segunda-feira, novembro 21, 2011

Lógica e Filosofia (Introdução).


O termo "lógica" vem de uma palavra grega que significa razão, A Lógica é, de fato, a ciência das leis ideais do pensamento, e a arte de aplicá-las corretamente à procura e à demonstração da verdade. A Lógica é uma ciência, isto é,um sistema de conhecimentos certos, fundados em princípios universais.

A lógica é também uma arte, isto é, um método que permite bem fazer uma obra segundo certas regras.A Lógica, de fato, ao mesmo tempo em que define as leis ideais do pensamento, estabelece as regras do pensamento correto, cujo conjunto constitui uma arte de pensar. E como o raciocínio é a operação intelectual que implica todas as outras operações do espírito, define-se muitas vezes a lógica como a ciência do raciocínio correto. A Lógica tem por fim a procura e a demonstração da verdade.

DIVISÃO DA LÓGICA

Lógica formal ou menor.
É a parte da Lógica que estabelece a forma correta das operações intelectuais, ou melhor, que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objetos do pensamento, quaisquer que sejam.

Lógica material ou maior.
É a parte da Lógica que determina as leis particulares e as regras especiais que decorrem da natureza dos objetos a conhecer. Ela define os métodos das matemáticas, da física, da química, das ciências naturais, das ciências morais etc, que são outras tantas lógicas especiais.

RACIOCÍNIOS LÓGICOS.
A) A dedução consiste em partir de uma verdade já conhecida (seja por intuição, seja por uma demonstração anterior) e que funciona como um princípio geral ao qual se subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela. Em outras palavras, na dedução parte-se de uma verdade já conhecida para demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares iguais. Por isso também se diz que a dedução vai do geral ao particular ou do universal ao individual. O ponto de partida de uma dedução é ou uma idéia verdadeira ou uma teoria verdadeira.

Todos os x são y (definição ou teoria geral);
A é x (caso particular);
Portanto, A é y (dedução).

Todos os homens (x) são mortais (y);
Sócrates (A) é homem (x);
Portanto, Sócrates (A) é mortal (y).

B) A indução realiza um caminho exatamente contrário ao da dedução. Com a indução, partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a teoria geral que explica e subordina todos esses casos particulares. A definição ou a teoria são obtidas no ponto final do percurso. E a razão também oferece um conjunto de regras precisas para guiar a indução; se tais regras não forem respeitadas, a indução será considerada falsa.


Na indução, dados a, b, c, d, infiro (concluo) X:

O cobre é condutor de eletricidade,
assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e outros metais,
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.

C) Abdução ou hipótese: o raciocínio abdutivo é típico de todas as descobertas científicas revolucionárias. A abdução é a adoção probatória da hipótese. Todas as idéias da ciência vêm através dela. Esse tipo de inferência consiste em estudar fatos e inventar uma teoria para explica-los.
A abdução faz uma mera sugestão de algo que pode ser. Para apreender ou compreender os fenômenos, só a abdução pode funcionar como método. O raciocínio abdutivo são as hipóteses que formulamos antes da confirmação (ou negação) do caso.

Exemplos:
Todos os livros dessa caixa são de matemática. Estes livros são de matemática. (Provavelmente) esses livros provêm daquela caixa.

Um grupo de três pessoas segue em um veículo à noite pela rodovia. Em determinado ponto, o tráfego se torna lento. É possível ver dois veículos parados na pista, sendo que um deles é uma viatura da polícia. Um policial está do lado de fora do carro conversando com dois homens. As três pessoas que estão no interior do carro, enquanto passam pelo local começam a apresentar hipóteses: seria um acidente? seria uma blitz policial em um veículo suspeito? Ou o motorista do veículo estaria apenas pedindo informações ao policial?

D) Analogia: é um tipo de raciocínio no qual passamos de um ou de alguns fatos similares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que apresentam pontos de semelhança.
Exemplo:
Paulo sarou as suas dores de cabeça com este remédio. Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com esse mesmo remédio.

E) Falácia: É a argumentação capaz de persuadir pelo efeito psicológico que causa e não pela correção lógica, constituindo-se um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de um raciocínio correto. As falácias podem ser formais, quando contrariam as regras do raciocínio lógico correto, ou informais, que são as mais comuns em nosso cotidiano, pois utilizam de mecanismos emocionais ou apelações. Segundo Pedro Hispano: “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”

Exemplos:
"Uma pessoa religiosa como você não é capaz de argumentar racionalmente comigo."
"Não acredito que uma pessoa culta como você acredita nesta teoria."
"Na filosofia, Sócrates já está ultrapassado. É melhor Sartre, pois é mais recente."
"Um homem sofrido que agora passa pelo transtorno de ser julgado em tribunal"
"Os peritos dizem que a melhor maneira de prevenir uma guerra nuclear é estar preparado para ela."
"Se há carros então há poluição. Há poluição. Logo, há carros."


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
 
SANTAELLA, Lúcia. O Que é Semiótica. Editora Brasiliense, São Paulo, 1983.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e filosofia. São Paulo, Cultrix, Editora Universidade de São Paulo, 1975.

