. 
e) Inspirados nos valores culturais greco-romanos, os artistas criaram uma arte inovadora. 

 6. Quem deseja conservar suas conquistas deve ter em mente duas precauções: uma é extinguir o sangue do antigo príncipe; outra é não alterar suas leis e impostos. Desse modo, em tempo muito breve elas se integrarão ao principado antigo, formando um único corpo.  
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 

O Renascimento europeu dos séculos XV e XVI anunciava um novo homem, liberto do véu da teologia, envolvido com a natureza que se torna a medida de todas as coisas, capaz de inovar em todos os ramos do conhecimento e suficientemente curioso para ultrapassar as fronteiras da Europa. A inquietação desse homem renascentista deu-lhe a condição de descobridor do Novo Mundo.
  (adaptado de RODRIGUES, Antonio E.M. e FALCON, Francisco J.C. Tempos Modernos. RJ: Civilização Brasileira, 2000.) 

O texto acima apresenta a grande novidade dos Tempos Modernos: o novo homem. A partir dessa conclusão, assinale a opção que indica melhor o potencial de visão desse novo homem. 

a) O homem renascentista construiu um novo mundo - a Ásia -, uma nova filosofia - o Iluminismo - e uma nova forma de religião - o Politeísmo - todos eles resultantes dos contatos com a América. 
b) O homem moderno ocupou-se, principalmente, em construir uma nova religião, amparada no conceito de natureza, povoada de mitos antigos e baseada no sistema politeísta persa. 
c) O homem renascentista, preocupado com o seu corpo, desenvolveu as artes como primeiro e absoluto instrumento de realização de sua beleza, levando-o a um processo de alienação que o fez voltar à religiosidade medieval. 
d) O caráter universal é a marca que recebe esse homem renascentista, pois a universalidade era a virtude que o colocava no mesmo nível de Deus; por isso, tantas representações literárias e artísticas voltadas para o universo religioso no período. 
e) O homem renascentista, apegado à natureza, construiu um novo mundo, que se compunha de uma nova economia - o mercantilismo -, de uma nova política - os Estados modernos - e de um novo lugar de onde ele olhava todas essas coisas: a cidade moderna. 

7. O Renascimento europeu dos séculos XV e XVI anunciava um novo homem, liberto do véu da teologia, envolvido com a natureza que se torna a medida de todas as coisas, capaz de inovar em todos os ramos do conhecimento e suficientemente curioso para ultrapassar as fronteiras da Europa. A inquietação desse homem renascentista deu-lhe a condição de descobridor do Novo Mundo. 
 (adaptado de RODRIGUES, Antonio E.M. e FALCON, Francisco J.C. Tempos Modernos. RJ: Civilização Brasileira, 2000.) 

O texto acima apresenta a grande novidade dos Tempos Modernos: o novo homem. A partir dessa conclusão, assinale a opção que indica melhor o potencial de visão desse novo homem. 

 a) O homem renascentista construiu um novo mundo - a Ásia -, uma nova filosofia - o Iluminismo - e uma nova forma de religião - o Politeísmo - todos eles resultantes dos contatos com a América. 
b) O homem moderno ocupou-se, principalmente, em construir uma nova religião, amparada no conceito de natureza, povoada de mitos antigos e baseada no sistema politeísta persa. 
c) O homem renascentista, preocupado com o seu corpo, desenvolveu as artes como primeiro e absoluto instrumento de realização de sua beleza, levando-o a um processo de alienação que o fez voltar à religiosidade medieval. 
d) O caráter universal é a marca que recebe esse homem renascentista, pois a universalidade era a virtude que o colocava no mesmo nível de Deus; por isso, tantas representações literárias e artísticas voltadas para o universo religioso no período. 
e) O homem renascentista, apegado à natureza, construiu um novo mundo, que se compunha de uma nova economia - o mercantilismo -, de uma nova política - os Estados modernos - e de um novo lugar de onde ele olhava todas essas coisas: a cidade moderna. 

