O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) levou a reforma agrária para o carnaval de Olinda (PE). A Barraca da Reforma Agrária funcionou de sábado à terça-feira de Carnaval. Além de um ponto de encontro da militância política que participa do carnaval de Olinda, a barraca desenvolveu uma série de programações. O MST também participou do Carnaval 2012 com a escola de samba do Movimento, a Unidos da Lona Preta, na cidade de Cajamar, interior de São Paulo.
O MST acredita que devolve ao Carnaval seu sentido popular, contestador e, por que não dizer, revolucionário. Com blocos regionais e locais e com a participação da militância nas ruas, o MST acredita que devolve ao Carnaval seu sentido popular, contestador e, por que não dizer, revolucionário. Por isso, o espírito de festejo na mais popular de todas as festas foi acompanhado de alegria, comprometimento e luta.
Em Olinda, no sábado (18) houve desfile do Bloco "Lula e o Polvo" e na segunda-feira (20) aconteceu a "Batucada da Reforma Agrária".
"Se aqui estamos, cantando essa canção, viemos defender a nossa tradição e dizer bem alto que a injustiça dói. Nós somos madeira de lei que cupim não rói", cataram os sem-terra no desfile a Escola de Samba Unidos da Lona Preta, do MST, no sábado de carnaval, na cidade de Cajamar, interior de São Paulo.
Homenagem à companheirada:
O enredo da escola para este ano foi “... E Fez-se A Luta: Uma Homenagem À Toda Companheirada”. E apresentou a história de crianças, mulheres e homens que morreram na luta pela reforma agrária no Brasil. “Somos José, Pedro e Maria, somos Geralda, Teresa e Manoel. Somos sem terra!... E fez-se a luta!”, cantaram ao som de batucada.
“Para representar a grandeza do MST e do povo brasileiro, o samba enredo citou cinco militantes que fazem no dia-a-dia o movimento acontecer. Estes representarão a todos nós, pelo que fazem, fizeram e significam para nossa organização”, anunciaram os organizadores do desfile.
Vanessa dos Santos: sem-terrinha de oito anos assassinada no massacre de Corumbiara. Criança também luta. Sua vida é exemplo da busca por um mundo mais humano.
Mestre Geraldo: a força do samba, a crença na cultura popular como arma de transformação. A semente que foi plantada lá atrás e que nós colhemos e fazemos florescer. Que deixou saudades. Teu repique segue ecoando em nossos corações.
Laércio, preso político. Pai de quatro filhas, esposo, negro, de origem pobre. Surdo de primeira que bate firme. Lutador exemplar, incansável, admirado e querido. O MST te aguarda para seguirmos juntos na caminhada. O povo brasileiro te precisa. Como dizem os Racionais: as grades de ferro jamais prenderão nossos pensamentos.
Mauro, senhor e menino. Puro coração. Pura emoção. Plantador e formador. Migrante que superou as dificuldades da vida e gritou: o MST me levantou! Esta Luta nos levantou! Exemplo de humildade e perseverança. Sabedoria cultivada na escola da vida.
Almerinda, tia a quem pedimos a bênção e a licença pra cantar samba. Embala seu chocalho construindo o tempo da igualdade entre mulheres e homens. Mãe, fecundando o sonho de uma vida melhor para seus filhos e filhas, neste caso, toda a humanidade. Negra, da cor da noite, do sofrimento na pele, a sabedoria nos olhos. Guerreira. Mulher. Linda!
Fonte: MST.
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) levou a reforma agrária para o carnaval de Olinda (PE). A Barraca da Reforma Agrária funcionou de sábado à terça-feira de Carnaval. Além de um ponto de encontro da militância política que participa do carnaval de Olinda, a barraca desenvolveu uma série de programações. O MST também participou do Carnaval 2012 com a escola de samba do Movimento, a Unidos da Lona Preta, na cidade de Cajamar, interior de São Paulo.
O MST acredita que devolve ao Carnaval seu sentido popular, contestador e, por que não dizer, revolucionário. Com blocos regionais e locais e com a participação da militância nas ruas, o MST acredita que devolve ao Carnaval seu sentido popular, contestador e, por que não dizer, revolucionário. Por isso, o espírito de festejo na mais popular de todas as festas foi acompanhado de alegria, comprometimento e luta.
Em Olinda, no sábado (18) houve desfile do Bloco "Lula e o Polvo" e na segunda-feira (20) aconteceu a "Batucada da Reforma Agrária".
"Se aqui estamos, cantando essa canção, viemos defender a nossa tradição e dizer bem alto que a injustiça dói. Nós somos madeira de lei que cupim não rói", cataram os sem-terra no desfile a Escola de Samba Unidos da Lona Preta, do MST, no sábado de carnaval, na cidade de Cajamar, interior de São Paulo.
Homenagem à companheirada:
O enredo da escola para este ano foi “... E Fez-se A Luta: Uma Homenagem À Toda Companheirada”. E apresentou a história de crianças, mulheres e homens que morreram na luta pela reforma agrária no Brasil. “Somos José, Pedro e Maria, somos Geralda, Teresa e Manoel. Somos sem terra!... E fez-se a luta!”, cantaram ao som de batucada.
“Para representar a grandeza do MST e do povo brasileiro, o samba enredo citou cinco militantes que fazem no dia-a-dia o movimento acontecer. Estes representarão a todos nós, pelo que fazem, fizeram e significam para nossa organização”, anunciaram os organizadores do desfile.
Vanessa dos Santos: sem-terrinha de oito anos assassinada no massacre de Corumbiara. Criança também luta. Sua vida é exemplo da busca por um mundo mais humano.
Mestre Geraldo: a força do samba, a crença na cultura popular como arma de transformação. A semente que foi plantada lá atrás e que nós colhemos e fazemos florescer. Que deixou saudades. Teu repique segue ecoando em nossos corações.
Laércio, preso político. Pai de quatro filhas, esposo, negro, de origem pobre. Surdo de primeira que bate firme. Lutador exemplar, incansável, admirado e querido. O MST te aguarda para seguirmos juntos na caminhada. O povo brasileiro te precisa. Como dizem os Racionais: as grades de ferro jamais prenderão nossos pensamentos.
Mauro, senhor e menino. Puro coração. Pura emoção. Plantador e formador. Migrante que superou as dificuldades da vida e gritou: o MST me levantou! Esta Luta nos levantou! Exemplo de humildade e perseverança. Sabedoria cultivada na escola da vida.
Almerinda, tia a quem pedimos a bênção e a licença pra cantar samba. Embala seu chocalho construindo o tempo da igualdade entre mulheres e homens. Mãe, fecundando o sonho de uma vida melhor para seus filhos e filhas, neste caso, toda a humanidade. Negra, da cor da noite, do sofrimento na pele, a sabedoria nos olhos. Guerreira. Mulher. Linda!
Fonte: MST.
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