quarta-feira, novembro 30, 2011

Admirável República dos Tiriricas: Os Fatos Mais Interessantes da Política Tupiniquim.

Fiquemos convencidos que a essa forma particular de solucionar as grandes questões políticas através da cordialidade, sem dúvida, é um dos maiores patrimônios imateriais de nosso tempo. Ora, é tratando a política "na política" que tudo acaba em uma deliciosa rodada de pizza, obviamente patrocinada por recursos públicos.

Contudo, não adianta apenas terminar dessa maneira, pois de nada valerá, essa brilhante capacidade de lidar com os problemas de interesse (e orçamento) público, sem demonstrar toda afetividade e respeito perante a nação. Afinal de contas, tudo acaba em um final feliz, não é isso que aprendemos nas novelas e nos filmes hollywoodianos? Pois bem, para ilustrar esse breve comentário, assistam a uma "honesta" declaração de amor proferida em mais uma de nossas famosas "pizzarias" que se encontram espalhadas por toda república dos tiriricas.

segunda-feira, novembro 28, 2011

domingo, novembro 27, 2011

Exercício de História (Geral e Brasil) - Questões da UPE:

01. A cultura humana é, historicamente, resultado de muita luta contra as adversidades. Na sua relação com a sua produção do conhecimento, os seres humanos:

A) conseguiram afirmação imediata devido ao poder de inventar objetos e à coragem para desafiar os obstáculos.
B) enfrentaram medos e limites, importantes para exercitar a imaginação e as possibilidades de aprofundar os seus saberes.
C) foram marcados por frustrações insuperáveis, devido ao fato de a sua limitada inteligência prática não permitir maiores aventuras.
D) foram motivados pelo progresso constante da cultura, voltada à solidariedade e comunhão de interesses da sociedade.
E) criaram invenções e objetos, fazendo da arte seu grande ponto de apoio e liberdade social em todas as épocas.

02. Construir uma relação solidária entre as pessoas faz parte do fazer político humano. As experiências feitas são múltiplas. Na Grécia, nos tempos da democracia:

A) houve êxito na quebra das hierarquias e na vitória de princípios de igualdade social para crescimento econômico.
B) extinguiu-se a escravidão e criaram-se alternativas de trabalho para todos, seguindo os ensinamentos de Platão Aristóteles.
C) buscou-se diminuir as diferenças entre as pessoas, mas não se acabaram as hierarquias sociais nem as desigualdades econômicas.
D) efetivou-se a aristocracia no poder, apesar da grande astúcia política dos monarcas e das assembleias populares.
E) havia grandes semelhanças com a democracia contemporânea, afirmando valores universais e definindo direitos sociais.

03. A religião foi decisiva para expansão da cultura muçulmana. Apesar das guerras, os muçulmanos realizaram vários feitos culturais que repercutiram na sociedade ocidental. A influência muçulmana se fez presente na(no):

A) Península Ibérica, onde se conseguiu implantar uma filosofia que combatia o catolicismo.
B) uso de técnicas agrícolas que ajudavam no cultivo de produtos importantes para a época.
C) divulgação da filosofia de Sócrates, através de seus sábios que visitavam as universidades do Ocidente.
D) arte francesa, sobretudo na definição dos estilos gótico e românico, no final da Idade Média.
E) forma de governo espanhola, estruturada em pequenos feudos, apresentando agricultura irrigada.

04. O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre, são divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O uso da escravidão mostra a existência da exploração, mesmo nos tempos modernos. A escravidão:

A) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na agricultura, apresentando grande lucratividade nos negócios agrícolas.
B) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colônias portuguesas e inglesas, sendo ineficaz no comércio.
C) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos expressivos, nas colônias inglesas, devido aos preconceitos raciais.
D) deu condições para favorecer o crescimento da burguesia, que lucrava com o comércio da época e firmava seus interesses.
E) inexistiu no trabalho, nas minas de ouro da América, sendo utilizada na agricultura latifundiária e nos serviços urbanos.

05. As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia o(a):

A) fim da propriedade privada e da escravidão, com a queda da sociedade colonial e o fim do mercantilismo.
B) consolidação da monarquia constitucional, destacando a universalidade do conhecimento e as possibilidades de massificação da cultura.
C) pensamento de Descartes e o fim do idealismo, ressaltando o valor de democracia e da igualdade social na Europa do século XVII.
D) liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade privada e combatendo o absolutismo.
E) crescimento do capitalismo, sem afetar a força política da nobreza e dos poderes dos monarcas absolutistas da época.

06. A luta pela emancipação política do Brasil foi marcada por rebeliões que enfraqueceram o domínio português, divulgando as ideias liberais. Com a chegada de D. Pedro I ao poder, a sociedade brasileira da época:

A) conseguiu sua autonomia econômica e libertou-se do poder dos europeus.
B) conviveu com um governo descentralizado e liberal nas normas jurídicas.
C) manteve a escravidão, mas fez mudanças importantes na legislação social.
D) recuperou sua produção agrícola, destacando-se o algodão e o café.
E) enfrentou dificuldades políticas, sendo D. Pedro I acusado de autoritarismo.

07. A liberdade política exige lutas e enfrentamentos, muitas vezes, violentos. Em Pernambuco, a insatisfação da população levou à organização da Confederação do Equador, logo depois de 1822. Liderada pelos liberais, a Confederação tinha como objetivo:
 
A) afirmar um governo baseado numa Monarquia Constitucional, segundo os modelos do Iluminismo francês.
B) definir um governo democrático, com o fim imediato da escravidão e do governo monárquico.
C) reforçar a centralização política, sem, contudo, alterar a Constituição de 1824 e suas normas básicas.
D) criar uma república federativa, facilitando a descentralização política e o fim do autoritarismo.
E) destruir o poder dos grandes latifundiários, proclamando uma constituição radicalmente liberal.