8. O quadro que Leonardo da Vinci revela uma das facetas do grande artista do Renascimento que durante a vida transformou sua experiência de mundo em arte, sempre pronto a inovar. Essa criatividade levou Leonardo da Vinci a ser conhecido como um homem que 

a) transformou a arte da escultura ao expressar através dela a grandeza da vida espiritual. 
b) abdicou de sua riqueza para se dedicar à pintura de personagens da Corte de Florença. 
c) se envolveu com a natureza, com a sociedade e com todos os ramos de artes, de modo tão intenso que passou a ser conhecido como um artista-cientista. 
d) se dedicou às artes e às ciências através da teoria do direito divino, aplicada nos seus exercícios de anatomia. 
e) participou de várias sociedades secretas que tinham por objetivo reescrever os textos bíblicos com o intuito de apresentar a verdadeira face de Jesus. 

9. Em 1516, o escritor inglês Thomas Morus publicou o livro A Utopia, em que imaginava uma cidade perfeita. Uma das leis dessa cidade ordena que ninguém seja censurado pela religião que professa. O rei Utopos, no início da nação, ao ouvir dizer que os habitantes da ilha estavam, até à sua chegada, em permanentes discussões e lutas por causa de suas religiões [...] promulgou um decreto que declarava que cada homem podia seguir a religião que quisesse, e que poderia fazer todo o possível para conquistar a adesão dos outros, com a condição única de o fazer calmamente, com sobriedade e doçura, sem invectivas e desprezo por eles.  
MORUS, Thomas. A Utopia. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 102. 

Criticando a situação vivida pela Europa naquele momento, o trecho se refere, especificamente, 

 a) às tentativas de intromissão dos reis absolutistas nos assuntos religiosos, com o intuito de assumirem o poder religioso. 
b) às tensões decorrentes das cisões ocorridas na cristandade, das quais resultou a formação da Igreja Ortodoxa Grega. 
c) à emergência de idéias religiosas que pregavam o fim do cristianismo, como as heresias do período renascentista. 
 d) à intolerância da Igreja Católica diante de outros credos religiosos, contrariando os ideais do cristianismo. 

10. Nicolau Maquiavel (1469-1527) escreveu em O Príncipe: E como disse ter sido necessário, para que conhecesse a virtude de Moisés, que o povo de Israel estivesse escravizado no Egito; [...] - assim, presentemente, querendo-se conhecer o valor de um príncipe italiano, seria necessário que a Itália chegasse ao ponto em que se encontra agora. Que estivesse mais escravizada do que os hebreus, mais oprimida do que os persas, mais desunida que os atenienses, sem chefe, sem ordem, batida, espoliada, lacerada, invadida, e que houvesse, enfim, suportado toda sorte de calamidades. [...] Assim, tendo ficado como sem vida, espera a Itália aquele que lhe possa curar as feridas e ponha fim ao saque da Lombardia, aos tributos do reino de Nápoles e da Toscana, e que cure as suas chagas já há muito apodrecidas.[...] Vê-se, ainda, que se acha pronta e disposta a seguir uma bandeira, uma vez que haja quem a levante.  
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 107-108. 

Considerando o fragmento acima e o momento histórico dessa obra, é possível afirmar que Maquiavel 

 a) defendeu que, ao príncipe, seria mais seguro ser amado do que temido pelos seus súditos, concordando com a concepção tomista, que influenciava o pensamento renascentista. 
b) expressou revolta com a situação então vivenciada pela Itália, dividida em repúblicas rivais, sugerindo como solução construir uma grandiosa nação em torno de um príncipe. 
c) forneceu elementos teóricos para que príncipes autoritários de diversas regiões da Itália sufocassem as liberdades individuais e combatessem o poderio que a Igreja Católica havia adquirido. 
d) mostrou que o homem deixaria de ser o lobo do homem quando surgisse um príncipe capaz de impor um contrato social em que os indivíduos abdicassem de direitos em favor do Estado. 

