A maioria dos estudantes, pesquisadores e professores de história costumam contribuir com o debate a respeito do processo de independência brasileira com um olhar mais crítico e cuidadoso, principalmente quando chegamos na interpretação da expressão "independência". Esse comportamento está interligado às análises sobre as formas de condução que a foi consolidada sobre a emancipação política do Brasil, durante as primeiras décadas do século XIX. Essas análises nos revela, muitos subsídios para que possamos reduzir o 07 de setembro, como apenas um teatro político em torno da famosa frase, "independência ou morte", proferida pelo "herói" da independência ás margens do rio ipiranga.
De acordo com uma visão positivista, o processo de proclamação da independência política brasileira foi apenas uma negociação entre as elites brasileira e lusitana, junto as coroas portuguesa e inglesa, que fincavam uma dominação, respectivamente, mercantilista e liberal, nas terras tupiniquins. De fato, não podemos negar a validade dessa análise, uma vez que, as mudanças ocorridas na transição do regime colonial para a monarquia no Brasil não foram tão profundas, resumindo-se apenas à nomeclaturas e simbologias. O status quo permeneceu, ou seja, a propriedade latifundiária e o trabalho escravo continuaram como as bases econômicas da sociedade brasileira.
Entretanto, permito-me ousar um pouco mais e desconstruir parcialmente essa idéia positivada sobre a "independência" e atribuir algumas reflexões para a interpretação dessa tão importante data do calendário brasileiro. Mesmo entendendo a importância da leitura econômica para a compreensão da esfera política, pretendo trabalhar essa "nova" visão de independência, por meio de alguns fatos políticos, pois será nessa circunstância que vamos conseguir desconstruir a idéia simplista e contraditória da independência.
Diante desse contexto, podemos enxergar que o processo de emancipação e de formação do Estado brasileiro foi fruto de uma grande acumulação de lutas políticas que se manifestaram em diversas regiões brasileiras, seja por questões locais ou de abrangência metropolitana. Assim, desde o processo de expulsão dos holandeses, durante o século XVII e a famosa Batalha dos Guararapes, as condições estavam postas para que já existisse um debate político sobre uma possível emancipação brasileira. Ora, o espírito nacionalista, como afirmam vários historiadores, teve na Insurreição Pernambucana, um momento relevante, pois foi o momento em que contamos com o primeiro exército organizado, com a participação dos negros, dos índios e dos brancos nas fileiras militares.
Pois bem, se conseguimos livrar o Brasil do domínio flamengo, mesmo com todo o apoio ibérico, já que a nação portuguesa era a principal interessada em reconquistar seu domínio sobre o território tomado pela Companhia das Índias Ocidentais, tinhamos chances reais de uma emancipação anterior à 1822. Mas sem se prender a reflexões profundas, podemos aceitar a hipótese que a Insurreição Pernambucana foi um momento de relevância ímpar para o acúmulo de forças e experiência política dentro da colonia.
Mais adiante, vamos nos deparar com outros conflitos regionais, como a Guerra dos Mascates, a Sabinada, a Inconfidência Baiana, A revolta de Vila Rica, a Conjuração Mineira, a Revolução de 1817 que junto a outros momentos históricos, representaram uma maior acumulação política, haja vista que, tais movimentos tiveram o caráter de mobilização, mesmo com uma população, notoriamente formada por escravos e analfabetos, esses fatos históricos tiveram relevância social, pois os mesmos, saíram dos escritórios políticos e tomaram as ruas, mostrando a existência de camadas sociais descontentes com a situação social da colônia.
Dessa forma, essa permutação de donos, como passa a historiografia, quando mostra a imagem de uma emancipação parcial, onde deixamos de nos curvar ao domínio português e passamos a viver sob a tutela britânica é uma forma de reduzir as lutas de vários setores sociais de várias regiões brasileiras que se colocavam contra ao pacto colonial imposto ao Brasil. Enfim, precisamos enxergar a independência brasileira, não como um resumido acordo político, mas como um momento de grande relevância, pois a luta por uma nação livre, ja estava na pauta de alguns grupos políticos e no discurso de outros intelectuais que viviam em nossas terras, assim, ao contrário do que se propaga, nossa independência não foi criada pela conveniência da família real portuguesa, mas por conjunturas sociais, políticas e econômicas anteriores ao heróico grito de independência proferido por D. Pedro.
