segunda-feira, maio 30, 2011

Exercício Sobre a Independência do Brasil e o Primeiro Reinado.

01. A transmigração da Família Real portuguesa para o Brasil foi motivada pelo Bloqueio Continental decretado na Europa por Napoleão Bonaparte, imperador da:
a) Espanha ;
b) França;
c) Inglaterra;
d) Itália;
e) Suíça.

02.A abertura dos portos do Brasil às Nações Amigas favoreceu principalmente a:
a) Espanha ;
b) França e Brasil;
c) Inglaterra;
d) África e Brasil;
e) Portugal e França.

03.Portugal reconheceu nossa Independência por influência da (dos):
a) França;
b) Itália;
c) Áustria;
d) Inglaterra;
e) Estados Unidos.

04.No dia 02 de julho de 1824, uma grande revolta de caráter republicano explodiu em Pernambuco. Ficou mais conhecida como:
a) Rebelião do açúcar;
b) Guerra dos Mascates;
c) Revolta Pernambucana;
d) Confederação do Equador;
e) Revolta da Praia.

05. A Constituição de 1824 estabeleceu 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Este último era exercido pelo (pela)
a) Senado;
b) Imperador;
c) Câmara dos Deputados;
d) Igreja;
e) Supremo Tribunal Federal.

06. A Inglaterra atuou a favor do Brasil para a obtenção do reconhecimento de sua independência, mas exigiu a extinção:
a) dos contratos comerciais com os países da Santa Aliança.
b) do Trafico negreiro.
c) da escravatura.
d) do Pacto Colonial.
e) do acordo comercial de 1810.

07. Entre as alterações que favoreceram a emancipação política de 1822 e que foram ocasionadas pela Vinda da Família Real portuguesa para o Brasil encontra-se:
a) o estabelecimento do governo geral.
b) a instalação de novos estabelecimentos, prédios públicos e instituições políticas.
c) o abandono das colônias do oriente nas mãos de holandeses e espanhóis.
d) o enriquecimento das sociedades brasileiras pela descoberta das Minas Gerais.
e) a implantação de uma constituição liberal no Brasil.

Com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, várias foram as mudanças administrativas e culturais ocorridas na colônia portuguesa (ou seja, o Brasil).Dotando um maior desenvolvimento para:
a) o Recife.
b)o Rio de Janeiro.
c) Belo Horizonte.
d) João Pessoa.
e) São Vicente.

09. Na perspectiva do sistema social, a independência do Brasil não significou uma ruptura, sobretudo porque:
a) o parque industrial paulista, apesar de vigoroso, destinou poucos recursos para a melhoria das condições de vida da população.
b) a crise das relações diplomáticas com a Inglaterra impediu o fornecimento de produtos vitais para o abastecimento dos habitantes dos espaços urbanos.
c) as guerras ocorridas em 1820 impediram o governo de estabelecer uma política social consistente.
d) a organização do trabalho continuou tendo como base, o escravo e a propriedade de terras continuou nas mãos de uma elite.
e) N.D.A.

10. Sobre a independência do Brasil é valido concluir que:
a) as camadas senhoriais, defensoras do Liberalismo Político, pretendiam não apenas a emancipação política, mas a alteração nas estruturas econômicas.
b) o liberalismo defendido pela aristocracia rural apoiava a emancipação dos escravos.
c) a independência brasileira foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo e também os privilégios da classe proprietária.
d) a independência brasileira afetou diretamente as elites, no que diz respeito a conquista de direitos trabalhistas pelos mais pobres.
e) D. Pedro I sempre defendeu os interesses dos brasileiros em todo o seu reinado.

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sábado, maio 28, 2011

A Maioridade Penal no Brasil.

Para muitos, o debate sobre uma possível redução da maioridade penal no Brasil, seria uma excelente ferramenta para diminuir o problema da violência na sociedade. Entretanto, outros posicionamentos questionam os argumentos favoráveis à redução, acreditando que problemas sociais dessa magnitude, não poderiam ser solucionados com mais um mecanismo de opressão, ou seja, a penintenciária.

E nessa conjuntura, encontramos sociólogos, jurístas, organizações sociais, partidos políticos e entidades sociais se aponderando desse debate e trazendo a tona uma série de reflexões sobre a realidade brasileira, tendo em vista, principalmente com questões ligadas a violência, desigualdades sociais, Estatuto da Criança e do Adolescente e também de políticas públicas de juventude.

Diante do que foi exposto, durante os últimos dias, tive que me incluir nesse importante debate, e confesso que, mesmo tendo as minhas posições contrárias à redução da maioridade penal, pude conhecer mais o outro lado da moeda, o que me fez refletir de uma forma bem mais fundamentada. E foi nesse contexto que passei a debruçar uma atenção maior sobre esse assunto, tendo em vista, não somente o debate político, mas também a questão histórica do país.

E foi dentro do contexto histórico que lembrei logo do famoso "Golpe da Maioridade", articulação política dos liberais para que Pedro de Alcântara, tornar-se imperador do país com apenas 14 anos de idade, pondo um fim aos governos regenciais. Entretanto, esse fato não foi isolado, houveram outros momentos em que a maioridade penal brasileira era inferior a idade estipulada pela atual Constituição.

No primeiro Código Penal de 1830, a idade estabelecida era de 14 anos de idade. Mais adiante, em 1890, o código penal chegou a reduzir a maioridade para os 9 anos. E por incrível que pareça, nos tempos coloniais, encontramos registros de que a maioridade era de 7 anos, ou seja, uma criança poderia ser punido igualmente a qualquer outra pessoa de idade adulta. Assim, como podemos ver, esse debate sobre a maioridade penal no Brasil, não é tão recente em nossa história, o tema já demonstra sua importância desde o início dos primeiros ordenamentos trazidos para as terras tupiniquins.



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sexta-feira, maio 27, 2011

CURIOSIDADES: O Que é o Reino Unido?



O Reino Unido é uma união de quatro nações, Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, que são governados por uma monarquia constitucional, com sede de governo em Londres. Considerado como um só país, mesmo envolvendo várias nações e territórios, o Reino Unido é um país desenvolvido. Históricamente, foi o grande pioneiro no processo de industrialização, durante o século XVIII. 