11.“Os escritores e poetas do Renascimento procuraram em suas obras o recurso de uma língua que chegasse a camadas mais amplas da população, deixando de empregar o latim em suas criações literárias, substituindo-o pela língua falada na própria região.”
 (SEVCENKO. N. O renascimento. 1994). 
Essa atitude dos renascentistas é relacionada: 

a) Com a estruturação do poder da Instituição Católica que necessitava de estudos que permitissem um maior controle ideológico sobre a população. 
b) Com a ascensão da aristocracia que necessitava contrapor-se à ordem do Estado Absolutista, tendo no controle do idioma local um forte elemento de resistência ao poder do rei. 
c) Com o surgimento da contestação à ordem capitalista, através do movimento socialista que necessitava de mecanismos de organização da classe trabalhadora, comunicados no idioma local. 
d) Com a afirmação do modelo universalizante de governo imperial empreendido com as reformas napoleônicas. 
e) Com a necessidade dos Estados nascentes que careciam da definição e imposição de uma língua nacional para centralizar e concentrar o poder político sob o seu completo controle. 

12.Muitos pensadores renascentistas formularam princípios que combatiam o autoritarismo político e viam a possibilidade de se construir uma sociedade mais justa e tolerante. Outros, como Maquiavel, inspiraram o absolutismo. Este pensador: 

 a) destacava que o conflito de interesses marca a sociedade humana, defendendo, assim, a centralização política. 
b) apesar do seu pessimismo, defendia princípios democráticos e a ética na política. 
c) tinha idéias parecidas com as de Erasmo, autor do Elogio da Loucura. 
d) estabeleceu uma forte relação com o pensamento político de Aristóteles. 
e) firmou-se como um dos principais pensadores utopistas da época renascentista. 

13.Quem deseja conservar suas conquistas deve ter em mente duas precauções: uma é extinguir o sangue do antigo príncipe; outra é não alterar suas leis e impostos. Desse modo, em tempo muito breve elas se integrarão ao principado antigo, formando um único corpo. 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe.

O movimento cultural, filosófico e político que tomou conta da Europa a partir do século XV, chamado Renascimento, legou para nós, mulheres e homens do século XXI, a perspectiva de um mundo possível de ser apreendido através da razão. Um de seus mais destacados representantes, Nicolau Maquiavel, opõe à ética cristã tradicional um pragmatismo político justificável caso os objetivos traçados - a conquista do poder - sejam alcançados. Iniciava-se, assim, um longo processo que marcaria o fim da tutela teológica da Igreja nos mais diversos campos da sociedade européia e que teria seu ápice no movimento iluminista, alguns séculos adiante. 

Sobre esse processo de racionalização por que passou a Europa nesse período é INCORRETO afirmar: 

a) O humanismo foi um movimento intelectual iniciado por indivíduos que tentavam renovar e modificar o padrão de estudos ministrados tradicionalmente nas universidades medievais, dedicando-se à elaboração de uma nova ética baseada no indivíduo. 
b) A perspectiva antropocêntrica dos estudiosos renascentistas, que foram influenciados por autores e textos da Antiguidade clássica, refletiu-se, por exemplo, na imagem do “Homem Vitruviano”, de Leonardo Da Vinci. 
c) Lutero e Calvino podem ser considerados dois representantes do reformismo religioso que rompia com a perspectiva de acumulação de riquezas como expressão religiosa do pensamento burguês. 
d) A Reforma Protestante e o Renascimento são considerados dois movimentos representantes desse processo de racionalização, visto que o primeiro rompeu com os dogmas da Igreja Católica e revelou uma tendência individualista em sua doutrina, enquanto o segundo tinha como ideário a autonomia do pensar e a crítica à sociedade do período. 
e) Inspirado pelo ideal iluminista e apoiada na força econômica e política da burguesia, a Revolução Francesa teve papel decisivo na derrocada do regime absolutista e tornou-se inspiração para a maioria dos movimentos revolucionários do final do século XVIII e XIX em todo o mundo, por exemplo, a independência do Haiti e as revoluções de 1848 na Europa. 

 14.Em fins do século XVI e ao longo do século XVII, o Ocidente foi palco de uma agitação intelectual que resultou no estabelecimento de novos paradigmas científicos. Sobre essa nova visão do mundo, considere as seguintes afirmações. 