A maioria dos estudantes, pesquisadores e professores de história costumam contribuir com o debate a respeito do processo de independência brasileira com um olhar mais crítico e cuidadoso, principalmente quando chegamos na interpretação da expressão "independência". Esse comportamento está interligado às análises sobre as formas de condução que a foi consolidada sobre a emancipação política do Brasil, durante as primeiras décadas do século XIX. Essas análises nos revela, muitos subsídios para que possamos reduzir o 07 de setembro, como apenas um teatro político em torno da famosa frase, "independência ou morte", proferida pelo "herói" da independência ás margens do rio ipiranga.
De acordo com uma visão positivista, o processo de proclamação da independência política brasileira foi apenas uma negociação entre as elites brasileira e lusitana, junto as coroas portuguesa e inglesa, que fincavam uma dominação, respectivamente, mercantilista e liberal, nas terras tupiniquins. De fato, não podemos negar a validade dessa análise, uma vez que, as mudanças ocorridas na transição do regime colonial para a monarquia no Brasil não foram tão profundas, resumindo-se apenas à nomeclaturas e simbologias. O status quo permeneceu, ou seja, a propriedade latifundiária e o trabalho escravo continuaram como as bases econômicas da sociedade brasileira.
Entretanto, permito-me ousar um pouco mais e desconstruir parcialmente essa idéia positivada sobre a "independência" e atribuir algumas reflexões para a interpretação dessa tão importante data do calendário brasileiro. Mesmo entendendo a importância da leitura econômica para a compreensão da esfera política, pretendo trabalhar essa "nova" visão de independência, por meio de alguns fatos políticos, pois será nessa circunstância que vamos conseguir desconstruir a idéia simplista e contraditória da independência.
Diante desse contexto, podemos enxergar que o processo de emancipação e de formação do Estado brasileiro foi fruto de uma grande acumulação de lutas políticas que se manifestaram em diversas regiões brasileiras, seja por questões locais ou de abrangência metropolitana. Assim, desde o processo de expulsão dos holandeses, durante o século XVII e a famosa Batalha dos Guararapes, as condições estavam postas para que já existisse um debate político sobre uma possível emancipação brasileira. Ora, o espírito nacionalista, como afirmam vários historiadores, teve na Insurreição Pernambucana, um momento relevante, pois foi o momento em que contamos com o primeiro exército organizado, com a participação dos negros, dos índios e dos brancos nas fileiras militares.
Pois bem, se conseguimos livrar o Brasil do domínio flamengo, mesmo com todo o apoio ibérico, já que a nação portuguesa era a principal interessada em reconquistar seu domínio sobre o território tomado pela Companhia das Índias Ocidentais, tinhamos chances reais de uma emancipação anterior à 1822. Mas sem se prender a reflexões profundas, podemos aceitar a hipótese que a Insurreição Pernambucana foi um momento de relevância ímpar para o acúmulo de forças e experiência política dentro da colonia.
Mais adiante, vamos nos deparar com outros conflitos regionais, como a Guerra dos Mascates, a Sabinada, a Inconfidência Baiana, A revolta de Vila Rica, a Conjuração Mineira, a Revolução de 1817 que junto a outros momentos históricos, representaram uma maior acumulação política, haja vista que, tais movimentos tiveram o caráter de mobilização, mesmo com uma população, notoriamente formada por escravos e analfabetos, esses fatos históricos tiveram relevância social, pois os mesmos, saíram dos escritórios políticos e tomaram as ruas, mostrando a existência de camadas sociais descontentes com a situação social da colônia.
Dessa forma, essa permutação de donos, como passa a historiografia, quando mostra a imagem de uma emancipação parcial, onde deixamos de nos curvar ao domínio português e passamos a viver sob a tutela britânica é uma forma de reduzir as lutas de vários setores sociais de várias regiões brasileiras que se colocavam contra ao pacto colonial imposto ao Brasil. Enfim, precisamos enxergar a independência brasileira, não como um resumido acordo político, mas como um momento de grande relevância, pois a luta por uma nação livre, ja estava na pauta de alguns grupos políticos e no discurso de outros intelectuais que viviam em nossas terras, assim, ao contrário do que se propaga, nossa independência não foi criada pela conveniência da família real portuguesa, mas por conjunturas sociais, políticas e econômicas anteriores ao heróico grito de independência proferido por D. Pedro.
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