 ############################################################################################################






















O termo "lógica" vem de uma palavra grega que significa razão, A Lógica é, de fato, a ciência das leis ideais do pensamento, e a arte de aplicá-las corretamente à procura e à demonstração da verdade. A Lógica é uma ciência, isto é,um sistema de conhecimentos certos, fundados em princípios universais.

A lógica é também uma arte, isto é, um método que permite bem fazer uma obra segundo certas regras.A Lógica, de fato, ao mesmo tempo em que define as leis ideais do pensamento, estabelece as regras do pensamento correto, cujo conjunto constitui uma arte de pensar. E como o raciocínio é a operação intelectual que implica todas as outras operações do espírito, define-se muitas vezes a lógica como a ciência do raciocínio correto. A Lógica tem por fim a procura e a demonstração da verdade.

DIVISÃO DA LÓGICA

Lógica formal ou menor.
É a parte da Lógica que estabelece a forma correta das operações intelectuais, ou melhor, que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objetos do pensamento, quaisquer que sejam.

Lógica material ou maior.
É a parte da Lógica que determina as leis particulares e as regras especiais que decorrem da natureza dos objetos a conhecer. Ela define os métodos das matemáticas, da física, da química, das ciências naturais, das ciências morais etc, que são outras tantas lógicas especiais.

RACIOCÍNIOS LÓGICOS.
A) A dedução consiste em partir de uma verdade já conhecida (seja por intuição, seja por uma demonstração anterior) e que funciona como um princípio geral ao qual se subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela. Em outras palavras, na dedução parte-se de uma verdade já conhecida para demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares iguais. Por isso também se diz que a dedução vai do geral ao particular ou do universal ao individual. O ponto de partida de uma dedução é ou uma idéia verdadeira ou uma teoria verdadeira.

Todos os x são y (definição ou teoria geral);
A é x (caso particular);
Portanto, A é y (dedução).

Todos os homens (x) são mortais (y);
Sócrates (A) é homem (x);
Portanto, Sócrates (A) é mortal (y).

B) A indução realiza um caminho exatamente contrário ao da dedução. Com a indução, partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a teoria geral que explica e subordina todos esses casos particulares. A definição ou a teoria são obtidas no ponto final do percurso. E a razão também oferece um conjunto de regras precisas para guiar a indução; se tais regras não forem respeitadas, a indução será considerada falsa.


Na indução, dados a, b, c, d, infiro (concluo) X:

O cobre é condutor de eletricidade,
assim como a prata, o ouro, o ferro, o zinco e outros metais,
Logo, todo metal é condutor de eletricidade.

C) Abdução ou hipótese: o raciocínio abdutivo é típico de todas as descobertas científicas revolucionárias. A abdução é a adoção probatória da hipótese. Todas as idéias da ciência vêm através dela. Esse tipo de inferência consiste em estudar fatos e inventar uma teoria para explica-los.
A abdução faz uma mera sugestão de algo que pode ser. Para apreender ou compreender os fenômenos, só a abdução pode funcionar como método. O raciocínio abdutivo são as hipóteses que formulamos antes da confirmação (ou negação) do caso.

Exemplos:
Todos os livros dessa caixa são de matemática. Estes livros são de matemática. (Provavelmente) esses livros provêm daquela caixa.

Um grupo de três pessoas segue em um veículo à noite pela rodovia. Em determinado ponto, o tráfego se torna lento. É possível ver dois veículos parados na pista, sendo que um deles é uma viatura da polícia. Um policial está do lado de fora do carro conversando com dois homens. As três pessoas que estão no interior do carro, enquanto passam pelo local começam a apresentar hipóteses: seria um acidente? seria uma blitz policial em um veículo suspeito? Ou o motorista do veículo estaria apenas pedindo informações ao policial?

D) Analogia: é um tipo de raciocínio no qual passamos de um ou de alguns fatos similares não a uma conclusão universal, mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferida em virtude da comparação entre objetos que apresentam pontos de semelhança.
Exemplo:
Paulo sarou as suas dores de cabeça com este remédio. Logo, João há de sarar de suas dores de cabeça com esse mesmo remédio.

E) Falácia: É a argumentação capaz de persuadir pelo efeito psicológico que causa e não pela correção lógica, constituindo-se um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de um raciocínio correto. As falácias podem ser formais, quando contrariam as regras do raciocínio lógico correto, ou informais, que são as mais comuns em nosso cotidiano, pois utilizam de mecanismos emocionais ou apelações. Segundo Pedro Hispano: “Falácia é a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica, ou seja, aparência sem existência”

Exemplos:
"Uma pessoa religiosa como você não é capaz de argumentar racionalmente comigo."
"Não acredito que uma pessoa culta como você acredita nesta teoria."
"Na filosofia, Sócrates já está ultrapassado. É melhor Sartre, pois é mais recente."
"Um homem sofrido que agora passa pelo transtorno de ser julgado em tribunal"
"Os peritos dizem que a melhor maneira de prevenir uma guerra nuclear é estar preparado para ela."
"Se há carros então há poluição. Há poluição. Logo, há carros."


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
 
SANTAELLA, Lúcia. O Que é Semiótica. Editora Brasiliense, São Paulo, 1983.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e filosofia. São Paulo, Cultrix, Editora Universidade de São Paulo, 1975.

 ############################################################################################################





















0 comentários: