quarta-feira, janeiro 11, 2012

2011: O Despertar Árabe.


Sem dúvidas, um dos fatos mais marcantes do ano de 2011 foi a chamada Primavera Árabe, a grande onda de protestos, manifestações e insurreições ocorridas nos países árabes desde dezembro de 2010. A onda revolucionária teve início na Tunísia, onde em menos de um mês as manifestações populares, com o aopio das Forças Armadas, levaram à fuga do presidente Zine el-Abidine Ben Ali para a Arábia Saudita, e provocaram um verdadeiro efeito dominó.

Passado um ano, temos um saldo de duas revoluções (Tunísia e Egito), uma guerra civil na Líbia, que teve como ponto máximo a derrubada e morte de Kadhafi, grandes protestos populares em Marrocos, Argélia e Jordânia, além de movimentos de contestação em países cujos regimes não permitiam protestos públicos, como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait, Emirados Árabes Unidos e Oman. Na Síria e no Iêmen, as contestações populares têm sido reprimidas com violência.

A onda revolucionária afetou também países como Saara Ocidental, Mauritânia, Sudão, Djibuti, dentre outros. Comparada a diversos momentos históricos, como a Primavera dos Povos de 1848 e o Risorgimento italiano, a onda de protestos no mundo árabe tem uma série de causas, que foram se acumulando nos últimos 50 anos. Regimes nascidos dos nacionalismos árabes a partir da década de 1950 foram se convertendo em governos totalitários e repressores, com irrestrita violação das liberdades individuais e públicas. O desemprego, a miséria, a corrupção, o elevado custo de vida, a injustiça política e social e a necessidade de um regime mais democrático têm sido apontados como principais causas dos levantes.

Por Alexandre Belmonte.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional.
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Sem dúvidas, um dos fatos mais marcantes do ano de 2011 foi a chamada Primavera Árabe, a grande onda de protestos, manifestações e insurreições ocorridas nos países árabes desde dezembro de 2010. A onda revolucionária teve início na Tunísia, onde em menos de um mês as manifestações populares, com o aopio das Forças Armadas, levaram à fuga do presidente Zine el-Abidine Ben Ali para a Arábia Saudita, e provocaram um verdadeiro efeito dominó.

Passado um ano, temos um saldo de duas revoluções (Tunísia e Egito), uma guerra civil na Líbia, que teve como ponto máximo a derrubada e morte de Kadhafi, grandes protestos populares em Marrocos, Argélia e Jordânia, além de movimentos de contestação em países cujos regimes não permitiam protestos públicos, como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kwait, Emirados Árabes Unidos e Oman. Na Síria e no Iêmen, as contestações populares têm sido reprimidas com violência.

A onda revolucionária afetou também países como Saara Ocidental, Mauritânia, Sudão, Djibuti, dentre outros. Comparada a diversos momentos históricos, como a Primavera dos Povos de 1848 e o Risorgimento italiano, a onda de protestos no mundo árabe tem uma série de causas, que foram se acumulando nos últimos 50 anos. Regimes nascidos dos nacionalismos árabes a partir da década de 1950 foram se convertendo em governos totalitários e repressores, com irrestrita violação das liberdades individuais e públicas. O desemprego, a miséria, a corrupção, o elevado custo de vida, a injustiça política e social e a necessidade de um regime mais democrático têm sido apontados como principais causas dos levantes.

Por Alexandre Belmonte.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional.
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