domingo, junho 30, 2013

Resposta de Dilma Para Queda de Popularidade é Mais Trabalho, diz Paulo Bernardo.


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o resultado da pesquisa Datafolha divulgada hoje (29), apontando queda de popularidade do governo após a onda de protestos no país, foi recebido com “tranquilidade”. Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff considera que o “remédio” é dialogar com a sociedade é seguir trabalhando para dar respostas às reivindicações apresentadas pela população.

De acordo com o Datafolha, o governo alcançou 30% de aprovação – soma de ótimo e bom – o patamar mais baixo de avaliação desde o início do mandato. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada em 10 de junho, o governo Dilma Rousseff alcançou 57%. Os números divulgados hoje indicam queda de 27% em três semanas, período que coincide com o ápice dos protestos.

“A presidenta está muito tranquila. Ela reconhece que tem uma mudança e acha que a receita, o remédio para isso é trabalharmos bastante. Já estamos trabalhando para entender mais pontos relativos às mobilizações populares e dar resposta, dar solução quando tiver, ou dizer que não tem solução, quando não tem. É uma avaliação de tranquilidade, mas de continuar trabalhando”, disse Bernardo, após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.

Questionado se o governo tem confiança em reverter o quadro refletido pela pequisa, Paulo Bernardo respondeu que apenas o povo pode mudar esse resultado, e o governo irá trabalhar para isso. “Quem vai reverter ou não a pesquisa é o povo, a pequisa reflete um momento e precisamos reconhecer quando há problemas, e precismos trabalhar mais duramente, dialogando com a sociedade, e isso pode ajudar a reverter a pesquisa. É uma avaliação de tranquilidade, mas de continuar trabalhando”.

De acordo com Paulo Bernardo, as manifestações que tomaram conta das ruas, nos últimos dias, devem ter afetado a aprovação de todos os governos, não apenas do federal (Leandro Melito - Portal EBC) O ministro avaliou que as manifestações que tomaram conta das ruas, nos últimos dias, devem ter afetado a aprovação de todos os governos, não apenas do federal. “Até porque, todos sabem que as manifestações não foram feitas contra o governo federal, foram feitas por uma pauta de reivindicações contra alguns pontos que os manifestantes consideram importante”, disse.

Paulo Bernardo também informou que o governo pretende conversar com mais representantes de movimentos sociais na próxima semana. A finalidade é continuar a debater as reivindicações defendidas nos protestos que ocorrem em todo o país.


Por Yara Aquino.
Edição: Davi Oliveira.
FONTE: Agência Brasil / EBC.

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Saberá o PT Identificar e Aproveitar a Janela Histórica?

Mais do que bom ou ruim, estamos diante de uma janela histórica. Cabe a esquerda aproveitá-la. Sobretudo ao PT. O problema é que há muito tempo não faz parte da sua estratégia mobilizar a sociedade

Em Botucatu, próspera cidade do oeste paulista, a elite local foi às ruas para protestar no mesmo dia 20 de junho em que a esquerda foi expulsa da Avenida Paulista por militantes de direita. Um metalúrgico de 45 anos vestia uma camisa do Partido Comunista Revolucionário com a foice e o martelo. Dois jovens declarando-se do MPL e sem dizer os nomes mandaram aquele homem retirar sua camisa, pois aquela não era uma manifestação de partidos.

Por que dois jovens que nunca trabalharam e talvez nunca lutaram por nenhuma causa coletiva, podiam se dirigir naquela forma a um operário comunista? Em tempo: não existia até aquele momento MPL em Botucatu.

Os ataques físicos à esquerda partidária e ao próprio Movimento Passe Livre deixaram as esquerdas perplexas. É que há muito ela se sentia dona das ruas. Por mais que repudiemos tais ataques, é preciso dizer que não são manifestos de intelectuais (embora importantes) e defesa do direito democrático de erguer qualquer bandeira que calarão os direitistas nas ruas.

Os militantes mais maduros lembram que em 1988, quando um grupo de carecas de direita tentou invadir um comício de primeiro de maio na Praça da Sé em São Paulo, eles foram violentamente reprimidos pela esquerda. Mesmo nas manifestações maiores era impensável a presença de alguém com símbolos de direita nas ruas. A Direita não se manifestava assim ou o fazia em locais isolados.

Que a esquerda seja reduzida a isto seria lamentável. O primeiro passo para sair do impasse é compreender que há nas ruas uma classe média híbrida, mas claramente influenciada pela mídia conservadora. Suas opiniões são irracionais, embora manipuladas racionalmente pela imprensa.

