Mudanças podem ser positivas, mas também trazem riscos, diz Gilmar Mauro. Segundo ele, movimentos já não têm a mesma capacidade de organização.
Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que estará incorporado na reunião de amanhã das centrais com a presidenta Dilma Rousseff, Gilmar Mauro avalia que as recentes manifestações trazem também uma crítica às formas tradicionais de organização dos movimentos sociais, que embora importantes “já não dão conta de organizar o conjunto da classe trabalhadora” e das demandas que surgem da sociedade. “Estamos pagando um preço pela despolitização, inclusive de parte do governo. Um bom gestor estabelece prioridades, mas quem faz é a classe trabalhadora”, afirmou o dirigente, ao participar da reunião das centrais sindicais na sede da UGT, em São Paulo.
Para Mauro, as manifestações podem abrir alternativas e apontar novas "janelas" de participação, mas o outro caminho também é possível. "Toda janela não é segurança nenhuma que a gente vá para a frente. Pode haver retrocesso, sim. A direita neonazista, neofascista, embora não tenha força na sociedade, está nas ruas disputando espaço também."
O representante do MST acredita que os movimentos também podem representar um "demarcador" histórico. "Há meios de comunicação tentando dirigir (os movimentos) para suas pautas. A gente tem de tomar cuidado com isso." Ele não vê um risco de um "fora Dilma", mas também acredita que haverá uma tentativa de "desgastar e sangrar" o governo.
Segundo ele, não se pode perder de vista que "quem faz e quem paga" são sempre os trabalhadores. "E ao despolitizar você menospreza a importância da mediação social".
Por Vitor Nuzzi.
FONTE: Rede Brasil Atual.
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Mudanças podem ser positivas, mas também trazem riscos, diz Gilmar Mauro. Segundo ele, movimentos já não têm a mesma capacidade de organização.
Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que estará incorporado na reunião de amanhã das centrais com a presidenta Dilma Rousseff, Gilmar Mauro avalia que as recentes manifestações trazem também uma crítica às formas tradicionais de organização dos movimentos sociais, que embora importantes “já não dão conta de organizar o conjunto da classe trabalhadora” e das demandas que surgem da sociedade. “Estamos pagando um preço pela despolitização, inclusive de parte do governo. Um bom gestor estabelece prioridades, mas quem faz é a classe trabalhadora”, afirmou o dirigente, ao participar da reunião das centrais sindicais na sede da UGT, em São Paulo.
Para Mauro, as manifestações podem abrir alternativas e apontar novas "janelas" de participação, mas o outro caminho também é possível. "Toda janela não é segurança nenhuma que a gente vá para a frente. Pode haver retrocesso, sim. A direita neonazista, neofascista, embora não tenha força na sociedade, está nas ruas disputando espaço também."
O representante do MST acredita que os movimentos também podem representar um "demarcador" histórico. "Há meios de comunicação tentando dirigir (os movimentos) para suas pautas. A gente tem de tomar cuidado com isso." Ele não vê um risco de um "fora Dilma", mas também acredita que haverá uma tentativa de "desgastar e sangrar" o governo.
Segundo ele, não se pode perder de vista que "quem faz e quem paga" são sempre os trabalhadores. "E ao despolitizar você menospreza a importância da mediação social".
Por Vitor Nuzzi.
FONTE: Rede Brasil Atual.
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