Em 1707 foi criado um Ato de União, dando origem ao Reino Unido da Grã Bretanha, entretanto, somente em 1800 que a Irlanda do Norte  se uniu aos seus países vizinhos. Ligados por questões culturais, as nações que compõem o Reino Unido, essas nações, ao longo do tempo, passaram a influenciar economicamente e politicamente quanse todo o mundo ocidental. Destacando-se também durante as duas Grandes Guerras e na fundação da União Européia.

14 Anos da Morte Frei Damião.

O dia 27 de Maio de 1997 foi marcado pela morte de Frei Damião, que ficou conhecido em todo o nordeste, devido as suas peregrinações por várias cidades, levando a palavra de Deus e o Cristianismo para as pessoas, desde a década de 1930. Vindo de uma família camponesa italiana, Pio Giannotti, como era seu nome de batismo, desde a infância, teve uma vida dedicada a religiosidade.

Querido por muitos nordestinos, Frei Damião, recebeu o título de cidadão pernambucano em 1977 e de cidadão recifence em 1995, além de ser considerado um Santo por muitos. Sua popularidade se deu, devido as famosas peregrinações que o frei capuchinho fazia pelo nordeste, conhecidas como "as santas missões" que segundo suas próprias palavras, eram pequenas cruzadas que tinham como finalidade de livrar o povo do Demônio. E assim, Frei Damião proferia seus sermões em diversos lugares para uma multidão de nordestinos, tornando assim um grande líder religioso e popular.


Sua fama foi tão grandiosa, quanto a sua importância para os nordestinos que seguiam o frei e tinham em suas palavras, um sinal de consolo, esperança e fé. As romarias do capuchino arrastavam uma grande quantidade de pessoas e em todos os locais que passavam, era notória a euforia da população para receber a  sua benção e as suas orações. De fato, uma figura que marcou profundamente a história do nordeste, principalmente pelo fato de que a sua memória permanece viva, no coração de todos os romeiros e romeiras.

Em 2003 o vaticano iniciou o processo de beatificação de Frei Damião, contudo, mesmo sem nenhuma oficialização, muitos católicos já o considera como santo. São inúmeras as cartas que chegam no convento de São Félix no Recife (local onde está enterrado o seu corpo), relatando sobre milagres e graças alcançadas, por intermédio do frei.


Devoto de Nossa Senhora das Graças, Frei Damião servia sempre as famílias mais humildes, que ao mesmo tempo que, tinham carências sociais e econômicas, devido as ações dos coronéis, donos das terras e protagonistas do histórico de exploração e miséria no campo, também tinham uma enorme carência de orientação religiosa e moral.

Enfim, é incontestável a relevância social e religiosa de Frei Damião para a história do nordeste brasileiro, e sua vida e morte sempre estará na memória dos vários nordestinos que testemunharam de forma direta e indireta a trajetória dessa ilústre figura de nossa história.


Outras Informações:
  • Sua primeira missa foi nos arredores da cidade de Gravatá, em Pernambuco, na capela de São Miguel, no Riacho do Mel. Anualmente, no mês de maio, realiza-se naquela cidade as Festividades de Frei Damião: uma grande caminhada sai da Igreja Matriz Nossa Senhora de Santa'Ana (no centro de Gravatá) e vai até a Capela do Riacho do Mel.
  • No interior de Pernambuco, na cidade de São Joaquim do Monte, todos os anos milhares de romeiros chegam para prestar suas homenagens ao Frade. O Encontro de Romeiros, ou Romaria de Frei Damião como é mais conhecida, acontece todos os anos entre o fim de agosto e início do mês de setembro. Programação religiosa e cultural modificam totalmente o aspecto da cidade. O ponto central da peregrinação é a estátua erguida em homenagem a Frei Damião localizada no Cruzeiro.
  • Em 2004, foi inaugurado o Memorial Frei Damião em sua homenagem, na cidade de Guarabira, Paraíba, uma das várias cidades em que o frade capuchinho percorreu em suas missões. Neste memorial foi erguida uma estátua de 34 metros de altura, que atualmente é considerada a segunda maior do Brasil. 
  • 300 - mil pessoas fizeram fila durante o velório para dar o último adeus ao frei, na Basílica de Nossa Senhora da Penha, em 1997.

    Fontes:
    http://wikipédia.org
    http://minhaprece.com.br
    http://jconline.com.br

    quarta-feira, maio 25, 2011

    Sobre as Cláusulas Pétreas no Brasil.

    As cláusulas pétreas são deliberações contidas na Constituição Brasileira que detém um caráter rígido e permanente, ou seja, não podem ser modificadas por emendas constitucionais. No Brasil, questões como a forma de organização federativa do Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes, os direitos e garantias individuais e a organização republicana são definidas como cláusulas pétreas na Constituição em seu artigo 60, parágrafo 4º.

    Art. 60.
    § 4.º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
    I - a forma federativa de Estado;
    II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
    III - a separação dos Poderes;
    IV - os direitos e garantias individuai
    s.

    Enfim, as cláusulas pétreas não podem ser alteradas, por meio de emendas ou revisões, salvo no caso de revoluções, quando ocorre uma ruptura total no sistema político vigente, tendo assim a necessidade de uma nova Constituição.

    25 de Maio de 1940 - Morte do Cangaceiro Corisco.

    A volante de José Rufino, tocaia e mata o último cangaceiro, Corisco, o Diabo Louro, vingador de Lampião. Sua companheira Dadá é ferida, presa, perde uma perna, mas vive e participa das lutas populares até os anos 80.

    Fonte: O Vermelho.

    segunda-feira, maio 23, 2011

    Eu Apoio!


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    Dia 23 de Maio de 1822 - Construção da Primeira Ferrovia Pública na Inglaterra.

    13 de Maio de 1822 foi a data que marcou o início das contruções do que seria a primeira ferrovia pública na Inglaterra, para o transporte regular de cargas e passageiros do mundo. A estrada, inaugurada três anos depois, ligaria as cidades britânicas de Stockton e Darlington.

    Fonte: Revista Aventuras Na História.

    Ex-Presidente Lula Manda Recado para Blogueiros.

    O mundo dos Blogs, de fato contribuiu de forma notável para a democratização das comunicações no Brasil e no Mundo. Blogueiros de todas as partes da rede mundial de computadores, socializam as mais diversas informações no vasto universo da internet, quebrando grandes paradígmas da comunicação social.

