No dia 02 de outubro de 1992 o coronel Ubiratan Guimarães autorizou cerca de 340 homens dos batalhões de elite da PM/RJ a invadir o pavilhão 9 a fim de conter uma rebelião iniciada depois de uma discussão ocorrida entre os presos "Barba" e "Coelho". No entanto, o que seria uma ação militar para acabar com um certo motim, transformou-se em um dos mais violentos casos de repressão à rebelião em casas de detenção. É o que afirma os relatórios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Com o insucesso das negociações, os policiais passaram a agir com violência e deram início a maior chacina de presidiários da história do Brasil. Utilizando metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas e disparando uma média de 3,5 mil tiros, a ação do Batalhão de Choque deixou como saldo o montante de 111 presos mortos. E segundo peritos, a maioria das balas estavam alojadas na região da cabeça e no tórax das vítimas.
De acordo com a Pastoral Carcerária e o Movimento Mães de Maio o massacre do Carandiru é o maior símbolo da política de extermínio e de encarceramento em massa da população pobre e periférica promovida pelo governo de São Paulo e também na maioria dos estados brasileiros.
Em 1992, haviam 7.257 presos que viviam no Carandiru. O Pavilhão 9, local da rebelião, abrigava 2.706 detentos. O pior é que até hoje os responsáveis por esse crime ainda não foram penalizados. O então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, anda livremente pelas ruas e o coronel Ubiratan Guimarães (morto em 2006) foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros, mas, posteriormente a decisão foi revogada pela justiça.
E 20 anos depois desse episódio de guerra e mesmo após a demolição da penitenciária, a chacina do Carandirú ainde permanece viva na memória social de São Paulo, demonstrando o quanto a violência institucionalizada pelo Estado sobre a população periférica é fruto de uma concepção penal que busca explicitamente a proteção dos direitos e dos patrimônios das elites, por meio da opressão às classes menos favorecidas.
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No dia 02 de outubro de 1992 o coronel Ubiratan Guimarães autorizou cerca de 340 homens dos batalhões de elite da PM/RJ a invadir o pavilhão 9 a fim de conter uma rebelião iniciada depois de uma discussão ocorrida entre os presos "Barba" e "Coelho". No entanto, o que seria uma ação militar para acabar com um certo motim, transformou-se em um dos mais violentos casos de repressão à rebelião em casas de detenção. É o que afirma os relatórios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Com o insucesso das negociações, os policiais passaram a agir com violência e deram início a maior chacina de presidiários da história do Brasil. Utilizando metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas e disparando uma média de 3,5 mil tiros, a ação do Batalhão de Choque deixou como saldo o montante de 111 presos mortos. E segundo peritos, a maioria das balas estavam alojadas na região da cabeça e no tórax das vítimas.
De acordo com a Pastoral Carcerária e o Movimento Mães de Maio o massacre do Carandiru é o maior símbolo da política de extermínio e de encarceramento em massa da população pobre e periférica promovida pelo governo de São Paulo e também na maioria dos estados brasileiros.
Em 1992, haviam 7.257 presos que viviam no Carandiru. O Pavilhão 9, local da rebelião, abrigava 2.706 detentos. O pior é que até hoje os responsáveis por esse crime ainda não foram penalizados. O então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, anda livremente pelas ruas e o coronel Ubiratan Guimarães (morto em 2006) foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros, mas, posteriormente a decisão foi revogada pela justiça.
E 20 anos depois desse episódio de guerra e mesmo após a demolição da penitenciária, a chacina do Carandirú ainde permanece viva na memória social de São Paulo, demonstrando o quanto a violência institucionalizada pelo Estado sobre a população periférica é fruto de uma concepção penal que busca explicitamente a proteção dos direitos e dos patrimônios das elites, por meio da opressão às classes menos favorecidas.
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