domingo, abril 22, 2012

22 de Abril: Chegada dos Portugueses ao Brasil.


No dia 22 de Abril de 1500 a esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral, estando a serviço da coroa portuguesa, chega ao Brasil, dando início ao processo de ocupação lusitana nas terras americanas, cuja a posse fora legitimada por meio do tratado de Tordesilhas. É válido ressaltar que, desde muitas décadas "a descoberta do Brasil" se configura como um tema debatido de forma polêmica entre pesquisadores, professores e estudantes de história. Uma vez que, é quase impossível avaliar a famosa viagem de Cabral sem ter como referência, algumas das diferentes teses que abordam esse fato histórico e que normalmente utilizam-se de argumentos ligados a casualidade ou intencionalidade, no que diz respeito, aos objetivos das embarcações, antes mesmo da viagem propriamente dita.

Entretanto, independente dessas diferentes teses, é fundamental abordar que a chegada dos portugueses às terras tupiniquins, somente ocorreu devido a um longo processo de amadurecimento político e econômico, proveniente da transição do feudalismo para o capitalismo. Sistema esse que transformou a sociedade européia em um grande centro comercial, responsabilizando-se assim, por significativas mudanças na ordem política e que, por sua vez, contribuíram para o desenvolvimento das expedições marítimas, a partir do século XIV.

Diante disso, é muito oportuno reproduzir as lições de Boris Fausto que em sua obra, História Concisa do Brasil nos concede essa admirável descrição:
A primeira nau de regresso da viagem de Vasco da Gama chegou a Portugal, produzindo grande entusiasmo, em julho de 1499. Meses depois, a 9 de março de 1500, partia do rio Tejo em Lisboa uma frota de treze navios, a mais aparatosa que até então tinha deixado o Reino, aparentemente com destino às índias, sob o comando de um fidalgo de pouco mais de trinta anos, Pedro Álvares Cabral. A frota, após passar as ilhas de Cabo Verde, tomou rumo oeste, afastando-se da costa africana até avistar o que seria terra brasileira a 21 de abril. Nessa data houve apenas uma breve descida à terra e só no dia seguinte a frota ancoraria no litoral da Bahia, em Porto Seguro. 
Desde o século XIX, vem-se discutindo se a chegada dos portugueses ao Brasil foi obra do acaso, sendo produzida pelas correntes marítimas, ou se já havia conhecimento anterior do Novo Mundo e uma espécie de missão secreta para que Cabral tomasse o rumo do ocidente. Tudo indica que a expedição de Cabral se destinava efetivamente às índias. Isso não elimina a probabilidade de navegantes europeus, sobretudo portugueses, terem freqüentado a costa do Brasil antes de 1500. (FAUSTO p.14).
Enfim, penso que o elemento central do debate sobre a chegada dos europeus ao Brasil e a posterior colonização não se constrói de forma racional, quando nos limitamos aos argumentos da casualidade ou intencionalidade de Cabral e sua frota. Independente se os portugueses frequentaram ou não as terras brasileiras, é imperioso entender que, de forma ocasional ou não, os projetos expansionistas do rei D. Manuel estavam interligados diretamente à conjuntura política e econômica de Portugal, desde a Revolução de Avis que culminou com a ascenção do monarca D. João I, um grande entusiasta dos interesses mercantilistas do mundo ibérico.
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No dia 22 de Abril de 1500 a esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral, estando a serviço da coroa portuguesa, chega ao Brasil, dando início ao processo de ocupação lusitana nas terras americanas, cuja a posse fora legitimada por meio do tratado de Tordesilhas. É válido ressaltar que, desde muitas décadas "a descoberta do Brasil" se configura como um tema debatido de forma polêmica entre pesquisadores, professores e estudantes de história. Uma vez que, é quase impossível avaliar a famosa viagem de Cabral sem ter como referência, algumas das diferentes teses que abordam esse fato histórico e que normalmente utilizam-se de argumentos ligados a casualidade ou intencionalidade, no que diz respeito, aos objetivos das embarcações, antes mesmo da viagem propriamente dita.

Entretanto, independente dessas diferentes teses, é fundamental abordar que a chegada dos portugueses às terras tupiniquins, somente ocorreu devido a um longo processo de amadurecimento político e econômico, proveniente da transição do feudalismo para o capitalismo. Sistema esse que transformou a sociedade européia em um grande centro comercial, responsabilizando-se assim, por significativas mudanças na ordem política e que, por sua vez, contribuíram para o desenvolvimento das expedições marítimas, a partir do século XIV.

Diante disso, é muito oportuno reproduzir as lições de Boris Fausto que em sua obra, História Concisa do Brasil nos concede essa admirável descrição:
A primeira nau de regresso da viagem de Vasco da Gama chegou a Portugal, produzindo grande entusiasmo, em julho de 1499. Meses depois, a 9 de março de 1500, partia do rio Tejo em Lisboa uma frota de treze navios, a mais aparatosa que até então tinha deixado o Reino, aparentemente com destino às índias, sob o comando de um fidalgo de pouco mais de trinta anos, Pedro Álvares Cabral. A frota, após passar as ilhas de Cabo Verde, tomou rumo oeste, afastando-se da costa africana até avistar o que seria terra brasileira a 21 de abril. Nessa data houve apenas uma breve descida à terra e só no dia seguinte a frota ancoraria no litoral da Bahia, em Porto Seguro. 
Desde o século XIX, vem-se discutindo se a chegada dos portugueses ao Brasil foi obra do acaso, sendo produzida pelas correntes marítimas, ou se já havia conhecimento anterior do Novo Mundo e uma espécie de missão secreta para que Cabral tomasse o rumo do ocidente. Tudo indica que a expedição de Cabral se destinava efetivamente às índias. Isso não elimina a probabilidade de navegantes europeus, sobretudo portugueses, terem freqüentado a costa do Brasil antes de 1500. (FAUSTO p.14).
Enfim, penso que o elemento central do debate sobre a chegada dos europeus ao Brasil e a posterior colonização não se constrói de forma racional, quando nos limitamos aos argumentos da casualidade ou intencionalidade de Cabral e sua frota. Independente se os portugueses frequentaram ou não as terras brasileiras, é imperioso entender que, de forma ocasional ou não, os projetos expansionistas do rei D. Manuel estavam interligados diretamente à conjuntura política e econômica de Portugal, desde a Revolução de Avis que culminou com a ascenção do monarca D. João I, um grande entusiasta dos interesses mercantilistas do mundo ibérico.
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