    Livres da censura e da falta de liberdade de expressão, a nação blogueira promove cada vez mais uma interação social democrática, dentro e fora do ambiente virtual. É válido ressaltar que já existem blogs que se manifestam como referências de informação e jornalismo nas mais diversas áreas. A velha mídia está morrendo e o nova mídia está nascendo e prometendo ganhar cada vez mais espaço. No vídeo abaixo, temos o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva fala aos internautas sobre a importância da internet e dos blogs para as comunicações no tempo da campanha eleitoral de 2010. Confiram.


    sábado, maio 21, 2011

    Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Benjamim Disraeli.

    "Nutra sua mente com grandes pensamentos, pois você nunca irá mais alto do que o que você pensa."

    "Não há governo seguro sem forte oposição. "

    "Em política, nada é desprezível."

    (Benjamim Disraeli).



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    quinta-feira, maio 19, 2011

    Depoimento de Professora Gera Reflexões Sobre a Educação no Brasil.

    São por meio de simples intervenções como a da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte que nos traz a reflexão sobre a histórica falta de compromisso político do Estado Brasileiro sobre a Educação. De fato, na perspectiva do discurso e de toda retórica inata à classe política, a Educação sempre se encontra no hall das prioridades do poder público. Contudo, a realidade em todos os estados brasileiros não corroboram com as retóricas governamentais.
     
     
    As baixas remunerações, a exploração e a desvalorização social, fazem do magistério, uma atividade ligada a pobreza, desmotivação profissonal e doenças laborais. De fato, a preocupação com a formação cidadã da sociedade brasileira, mesmo diante de tantos avanços econômicos, ainda está muito vacilante. O que podemos esperar de um país que investe menos de 5% do seu PIB em Educação? Como podemos conceber um futuro otimista em um país, no qual, a educação privada se manifesta como um jargão empresarial lucrativo? O que podemos esperar dos profissionais que atuam no setor educacional, quando esses, são marginalizados de políticas públicas?
     
     
    Enfim, precisamos repensar o Brasil por meio de uma lógica socialmente justa, uma vez que, somente dessa maneira é que vamos poder avançar de forma concreta e de acordo com os numerosos discursos governamentais que circulam nos espaços públicos brasileiros. Saudações a professora Amanda Gurgel e a todos os militantes da educação brasileira.


    CURIOSIDADES: Como Surgiu o Jogo do Bicho?



    Criado pelo Barão João Batista Viana Drummond, que era proprietário do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, o famoso jogo do Bicho foi criado no intúito de ajudar na arrecadação financeira do zoológico, nos anos iniciais da República brasileira. Tal instituição, nos tempos imperiais, recebia verba para alimentação dos animais do imperador D. Pedro II, no entanto, com a proclamação da república, a ajuda foi suspensa.

    E na busca de achar uma solução para compensar a perca dos recursos imperiais, o barão criou ea tão famosa loteria, que funcionava da seguinte forma: nos ingressos do zoológico eram impressos desenhos de 20 animais, e a cada dia, sorteava um deles. Com o tempo, o jogo do bicho auxiliou as visitas no zoológico, como também, resolveu o problema financeiro da instituição.

    Contudo, a estratégia teve notável sucesso e logo se espalhou por outros cantos da cidade, fazendo com que o jogo do bicho ficasse popular em todo Rio de Janeiro e mais tarde no país. É válido ressaltar que o jogo do bicho hoje já é definido como elemento presente na cultura brasileira.

    terça-feira, maio 17, 2011

    16 de Maio - Homenagem/Reflexão ao Dia do Gari


    'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
    'Fingi ser gari por 1mês e vivi como um ser invisível'

    Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoasenxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.


    O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. 

    Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

    'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador. O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

    No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.

    Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
    O que você sentiu na pele, trabalhando como gari? Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. 

    Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

    E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
    Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

    E quando você volta para casa, para seu mundo real?
    Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
    Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

    *Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida! 

    Plínio Delphino, Diário de São Paulo. 


    Os garis são os profissionais da limpeza pública que recolhem o lixo das moradias, edifícios comerciais e residenciais, além de varrer as ruas e também cuidar da capina da grama. Eventualmente também trabalham no desentupimento de bocas-de-lobo e na desinfecção de ruas. Têm seu dia comemorado em 16 de maio.

    O nome profissional de GARI é em homenagem ao francês Pedro Aleixo Gary, primeira pessoa a assinar uma contrato de Limpeza pública com o Ministério Imperial. , organizando assim, a partir do dia 11 de outubro de 1876, a remoção de lixo das casas e praias do Rio de Janeiro. Vencido o contrato em 1891, entrou seu primo, Luciano Gary. Um ano após, a empresa foi extinta e inaugurada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da cidade, realizando um trabalho muito aquém do proposto em termos de limpeza pública.

    Os cariocas, acostumados com a limpeza das ruas após a passagem dos cavalos, mandavam chamar a turma do Gary. Aos poucos o nome se generalizou e até hoje são chamados garis.

    Para concluir sua tese de mestrado, o psicólogo social Fernando Braga da Costa, varreu as ruas da USP, a fim de comprovar a existência da “Invisibilidade Pública”, ou seja, o trabalhador de rua nada mais é que um ser invisível, tratado pela população menos que um poste ou um orelhão. Foram oito anos de experiência diária, por meio turno, compartilhando sujeira, desprezo, descaso dos transeuntes, tratado como uma máquina invisível de limpar.

    O sociólogo declara haver uma mudança total na sua maneira de pensar e a seu ver, os garis são tratados de maneira pior que animais de rua; são tratados como uma "coisa". Às vezes por pressa, falta de sensibilidade ou educação, deixamos de enxergar e valorizar essas pessoas que fazem um trabalho importante e essencial para nossa sociedade.

    Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pwdtcomemorativas/default.php?reg=8&p_secao=13

    domingo, maio 15, 2011

    CURIOSIDADES: A Herança Indígena do Tabaco. (Origem do Termo Nicotina).

    "O Tabaco fez tanto sucesso no litoral de São Paulo que Luís de Góis, um dos fundadores da capitania de São Vicente, resolveu levar uma amostra de fumo ao rei de Portugal. Na corte, a planta chamou atenção de Jean Nicot, embaixador francês em terras lusitanas. Entusiasmado com a descoberta, o diplomata mandou, em 1560, uma remessa de fumo para a sua rainha, Catarina de Médici. A rainha francesa adorava novidades e achou o tabaco sensacional, fazendo a planta cair no gosto da corte francesa. O embaixador Nicot acabou emprestando seu sobrenome para o nome científico da erva (Nicotiana Tabacum), assim como da substância nicotina".