A composição social da maioria dos manifestantes pelo menos até o fim de junho revelou uma rebelião da classe média com a participação um pouco maior de pobres em algumas regiões do país. Segundo a Folha de S. Paulo, 84% dos manifestantes paulistas do dia 17 de junho não tinham preferência partidária, 71% participaram pela primeira vez num protesto e 53% têm menos de 25 anos. Os estudantes eram 22% entre os manifestantes e pessoas com ensino superior 77%.

A composição social determina a agenda do movimento? A classe média é uma classe em trânsito. Como num ônibus, alguns querem entrar. Mas diferentemente de um ônibus lotado, muitos têm medo de descer. Só uma pequena parcela acredita mesmo que vai ascender rapidamente à classe superior. Ora, uma classe em trânsito é uma classe em transe. Ela é capaz de unir programas opostos num mesmo movimento. Ela pode oscilar para a esquerda e a direita.

Nas manifestações de 2013 é possível que estivessem jovens da classe média tradicional com medo de descer e jovens beneficiários das melhorias sociais induzidas pelo Governo Lula. Estes querem “entrar no ônibus” porque suas expectativas subiram mais do que sua condição social.

O que as manifestações nas últimas duas semanas mostraram? Que havia uma demanda represada latente por radicalização na sociedade. Ou seja, por mais que se esforce e seja parcialmente bem-sucedido na estratégia de arbitragem de interesses, o governo cada vez menos conseguirá evitar a polarização de classe, que agora chegou às ruas.

Aqui é necessário fazer uma digressão. A classe trabalhadora brasileira não é um todo homogêneo. Possui frações. Além do proletariado fabril, cujo paradigma é o metalúrgico, há uma nova classe trabalhadora, predominantemente jovem, que ascendeu via ensino superior privado, que consome mais, tem maiores expectativas, mas não enxerga perspectivas de futuro no mercado de trabalho. Por isso, vive sob tensão. E as ruas mostraram que essa tensão pode ser canalizada tanto pela esquerda como pela direita.

Por outro lado, há uma outra fração da classe trabalhadora, muito superior em tamanho, que ainda vive em condições de pobreza e miséria, e que constitui a principal base social e eleitoral do lulismo. Segundo André Singer, essa fração quer mudanças, mas possui um traço conservador: rejeita a radicalização política, pois associa o tumulto social ao desemprego e à carestia. Para mantê-los a seu lado e favorecê-los, a estratégia dos governos Lula e Dilma consiste em evitar a radicalização. De fato, este setor tem sido beneficiado: a pobreza e a desigualdade estão caindo – o traço conservador está na lentidão do processo.

Mas há aqui um paradoxo. O governo tem razões para evitar a radicalização política: a radicalização suscitaria crises, instabilidade, fuga de capitais etc., o que tenderia a elevar o nível de desemprego e a afetar diretamente o subproletariado. Nessa situação, além do risco de ver bloqueado o processo (lento) de redução da pobreza, essa fração de classe provavelmente enxergaria na direita uma alternativa política; some-se a isso o fato de que hoje a classe média tradicional é, dentre todas as classes, aquela que está se sentido mais prejudicada e tem maior força de ânimo para ir às ruas manifestar seu descontentamento com pitadas de protofascismo, como já ocorreu outrora na história do Brasil.

Porém, na medida em que viabiliza a ascensão social dos de baixo, a estratégia precisa viabilizar a organização e a mobilização da nova classe trabalhadora, caso contrário essa fração de classe poderá optar por alternativas conservadoras – e a explosão que houve agora o comprova. Se a nova classe trabalhadora pender para a direita, não se trata de perder apenas o governo nas urnas. É o processo em curso de combate à pobreza e à desigualdade que será bloqueado.

Dito isso, o impasse da estratégia do lulismo pode ser colocado nestes termos: de um lado, é necessário evitar a radicalização, pois sua base social rejeita a radicalização; de outro, é necessário preparar-se para a radicalização, pois, na medida em que essa base social ascende, a radicalização torna-se inevitável. Mas como preparar-se para a radicalização, senão através da organização, mobilização e luta? A estratégia do lulismo só poderá viabilizar-se se tiver força para superar-se, ultrapassar o paradoxo inscrito nela mesma.