08. A religião teve importância para a Idade Média em amplos aspectos da sua vida social. Além do seu destaque político, merece ressaltar figuras, como Tomás de Aquino, pensador influente, que, no período Medieval:

A) foi um crítico dos costumes da época, sendo partidário de heresias que incomodavam o clero secular.
B) se firmou como um dos pensadores importantes da Igreja Católica, embora tivesse ligações filosóficas com Aristóteles.
C) negou a necessidade de acreditar em Deus de forma institucional, defendendo o pensamento de santo Agostinho.
D) influenciou as idéias da Igreja no período da Alta Idade Média, com sua exaltação da fé individual.
E) se tornou o centro do pensamento cristão no Ocidente, construindo uma reflexão a partir de Platão e dos pré-socráticos.

09. A História é uma área do conhecimento, que sofreu várias inovações metodológicas no século XX. Essas inovações provocaram mudanças que estão ligadas à eclosão da Escola dos Annales. Nessa perspectiva, é CORRETO afirmar que:

A) a Escola dos Annales reafirmou os postulados positivistas, reforçando uma história política como a única perspectiva de análise da sociedade.
B) a produção cultural humana assim como as mentalidades, o imaginário, o cotidiano e a cultura popular foram vistos como novos interesses de estudo dos historiadores.
C) a análise econômica desaparece da pauta de temáticas estudadas pela História após o advento dos Annales.
D) a única preocupação dos historiadores influenciados pelo pensamento dos Annales se refere à cultura.
E) não existem ainda hoje ecos do pensamento dos Annales nos estudos sobre a história do Brasil.

10. Em todos os modelos, as eleições se decidem por maioria de votos. Nesse sentido, as eleições podem ser de vários tipos: simples, relativo e absoluto. Conforme o tipo adotado, ganha o candidato que obtiver mais votos, com qualquer número, ou é estabelecido um quorum, uma quantidade mínima de votos, para que haja vencedor, e a eleição seja validada, ou, ainda, é exigido metade mais um dos votos válidos. MARTINEZ, P. Forma de Governo. São Paulo: Moderna, 1992 (adaptado).
No Brasil, já foram praticados, desde a colônia, vários sistemas eleitorais. Nesta perspectiva:

I. no tempo da colônia, os nobres podiam eleger, entre eles, representantes dos conselhos locais.
II. na República Velha, a riqueza deixou de ser requisito para votar e ser votado.
III. a Constituição de 1946 manteve a proibição de voto dos analfabetos e das mulheres.
IV. o golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu puseram fim às eleições diretas para presidente.
V. a Constituição de 1988 transformou o Brasil numa democracia de massa: eleger seus representantes tornou-se um direito de todos.

Estão CORRETAS:

A) apenas as afirmativas I e IV.
B) apenas as afirmativas I, II e V.
C) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
D) apenas as afirmativas III e IV.
E) todas.

11. Na Baixa Idade Média (séculos X-XV), a sociedade feudal europeia assistiu a mudanças em sua estruturação e dinâmica de funcionamento que foram essenciais para a construção do mundo moderno.Sendo assim, é CORRETO afirmar que, neste período:

A) a burguesia surge e começa a atuar predominantemente, no contexto social dos incipientes centros urbanos feudais.
B) a igreja católica assiste a uma redução drástica do seu poder no contexto sócio-político mais amplo com a eclosão da Reforma Protestante.
C) o poder régio nas monarquias feudais, em especial na França e Inglaterra, passa a restringir a atuação da burguesia por meio de medidas de repressão fiscal.
D) há uma expansão do modelo agrário feudal na economia europeia de então, com a diminuição dos centros urbanos.
E) as cidades feudais passam a sofrer com guerras locais ligadas aos conflitos religiosos entre os cristãos e os judeus, em especial na Península Ibérica.

12. O Islamismo – religião pregada por Maomé e seus seguidores – tem hoje mais de 1 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, sendo ainda predominante no Oriente Médio, região onde surgiu. Um dos principais fundamentos da expansão muçulmana é a Guerra Santa. A respeito dos muçulmanos, é CORRETO afirmar que:

A) a expansão árabe-muçulmana acabou por islamizar uma série de povos, exclusivamente árabes.
B) o povo árabe palestino, atuando na revolução armada palestina, rejeita qualquer solução que não a libertação total do Estado de Israel.
C) em Medina, a religião criada por Maomé, embora tenha crescido rapidamente e tenha criado a Guerra Santa – Gihad – não teve caráter expansionista.
D) a história do Líbano contemporâneo esteve sempre ligada à busca de um certo equilíbrio entre várias comunidades que compõem o país, especialmente as duas mais importantes: xiitas e cristãos.
E) a facção dos fundamentalistas islâmicos pertence à corrente xiita, sendo que os mais radicais repudiam os valores do mundo ocidental moderno.

13. A conquista e a colonização da América não estavam unicamente ligadas ao processo de expansão mercantilista da Europa moderna. Faziam parte, também, da ação da igreja tridentina no combate ao protestantismo e na luta em prol da ampliação do número de fieis católicos. Nessa perspectiva:

A) a catequese dos povos americanos não teve destaque na ação das coroas portuguesa e hispânica no Novo Mundo.
B) a instituição do padroado régio na Espanha e em Portugal assim como em suas possessões no além-mar comprova o caráter religioso da conquista da América.
C) a ação dos jesuítas na catequese dos ameríndios e na colonização ibérica na América se restringiu aos territórios hispânicos.
D) a presença massiva de protestantes na América colonial sob a tutela das monarquias ibéricas ressalta a pequena atuação da igreja católica na colonização do Novo Mundo.
E) na América Portuguesa, os jesuítas não tiveram espaço para a atuação catequética, cabendo essa ação, nos territórios lusos da América, a outras ordens, como os franciscanos e beneditinos.

14. O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua essência. FALCON, F. J. C. Iluminismo, São Paulo: Ática, 1986. Adaptado.

Suas principais linhas de força foram:

A) o pensamento crítico, o primado da razão, a antropologia e a pedagogia.
B) a ideia de progresso, a antropologia, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
C) o direito coletivo, o direito à propriedade, o primado da razão, a ideia de progresso.
D) o sentimento humanitário, a futilidade da guerra, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
E) a ideia de socialismo, o pensamento crítico, o antropocentrismo e o naturalismo.

15. Dentre as revoltas políticas e sociais que abalaram o Império do Brasil, a Revolta Praieira se destaca. Para muitos historiadores, essa revolta ocorrida em Pernambuco, em 1848, foi a última atribulação política interna do império. Sendo assim, sobre a Praieira e seu contexto histórico, podemos assinalar que:

A) no Pernambuco da primeira metade do século XIX, a mão-de-obra escrava não era mais essencial para a produção do açúcar.
B) não podemos enquadrar a Praieira no conjunto das revoltas liberais que abalaram o Pernambuco no oitocentos.
C) não há como se analisar a Praieira, sem se considerar a atuação do partido liberal na província de Pernambuco.
D) em essência, as propostas da Praieira divergiam dos movimentos de 1817 e 1824, por não compactuar dos ideais do liberalismo.
E) a repressão estatal, empreendida por D. Pedro I, debelou rapidamente os insurgentes da Praieira.
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Download: Elio Gaspari.


01. A Ditadura Envergonhada.
Download: 4Shared.

02. A Ditadura Escancarada.
Download: 4Shared.

03. A Ditadura Derrotada.
Download: 4Shared.

04. A Ditadura Encurralada.
Download: 4Shared.

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Lançamento de Livro Sobre Repressão Política no Campo Atualiza Agenda da Reforma Agrária.



Lançamento do livro "Retrato da Repressão Política no Campo - Brasil 1962-1985 - Camponeses torturados, mortos e desaparecidos", em Recife, reuniu pessoas que nunca deixaram de lado o engajamento na luta por avanços sociais como a reforma agrária e o respeito aos direitos humanos. Debate ilustra a situação de um País que ainda não garantiu à população o direito à memória e à verdade sobre os acontecimentos ocorridos durante a ditadura. O livro é uma publicação do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, do MDA, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Márcio Markman – Do Recife, Especial para Carta Maior

O que era para ser o lançamento de mais uma obra sobre as vítimas da ditadura militar no Brasil se transformou em um encontro de pessoas que nunca deixaram de lado o engajamento na luta por avanços sociais como a reforma agrária e o respeito aos direitos humanos. É como pode ser definido o evento que levou ao público pernambucano o livro Retrato da Repressão Política no Campo – Brasil 1962-1985 – Camponeses torturados, mortos e desaparecidos, uma publicação do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (NEAD/MDA), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O lançamento aconteceu nesta quinta-feira, no auditório de Pós-Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A platéia formada basicamente por estudantes e familiares de antigos militantes da luta dos trabalhadores rurais pode acompanhar um debate que bem ilustra a situação de um País que ainda não garantiu à população o direito à memória e à verdade sobre os acontecimentos ocorridos durante a ditadura militar. Por quase três horas, a discussão enfocou o período e alguns dos personagens retratados no livro, mas ultrapassou a barreira do tempo e se estendeu até a realidade atual vivida pelos camponeses.

“É muito emocionante e uma grande honra lançar esse livro em Pernambuco. Utilizamos uma série de pesquisas de várias partes do País e também realizamos dezenas de entrevistas com pessoas que viveram essas histórias e, nesse sentido, Pernambuco foi extremamente importante”, comentou uma das autoras, a jornalista e antropóloga Marta Cioccari, que divide a autoria com Ana Carneiro.

Coube ao professor Moacir Palmeira, pesquisador do Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do projeto, contar como a ideia do livro foi concebida. “A Secretaria de Direitos Humanos já havia realizado uma série de iniciativas e percebemos que muito pouco se falava do campo. Fundamentalmente o que havia era o registro da Guerrilha do Araguaia. As lutas na cidade eram mais visíveis. A guerrilha urbana, a tortura do DOI CODI. E a gente constatou que a maior parte da repressão aconteceu, na verdade, nas zonas rurais. A ideia do livro é que era preciso revelar para o Brasil essa face oculta da ditadura militar”, revelou.

Depoimentos:
As cerca de 70 pessoas que participaram do encontro tiveram a oportunidade de acompanhar relatos de pessoas que vivenciaram o período de repressão no campo ou que, de alguma forma participaram da luta dos trabalhadores rurais. É o caso de Anacleto Julião, filho do líder das Ligas Camponesas, Francisco Julião. “Eu era muito novo quando comecei a entender o que se passava, principalmente através da minha mãe, Alexina. Porque meu pai estava sempre no mundo, dedicando a vida à luta pela reforma agrária. Tive influência da família e de centenas de camponeses que iam à nossa casa em busca de advogados, de socorro médico. Tudo isso que vivi me ensinou sobre solidariedade”, afirmou Anacleto.

Antropólogo, ele garante jamais ter se desviado dos princípios difundidos pelo pai e por figuras como Gregório Bezerra e Miguel Arraes. “Tenho uma nova tese de que todos eles estão no purgatório, que é um lugar de espera. E lá esperam a continuidade da luta, que nós continuemos a brigar pela reforma agrária, pelo socialismo e por uma sociedade que ainda é utópica, mas que vai deixando de ser a partir do momento em que as mudanças vão acontecendo”.

O ex-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Euclides Nascimento, relembrou o papel da organização sindical na luta pelos direitos dos camponeses. “Os trabalhadores viviam isolados, desorganizados e sem representatividade. O sindicato nasceu disso. Nós não falávamos em golpe militar, mas em revolução, que não éramos loucos. Mas brigamos contra os senhores de engenho e até contra coronéis que compravam terras e não queriam pagar as indenizações aos trabalhadores”, relatou.

Quem também fez parte da luta sindical foi José Francisco da Silva, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). “Há trechos do livro em que se a gente não fechar direitinho a torneira do coração a lágrima cai. É um documento muito rico e que não pode ficar restrito a essa sala. Por que não fazer um lançamento no Senado e cobrar o reconhecimento a esses companheiros? Eles merecem muito mais”, indagou.