    Fonte: Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil  p.61.

    Encontro de Blogueiros e Redes Sociais em Pernambuco.

    No dia 21 de Maio, o Centro de Convenções será o cenário do Encontro de Blogueiros e Redes Sociais de Pernambuco, com a presença dos jornalistas, Altamiro Borges e Paulo Henrique Amorim. As inscrições são gratuitas e feitas pela internet.


    Para participar do evento, faça a sua inscrição clicando aqui.

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    sábado, maio 14, 2011

    O Monte Rushmore.

    É no Monte Rushmore, na Dakota do Sul, que encontramos a tão famosa escultura entalhada no granito dos 4 presidentes americanos, George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln para representar os 150 anos da história dos Estados Unidos da América. O artista responsável por essa grande obra de arte, conhecida mundialmente (principalmente, graças ao cinema norte-americano) é chamado de Gutzon Borglum.


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    14 de Maio - Data de Criação do Ginásio Pernambucano.

    No dia 14 de Maio de 1855 foi criado o famoso Ginásio Pernambucano, que hoje, se configura como uma das mais tradicionais casas de ensino do Estado. Localizado na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro - Recife, o Ginásio Pernambucano é uma grande referência na história da educação do estado. Com uma arquitetura dotada de grande beleza, a escola foi responsável pela formação de um grande número de pernambucanos.

    Em 1859 o imperador D. Pedro II faz uma visita ao Ginásio Pernambucano, que funcionava em um regime de internato. É válido ressaltar que, nesse período, a instituição já era considerada como um modelo exemplar de formação educacional. Entre tantas gerações de estudantes que passaram pela história do famoso "GePê", destacamos os nomes de Ariano Suassuna,  Agamenom Magalhães, Joaquim Cardozo,Celso Furtado, Clarice Lispector, Epitácio Pessoa,Waldemar de Oliveira, Joaquim Francisco, Pelópidas Silveira etc.

    Até hoje, os relatos sobre o Ginásio Pernambucano são marcados se referem, principalmente, a excelência dos serviços prestados peloa instituição educacional no estado. E justamente pela relevância histórica que o Ginásio Pernambucano tem, dentro da história de Pernambuco, fica aqui essa breve homenagem, pelos 156 anos de fundação desse grandioso estabelecimento de ensino.

    13 de Maio - 123 Anos da Abolição da Escravatura no Brasil.

    Apesar de conter uma série de interpretações sociológicas, políticas e históricas, o processo de abolição do trabalho escravo no Brasil ocorrido no dia 13 de Maio de 1888, por meio da famosa Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, de fato, é uma data de grandiosa relevância social para o povo brasileiro.

    Como sabemos, a Lei Áurea extinguiu juridicamente a escravidão no Brasil, entretanto, as consequências sociais que a extinção do trabalho escravo trouxe para o negro brasileiro, não foram tão otimistas. Ficando clara que as intensões que alicerçavam essas leis, não eram, nem um pouco humanistas e sim, dotadas de um grande interesse político e econômico, haja vista, a ascensão das idéias liberais no mundo ocidental.

    Desde as Leis do Ventre Livre e a do Sexagenário, que a população brasileira, assim como os juristas, intelectuais e políticos do império, concluíam que o escravo liberto, ficava notoriamente marginalizado e dotado de alto nível de vulnerabilidade social. A sociedade, antes de libertar o grande contingente de  escravos, não teve a mínima preocupação de preparar essa população livre para a vida em sociedade. 

    Contudo,  mesmo depois de 123 anos, não podemos negar que, o dia 13 de Maio ainda é uma data simbólica e relevante, para refletirmos e amadurecermos nossas concepções sobre as questões raciais que existem na sociedade brasileira. A história do povo negro é uma página importante para a história do Brasil. Portanto, não podemos negar a contribuição da população afro-brasileira para a formação da sociedade como um todo. Até porque, ainda temos muito o que conquistar para que a famosa Lei Áurea, possa ser legitimada da fato.




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    Rebeliões e Conjurações nos Tempos Coloniais.

    Revolta de Beckman (1684)
    A Província do Maranhão não foi uma região de grande desenvolvimento  econômico, durante o período colonial. De fato, não havia uma lavoura aos níveis do plantation canavieiro, como havia em Pernambuco. Diante disso, tinhamos uma empresa agrícola estagnada e sem condições de se obter um grande contingente de mão-de-obra escrava. Em consequência disso, a elite do Maranhão, passava a utilizar os indígenas em suas plantações, criando conflitos com os padres jesuítas.

    Os colonos, não aceitaram a interferência dos jesuítas e conseguiram a autorização de D. João VI para a capturação do índio, desde que capturado por guerra justa ou resgate. Mas convencido pelo próprio Vieira, que viajou a Lisboa, o monarca apoiou a luta jesuítica em defesa dos índios e nomeou André Vidal de Negreiros, governador do Maranhão. (DANTAS,1989)

    Assim a revolta dos Beckmans teve como causas:
    I A luta entre os colonos e jesuítas devido a escravização dos índios;
    II A mudança da sede do governo do Estado do Maranhão, de São Luís para Belém;
    III Os abusos cometidos pela Cia de Comércio do Estado do Maranhão que exercia o monopólio de todo o comércio de compra e venda da produção maranhense;
    IV A concorrência na exploração das "Drogas do Sertão".

    Aproveitando a ausência do governador Francisco de Sá de Menezes, Manuel Beckman  auxiliado pelo irmão Tomás Beckman, Jorge Sampaio e Francisco Deiró, depuseram o capitão-mor e tomaram a administração da capitania.

    Organizaram uma "Junta dos Três Estados" (representantes do clero, nobreza e povo) que tomou as seguintes medidas:

    I - Expulsão dos jesuítas;
    II - Abolição do monopólio comercial (a Cia de Comércio foi extinta);
    III - Envio de Tomás Beckman a Portugal para justificar o movimento e fazer reclamações.

    O movimento terminou com a nomeação do novo governador, Gomes Freire de Andrade, que anulou os atos da Junta. A repressão à revolta levou à morte os líderes rebeldes. Manuel Beckman foi enforcado (1685). Este movimento, foi isolado e não contestou a dominação metropolitana, mas apenas um de seus aspectos: o monopólio. O governo português extinguiu a Companhia de Comércio do Maranhão, como queriam os revoltosos, mas os jesuítas puderam retornar e continuar o seu trabalho.