A radicalização ensaiada em 2005 não teve eco nas ruas, só nas redes virtuais. Hoje, tem apoio de massas e aprovação de uma parte imensa dos espectadores. A presidenta Dilma Rousseff parece ter feito dois movimentos ousados. O primeiro é legitimar nas manifestações os interlocutores de esquerda: o MPL, o qual de fato já foi ultrapassado pelas ruas, e o MTST. O segundo movimento da presidenta foi jogar as manifestações contra o Congresso e este já acusou o golpe e chamou a proposta de Constituinte exclusiva de autoritária.

Mais do que bom ou ruim, estamos diante de uma janela histórica. Cabe a esquerda aproveitá-la. Sobretudo ao PT. O problema é que há muito tempo não faz parte da sua estratégia mobilizar a sociedade, pois o lulismo se baseia na acomodação e não no conflito. Voltamos, assim, ao paradoxo. Saberá o PT identificar e assumir a inevitável necessidade de radicalização inscrita em sua própria estratégia de não radicalização?

Por Antônio David e Lincoln Secco. 
FONTE: Viomundo/Revista Fórum.
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Centrais Sindicais Negam Greve Geral Nesta Segunda-feira (1º).


Convocada em eventos no Facebook e postagens no YouTube e no Twitter por movimentos não identificados, a greve geral anunciada para o dia 1º de julho não conta com o apoio das principais centrais sindicais do país (CTB, CUT, Força Sindical, CGTB, UGT). As centrais já anunciaram, através de seus meios de comunicação, que não há nenhuma paralisação programada para a próxima segunda-feira (1º) e que convocação é uma fria.

Em entrevista ao Vermelho, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, destacou que essa convocação não possui validade e que é mais uma ação de setores conservadores e oportunistas.

Segundo ele, a CTB, bem como as demais centrais, tem sua agenda de ação apresentada às suas respectivas bases e frisou "os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil sabem que rede social não convoca paralisação e nem greve, mais sim, os sindicatos e as centrais sindicais. Eles conhecem e confiam em suas representações".

Na oportunidade, Wagner informou que a CTB está orientando suas estaduais a realizarem uma série de manifestações, no próximo dia 2 de julho, em aeroportos das principais capitais brasileiras.

Em entrevista à imprensa, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "(O ato de) 1º de julho não é do movimento sindical, de nenhuma central, não é de nenhum sindicato, não é de nenhuma federação. É fria", alertou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Segundo o dirigente, os eventos agendados pelas redes sociais estão criando informações desencontradas que não correspondem à realidade. "O Facebook é apenas uma rede social, qualquer um escreve o que quiser. O trabalhador deve seguir a orientação do seu sindicato", afirmou.

Em nota, a CUT reafirmou que "quem convoca greve geral é sindicato e não eventos do Facebook. Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho", diz o texto da central sindical, que acusa "grupos oportunistas" pela criação do evento no Facebook.

Paralisação Geral no Dia 11 de Julho:

Com o objetivo de reafirmar suas bandeiras, a classe trabalhadora, através de seus sindicatos e centrais, bem como os movimentos sociais, convocam para o dia 11 de julho um Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações.

Dentre as bandeiras que serão balançadas está a luta pelos 10% do PIB para a saúde, 10% do PIB para educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem prejuízo para os salários, valorização das aposentadorias, transporte público de qualidade, reforma agrária, mudanças nos leilões do petróleo, rejeição do PL 4330 que escancara a terceirização, plebiscito popular sobre a reforma política, reforma urbana e democratização dos meios de comunicação.

Por Joanne Mota.
FONTE: Portal Vermelho.

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sábado, junho 29, 2013

PT, PDT, PCdoB e PSB Criam Fórum Para Apoiar Proposta de Plebiscito.

Os presidentes do PT, PDT, PCdoB e o vice-presidente do PSB se reuniram hoje em São Paulo para firmarem apoio à proposta de um plebiscito sobre a reforma política e traçarem estratégia para defender a ideia. Além Rui Falcão, do PT, Carlos Lupi, do PDT, Renato Rabelo, do PCdoB, e Roberto Amaral, do PSB, também participaram da reunião o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que compõe a executiva nacional do PT, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro.

Eles decidiram criar um fórum onde serão debatidas as ideias em torno do plebiscito, inclusive as que forem apresentadas pelos demais partidos da base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. Os quatro partidos pretendem começar uma campanha nacional a favor do plebiscito e irão se reunir com frequência para discutir o assunto – o próximo encontro será em Brasília, no dia 3. “Na reunião vamos discutir o que vai constar no plebiscito, as perguntas que deverão ser apresentadas”, disse Paulo Teixeira. “O fórum é inicial dos quatro partidos, mas vamos ouvir outras entidades e outros partidos”.