A diretora do CFCH, Socorro Ferraz, que coordenou a mesa de debates, trouxe a memória de quem militou durante anos na luta pelo direito dos trabalhadores do campo, através do Partido Comunista Brasileiro. “A repressão no campo sempre existiu. Quando a gente ia fazer o nosso trabalho no campo, ninguém sabia se ia voltar”, garantiu a diretora. Ela acredita que as histórias que fazem parte do livro devem ser analisadas pela recém-criada Comissão da Verdade, não apenas no que diz respeito aos casos de pessoas que foram torturadas, mortas e desaparecidas. “É muito importante que a gente lute para que a Comissão da Verdade também recupere como era a realidade dos camponeses, a vida miserável. Nós passávamos dias comendo caroço de jaca cozido. Essas histórias não são uma versão romanceada dos camponeses, é a mais pura verdade”, avaliza.

Para a diretora do CFCH, o encontro realizado na UFPE transcendeu o papel de evento de lançamento do livro. “É uma tarde realmente histórica. Esse é o verdadeiro papel da universidade, manter sempre viva a relação e intervir na Sociedade. Com críticas, denúncias e proposições”, destacou.

Reivindicações:
O contexto era propício e o clima do debate ultrapassou a barreira das lembranças sobre a época da ditadura militar. Apesar do perfil socialista de todos os participantes da mesa, uma série de reivindicações foram levantadas durante o evento. O ex-presidente da Fetape, Euclides Nascimento, chamou a atenção para o problema enfrentado pelas famílias de trabalhadores rurais que vivem nas áreas onde estão sendo instalados alguns dos principais empreendimentos estruturadores da região, casos da Ferrovia Transnordestina, da Transposição do Rio São Francisco e de algumas barragens dos sistemas de abastecimento de água. “Não se pode querer que uma obra de utilidade pública cause calamidade pública. As famílias que estão nas áreas desse projeto estão recebendo uma indenização, mas quem trabalha no campo precisa é de terra”, alertou.

O ex-presidente da Contag, José Francisco da Silva, entregou aos debatedores cópias da carta que a entidade enviou à presidenta Dilma Rousseff e da resposta por parte do Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Vocês viram que, nas últimas eleições, pouco se falou sobre reforma agrária. Nosso pedido principal foi para que a reforma agrária no Brasil fosse destravada. Nós temos que pensar qual o projeto de desenvolvimento que nós queremos seguir, que se concentra nas zonas urbanas”, indagou.

A professora do Departamento de História da UFPE, Socorro Abreu, lembrou a importância dos casos relatados no livro a partir das perspectivas da recém-criada Comissão da Verdade. “Foram debatidas muitas questões sobre a situação no campo, mas temos que pensar no compromisso com os direitos humanos. Ainda não sabemos quem são as pessoas que vão fazer parte da Comissão, mas não pode ser um trabalho apenas para inglês ver, porque os organismos internacionais estão pressionando o Brasil. Se nós queremos uma sociedade menos violenta, não podemos esconder essa violência que aconteceu e que nunca foi esclarecida”, afirmou.

Fonte: Carta Maior

sábado, novembro 26, 2011

Nova Geração de Historiadores Reformula a História do Brasil.

Os vídeos a baixo trabalham um debate de grande relevância, no que diz respeito a historiografia brasileira. Mesmo descordando de algumas posições políticas proferidas pelo jornalista Leandro Narloch é fundamental admitir que, o mesmo vem fazendo um brilhante trabalho provocativo, no que diz respeito a forma habitual que a escrita da história se encontra alicerçada.

Ora, a atual sistematização didática dos livros de história não consegue construir um conhecimento, nem tampouco, uma consciência histórica nas pessoas, fazendo dos professores, meros reprodutores de velhos discursos. Por outro lado, as produções historiográficas ainda se encontram concentradas exclusivamente nos circulos acadêmicos e universitários, sem nenhuma popularidade. E é diante dessa realidade que temos que nos debruçarmos em um válioso debate para que os estudos históricos passem a ser repensado, desde os seus métodos até suas formas de publicação. Enfim, assitam aos vídeos e construam também esse dialógo tão valoroso.





sexta-feira, novembro 25, 2011

Coluna: Os Malvados.

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Edgar Vasques: Rango.


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As Aventuras da Família Brasil - Luis Fernando Veríssimo.


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segunda-feira, novembro 21, 2011

O Plano Real.

Por Antonio Gasparetto Junior.

O programa brasileiro chamado Plano Real resultou no lançamento de uma nova moeda, o Real, em 1994.O governo presidencial que se encerrou em 1994 passou por uma série de crises. O problema inicial se deu com o impeachment do presidente eleito por voto direto Fernando Collor de Melo. Em seu lugar assumiu o vice Itamar Franco, que guiou o mandato até o final. Outro problema, que já se arrastava há algum tempo, foi o da economia, com suas graves crises financeiras e inflacionárias. A inflação atingia todo mês níveis exorbitantes.

No final do ano de 1993, o governo deu início a um plano econômico com o objetivo de controlar a hiperinflação do país. O presidente Itamar Franco permitiu que o Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, conduzisse todo o processo, desde sua idealização até sua execução. Fernando Henrique reuniu vários economistas para elaborar as medidas do governo e as reformas econômicas e monetárias necessárias.

O Plano Real foi então iniciado oficialmente no dia 27 de fevereiro de 1994 através da Medida Provisória n° 434. A medida determinou a Unidade Real de Valor (URV) e culminou com o lançamento do Real como nova moeda. A implantação do Plano Real se deu através de três etapas: equilíbrio das contas públicas, criação da URV e o lançamento do Real. Durante o debate do nome da nova moeda, cogitou-se chama-la de Cristal, Coroa ou Cruzeiro-Cruzado, mas o nome Real vingou pelas possibilidades publicitárias que oferecia.

O programa para estabilização da economia passou pela desindexação da economia, por um amplo processo de privatizações, pelo equilíbrio fiscal, pela abertura econômica, pelo contingenciamento e por políticas monetárias restritivas.

Os efeitos imediatos do Real refletiram-se no aumento da capacidade de consumo da população, no amplo controle da inflação que caiu de taxas de 50% para 3%, redução da população miserável brasileira e fortaleceu a imagem do Ministro Fernando Henrique Cardoso, responsável pela condução do projeto, que despontou como sucessor natural de Fernando Henrique Cardoso.