    Guerra dos Emboabas (1709)

    Ocorreu em Minas Gerais e teve como causa a luta pela posse das minas entre paulistas e emboabas (forasteiros). Com a descoberta de ouro no Brasil, muitos portugueses e populações da orla litorânea, que estavam decadentes devido ao declínio da produção açucareira, dirigiram-se para os sertões de Minas Gerais entrando em conflito com os descobridores das minas (paulistas) para exploração das jazidas. O primeiro incidente aconteceu entre o paulista Jerônimo Pedroso de Barros e o reinol (português) Manuel Nunes Viana, em Caeté.

    A nomeação do "emboabas" Manuel Nunes Viana como "governador das Minas" irritou os paulistas, pois se sentiram lesados, começando, então, violentos choques: atacados pelos emboabas chefiados por Bento do Amaral Coutinho, junto ao rio das Mortes, depois de resistirem, os paulistas cercados se renderam, mas foram traídos. Foi o episódio do Capão da Traição (1708) onde morreram 300 paulistas.

    O governador do Rio de Janeiro D. Fernando Mascarenhas de Lencastre tentou acabar a luta, mas não teve êxito (1709). Seu substituto, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho conseguiu a pacificação.

    Principais Conseqüências:

    I - Criação de uma nova Capitania, a de São Paulo e Minas do Ouro, separada do Rio de Janeiro (09 de Novembro de 1709) que passou ao domínio direto da Coroa, sendo seu primeiro governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho;
     II - Elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade (julho de 1711);
     III - Separação entre a Capitania de São Paulo e a de Minas Gerais (1720)
     IV - Transferência do pólo de irradiação de Taubaté para Sorocaba pelos bandeirantes paulistas;
    descoberta de ouro nas regiões de Mato Grosso e Goiás para onde se dirigiram, depois, os paulistas.
    Guerra dos Mascates (1710 - 1711)

    Foi um conflito ocorrido em Pernambuco, resultado do choque entre a aristocracia rural de Olinda e os comerciantes ("Mascates") de Recife. A rivalidade entre "brasileiros" (de Olinda) e "portugueses" (de Recife), tinha como causas: 1º) a decadência da lavoura açucareira devido a concorrência Antilhana, levou a aristocracia rural a endividar-se com os comerciantes portugueses que monopolizavam o comércio de Pernambuco; 2º) mesmo decadente, Olinda era Vila, possuía Câmara Municipal e tinha autonomia em relação a Recife, que era sua comarca e subordinada administrativamente.

    A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por pressão dos "mascates" separando-a de Olinda precipitou os acontecimentos.

    Os primeiros desentendimento surgiram entre o governador Sebastião de Castro Caldas, simpático aos mascates (de Recife) e o ouvidor Luiz de Valenzuela Ortiz, favorável aos de Olinda. Um atentado à vida do governador por desconhecidos levou-o a tomar medidas repressivas contra os olindenses. Estes revoltaram-se em fins de 1710, liderados por Bernardo Vieira de Melo, invadindo Recife, derrubando o pelourinho (símbolo de autonomia administrativa) e obrigando o governador a fugir para a Bahia.

    Abertas as vias de sucessão, o governo foi entregue ao bispo D. Manuel Álvares da Costa, que anistiou os amotinados, enquanto era rejeitada a proposta do Sargento-mor Bernardo Vieira de Melo de proclamar a independência de Pernambuco sob a forma republicana de governo, no mesmo estilo das cidades livres da Itália (Veneza e Gênova) e contaria com a proteção de uma potência cristã. A luta terminou com a chegada do novo governador, Felix José Machado, que recebeu ordem de pacificar os conflitos em Pernambuco.

    Os principais envolvidos foram presos e Recife foi confirmada como vila, passando a ser o centro administrativo da Capitania. A vitória dos comerciantes de Recife tornou claro à aristocracia rural que os seus interesses eram bem diferentes dos interesses portugueses.
    A rivalidade entre brasileiros e portugueses na Capitania continuou a existir mas só se transformou novamente em revolta mais de um século depois (1817 - Revolução Pernambucana) e com caráter diferente.


    Revolta de Vila Rica (1720)

    Ocorreu em Minas Gerais e teve como causas principais a criação das "casas de fundição", a carestia de vida e monopólio e estanco sobre mercadorias. Com a criação das casas de fundição, todo ouro extraído deveria ser fundido em barra , isto é, "quintado" (retirado o imposto do quinto) sendo proibida a circulação do ouro em pó, para evitar o contrabando.

    O monopólio que os reinóis (portugueses) exerciam sobre a comercialização de gêneros de primeira necessidade encarecia, à medida que aumentava a produção de ouro. Vários mineiros, entre os quais Pascoal da Silva Guimarães, Sebastião Veiga Cabral e Felipe dos Santos Freire (principal líder), em Vila Rica, promoveram o levante.

    O governador de Minas, Conde Assumar (D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos) que estava em Ribeirão do Carmo (Mariana), atendeu às exigências dos revoltosos. Em seguida , contando com os "Dragões" e os paulistas, avançou contra Vila Rica, reprimiu violentamente esta rebelião prendendo os principais chefes. Felipe dos Santos, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte: foi enforcado e esquartejado.

    A revolta de Vila Rica foi o reflexo do aumento da exploração portuguesa sobre o Brasil. Este movimento foi local e não contestou a dominação portuguesa. Seu objetivo não era fazer a libertação do Brasil e sim acabar com os abusos do monopólio português.

    A revolta de Felipe do Santos (1720) antecedeu a Inconfidência Mineira (1789), na mesma Vila Rica (atual Ouro Preto). A conseqüência dessa revolta foi a criação da Capitania de Minas Gerais, separada de São Paulo (1720). A Revolta de Vila Rica foi fundamental para o amadurecimento da consciência colonial. Por outro lado, inaugurou um período de sangrentas repressões desfechadas pela Metrópole. O antagonismo entre Colônia e Metrópole é retratado nas últimas palavras de Felipe dos Santos: "Morro sem me arrepender do que fiz e certo de que o canalha do rei será esmagado". Era o prenúncio das lutas de libertação nacional que se desencadeariam no Brasil a partir do século XVIII.


