terça-feira, junho 25, 2013

Delfim Diz Que Não Se Arrepende e Assinaria Novamente o AI-5.


Em depoimento à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, ex-ministro também afirma desconhecer tortura ou ajuda de empresários à repressão. "Se as condições fossem as mesmas e o futuro não fosse opaco, eu repetiria”, afirmou Delfim.

O economista formado pela USP Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante quase sete anos ininterruptos, de 1967 a 1974, nos governos Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, no período mais pesado da ditadura (voltaria ainda na gestão do último general-presidente, João Figueiredo, à frente da Agricultura e do Planejamento). Fazer parte do rol de signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, sempre foi lembrado por seus críticos. Ao depor hoje (25) na Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, na Câmara, Delfim disse não se arrepender.

"Se as condições fossem as mesmas e o futuro não fosse opaco, eu repetiria”, afirmou aos vereadores. “Eu não só assinei o Ato Institucional número 5 como assinei a Constituição de 1988", acrescentou o ex-ministro e ex-deputado.

Ao mesmo tempo, ele negou ter conhecimento de torturas durante a ditadura. Chegou a afirmar que fez essa pergunta ao então presidente Médici e teve resposta negativa. Igualmente, disse desconhecer que empresários financiassem a repressão. Quando lhe perguntaram sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, informou que estava em Paris. Disse ainda que havia separação entre as áreas militar e econômica.

O depoimento, que durou pouco mais de uma hora, foi considerado “morno” pelo presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV). “Disse a ele que fui preso, e um ministro da Fazenda do governo Médici desconhece que havia repressão no Brasil. Não acredito. Ele não foi verdadeiro, perdeu a chance de contar a verdade”, afirmou.

Tríplice fronteira:
A Comissão Nacional da Verdade e a comissão do Paraná realizam na quinta-feira (27) audiência pública para ouvir vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos ocorridas na região da chamada tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) durante a ditadura. O evento será na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.

Por Valter Campanato.
FONTE: Rede Brasil Atual / Agência Brasil.
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Em depoimento à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, ex-ministro também afirma desconhecer tortura ou ajuda de empresários à repressão. "Se as condições fossem as mesmas e o futuro não fosse opaco, eu repetiria”, afirmou Delfim.

O economista formado pela USP Delfim Netto foi ministro da Fazenda durante quase sete anos ininterruptos, de 1967 a 1974, nos governos Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici, no período mais pesado da ditadura (voltaria ainda na gestão do último general-presidente, João Figueiredo, à frente da Agricultura e do Planejamento). Fazer parte do rol de signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, sempre foi lembrado por seus críticos. Ao depor hoje (25) na Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, na Câmara, Delfim disse não se arrepender.

"Se as condições fossem as mesmas e o futuro não fosse opaco, eu repetiria”, afirmou aos vereadores. “Eu não só assinei o Ato Institucional número 5 como assinei a Constituição de 1988", acrescentou o ex-ministro e ex-deputado.

Ao mesmo tempo, ele negou ter conhecimento de torturas durante a ditadura. Chegou a afirmar que fez essa pergunta ao então presidente Médici e teve resposta negativa. Igualmente, disse desconhecer que empresários financiassem a repressão. Quando lhe perguntaram sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, informou que estava em Paris. Disse ainda que havia separação entre as áreas militar e econômica.

O depoimento, que durou pouco mais de uma hora, foi considerado “morno” pelo presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV). “Disse a ele que fui preso, e um ministro da Fazenda do governo Médici desconhece que havia repressão no Brasil. Não acredito. Ele não foi verdadeiro, perdeu a chance de contar a verdade”, afirmou.

Tríplice fronteira:
A Comissão Nacional da Verdade e a comissão do Paraná realizam na quinta-feira (27) audiência pública para ouvir vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos ocorridas na região da chamada tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) durante a ditadura. O evento será na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.

Por Valter Campanato.
FONTE: Rede Brasil Atual / Agência Brasil.
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