I - Ao propor que existem princípios que regem o movimento e que estes podem ser matematicamente demonstrados, Newton rompeu com a visão religiosa da natureza e inaugurou a ciência tal qual a conhecemos. 
II - A idéia de que a Terra não é o centro do Universo, mas gira em torno do Sol, foi inicialmente classificada como herética pela Igreja; porém, diante das evidências, acabou sendo incorporada pelo pensamento cristão da época. 
III - Um dos pilares dessas novas concepções acerca da natureza foi o avanço das técnicas de observação, que expandiu os limites da visão ao micro e ao macroscópico. 

Quais estão corretas?
a) Apenas I. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 

15. Leia este trecho, em que se faz referência à construção do mundo moderno: ... os modernos são os primeiros a demonstrar que o conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão, graças a seu próprio esforço, sem aceitar dogmas religiosos, preconceitos sociais, censuras políticas e os dados imediatos fornecidos pelos sentidos. 
CHAUÍ, Marilena. "Primeira filosofia". 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 80. 

 A partir da leitura desse trecho, é CORRETO afirmar que a formação do mundo moderno se caracteriza por: 

a) nova postura com relação ao conhecimento, a qual transforma o modo de entendimento do mundo e do próprio homem. 
b) ruptura com as concepções antropocêntricas, a qual modifica as relações hierárquicas senhoriais. 
c) ruptura com o mundo antigo, a qual caracteriza um distanciamento do homem face aos diversos movimentos religiosos. 
d) adaptações do pensamento contemplativo, as quais reafirmam a primazia do conhecimento da natureza em relação ao homem. 
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sexta-feira, junho 15, 2012

Para os Comunistas, Eleição é Parte da Resistência e da Luta.

 Na medida em que se aproximam os prazos finais para a realização das convenções partidárias, quando são lançadas as candidaturas às prefeituras de mais de cinco mil cidades brasileiras – capitais, cidades médias e pequenas –, assim como as chapas de vereadores e respectivas coligações, intensificam-se as articulações entre os partidos, entremeadas por pressões de diferentes tipos, para a renúncia de pré-candidaturas e a formalização de apoios.

Fazem parte dessas pressões as especulações e as notícias plantadas, por partes interessadas, nos meios de comunicação. 

 Nos últimos dias não foram poucos os boatos em torno da renúncia de algumas candidaturas do PCdoB e de supostos acordos que os comunistas já teriam fechado para apoiar A ou B em cidades importantes onde se decidem os rumos políticos do pais. 

Na reunião realizada nesta sexta-feira (15), a Comissão Política Nacional do PCdoB fez um contundente desmentido a tudo isso. Em alto e bom tom os dirigentes comunistas declararam que o posicionamento eleitoral do PCdoB não está em leilão. Nem a sigla PCdoB se presta a aluguel. 

Em primeiro lugar, porque para os comunistas eleição é instrumento de resistência, luta e acumulação de forças para a conquista de objetivos superiores. 

Os candidatos comunistas não lutam por posições pessoais, sob o influxo de interesses carreiristas, grupistas nem exclusivistas. Essas candidaturas estão a serviço da causa da emancipação nacional e social. 

As cidades brasileiras vivem profunda crise decorrente dos problemas estruturais do país. Os comunistas participam das disputas municipais com programas construtivos e propostas objetivas. Esta é a base para o posicionamento do PCdoB junto ao eleitorado e nos entendimentos com os partidos políticos.

Lutamos para transformar o Brasil, a partir das conquistas políticas e sociais alcançadas durante os dois mandatos do ex-presidente Lula e em continuidade agora sob a liderança da presidenta Dilma. 

O êxito da luta do povo brasileiro por reformas estruturais não depende do concurso de apenas um ou dois partidos, mas da contribuição de muitos. Os comunistas constituem uma corrente política e ideológica com raízes nacionais que tem muito a dar ao desenvolvimento e aprofundamento da democracia brasileira. 

As pré-candidaturas do PCdoB no pleito municipal deste ano, pelo menos em sete capitais e mais de 30 cidades médias, têm amplo respaldo popular. Refiro-me a Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador. Macapá, Goiânia e São Paulo, onde os nomes lançados pelo PCdoB têm condições de alcançar boa performance eleitoral. 