O Plano Real se mostrou o mais eficaz programa de estabilização econômica da história do Brasil. Mas para alcançar o sucesso foi preciso que fossem tomadas medidas como privatizações de vários setores estatais, criação de agências reguladoras, implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal, liquidação ou venda da maioria dos bancos estaduais, renegociação da dívida pública e maior abertura comercial com o exterior. Por motivos como esses, o Plano Real também recebeu oposição no seu período de implantação, tendo o Partido dos Trabalhadores (PT) como um dos maiores opositores.

No lançamento do Plano Real, esperava-se como efeitos de longo prazo a manutenção das baixas taxas inflacionárias, o aumento do poder aquisitivo da população, a modernização do parque industrial brasileiro e o crescimento econômico acompanhado da geração de empregos. O Real prosperou, mostrou-se competente e é utilizado até hoje no Brasil. Desde 1994 o Real passou por várias crises econômicas mundiais e demonstrou capacidade de controle e recuperação, especialmente a crise de 2008-2009, que gerou uma imensa quebradeira na Europa e nos Estados Unidos, a qual passou sem muito impacto pelo Brasil. O país, hoje, conta com uma moeda forte e estável, sem apresentar indícios de substituição.
  

Lógica e Filosofia (Introdução).


O termo "lógica" vem de uma palavra grega que significa razão, A Lógica é, de fato, a ciência das leis ideais do pensamento, e a arte de aplicá-las corretamente à procura e à demonstração da verdade. A Lógica é uma ciência, isto é,um sistema de conhecimentos certos, fundados em princípios universais.

A lógica é também uma arte, isto é, um método que permite bem fazer uma obra segundo certas regras.A Lógica, de fato, ao mesmo tempo em que define as leis ideais do pensamento, estabelece as regras do pensamento correto, cujo conjunto constitui uma arte de pensar. E como o raciocínio é a operação intelectual que implica todas as outras operações do espírito, define-se muitas vezes a lógica como a ciência do raciocínio correto. A Lógica tem por fim a procura e a demonstração da verdade.

DIVISÃO DA LÓGICA

Lógica formal ou menor.
É a parte da Lógica que estabelece a forma correta das operações intelectuais, ou melhor, que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objetos do pensamento, quaisquer que sejam.

Lógica material ou maior.
É a parte da Lógica que determina as leis particulares e as regras especiais que decorrem da natureza dos objetos a conhecer. Ela define os métodos das matemáticas, da física, da química, das ciências naturais, das ciências morais etc, que são outras tantas lógicas especiais.

RACIOCÍNIOS LÓGICOS.
A) A dedução consiste em partir de uma verdade já conhecida (seja por intuição, seja por uma demonstração anterior) e que funciona como um princípio geral ao qual se subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela. Em outras palavras, na dedução parte-se de uma verdade já conhecida para demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares iguais. Por isso também se diz que a dedução vai do geral ao particular ou do universal ao individual. O ponto de partida de uma dedução é ou uma idéia verdadeira ou uma teoria verdadeira.

Todos os x são y (definição ou teoria geral);
A é x (caso particular);
Portanto, A é y (dedução).

Todos os homens (x) são mortais (y);
Sócrates (A) é homem (x);
Portanto, Sócrates (A) é mortal (y).

B) A indução realiza um caminho exatamente contrário ao da dedução. Com a indução, partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a teoria geral que explica e subordina todos esses casos particulares. A definição ou a teoria são obtidas no ponto final do percurso. E a razão também oferece um conjunto de regras precisas para guiar a indução; se tais regras não forem respeitadas, a indução será considerada falsa.


Na indução, dados a, b, c, d, infiro (concluo) X:

O cobre é condutor de eletricidade,
assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e outros metais,
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.

C) Abdução ou hipótese: o raciocínio abdutivo é típico de todas as descobertas científicas revolucionárias. A abdução é a adoção probatória da hipótese. Todas as idéias da ciência vêm através dela. Esse tipo de inferência consiste em estudar fatos e inventar uma teoria para explica-los.
A abdução faz uma mera sugestão de algo que pode ser. Para apreender ou compreender os fenômenos, só a abdução pode funcionar como método. O raciocínio abdutivo são as hipóteses que formulamos antes da confirmação (ou negação) do caso.

Exemplos:
Todos os livros dessa caixa são de matemática. Estes livros são de matemática. (Provavelmente) esses livros provêm daquela caixa.

Um grupo de três pessoas segue em um veículo à noite pela rodovia. Em determinado ponto, o tráfego se torna lento. É possível ver dois veículos parados na pista, sendo que um deles é uma viatura da polícia. Um policial está do lado de fora do carro conversando com dois homens. As três pessoas que estão no interior do carro, enquanto passam pelo local começam a apresentar hipóteses: seria um acidente? seria uma blitz policial em um veículo suspeito? Ou o motorista do veículo estaria apenas pedindo informações ao policial?

D) Analogia: é um tipo de raciocínio no qual passamos de um ou de alguns fatos similares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que apresentam pontos de semelhança.
Exemplo:
Paulo sarou as suas dores de cabeça com este remédio. Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com esse mesmo remédio.

E) Falácia: É a argumentação capaz de persuadir pelo efeito psicológico que causa e não pela correção lógica, constituindo-se um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de um raciocínio correto. As falácias podem ser formais, quando contrariam as regras do raciocínio lógico correto, ou informais, que são as mais comuns em nosso cotidiano, pois utilizam de mecanismos emocionais ou apelações. Segundo Pedro Hispano: “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”

Exemplos:
"Uma pessoa religiosa como você não é capaz de argumentar racionalmente comigo."
"Não acredito que uma pessoa culta como você acredita nesta teoria."
"Na filosofia, Sócrates já está ultrapassado. É melhor Sartre, pois é mais recente."
"Um homem sofrido que agora passa pelo transtorno de ser julgado em tribunal"
"Os peritos dizem que a melhor maneira de prevenir uma guerra nuclear é estar preparado para ela."
"Se há carros então há poluição. Há poluição. Logo, há carros."