O fórum criado hoje também deverá ser utilizado para consultar as ideias dos movimentos sociais e do movimento sindical sobre o plebiscito e sobre a reforma política. Pretende-se ajudar a definir as questões que vão balizar a consulta popular, mas não entrar em detalhes sobre a reforma para não criar confusão na população.

Os quatro partidos também definiram que vão apoiar que a reforma inclua financiamento público exclusivo de campanha e voto proporcional em listas que serão elaboradas pelas agremiações partidárias. A ideia de que a consulta popular seja feita por meio de um referendo, que foi apresentada esta semana pela oposição, foi rechaçada pelos presidentes dos quatro partidos.

“A proposta do plebiscito já foi acordada com a presidenta e dez partidos da base, então nós queremos manter o que foi proposto pela presidenta. Além disso, nós entendemos que devemos consultar o povo antes [de fazer a reforma]”, defendeu Teixeira.


Por Mariana Jungmann. 
Edição: Fábio Massalli. 
FONTE: Agência Brasil.

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Em Nota, PCdoB Apoia Dilma Por Mudanças.

Em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (25), em Brasília, a Comissão Política Nacional do PCdoB debateu a situação do país diante das manifestações populares que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras e as medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff na segunda (24) na reunião com governadores e prefeitos das capitais.

O Partido reafirmou a atitude política adotada desde o começo da jornada de mobilizações, que trata da importância de “o governo e as forças progressistas ouvirem atentamente a voz das ruas e se empenharem para atendê-la”. Ao mesmo tempo, os comunistas rechaçaram “os atos de violência, vandalismo e destruição que nada têm a ver com o brio e o espírito patriótico da maioria dos manifestantes”.

FONTE: Portal Vermelho.

Leia abaixo a íntegra da nota da Comissão Política Nacional do PCdoB:

Com a Energia das Ruas, Unir Forças Progressistas Por Mais Conquistas Para o Povo

No decorrer da última semana, eclodiram manifestações sociais massivas e espontâneas em várias capitais e cidades do país, com a presença destacada da juventude estudantil. Como há muito tempo não acontecia, a política nacional foi pautada por um vigoroso protesto das ruas, inicialmente voltado contra o aumento das tarifas de transporte público, mas que rapidamente assumiu bandeiras mais amplas como as reivindicações por melhores serviços públicos nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana e contra a corrupção. Diante de tais acontecimentos, o PCdoB reafirma a atitude política que adotou desde que começou essa jornada de mobilizações: o governo e as forças progressistas precisam ouvir atentamente a voz das ruas e se empenharem para atendê-la. Ao mesmo tempo, os comunistas rechaçam os atos de violência, vandalismo e destruição que nada têm a ver com o brio e o espírito patriótico da maioria dos manifestantes.

Os fatos desencadeadores das grandes manifestações se deram na cidade de São Paulo com o movimento pela redução das tarifas do transporte coletivo. No dia 13 de junho, a Polícia Militar, sob o comando do governo estadual do PSDB, empreendeu uma truculenta repressão contra os manifestantes. Este ato de violência afrontou a consciência democrática de milhares e, daí por diante, em ondas crescentes emergiram passeatas em várias capitais do país e mesmo em municípios do interior. O ápice delas, até aqui, se deu no último dia 20, quando se calcula que mais de um milhão de pessoas foram às ruas. À medida que se configuraram como um movimento espontâneo, a grande mídia tentou, de modo oportunista, “assumir o comando” de tais manifestações, manipulando o seu significado e buscando direcioná-las contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Incentivou a equivocada hostilidade e aversão aos partidos políticos, inclusive dando guarida a deploráveis atos de agressão a militantes de legendas de esquerda, promovidos por grupelhos de extrema-direita.

Objetivamente, pelo forte eco no Brasil e no exterior, as passeatas transbordaram das ruas para o âmago da política nacional. Em razão disto, a presidenta da República, no último dia 21, fez um importante pronunciamento à Nação no qual destacou, corretamente, que as manifestações “mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar”. Quanto às possibilidades desencadeadas pela luta em curso, ela afirmou ser preciso aproveitar o vigor das ruas “para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira”. Posteriormente, no dia 24, ela sistematizou a proposta de um pacto, envolvendo governadores, prefeitos, partidos e lideranças do movimento social. Este pacto, segundo ela, tem por finalidade dar resposta concreta às reivindicações que vêm das ruas e que abordam os seguintes temas: responsabilidade fiscal, com o objetivo de manter a estabilidade da economia e o controle da inflação; proposta de um debate sobre a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política democrática; projeto que tipifique a corrupção como crime hediondo; melhoria do sistema de saúde do país, acelerando os investimentos; melhorar a qualidade do transporte público e criar o Conselho Nacional do Transporte Público, com participação da sociedade e dos usuários; e, por fim, mais recursos para a educação com a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo.

