sábado, setembro 30, 2006

Onde Começa a Virtude da Solidariedade Imposta Pelos Governantes?

Escutei duas frases dentro de sala de aula ditas por uma professora ‘renomada’ e muito ‘respeitada’, não sei se por medo ou mérito, num curto intervalo de duas semanas: “1° - meu filho, você não pode criticar os assistencialismos, pois você não os recebe...” 2° - “é impossível controlar o dinheiro dado como auxílio para essas pessoas... em nenhum mundo se consegue controlar”. Pois deveriam. Deveriam, também, antes de tudo perguntarem a todos nós se queremos fazer parte desse assistencialismo.

Vejamos por partes. Primeiramente a professora foi muito mal sucedida na sua retórica sofistica ao dizer que ‘não podemos criticar porque não recebemos’. Minha cara, não recebemos, de fato, nós pagamos. E por isso mesmo é nosso direito criticá-lo. Acredito que, como sempre, houve uma confusão na mente da professora em diferenciar o que seria solidariedade e espoliação – logo mais comento sobre os termos. O tema não se limita somente em ‘solidariedade dos mais abonados com os mais pobres’. Como disse muito bem João Mauad “de nada adianta tentarmos explicar que há muito mais solidariedade numa singela esmola que alguém oferece a um mendigo do que esse verdadeiro populismo assistencial Robin Hoodiano que se tornou o atual governo”.

Todo ser humano digno de uma moral virtuosa, e não precisa ser professor(a) agora, saberá que a virtude do ato está no caráter voluntário e não infringindo o livre-arbítrio. Tornando-o assim uma espoliação. Certa vez num debate sobre esses tipos de assistencialismo um senhor que se intitulava esquerdista da ala social-democrata, muito bem articulado, disse que “solidariedade pode ser, ao mesmo tempo, um sentimento individual e um valor coletivo, socialmente regulado, como o dever de socorrer um acidentado”. Mais uma vez a confusão é nítida na cabeça dessa gente. Nessa visão simplista e cheia de retórica contorcionista dificultando a percepção de onde entra a obrigação e acaba a solidariedade. Sabendo que a virtude da qual falo é de natureza moral e não legal. Se, nesse caso, o que me faz socorrer o acidentado é a obrigação legal (medo da lei) não há nada de virtuoso no ato. “Os valores morais não nascem com a pessoa. Eles são o resultado de inúmeros fatores, mas principalmente da relação do indivíduo com o meio em que vive, sua família, a escola, seus amigos, a religião, etc.(Mauad)”

Outro ponto relevante que quero destacar aqui é sobre o livre-arbítrio da qual nos foi negado nessa questão assistencial. Torna-se impossível julgar do ponto de vista ético e moral quando esse principio não é respeitado. Finalizando o pensamento faço-os a mesma pergunta de Mauad: ‘será que existe alguma fraternidade quando descontam o imposto de renda em nossos contra-cheques para financiar o esmoleiro público? Há nisso algum sacrifício voluntário?’ Parece que não. Isso é nada mais nada menos que re-distribuiçao de esmola forçada. Ou como dizem outros pensadores do assunto “apropriação dos frutos do trabalho alheio”. Ainda sobre essa visão vou aprofundar o debate numa questão mais complexa. Trata-se do que o Reverendo Robert A. Sirico chama de “risco da caridade", cuja origem está no que os cristãos conhecem como “Dilema do Samaritano”, que poderia ser, grosso modo, assim resumido: a expectativa da caridade pode levar determinadas pessoas a um tipo de comportamento que as fará prisioneiras da pobreza, transformando-as em seres indolentes e preguiçosos, vícios que, pelo menos do ponto de vista das tradições judaico-cristãs, são considerados ofensas morais graves. Por isso, algumas vezes o doador precisa suspender a caridade, a fim de fazer ver ao donatário que nada pode substituir o trabalho árduo e cotidiano, recomendado pelo Criador, quando disse: “Comerás o pão com o suor do nosso rosto” (Gn 3,19). Pois bem, para que possamos diferenciar o preguiçoso dos necessitados devemos estar perto dos que direcionamos nossa caridade. Coisa impossível negada pelo governo e acatada pela professora. Finalizo meu embrulho gástrico semanal com o próprio Mauad que sabiamente nos faz refletir sobre esse tema possibilitado a todos nós pensantes uma crítica. Pois já que eu não posso criticar por não receber, então cale-se os que defendem e também não recebem.

“ [...] Aqui vai um conselho aos jovens e idealistas de todas as idades: se servir ao próximo é o que você realmente deseja, não venda sua alma aos programas governamentais ou às ideologias que pretendem transferir a caridade do indivíduo para o Estado. Tente algo voluntário, que seja um desafio pessoal, socialmente benéfico e que não custe aos demais um só centavo. Lembre-se que solidariedade com o bolso alheio não é virtude, mas espoliação.” Mauad.