Há casos em que é insofismável a liderança das pré-candidaturas comunistas, como Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis, onde o PCdoB pode efetivamente ganhar a eleição majoritária. Não é compreensível nem aceitável que não recebam apoio das demais forças de esquerda e centro-esquerda. 

Por isso, a Comissão Política do Partido, reunida nesta sexta-feira (15), decidiu ir até o fim com essas candidaturas, apresentando-as oficialmente nas respectivas convenções municipais. Mais uma vez os comunistas vão à batalha eleitoral com ousadia, para contribuir na construção de um Brasil democrático, soberano, progressista e socialmente justo, com alternativas de esquerda para os graves problemas nacionais.

Por José Reinaldo Carvalho.
Fonte: Vermelho.
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CPI do Trabalho Escravo Pode Convocar Diretores do McDonald’s.

Parlamentares querem ouvir a empresa sobre denúncias de que seu sistema de jornada de trabalho remunera funcionários com menos de um salario mínimo. 

Na última terça-feira, 12, a rede de fast food McDonald's foi tema de uma audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Convidada para prestar informações sobre sua jornada de trabalho e o seu sistema de remuneração de funcionários, a empresa não enviou nenhum representante. A reunião já havia sido remarcada três vezes, por sugestão da própria empresa, para que a mesma adequasse a agenda dos seus diretores ao compromisso. 

Diante da ausência de representantes do McDonald's, o deputado Domingos Dutra (PT) protocolou requerimento pedindo a convocação da vice-presidente do McDonald’s para América Latina, Marilene Fernandez, e outros executivos da empresa, para explicar-se sobre as denúncias na CPI do Trabalho Escravo. 

A lanchonete é acusada de submeter seus funcionários a chamada “jornada móvel e variável”. Este tipo de jornada de trabalho exige a presença do funcionário no local de trabalho, mas só paga pelas horas efetivamente trabalhadas. O deputado Eudes Xavier (PT-CE), autor do requerimento de realização da audiência, afirmou que a jornada de trabalho móvel e variável praticada pelo McDonalds "faz com que, em determinadas situações, o trabalhador receba menos que o salário mínimo mensal, em clara ofensa à Constituição". 

No mês passado, a rede de fast food assinou um acordo com o Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Lanchonetes e Restaurantes de São Paulo e Região), onde se comprometeu a estabelecer uma jornada de trabalho de 8 horas diárias para maiores de idade e de 6 horas para menores. O acordo também estabelece o piso salarial de R$ 769,26 para 44 horas semanais, e de R$ 629,40 para 36 horas. Porém, o acordo só beneficia os funcionários da área de atuação do Sinthoresp, estimados em 2 mil pessoas. A rede de fast food possui cerca de 50 mil funcionários no Brasil. Segundo a gerente de recursos humanos da Arcos Dourados (empresa que controla o McDonalds na América Latina), Ana Teresa Apolaro, existe um cronograma de negociações com sindicatos de outras regiões. 

A assessoria de imprensa da Arcos Dourados informou que a empresa "tem plena convicção da legalidade das práticas laborais adotadas e que está em constante diálogo com os órgãos públicos e sindicatos para buscar melhorias contínuas em procedimentos". Afirma ainda que paga o piso salarial que cada sindicato estabelece, e que este é sempre igual ou maior ao salário mínimo, para o funcionário que cumpre a jornada integral. Por fim, a Arcos Dourados afirma que possui o compromisso de cumprir rigorosamente a legislação trabalhista e que segue o que é previsto e reconhecido por lei, além de manter canal aberto de diálogo com a dezena de sindicatos que representam seus funcionários em todo o país.

Por Felipe Rousselet.
Fonte: Revista Fórum.
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quinta-feira, junho 14, 2012

Vídeo: #OrlandoAbsolvido


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O Trabalho Escravo e Racismo Como Crimes Hediondos.

