Não há como discordar da relevância da invasão holandesa para a história do nordeste, haja vista as heranças deixadas pelos flamengos para a formação da identidade cultural da região.
A presença dos holandeses em terras brasileiras se deu em uma quadra marcada por fatos históricos relacionados a uma conjuntura política conturbada dentro do mundo ocidental. Principalmente no que diz respeito ao processo de união das coroas ibéricas e o crescente e lucrativo comércio desenvolvido na África e na América. Na seara da administração holandesa, de fato, é preciso destacar de maneira enfática a figura do famoso conde alemão, Johan Maurício de Nassau que governou Pernambuco, representando os interesses da Companhia das Índias Ocidentais, modernizando e intensificando a produção de açúcar nos engenhos brasileiros durante o século XVII.
Porém, não menos significativo que esses pontos que brevemente foi citado no parágrafo anterior, também é de valiosa importância história, o processo de expulsão dos holandeses. Como sabemos, foram oito anos de guerras entre os brasileiros contra as tropas holandesas.
Após o afastamento de Maurício de Nassau, devido as críticas que a Companhia das Índias Ocidentais fizeram a respeito de sua administração, sob a acusação de que o conde tentara nesse período fundar um império pessoal no Brasil e não defender os interesses do governo holandês, a relação entre os senhores de engenho e os neerlandêses passou a ter algumas dificuldades, principalmente devido as cobranças das dívidas contraídas pelos senhores durante o governo de Nassau.
Essa medida tomada pela Companhia das Índias Ocidentais causou grande impopularidade para o governo flamengo. Percebendo que podiam perder suas propriedades, a elite colonial tratou de organizar uma rebelião visando expulsar os holandeses. Esses conflitos ficaram conhecidos como Insurreição Pernambucana.
Esses senhores, incentivados por D. João IV, rei de Portugal e interessado no fim do domínio batavo no Brasil, aliaram-se a outros colonos, grupos indígenas e negros alforriados. A Insurreição teve inicio em 1645 e só terminou no dia 26 de janeiro de 1654 quando os holandeses se renderam, sendo expulsos do território brasileiro no dia seguinte. Os rebeldes pernambucanos reuniram-se em torno de André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Antonio Dias Cardoso, Henrique Dias e Felipe Camarão e acumularam vitórias como a do monte das Tabocas (1646) e as batalhas dos Guararapes (1648 e 1649).
Segundo vários historiadores, o processo de expulsão dos holandeses foi a primeira manifestação de um espírito nacionalista no país, uma vez que, segundo pesquisas, a palavra "Pátria" foi mencionada pela primeira vez no território brasileiro através do texto "Compromisso Imortal" que se relaciona a invasão dos holandeses e foi assinado por 18 líderes locais em maio de 1645. Também é oportuno destacar que o exército brasileiro adotou o dia 19 de abril, data da primeira batalha dos Guararapes como o dia de seu aniversário¹.
Após a segunda batalha dos Guararapes (1649), os holandeses foram literalmente destruídos e no ano de 1654, ocorreu a rendição total na Campina do Taborda, chegando ao fim o domínio batavo às terras brasileiras.
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1 - Informações retiradas da página do Comando Militar do Nordeste (http://www.cmne.eb.mil.br/guararapes.php)
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Não há como discordar da relevância da invasão holandesa para a história do nordeste, haja vista as heranças deixadas pelos flamengos para a formação da identidade cultural da região.
A presença dos holandeses em terras brasileiras se deu em uma quadra marcada por fatos históricos relacionados a uma conjuntura política conturbada dentro do mundo ocidental. Principalmente no que diz respeito ao processo de união das coroas ibéricas e o crescente e lucrativo comércio desenvolvido na África e na América. Na seara da administração holandesa, de fato, é preciso destacar de maneira enfática a figura do famoso conde alemão, Johan Maurício de Nassau que governou Pernambuco, representando os interesses da Companhia das Índias Ocidentais, modernizando e intensificando a produção de açúcar nos engenhos brasileiros durante o século XVII.
Porém, não menos significativo que esses pontos que brevemente foi citado no parágrafo anterior, também é de valiosa importância história, o processo de expulsão dos holandeses. Como sabemos, foram oito anos de guerras entre os brasileiros contra as tropas holandesas.
Após o afastamento de Maurício de Nassau, devido as críticas que a Companhia das Índias Ocidentais fizeram a respeito de sua administração, sob a acusação de que o conde tentara nesse período fundar um império pessoal no Brasil e não defender os interesses do governo holandês, a relação entre os senhores de engenho e os neerlandêses passou a ter algumas dificuldades, principalmente devido as cobranças das dívidas contraídas pelos senhores durante o governo de Nassau.
Essa medida tomada pela Companhia das Índias Ocidentais causou grande impopularidade para o governo flamengo. Percebendo que podiam perder suas propriedades, a elite colonial tratou de organizar uma rebelião visando expulsar os holandeses. Esses conflitos ficaram conhecidos como Insurreição Pernambucana.
Esses senhores, incentivados por D. João IV, rei de Portugal e interessado no fim do domínio batavo no Brasil, aliaram-se a outros colonos, grupos indígenas e negros alforriados. A Insurreição teve inicio em 1645 e só terminou no dia 26 de janeiro de 1654 quando os holandeses se renderam, sendo expulsos do território brasileiro no dia seguinte. Os rebeldes pernambucanos reuniram-se em torno de André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Antonio Dias Cardoso, Henrique Dias e Felipe Camarão e acumularam vitórias como a do monte das Tabocas (1646) e as batalhas dos Guararapes (1648 e 1649).
Segundo vários historiadores, o processo de expulsão dos holandeses foi a primeira manifestação de um espírito nacionalista no país, uma vez que, segundo pesquisas, a palavra "Pátria" foi mencionada pela primeira vez no território brasileiro através do texto "Compromisso Imortal" que se relaciona a invasão dos holandeses e foi assinado por 18 líderes locais em maio de 1645. Também é oportuno destacar que o exército brasileiro adotou o dia 19 de abril, data da primeira batalha dos Guararapes como o dia de seu aniversário¹.
Após a segunda batalha dos Guararapes (1649), os holandeses foram literalmente destruídos e no ano de 1654, ocorreu a rendição total na Campina do Taborda, chegando ao fim o domínio batavo às terras brasileiras.
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1 - Informações retiradas da página do Comando Militar do Nordeste (http://www.cmne.eb.mil.br/guararapes.php)
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