Hoje, comunicação escrita é sinônimo de silêncio, transmitida por meio eletrônico. Mas, há poucas décadas, antes da presença dos computadores e da web, a escrita era ruidosa e dependia de um enorme contingente de especialistas: os datilógrafos.
Hoje, comunicação escrita é sinônimo de silêncio, produzida em macios teclados, transmitida por meio eletrônico. Mas, há poucas décadas, antes da presença maciça dos computadores e da Internet, a escrita era animadamente ruidosa e dependia de um enorme contingente de especialistas: os datilógrafos.
A máquina de escrever, industrializada a partir da segunda metade do século XIX, era presença marcante em redações de jornais, repartições públicas, escritórios e mesmo nos lares. O barulho da engenhoca – produzido não só pelas teclas metálicas, mas também por “instrumentos” como o tabulador, a fita de tinta e o “sininho” do parágrafo – ditava o ritmo do trabalho no mundo inteiro. Aquele ambiente e seus profissionais fazem parte do universo literário de muitos autores – como Nelson Rodrigues, que povoava suas crônicas com datilógrafas, quase sempre testemunhas das perversões dos protagonistas. Ou o satírico Barão de Itararé, autor de tiradas impagáveis, como o famoso anúncio falso: “Precisa-se de boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa”.
Parte dessas brincadeiras vinha do fato de ser um ofício praticamente monopolizado por mulheres. Em tempos bem mais machistas do que hoje, elas se tornavam alvos óbvios. Seja como for, deixaram saudade. A modernidade vê a profissão desaparecer: a última fábrica dessas máquinas mecânicas, que funcionava na Índia, fechou em 2011, após ter vendido apenas 1.000 unidades naquele ano. Por enquanto, a datilografia, com seus sons e personagens, parece fadada a ficar no passado.
Por Rodrigo Elias.
Fonte: Revista de História.
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Hoje, comunicação escrita é sinônimo de silêncio, transmitida por meio eletrônico. Mas, há poucas décadas, antes da presença dos computadores e da web, a escrita era ruidosa e dependia de um enorme contingente de especialistas: os datilógrafos.
Hoje, comunicação escrita é sinônimo de silêncio, produzida em macios teclados, transmitida por meio eletrônico. Mas, há poucas décadas, antes da presença maciça dos computadores e da Internet, a escrita era animadamente ruidosa e dependia de um enorme contingente de especialistas: os datilógrafos.
A máquina de escrever, industrializada a partir da segunda metade do século XIX, era presença marcante em redações de jornais, repartições públicas, escritórios e mesmo nos lares. O barulho da engenhoca – produzido não só pelas teclas metálicas, mas também por “instrumentos” como o tabulador, a fita de tinta e o “sininho” do parágrafo – ditava o ritmo do trabalho no mundo inteiro. Aquele ambiente e seus profissionais fazem parte do universo literário de muitos autores – como Nelson Rodrigues, que povoava suas crônicas com datilógrafas, quase sempre testemunhas das perversões dos protagonistas. Ou o satírico Barão de Itararé, autor de tiradas impagáveis, como o famoso anúncio falso: “Precisa-se de boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa”.
Parte dessas brincadeiras vinha do fato de ser um ofício praticamente monopolizado por mulheres. Em tempos bem mais machistas do que hoje, elas se tornavam alvos óbvios. Seja como for, deixaram saudade. A modernidade vê a profissão desaparecer: a última fábrica dessas máquinas mecânicas, que funcionava na Índia, fechou em 2011, após ter vendido apenas 1.000 unidades naquele ano. Por enquanto, a datilografia, com seus sons e personagens, parece fadada a ficar no passado.
Por Rodrigo Elias.
Fonte: Revista de História.
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