    Tentativas de Libertação Colonial

    Caracterização:
    Estes movimentos tinham como objetivo libertar o Brasil do domínio português e foram mais abrangentes que os movimentos nativistas. Ocorreram no período de crise do capitalismo comercial e ascensão do capitalismo industrial (este era contrário aos monopólios);

    Com a Revolução Industrial, a partir do final do século XVIII desenvolve-se o livre cambismo, que forçava a abertura de novas frentes de trabalhos. Isto chocava-se com o pacto colonial; A Inglaterra, nação pioneira da Revolução Industrial, como centro da capitalismo desejava garantir os mercados de matérias-primas e consumidores de manufaturados;

    As nações Ibéricas (Portugal e Espanha) entraram em decadência. Por não terem acumulado capital suficiente para iniciar o processo de industrialização, ficaram presas ao Mercantilismo e ao Absolutismo (Antigo Regime). Não tinham, portanto, as condições necessárias para ingressar na nova fase do Capitalismo;

    O Liberalismo político e econômico, posto em prática na Revolução Francesa, repercutiu nas colônias; A Independência dos Estados Unidos (em 1776 - primeiro país do Continente Americano a romper com os laços coloniais) provou que o colonialismo mercantilista podia ser derrotado;

    O Iluminismo, filosofia revolucionária do século XVIII que defendia os princípios de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", foi o pensamento que orientou os movimentos contrários ao Antigo Regime; Os movimentos que precederam nossa independência política sofreram influências das idéias liberais da França e da Independência dos Estados Unidos e quase todos tiveram a participação ativa do clero e da Maçonaria;

    Inconfidência Mineira (1789)

    Aconteceu na região de Minas, onde a opressão metropolitana estava concentrada nos monopólios e nos impostos. Foi o primeiro movimento de tentativa de libertação nacional e teve como causas:

    Intelectuais - A divulgação das idéias liberais francesas, trazidas da Europa por estudantes brasileiros (Domingos Vidal Barbosa, José Álvares Maciel, José Joaquim Maia, José Mariano Leal) e o exemplo da Independência dos Estados Unidos (1ª colônia da América a se libertar do domínio da metrópole - 1776);

    Políticas - O governo despótico da metrópole, a péssima administração dos vice-reis e governadores de minas; 

    Sociais - O desenvolvimento de uma classe média com o aparecimento de uma elite intelectual;

    Econômicas - A cobrança de pesados impostos que asfixiaram a região mineradora por ocasião da exaustão das minas, o estanco do sal, a derrama (cobrança dos quintos atrasados), a proibição de instalação de fábricas (1785), a proibição da construção de estradas para o interior e para o litoral.

    A conspiração foi realizada por elementos da elite econômica, onde se destacou a presença de padres e letrados como:

    1. Tomás Antônio Gonzaga desembargador e poeta, autor do poema "Marília de Dirceu" e "Cartas Chilenas";
    2. Cláudio Manuel da Costa, advogado e poeta muito rico, emprestava sua casa para os conspiradores se reunirem;
    3. Os padres: Carlos de Toledo e José de Oliveira Rolim;
    4. Francisco de Paula Freire de Andrade, tenente-coronel, comandante do "Regimento dos Dragões", tropa militar de Minas Gerais, e que estava hierarquicamente logo abaixo do governador;
    5. Inácio de Alvarenga Peixoto, poeta e minerador;
    6. José Álvares Maciel, estudante universitário, tendo chegado ao Brasil em 1788, era francamente fiel aos ideais iluministas;
    7. José Joaquim de Maia, estudante universitário, que teria se entrevistado com Thomas Jefferson, embaixador dos Estados Unidos na França e um dos líderes do movimento de independência daquele país, e solicitado auxilio aos norte-americanos;
    8. Domingos Vidal Barbosa e Salvador Gurgel do Amaral, doutores;
    9. Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Coronel;
    10. Luiz Vieira da Silva, cônego;
    11. Joaquim Silvério dos Reis, Basílio de Brito Malheiros (coronéis) e o mestre de campo Inácio Correa Pamplona (delatores).

    O Alferes Joaquim José da Silva Xavier ("Tiradentes") é considerado o principal nome pois foi o que propagou junto ao povo insatisfeito e conseguiu adeptos para a conspiração.

    A revolta seria iniciada por ocasião da "Derrama" (cobrança dos impostos atrasados) e a senha seria: "Tal dia faço meu batizado". O Visconde de Barbacena (Luiz Antônio Furtado de Mendonça) era o então governado de Minas Gerais.

    Com exceção de Tiradentes, todos os líderes da Inconfidência Mineira eram ricos, ligados à extração mineral e à produção agrícola. Esse fato é perfeitamente compreensível, pois os grandes proprietários eram os que mais interesses tinham em romper o pacto colonial.

    Planos dos Conjurados:
    • Fazer a independência com a capital em São João Del Rei;
    • Fundar uma universidade em Vila Rica;
    • Adotar uma bandeira com o dístico (frase ou lema): "Libertas Quae Sera Tamem" (liberdade ainda que tardia), do poeta Virgílio;
    • Adotar, provavelmente a forma republicana de governo; instituir o serviço militar obrigatório e uma ajuda (pensão) às famílias numerosas.
    A Denúncia e a Devassa

    O movimento não chegou a ter sucesso, uma vez que os grandes planos não iam muito além das salas de reuniões. Isolados da grande massa popular, sem pensar em armas para o levante, bastou uma denúncia para acordar os conspiradores de seu grande sonho. Joaquim Silvério dos Reis, principal delator e um dos maiores devedores da Coroa, resolveu denunciar o movimento ao Visconde de Barbacena, em troca do perdão da dívida. Logo após aconteceram os seguintes fatos:

    O Visconde de Barbacena suspendeu a "derrama" e determinou a prisão dos envolvidos em sua Capitania; Houve prisão de Tiradentes no Rio de Janeiro, na ruas dos Latoeiros, atual Gonçalves Dias, (o vice-rei na época era D. Luís de Vasconcelos e Souza); Foram abertas duas devassas que depois se unificaram, transformando-se numa alçada (tribunal especial);

    Cláudio Manuel da Costa suicidou-se na prisão , em Vila Rica (Casa dos Contos); De todos os conjurados presos, que respondiam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), Tiradentes foi o único que assumiu total responsabilidade e participação no movimento; Na sentença, 12 líderes foram condenados à morte e depois perdoados pela rainha D. Maria I, que condenou alguns ao degredo perpétuo e outros ao degredo provisório;

    Tiradentes foi condenado à morte por enforcamento. Foi executado no Campo da Lampadosa, no Rio de Janeiro, no dia 21 de abril de 1792; a cabeça cortada e conduzida para Vila Rica, o corpo foi esquartejado e postos os pedaços pelos caminhos de Minas Gerais.