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Escutei duas frases dentro de sala de aula ditas por uma professora ‘renomada’ e muito ‘respeitada’, não sei se por medo ou mérito, num curto intervalo de duas semanas: “1° - meu filho, você não pode criticar os assistencialismos, pois você não os recebe...” 2° - “é impossível controlar o dinheiro dado como auxílio para essas pessoas... em nenhum mundo se consegue controlar”. Pois deveriam. Deveriam, também, antes de tudo perguntarem a todos nós se queremos fazer parte desse assistencialismo.

Vejamos por partes. Primeiramente a professora foi muito mal sucedida na sua retórica sofistica ao dizer que ‘não podemos criticar porque não recebemos’. Minha cara, não recebemos, de fato, nós pagamos. E por isso mesmo é nosso direito criticá-lo. Acredito que, como sempre, houve uma confusão na mente da professora em diferenciar o que seria solidariedade e espoliação – logo mais comento sobre os termos. O tema não se limita somente em ‘solidariedade dos mais abonados com os mais pobres’. Como disse muito bem João Mauad “de nada adianta tentarmos explicar que há muito mais solidariedade numa singela esmola que alguém oferece a um mendigo do que esse verdadeiro populismo assistencial Robin Hoodiano que se tornou o atual governo”.

Todo ser humano digno de uma moral virtuosa, e não precisa ser professor(a) agora, saberá que a virtude do ato está no caráter voluntário e não infringindo o livre-arbítrio. Tornando-o assim uma espoliação. Certa vez num debate sobre esses tipos de assistencialismo um senhor que se intitulava esquerdista da ala social-democrata, muito bem articulado, disse que “solidariedade pode ser, ao mesmo tempo, um sentimento individual e um valor coletivo, socialmente regulado, como o dever de socorrer um acidentado”. Mais uma vez a confusão é nítida na cabeça dessa gente. Nessa visão simplista e cheia de retórica contorcionista dificultando a percepção de onde entra a obrigação e acaba a solidariedade. Sabendo que a virtude da qual falo é de natureza moral e não legal. Se, nesse caso, o que me faz socorrer o acidentado é a obrigação legal (medo da lei) não há nada de virtuoso no ato. “Os valores morais não nascem com a pessoa. Eles são o resultado de inúmeros fatores, mas principalmente da relação do indivíduo com o meio em que vive, sua família, a escola, seus amigos, a religião, etc.(Mauad)”

Outro ponto relevante que quero destacar aqui é sobre o livre-arbítrio da qual nos foi negado nessa questão assistencial. Torna-se impossível julgar do ponto de vista ético e moral quando esse principio não é respeitado. Finalizando o pensamento faço-os a mesma pergunta de Mauad: ‘será que existe alguma fraternidade quando descontam o imposto de renda em nossos contra-cheques para financiar o esmoleiro público? Há nisso algum sacrifício voluntário?’ Parece que não. Isso é nada mais nada menos que re-distribuiçao de esmola forçada. Ou como dizem outros pensadores do assunto “apropriação dos frutos do trabalho alheio”. Ainda sobre essa visão vou aprofundar o debate numa questão mais complexa. Trata-se do que o Reverendo Robert A. Sirico chama de “risco da caridade", cuja origem está no que os cristãos conhecem como “Dilema do Samaritano”, que poderia ser, grosso modo, assim resumido: a expectativa da caridade pode levar determinadas pessoas a um tipo de comportamento que as fará prisioneiras da pobreza, transformando-as em seres indolentes e preguiçosos, vícios que, pelo menos do ponto de vista das tradições judaico-cristãs, são considerados ofensas morais graves. Por isso, algumas vezes o doador precisa suspender a caridade, a fim de fazer ver ao donatário que nada pode substituir o trabalho árduo e cotidiano, recomendado pelo Criador, quando disse: “Comerás o pão com o suor do nosso rosto” (Gn 3,19). Pois bem, para que possamos diferenciar o preguiçoso dos necessitados devemos estar perto dos que direcionamos nossa caridade. Coisa impossível negada pelo governo e acatada pela professora. Finalizo meu embrulho gástrico semanal com o próprio Mauad que sabiamente nos faz refletir sobre esse tema possibilitado a todos nós pensantes uma crítica. Pois já que eu não posso criticar por não receber, então cale-se os que defendem e também não recebem.

“ [...] Aqui vai um conselho aos jovens e idealistas de todas as idades: se servir ao próximo é o que você realmente deseja, não venda sua alma aos programas governamentais ou às ideologias que pretendem transferir a caridade do indivíduo para o Estado. Tente algo voluntário, que seja um desafio pessoal, socialmente benéfico e que não custe aos demais um só centavo. Lembre-se que solidariedade com o bolso alheio não é virtude, mas espoliação.” Mauad.

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