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
 
SANTAELLA, Lúcia. O Que é Semiótica. Editora Brasiliense, São Paulo, 1983.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e filosofia. São Paulo, Cultrix, Editora Universidade de São Paulo, 1975.

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domingo, novembro 20, 2011

20 de Novembro: Dia da Consciência Negra.

A data foi estabelecida por meio da lei 10.639/2003 utilizando o dia 20 de novembro como uma homenagem ao líder negro, Zumbi dos Palmares que morreu nesse mesmo dia, no ano de 1695. Além disso a data também foi incorporada ao calendário escolar por meio dessa mesma lei, para que as novas gerações possam debater e refletir sobre a história  e a cultura Afro-brasileira. É válido ressaltar que a semana da Consciência Negra representa para as organizações que atuam no movimento negro como um marco relevante para a discussão sobre a igualdade racial no Brasil.


terça-feira, novembro 15, 2011

15 de Novembro de 1889: Proclamação da República no Brasil.


O dia 15 de Novembro, sem dúvida alguma, é uma das mais importantes datas da história política do povo brasileiro. A proclamação da República no país, em pleno final do século XIX, foi um singular momento para a construção de um projeto político nacional relevante para a população brasileira. Mesmo marcado por suas particularidades elitistas, a expulsão da famíla Real e o fim da monarquia, de fato, abriu os caminhos para mudanças gradativas no contexto social, político e econômico.

Contudo, em meio aos diversos feriados cívicos e religiosos presentes no calendário nacional, a data, infelizmente, vem perdendo destaque merecido e sendo apenas lembrada como mais um esperado dia de folga para a classe trabalhadora brasileira.

Entretanto, como um dos principais ofícios do hstoriador é relembrar aquilo que foi, convenientemente esquecido por milhões de pessoas, não poderia deixar de ressaltar esse momento singular de nossa história.


DECRETO Nº 1, DE 15 DE NOVEMBRO DE 1889

Proclama provisoriamente e decreta como forma de governo da Nação Brasileira a República Federativa, e estabelece as normas pelas quais se devem reger os Estados Federais

O GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DECRETA:

Art 1º - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da Nação brasileira - a República Federativa.

Art 2º - As Províncias do Brasil, reunidas pelo laço da Federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brasil.

Art 3º - Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania, decretará oportunamente a sua constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus Governos locais.

Art 4º - Enquanto, pelos meios regulares, não se proceder à eleição do Congresso Constituinte do Brasil e bem assim à eleição das Legislaturas de cada um dos Estados, será regida a Nação brasileira pelo Governo Provisório da República; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por Governadores delegados do Governo Provisório.

Art 5º - Os Governos dos Estados federados adotarão com urgência todas as providências necessárias para a manutenção da ordem e da segurança pública, defesa e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos quer nacionais quer estrangeiros.

Art 6º - Em qualquer dos Estados, onde a ordem pública for perturbada e onde faltem ao Governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e tranqüilidade públicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio da força pública, assegurar o livre exercício dos direitos dos cidadãos e a livre ação das autoridades constituídas.

Art 7º - Sendo a República Federativa brasileira a forma de governo proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum Governo local contrário à forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da Nação, livremente expressado pelo sufrágio popular.

Art 8º - A força pública regular, representada pelas três armas do Exército e pela Armada nacional, de que existam guarnições ou contingentes nas diversas Províncias, continuará subordinada e exclusivamente dependente de Governo Provisório da República, podendo os Governos locais, pelos meios ao seu alcance, decretar a organização de uma guarda cívica destinada ao policiamento do território de cada um dos novos Estados.

Art 9º - Ficam igualmente subordinadas ao Governo Provisório da República todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao Governo central da Nação brasileira.

Art 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente sob a administração imediata do Governo Provisório da República e a Cidade do Rio de Janeiro constituída, também, provisoriamente, sede do Poder federal.

Art 11 - Ficam encarregados da execução deste Decreto, na parte que a cada um pertença, os Secretários de Estado das diversas repartições ou Ministérios do atual Governo Provisório.

Sala das Sessões de Governo Provisório, 15 de novembro de 1889, primeiro da República.

MARECHAL MANUEL DEODORO DA FONSECA
Chefe do Governo Provisório
S. Lôbo, Rui Barbosa, Q. Bocaiuva
Benjamin Constant, WandenkoIk Correia.

domingo, novembro 13, 2011

Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Bertold Brecht.

Intertexto

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
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CURIOSIDADES: Homens das Cavernas Tinham Piercings e Tatuagens no Pênis.



Um grupo de urologistas franceses e espanhóis, depois de analisar uma série de objetos de arte do período Paleolítico (grande parte deles tem um formato, hum, fálico, daí o interesse de UROLOGISTAS na história), propôs a teoria de que os homens da época tinham piercings e tatuagens em seus órgãos genitais. Há, tipo, 2 milhões de anos.

Entre os itens disponíveis, foram encontrados 42 artefatos com inspiração fálica, dos quais 30 exibiam marcas que, eles supõem, tinham fins decorativos. “As incisões, linhas concêntricas, superfícies salientes, buracos e séries de pontos nos objetos que estudamos representam fielmente cortes e cicatrizes derivados de piercings e tatuagens na pele do pênis”, afirmam.

Certeza absoluta não dá para a gente ter, já que encontrar um pênis fossilizado com piercings e tatuagens por aí é um tanto improvável. Mas, segundo os caras, as informações se encaixam numa boa: tudo indica que a “decoração” peniana era feita para diferenciar os grupos que viviam em comunas, tipo uma marca de família — alguns dos padrões de pintura encontrados nos pênis de pedra estão também nas paredes de cavernas lá na Europa.

Fonte: Revista Super Interessante.

quinta-feira, novembro 10, 2011

Elogiando as Utopias e Cortejando o Absurdo - Eduardo Galeano.

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Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo. Bruce Lee

"Aquele que não sabe, e pensa que sabe. Ele é tolo. Evite-o.
Aquele que sabe e não sabe o que sabe. Ele está adormecido. Desperte-o.
Aquele que sabe e não admite o que sabe. Ele é humilde .Guie-o.
Aquele que sabe e sabe o que sabe. Ele é sabio. Siga-o".
Bruce Lee.
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10 de Novembro: Primeiro Grito de República no Brasil.