O PCdoB apoia a conduta política da presidenta Dilma Rousseff de ouvir as ruas e de procurar atender às suas reivindicações com agilidade. Enquanto não for destinado um volume consideravelmente maior de recursos e investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo os que dele mais precisam – os trabalhadores e os pobres –, diariamente vão continuar a sofrer uma verdadeira via crucis por uma consulta, por um exame, sem falar de cirurgias. Enquanto a educação pública não tiver mais recursos, o povo verá seus filhos com o futuro comprometido. Do mesmo modo, a péssima qualidade de vida nos centros urbanos impõe a necessidade de uma ampla Reforma Urbana que garanta moradia digna, saneamento ambiental, mobilidade - principalmente transporte público eficiente e barato. É preciso também garantir ao povo o direito à paz e à segurança uma vez que violência ceifa a vida de milhares de brasileiros, especialmente jovens.

O PCdoB também concorda com a presidenta de que é preciso romper o cerco do conservadorismo e realizar uma reforma política democrática ouvindo amplos setores da sociedade. Reforma que abra as portas da política para o povo e que coíba a influência do poder econômico nos processos eleitorais, com adoção do financiamento público exclusivo das campanhas; e reforma que fortaleça os partidos políticos e institua formas de democracia participativa e direta. Finalmente, o Partido apoia um combate ainda mais severo à corrupção e que este tipo de crime seja considerado hediondo.

A grande mídia inunda a opinião pública com mil análises sobre a razão e o sentido das grandes manifestações ocorridas. Mas a maioria delas, pura falsificação, faz crer que o ciclo progressista iniciado em 2003 está superado. Para o PCdoB, as manifestações são justamente produto deste ciclo político das forças democráticas e progressistas. Nos últimos dez anos, o povo obteve conquistas, elevou seu nível de consciência política e o país respira democracia. As manifestações fazem parte do legado deste último decênio: uma população que se levanta, disposta a lutar pelos direitos e por um Brasil melhor. As ruas dizem que as conquistas iniciadas não podem parar e que as mudanças precisam ser aceleradas, uma vez que um decênio de mudanças é insuficiente para superar a enorme desigualdade social herdada de séculos de história.

A oposição de direita e a grande mídia pretendem acirrar ainda mais a luta política contra o governo e se possível fomentar uma grave crise política. Este estratagema da direita não pode ser minimizado, mas o PCdoB está convicto de que este intento oportunista pode e será derrotado.

Ao contrário do que trama a direita, o governo poderá sair desse processo fortalecido. O caminho foi apontado pela própria presidenta Dilma Rousseff: aproveitar o vigor das manifestações para que mais mudanças aconteçam em benefício do povo. A realidade política criada pelas ruas em ebulição pode ajudar a gestar e formar um novo bloco das forças políticas e sociais progressistas e populares, de todos quantos estejam comprometidos com uma plataforma que impulsione o desenvolvimento e o progresso social. Este novo bloco se constituirá em torno de uma plataforma que dê resposta às exigências das ruas e à realização das reformas democráticas sem as quais as mudanças não avançam. Para o PCdoB, além das bandeiras já propostas pela presidenta, são urgentes a reforma dos meios de comunicação, a reforma do Judiciário e a reforma tributária progressiva que inverta a lógica reinante na qual quem paga impostos são os trabalhadores e os mais pobres. Uma reforma que taxe as grandes fortunas e seja fator de combate às desigualdades.

As grandes mobilizações de massa criaram uma situação política instável e nova, cujo desfecho ainda está por acontecer. Seu sentido e rumo estão em disputa. E tal situação exige mobilização e ação do campo político democrático e popular, em especial da esquerda, para que efetivamente avancem as mudanças, fortalecendo o governo e a liderança da presidenta Dilma Rousseff.

Brasília, 25 de junho de 2013.

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
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Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Vladimir Maiakóvsky.

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor".

"A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo".

"Não é difícil morrer nesta vida: / Viver é muito mais difícil".

Vladimir Maiakóvsky.


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el

Download: Indústria Cultural e Sociedade - Theodor Adorno.


ADORNO, Theodor.
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