O racismo e o trabalho escravo podem ser considerados como crimes hediondos. Essa é a proposta feita pela comissão de juristas que estão preparando o anteprojeto para o novo Código Penal. E diante de tal proposta, os agentes que praticarem os crimes de racismo e utilizarem do trabalho escravo, serão considerados como praticantes de crimes hediondos. Sendo assim, não poderão ter o direito à fiança, nem tampouco anistia, graça ou indulto, segundo o artigo 5º da CF/88. É válido ressaltar que, a proposta do anteprojeto também dificulta a progressão do regime da pena para os atos tipificados como hediondos. Tal direito somente poderá se materializar, após o cumprimento da metade da pena, se o condenado for primário e de três quintos, caso o mesmo seja reincidente.

Os crimes hediondos são elencados pela Lei 8072/90 e de uma forma mais ampla são crimes que recebem uma maior reprovação por parte do Estado, ou seja, são crimes que, segundo Damásio de Jesus, são executados ou tentados de uma maneira pavorosa, merecendo assim, notável repulsa por parte da sociedade. No artigo 1º da citada lei, encontramos os crimes que são tipificados como hediondos: homicídio praticado em grupo de extermínio ou o homicídio qualificado, latrocínio, extorção qualificada pela morte, extorção mediante sequestro e na forma qualificada, estupro, estupro de vulnerável, epidemia com resultado morte, fabricação, alteração ou adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, genocídio. Alem desses, também são considerados como delitos equiparados aos hediondos, a prática de tortura,  o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo.

É válido ressaltar que  anteprojeto do novo Código Penal Brasileiro terá que ser aprovado pelo Senado Federal. Contudo, acredito que, mesmo concordando com as fortes críticas que vários juristas fazem em relação a lei dos crimes hediondos, afirmando que essa legislação atribui privilégios às camadas sociais mais ricas, avalio que a classificação do racismo e da prática do trabalho escravo como crimes hediondos pode ser considerada como um louvável avanço para o campo jurídico. Uma vez que, a prática de racismo e a utilização da mão-de-obra escrava no Brasil, infelizmente ainda é um fato corriqueiro, e nesse contexto, precisamos sim, de uma legislação forte e capaz de responder às problemáticas da nossa contemporâneidade, para que assim, o Estado possa proteger de forma perene, a dignidade do cidadão brasileiro.

Assim, mesmo acreditando que a punição ou a vingança não é a finalidade maior da justiça e também defendendo os princípios da justiça restaurativa, não posso ficar descontente ao enxergar a possibilidade de sanções mais graves para certas atitudes criminosas que, no final das contas, afetam diretamente uma considerável parcela da população, que basicamente se encontra entre as classes menos favorecidas, tanto do ponto de vista socioeconômico, quanto no âmbito judicial.
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quarta-feira, junho 13, 2012

Chauí: ‘História Subterrânea’ da USP Deve Vir à Tona Com Comissão da Verdade.

 A filósofa Marilena Chauí considera que a comissão que irá apurar a verdade sobre os episódios da ditadura (1964-85) na Universidade de São Paulo (USP) terá a incumbência de trazer à tona as conexões entre o passado e a estrutura atual da instituição. Durante ato realizado na Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis (FEA), na Cidade Universitária, a professora cobrou que o reitor João Grandino Rodas aceite o pedido para instalar o colegiado, que teria número igual de docentes, funcionários e estudantes. 

“Há uma história subterrânea e obscura da USP que eu espero que a comissão traga para a superfície”, afirmou a professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. “Não só daqueles que sabemos que foram torturados, mortos e estão desaparecidos, mas também dos que foram presos, dos que foram presos e torturados, o modo como se deu a cassação dos professores, a participação ativa das congregações dos institutos e das faculdades para cassar seus próprios colegas.” 

Ela reafirmou que a atual estrutura da USP é fruto do Ato Institucional número 5, editado em 1968 e considerado o responsável pelo recrudescimento das violações de direitos humanos, em especial da tortura, e pela cassação de direitos políticos e acadêmicos. Naquele momento, vários docentes foram expulsos desta e de outras universidades. A diferença, para Chauí, reside no fato de que na USP não houve uma união de todas as categorias para promover uma reforma que varresse do arcabouço institucional as heranças da repressão. 