No dia 10 de novembro, comemora-se em Olinda, o primeiro grito de república do Brasil e da América, pelo então Sargento-Mor, Bernardo Vieira de Melo no senado da câmara da vila de Olinda em 1710. A data é relembrada e comemorada pelo poder público local, por meio de desfiles cívicos, além de ser considerada como feriado municipal.  Saiba mais sobre essa data clicando aqui.

Simulado - Baixa Idade Média e Grandes Navegações.

01. Sabe-se que com o processo de crise do modo de produção feudal, o mundo ocidental passou a conviver com um outro modo de produção, denominado de:
a) Socialismo.
b) Capitalismo.
c) Escravismo.
d) Neoliberalismo.
e) Comunal.

2) O Renascimento Cultural é um fenômeno:
a)Voltado a contribuir para a destruição do Estado centralizado.
b)De caráter exclusivamente burguês, em que não existia o mecenato de outras instituições sociais
c)Apenas artístico totalmente desvinculado de qualquer elemento socioeconômico.
d)De valorização do passado medieval, do sinecurismo e do celibato.
e)Artístico-intelectual que refletia o processo de evolução por que passava a sociedade da época.

3) Das características abaixo, marque a que nao corresponde aos valores pregados pelos intelectuais renascentistas.
a) Antropocentrismo.
b) Racionalismo.
c) Teocentrismo.
d) Livre-Arbítrio.
e) Humanismo.

4) Com o advento das Grandes Navegações Marítimas, a rota do atlântico passou a ser concorrente da antiga rota comercial marítima que estava ligada:
a) Ao oceano pacífico.
b) Ao oceano índico.
c) Ao mar negro.
d) Ao mar mediterrâneo.
e) Ao mar vermelho.

5) As Cruzadas tiveram caráter :
a) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra Santa das mãos dos árabes e expandir o catolicismo.
b) exclusivamente comercial, buscando novas terras para a agricultura e mercado para os produtos europeus.
c) religioso e comercial, buscando conciliar a ação expansionista religiosa à abertura de novas rotas comerciais.
d) político e religioso, buscando ampliar o poder do Papado e produzir uma fusão entre o catolicismo e o islamismo.
e) político e comercial, buscando expandir o absolutismo monárquico e abrir mercados para produtos do Vaticano.

6) o contrário dos portugueses, que buscavam atingir as Índias contornando a costa africana, Colombo:
a) concentrou suas navegações na parte Norte da América, em busca de uma passagem ao Noroeste para o continente asiático;
b) dirigiu-se para o Oeste em busca da passagem Sudeste para o continente asiático;
c) planejou atingir o Leste, onde se encontravam as Índias, viajando no sentido Oeste;
d) navegou pelo Oceano Atlântico em direção ao Canal da Mancha e Mar do Norte, seguindo as instruções do Rei de Portugal;
e) concentrou suas navegações na parte Leste, em busca de uma passagem Noroeste para as Índias.

7) Entre as principais conseqüências da Expansão Marítima, encontramos, exceto:
a) o descobrimento de metais preciosos no Novo Mundo e a aceleração da acumulação capitalista;
b) a descoberta de novos mercados, fornecedores de matérias-primas e consumidores de produtos industrializados;
c) a mudança do eixo econômico europeu, do mar Mediterrâneo para os oceanos Atlântico e Índico;
d) a formação dos impérios coloniais, vinculados ao Sistema Colonial Tradicional e ao processo de europeização do mundo;
e) o renascimento da escravidão em bases capitalistas e o desenvolvimento do mercantilismo.

08. Não pode ser considerado(a) como fator gerador do Renascimento Comercial ocorrido na Europa a
partir do século XI:
a) A crise do modo de produção feudal, provocada pela superexploração da mão-de-obra através das
relações servis de produção.
b) A disponibilidade de mão-de-obra provocada, entre outros fatores, pelo crescimento demográfico a
partir do século X.
c) A predominância cultural e ideológica da Igreja, com a valorização da vida extraterrena, a condenação
da usura e sua posição em relação ao "justo preço" das mercadorias.
d) A aquisição das "cartas de franquia", que fortalecia e libertava a nascente burguesia das obrigações
tributárias para com os senhores feudais.
e) O movimento cruzadista que, retratando a estrutura mental e religiosa do homem medieval, se estendeu
entre os séculos XI e XII.

09. Durante a Baixa Idade Média, as feiras constituíam:
a) um instrumento de comércio local das cidades para o abastecimento cotidiano de seus habitantes;
b) áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas européias;
c) locais de comércio de amplitude continental, que dinamizaram a economia da época;
d) locais fixos para comercialização da produção dos feudos;
e) instituições carolíngias para renascimento do comércio, abalado pelo domínio sarraceno no Mediterrâneo.

10.Com relação às Cruzadas, é correto afirmar que:
a) representam, em última instância, a crise do sistema feudal;
b) a Primeira Cruzada foi convocada por Inocêncio III;
c) a Terceira Cruzada conquistou a cidade de Jerusalém;
d) a Quarta Cruzada foi conduzida por Ricardo Coração de Leão;
e) Dandolo, doge de Veneza, fez um acordo com o sultão Saladino durante a Sexta Cruzada.

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segunda-feira, novembro 07, 2011

10% dos Professores no País Fazem ‘Bico’.


Semanalmente, a professora de ciências Sonia Maria de Barros Cardoso, 52, leciona 32 horas em duas escolas públicas no Rio. Seu salário é de R$ 1.800.
Para complementar, vende cosméticos, o que lhe rende R$ 1.000 mensais em oito horas semanais. “Em datas comemorativas, chega a ficar igual ao que ganho no magistério”, afirma a docente.

Como Sonia, outros 266 mil professores da educação básica do país possuem uma segunda ocupação fora do ensino, um “bico”, aponta estudo apresentado no mês passado pelos pesquisadores da USP Thiago Alves e José Marcelino de Rezende Pinto.