    Avisado da conspiração, o Visconde de Barbacena suspendeu a derrama e iniciou a captura dos implicados.
    Quase três anos depois terminava a devassa. A sentença que condenava à morte 11 dos acusados foi modificada por Dona Maria I. Estabeleceu-se o degredo perpétuo para dez inconfidentes e apenas um serviria de bode expiatório: Tiradentes. A 21 de abril de 1792 executou-se a sentença de Tiradentes com requintes de crueldade...

    Conseqüências: suspensão da derrama; abolição do estanco do sal; a idéia de independência germinaria mais tarde em 1822. Sobre o movimento pode-se afirmar que a falta de consistência ideológica não invalida o significado da Inconfidência Mineira. Era um sintoma da desagregação do Império português na América. Pode-se, portanto, considerá-la, sem hesitação, um movimento precursor da Independência do Brasil.

    Conjuração Baiana (1798)

    Também conhecida como "Revolução dos Alfaiates" foi o movimento precursor da Independência que apresentou características mais populares. Considerada a Primeira Revolução Social do Brasil, a Conjuração Baiana teve a participação de pessoas humildes como soldados libertos, alfaiates, etc.

    Surgiu devido à pregação das idéias liberais francesas e ação da Maçonaria. Seus objetivos eram: atender às reivindicações das camadas pobres da população, libertar o Brasil de Portugal, proclamar a república, conceder liberdade de comércio e abolir a escravidão. Seus objetivos, portanto, foram mais abrangentes, não se limitando apenas aos ideais de liberdade e independência do movimento de Minas Gerais. O levante baiano propunha mudanças verdadeiramente revolucionárias na estrutura da Colônia. Pregava a igualdade de raça e cor, o fim da escravidão, a abolição de todos os privilégios, podendo ser considerada a primeira tentativa de revolução social brasileira.

    A Revolta Teve como Líderes:

    • João de Deus Nascimento, alfaiate e principal figura;
    • Manuel Faustino dos Santos Lira, alfaiate, preto liberto;
    • Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, soldados.

    Todas as pessoas acima estavam aliadas aos elementos da Maçonaria. A divulgação da ideologia liberal da Revolução Francesa era feita, na Bahia, pela loja maçônica "Cavaleiros da Luz", que contava com a participação de intelectuais como Cipriano Barata (cirurgião) e José da Silva Lisboa (futuro Visconde de Cairu).

    O movimento limitou-se a Salvador, antiga Capital do Brasil, onde grande parte da população compunha-se de artesãos livres (sapateiros, alfaiates, mulatos, ex-escravos). Pode-se afirmar ainda que a Conjuração Baiana foi influenciada também pela Independência de Haiti, antiga colônia francesa situada nas Antilhas.

    Tendo sido distribuídos papéis em Salvador anunciando o movimento, o governador da Bahia, Marquês de Aguiar (D. Fernando José de Portugal e Castro), mandou apurar a autoria dos manuscritos, tendo sido identificado o soldado Luís Gonzaga das Virgens, que foi logo preso.

    Traídos por delatores, os chefes foram presos e julgados. Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira foram condenados à morte (enforcados) e depois esquartejados; os intelectuais como Cipriano Barata foram absolvidos. A violência da repressão expressou a popularidade do movimento. Seis dos réus foram condenados à morte e os demais tiveram pena de degredo ou prisão. 

    O surgimento das lutas de libertação aumentou a repressão metropolitana. A Coroa passou a conceder prêmios em dinheiro, privilégios e cargos importantes aos denunciantes dos chamados crimes contra a Coroa Portuguesa.


    FONTE: www.resumosconcursos.com

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    terça-feira, maio 10, 2011

    Estudo Sobre a Mineração no Brasil Colonial.


    O ciclo do ouro, diamantes e pedras preciosas fez com que nosso país passasse a ter novas riquezas. Teve importância decisiva na ocupação da região de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Planalto Baiano. A mineração tornou-se a mais importante atividade econômica do Brasil-Colônia no século XVIII. Pela própria característica desta atividade, altamente lucrativa, a Coroa, para evitar evasão de divisas, teve que exercer controle direto sobre a produção. Foi assim a atividade econômica que maior fiscalização sofreu por parte de Portugal.

    De início, era permitida a livre exploração, devendo ser pago como tributo a metrópole, a quinta parte (20%) de tudo que era extraído ("o quinto"). Depois dos primeiros achados de ouro em Minas Gerais (1693), surge o Regimento de Superintendentes, guardas-mores e oficiais deputados para as minas de ouro (1712), em que era estabelecido a Intendência das Minas, através da qual o superintendente dirigia, fiscalizava e cobrava o tributo ("o quinto").

    Foi estabelecida depois a cobrança indireta através da capitação, isto é, um tributo fixo pago em ouro e que recaia sobre cada um dos trabalhadores empregados nas minas. Para evitar o descaminho e o contrabando, Portugal proibiu a circulação de ouro em pó e em pepitas e criou as Casas de Fundição (1720). Quando o quinto arrecadado não chegava a cem arrobas (1500 Kg), procedia-se a "Derrama", isto é, obrigava-se a população a completar a soma.

    Havia dois tipos de extração de ouro: a faiscação e as lavras.

    a faiscação ou faisqueira era a pequena extração, feita por homens livres e nômades; era uma atividade realizada normalmente nas areias dos rios ou riachos.

    As lavras eram a extração de grande porte, exigiam maior investimento de capital, eram estabelecimentos fixos, dispondo de mão de obra escrava e algumas ferramentas. A lavra foi o tipo de extração mais freqüente na fase áurea da mineração.

    Intendência das Minas:
    Era o órgão responsável pelo policiamento da mineração, pela fiscalização e direção da exploração das jazidas. Era o local onde se fazia o registro das minas descobertas. Funcionou como tribunal e era responsável pela cobrança de impostos. A descoberta de uma jazida deveria ser comunicada ao Intendente das Minas que procedia a divisão das datas (lotes).
    O indivíduo que havia descoberto tinha o direito de escolher os dois primeiros lotes. Em seguida, era escolhida uma data para a Fazenda Real, que depois a vendia em leilão. Os outros lotes eram sorteados entre os interessados presentes.