“A ditadura se manteve nessa universidade pela estrutura que tem do ponto de vista acadêmico, ou seja, a organização dos cursos, a existência de créditos, matérias optativas e matérias obrigatórias, o número de horas de aula a que o aluno é obrigado a assistir, a indústria do vestibular. Há uma série de elementos ligados à reforma feita na universidade pela ditadura”, disse, acrescentando que a estrutura de poder, concentrada na figura do reitor, é um dos exemplos desta falta de transição para a democracia. 

Novamente, foram feitas críticas a João Grandino Rodas, responsável por uma série de medidas que provocaram insatisfação entre funcionários, alunos e professores. A mais famosa delas é o convênio firmado no ano passado para que a Polícia Militar passasse a atuar na Cidade Universitária – antes, o trabalho de monitoramento do campus era promovido por uma guarda própria. De lá para cá, surgiram vários relatos de violência por parte de policiais contra estudantes, alguns deles documentados em imagens. 

Para Paul Singer, professor da FEA e secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, os problemas atuais estão conectados à falha na transição da estrutura de poder da USP para a democracia. “A proposição aqui está não só em fazer justiça aos que foram vítimas da violência, e houve muitas. Uma grande parte, como eu, conseguiu sobreviver, e outros não conseguiram, foram liquidados e mortos. É importante saber da verdade não só para evitar que coisas revoltantes venham novamente a acontecer. É mais do que isso: é entender o presente. Entender o passado é fundamental para saber por que as pessoas são como são.”

 Fonte: Rede Brasil Atual/Site da UJS.

Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - D. Helder Câmara.


“Não acredito em desenvolvimento que não seja conduzido pelo povo”.

"O segredo de ser jovem - mesmo quando os anos passam, deixando marcas no corpo - é ter uma causa a que dedicar a vida".

"Para além, muito além dos egoísmos individuais, dos egoísmos de classes, dos egoísmos nacionais, é preciso abraçar, sorrir, trabalhar".


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domingo, junho 10, 2012

Resumo: Weber e a Ação Social.

Formulado pelo sociólogo alemão, Max Weber (1864-1920), o conceito de Ação Social deve ser compreendido como o objeto principal para o entendimento da sociologia enquanto conhecimento ciêntífico. Ao contrário do positivismo postulado por Durkheim, Weber passou a ver a sociologia, por meio de uma perspectiva neokantiana e por uma análise historicista.

O método compreensivo, criado por Weberficou conhecido pela pretensão de ter a finalidade de não apenas explicar os fatos de maneira positivista e sim, tentar apreender os processos da ação humana, por meio de uma visão histórica e daí estrair o seu verdadeiro sentido. Diante disso, na perspectiva weberiana, o homem passou a ter um significado e a especificidade de um agente social, capaz de dotar sentidos as suas ações.

Por "ação" deve-se entender como uma conduta humana (que pode concistir num ato externo ou interno, numa condição ou permissão) sempre que o sujeito ou os sujeitos da ação envolvam-na de um sentido subjetivo. A "ação social", portanto, é uma ação em que o sentido indicado por seu sujeito ou sujeitos, refere-se à conduta de outros, orientando-se por esta, em seu desenvolvimento.
(WEBER, Max. Ética Protestante e o Espírito Capitalista. 4ed, 1985)
Assim, Weber afirma que o objeto da sociologia seria a busca pelo entendimento a cerca do sentido da ação humana, pois seria esse, o objeto de pesquisa capaz de oferecer a compreensão ideal para os fenômenos sociais. Uma vez que, tudo que ocorre na sociedade é mercado por ação ou ações sociais, que por sua vez são dotadas de sentidos e conteúdos simbólicos.

Nessa conjuntura, as ações sociais dos indivíduos, são dotadas de sentidos e formuladas na própria sociedade. Dessa maneira, só existe ação social quando o indivíduo estabelece algum vínculo comunicativo e social com outros indivíduos.