O número representa 10,5% do magistério nacional, índice bem acima do da população brasileira (3,5% têm uma segunda ocupação). O estudo usa a Pnad-IBGE e o Censo Escolar-MEC, ambos de 2009, e abrange as redes privada e pública.

Alguns dos mais frequentes “bicos” dos docentes são os de vendedores em lojas e os de funcionários em serviços de embelezamento.

Segundo a pesquisa da USP, os professores recorrem mais à segunda ocupação do que os padeiros, os corretores de imóveis e os PMs.

POLÊMICA SALARIAL:

Para os autores do estudo, a maior incidência do “bico” entre os professores está relacionada aos baixos salários. A média salarial dos docentes do ensino fundamental, segundo a pesquisa (entre R$ 1.454 e R$ 1.603 à época), é inferior ao que ganham, em média, corretores de seguro (R$ 1.997) e caixas de bancos (R$ 1.709). “O professor, com isso, é obrigado a despender energia em ações que não têm a ver com aulas”, diz Alves.

Para alguns especialistas, no entanto, a questão não é tão simples. “Os salários não são uma maravilha, mas, se comparados à média da população, os professores não estão morrendo de fome”, afirma Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade. “Sempre que há concurso para contratação de professores para as redes públicas há uma grande concorrência. Se a profissão fosse tão ruim, não haveria fila”, diz Samuel Pessoa, da FGV.

Gestores afirmam que situação dos docentes melhorou:

Tanto o Ministério da Educação quanto os secretários estaduais admitem que os salários dos professores estão longe do ideal. Afirmam, porém, que têm melhorado. Na rede pública, os docentes são pagos pelos governos estaduais ou municipais. A União pode complementar.

Pré-candidato à Prefeitura de SP, o ministro petista Fernando Haddad (Educação) tem afirmado que professores recebem apenas 60% do que outros profissionais em carreiras de mesmo nível. Segundo o MEC, a aprovação da lei do piso nacional do magistério, em 2008, hoje em R$ 1.187, foi “o primeiro passo” para mudar esse cenário. Até hoje, porém, há redes que não cumprem o valor.

Danilo de Melo Souza, vice-presidente do Consed (conselho de secretários estaduais de educação), afirma que três fatores dificultam aumentos ao magistério:
1) número de professores afastados; 
2) pagamento de aposentados com recursos de desenvolvimento do ensino; 
3) gastos com burocracia.
“O dinheiro que poderia ir para quem está dando aula vai sendo diluído”, diz.

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, novembro 03, 2011

Sinpro-MG: Tem Algo Errado na Escola.


03 de Novembro: Início da Guerra dos Mascates.


No dia 03 de Novembro de 1710, olindenses armados atacam o Recife e derrubam seu pelourinho. Começa assim a famosa Guerra dos Mascates.

Escravidão: Uma Página Que Não Foi Virada Em Nossa História.



É difícil aceitar que, mesmo após 123 anos da famosa Lei Áurea, a escravidão ainda se manifesta em alguns locais do país. E o mais intrigante é saber que, mesmo diante tantos avanços sociais, o povo brasileiro ainda tem que conviver cotidianamente com uma grande exploração do trabalho humano, acompanhada por uma série de impunidades e injustiças.

A escravidão adotada nas terras brasileiras, desde os remotos tempos coloniais, de fato, foi uma instituição responsável por várias mazelas sociais que, infelizmente, se cristalizaram na sociedade patriarcal brasileira. O racismo, a violência e a exclusão social são alguns dos problemas que a população negra vem carregado ao longo do tempo. Principalmente porque o processo de emancipação do escravo se deu de uma forma lenta, insatisfatória e repleto de interesses econômicos, ou seja, não foi um fato pensado com a finalidade de inserir o trabalhador e a trabalhadora negra na sociedade.

E diante da famosa versão historiográfica a respeito da libertação dos escravos, uma nova relação de trabalho passou a surgir nos meios rurais que, nada mais era que, uma versão parcialmente camuflada e descaracterizada das relações típicas do modelo escravista adotado nos engenhos, jazidas e fazendas dos tempos coloniais e imperiais. O modelo de parceria e arrendamento servia apenas para prender o trabalhador à terra, através de uma dívida infinta e crescente, subordinando assim, milhares de trabalhadores a poderosos latifundiários que, aparentemente, não se preocupavam em momento algum, com algum tipo de sanção.

Infelizmente, essa prática ainda permanece impune na sociedade contemporânea, fato esse que pode ser constatado após algumas atuações de orgãos governamentais em regiões brasileiras que ocorrem registros de utilização do trabalho escravo. Nas últimas semanas, cerca de dez trabalhadores foram libertados de uma fazenda no Maranhão, cujo o dono, ja era conhecido na "lista suja", desde o ano de 2008. Comprovando ainda mais a impunidade que ainda permanece na cultura política brasileira.

A escravidão contemporânea, não difere da que foi utilizada para aprisionar os imigrantes e a população pobre do país durante o século XIX. Uma vez que, a prática ainda é feita por uma espécie de agenciador clandestino, conhecido como "gato" que alicia os empregados, por meio de ofertas de trabalho com remunerações bastante atrativas, com o intuito de para aprisionar o trabalhador ou a trabalhadora em um sistema de exploração desumano.

Além disso, o próprio aliciador também comercializa os equipamentos de trabalho e outras mercadorias em geral, no famoso esquema de "cantina" (semelhante aos antigos barracões), com um preço superior ao valor exato do produto, para que a dívida individual de cada trabalhador ultrapassasse o seu rendimento mensal, tornando assim um ciclo vicioso que culmine, de fato, em uma escravidão por dívida.

Expostos a condições de trabalho e subsistência degradante, esses trabalhadores são esquecidos pela sociedade e pelas autoridades políticas, que mesmo tendo conhecimento desses acontecimentos, insistem em permanecerem na maioria das vezes omissas ou subordinados a outros tipos de interesses.

Enfim, a história não está tão distante de nossa vida, pois é só lançar um olhar mais crítico sobre a nossa sociedade, que vamos ver que ainda falta uma longa jornada para a construção do Brasil dos nossos sonhos.