    Mão de obra:
    O negro escravo africano predominou como mão de obra na área mineradora. O negro, na área mineradora, desfrutava de uma situação melhor do que na região açucareira: podia conseguir a carta de alforria, pagando certa quantia.
    Áreas de Produção:
    As principais áreas mineradoras no Brasil-Colônia foram Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás ou seja, a parte Centro-Sul do país.

    Apogeu da Mineração:
    O século XVIII corresponde à fase de apogeu da mineração, levando certo autor a falar na "Idade do Ouro" do Brasil. Neste período houve grande desenvolvimento artístico e cultural na região de Minas Gerais, como o estilo barroco das construções das igrejas e moradias, a Escola Literária Mineira, as esculturas do "Aleijadinho", as músicas cantadas nas igrejas e associações religiosas

    As jazidas de ouro e diamantes encontradas no Brasil eram de aluvião. Isto quer dizer que elas estavam na superfície da terra e, por isso mesmo, era mais fácil explorá-las. Por esse motivo, as jazidas se esgotaram rapidamente e a mineração entrou em decadência.
    Em 1765, o Marquês de Pombal, ministro português, determinou a cobrança de impostos atrasados.
    Esta cobrança, denominada "derrama", era feia com muita violência pelas autoridades portuguesas.

    Extração de Diamantes:
    O Brasil foi o primeiro grande produtor moderno de diamantes. Os primeiros achados foram na região do Arraial do Tijuco, depois Distrito Diamantino (subordinado diretamente a Portugal) e atual cidade de Diamantina situada em Minas Gerais.

    Conseqüências:
    A atividade mineradora ocasionou muitas transformações para a Colônia (Brasil) e trouxe conseqüências (internas e externas) no plano político, social e econômico.

    Podemos alinhar como conseqüência da mineração:

    a) O surgimento das inúmeras povoações (núcleos urbanos) no interior: as "Vilas do Sertão";

    b) O controle direto do sistema de produção mineral pela Coroa, para assegurar grandes núcleos na exploração das minas;

    c) Surgimento de reações contra a política fiscal (Revolta de Vila Rica e Inconfidência Mineira);

    d) A transferência da capital em 1763, da Bahia (Salvador) para o Rio de Janeiro, que tornar-se-á o principal centro urbano da Colônia;

    e) A sociedade torna-se mais complexa, surgindo atividades de trabalho livre como artesão, comerciantes, militares e funcionários;

    f) Progresso cultural com o aparecimento do estilo barroco nas igrejas de Minas Gerais e os trabalhos esculpidos por "Aleijadinho";

    g) Deslocamento do eixo econômico do Nordeste açucareiro (em crise) para a área mineradora (Centro-Sul);

    h) A Guerra dos Emboabas (1707-1709), que foi uma luta entre paulistas(descobridores das minas) e os forasteiros;

    i) Um rápido crescimento demográfico. O número de habitantes do Brasil aumentou consideravelmente, tendo em vista o afluxo de pessoas provenientes de várias partes do mundo, em busca de riquezas minerais;

    j) Surgimento do mercado interno por causa do desenvolvimento do comércio;

    k) Ocupação de todo o centro do continente sul-americano pela colonização portuguesa;

    l) Desenvolvimento da pecuária.

    Conseqüências Externas da Mineração:

    A principal conseqüência da produção mineradora do Brasil, no plano externo foi a forte concentração de capital na Inglaterra, que possibilitou a Revolução Industrial.

    Outros Produtos Presentes na Economia Brasileira

    Cultivo do algodão:
    Inicialmente utilizado para a produção de vestimentas de pobres escravos, atingiu apogeu no século XVIII com o desenvolvimento da indústria têxtil, durante a Revolução Industrial. Teve grande produção no Maranhão e Pernambuco.

    Cultivo do fumo:
    O fumo (tabaco) era cultivado no litoral da Bahia (Recôncavo), de Sergipe e Alagoas, tendo-se constituído num comércio complementar e dependente ao do açúcar pois servia para a troca (escambo) de escravos da África.

    Extração das "Drogas do Sertão":
    "Drogas do Sertão" eram assim chamados os produtos extraídos da exuberante Floresta Amazônica, Pará e Maranhão. Na extração das "drogas do sertão" foi empregada a mão de obra indígena. "Droguistas do Sertão" eram expedições que penetravam no Vale Amazônico à procura destes produtos. "Tropas de Resgate" eram expedições militares que iam escravizar índios na Amazônia para trabalhar nas fazendas do Maranhão e Pará.


    FONTE: www.resumosconcursos.com

    Exercícios

    (01). Durante o Brasil-Colônia, a economia brasileira girou em torno dos seguintes produtos:

    (A) cacau, café e cana-de-açúcar;
    (B) pau-brasil, cana-de-açúcar e ouro;
    (C) cana-de-açúcar, pau-brasil e fumo;
    (D) café, cacau e ouro;
    (E) fumo, café e cana-de-açúcar.

    (02). Participaram da montagem da empresa açucareira brasileira, investindo capitais e participando das operações de refino e comercialização do produto:

    (A) Holandeses;
    (B) Espanhóis;
    (C) Italianos;
    (D) Ingleses;
    (E) Franceses.

    (03). Em março de 1649, D. João IV criava uma Companhia cujo principal objetivo era o comércio de Portugal com o Brasil, denominava-se Companhia ...

    (A) Geral do Comércio do Maranhão;
    (B) Geral do Comércio do Brasil; e Paraíba;
    (C) das Índias Ocidentais;.
    (D)Comércio de Pernambuco
    (E) das Índias Orientais

    (04). Pela atividade pecuarista nele desenvolvida, um rio no Brasil-Colonial foi denominado "Rio dos Currais". Ele é o:

    (A) Tietê;
    (B) Paraná;
    (C) São Francisco;
    (D) Paraíba do Sul;
    (E) Parnaíba.

    (05). Região do Brasil-Colônia onde predominou o extrativismo vegetal das "drogas do sertão", com utilização da mão-de-obra indígena:

    (A) Vale do São Francisco;
    (B) Zona da Mata Nordestina;
    (C) Mata dos Cocais;
    (D) Pantanal Mato-grossense
    (E) Vale Amazônico.

    (06). O deslocamento do eixo econômico do Brasil-Colônia do Nordeste para o Centro-Sul no século XVIII deveu-se:

    (A) ao açúcar
    (B) à mineração;
    (C) à pecuária;
    (D) ao pau-brasil;
    (E) ao café.

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