Existem quatro tipos de Ação Social:
  1. Tradicional: Aquela que é determinada por meio do próprio costume ou hábito instituído na sociedade.
  2. Afetiva: Aquela determinada pelo afeto ou estados sentimentais.
  3. Racional com Relação À Valores: Determinada pela crença consciente em um determinado valor considerado importante, independente d êxito desse valor na realidade.
  4. Racional com Relação a Fins: Determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza meios necessários.
Nos ensinamentos de Maria Cristina Castilho Costa:
Cada ordem social adquiriu, para Weber, especificidade e importância próprias. Mas o ponto de partida da Sociologia de Weber não estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições. Seu objeto de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido. Assim o homem ganhou, na teoria weberiana, significado e especificidade. O homem dá sentido a sua ação social: estabelece a conexão entre o motivo da ação, ação propriamente dita e seus efeitos. (p. 63).

Em Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociedade Compreensiva, Weber  explica ação social como "uma ação que, quanto ao sentido visado pelo agente ou agentes, se refere ao comportamento de outros, orientando-se por este em seu curso". E nesse  mesma obra, o autor ratifica a ação social como objeto de estudo da sociologia ao afirmar que a sociologia é uma "ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la causalmente em seu curso e efeitos".

Enfim, é por meio da análise sobre a ação social que podemos desvendar o seu próprio sentido, como também os valores sociais e motivações que dotaram esse sentido a ação social, produzindo assim, um entendimento sobre a formação e funcionamento das sociedades.

Referências Bibliográficas:

COSTA. Maria Cristina Castilho. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 
VILA NOVA, Sebastião. Introdução a Sociologia.
WEBER, Max. Ética Protestante e o Espírito Capitalista.
________. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociedade Compreensiva.
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sábado, junho 09, 2012

Ariel Castro Alves: ‘Os Direitos Humanos Precisam Se Popularizar’.

Parte da sociedade tem noção equivocada sobre direitos humanos, diz presidente da Fundação Criança. 

Ao participar do 17º encontro do Movimento Nacional de Direitos Humanos, o presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo, Ariel de Castro Alves, ressaltou a importância da difusão desses valores. "Os direitos humanos precisam se popularizar. Aqui nós trataremos da educação em direitos humanos. Uma boa parcela da população tem uma compreensão completamente equivocada sobre direitos humanos”, destacou, em entrevista, o advogado, que também é vice-presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Segundo Alves, a percepção errada sobre o tema existe devido a um estigma que foi construído principalmente durante a ditadura militar. "Nós temos que mostrar à sociedade que, no passado, os direitos humanos foram estigmatizados exatamente porque as pessoas que lutavam por direitos humanos defendiam a democracia, eram tratadas como terroristas. E hoje, no período democrático, as pessoas que lutam por direitos humanos são, muitas vezes, tratadas como defensoras de bandidos”. 

Essa noção equivocada faz, de acordo com Alves, com que setores da sociedade defendam ideias nocivas. Uma pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), divulgada nesta semana, mostrou que quase metade dos brasileiros concorda com o uso de tortura para obtenção de provas nos tribunais. "Em um dia pode ser torturado o criminoso, no dia seguinte pode ser o suspeito e no dia seguinte qualquer um de nós está sujeito a ser torturado e colocado como criminoso. Temos que mostrar à sociedade que não é dessa forma, nós temos leis que precisam ser respeitadas” disse Alves sobre os resultados do estudo. 

Para o coordenador-geral do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Gilson Cardoso, a sociedade organizada tem papel fundamental para garantir o respeito aos direitos humanos no país. "Governos têm limites, mas a sociedade civil não, nós temos responsabilidades”, destacou Cardoso ao falar para as delegações de todas as regiões do Brasil. "A história desse país foi construída, por meio dos movimentos sociais, em vários momentos”, completou. 

Na cerimônia de abertura do encontro, que vai até domingo (10), foram premiadas pessoas, entidades e iniciativas que se destacaram na defesa dos diretos básicos do indivíduo. Entre elas, está a defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque, pelo atendimento aos moradores de rua durante a operação policial para coibir o uso de crack no centro de São Paulo, além do Centro de Direitos Humanos de Sapopemba, zona leste paulistana. Também está entre os premiados o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe), pela atuação no caso da reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). 

Edição: Graça Adjuto.
Fonte: Adital/ Agência Brasil/EBC - Empresa Brasil de Comunicação.
Por Daniel Mello.
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