Qual a causa da desorientação ideológica da juventude atual? Parece barata tonta depois de um porre de Baygon®... Será que a democracia da técnica e do capital finalizou a História, transformando jovens guerrilheiros políticos em Quixotes pós-modernos que procuram pêlo em ovo enquanto tomam uma coca-cola? São estes os profetas que aguardam a esperada batalha apocalíptica entre proletários e burgueses que – longe de ouvir Marx – se daria num país como o Brasil? Síndrome de Che Guevara: “Viva Cuba! Vivaaaaaaa!”
Extra, extra, o muro de Berlim caiu! E com ele a máquina padronizante e burocrata da impessoalidade. A informação não chegou a todos. A Rússia era aqui dias atrás, e o czar, a EMTU... Imaginem quantos Lênins, Trotskis e Stalins não desfilavam pelo centro do Recife exercitando sua liderança no ensaio da Revolução... O ensaio foi um fracasso, mas o que é o fracasso de uma reivindicação contra o aumento das passagens dos transportes “públicos” diante da Revolução que vai transformar o mundo? Que, aliás, deve ser muito mais fácil, já que planejam isso dia e noite, não há possibilidade de erro. Devemos reconhecer que a liderança dos movimentos estudantis e os partidos revolucionários foram pegos desprevenidos, como a Rússia atacada por Hitler: atacar de surpresa, quebrando um tratado de paz é covardia...
Preparando oferendas para São Marx e Santo Engels, implorando milagres aos beatos Trotsky e Stalin, entre bandeiras de todas as cores e facções – estandartes de suas alegorias carnavalescas, os camaradas fecham suas portas aos dias de hoje com barricadas de maio de 1968... Vivem antigos dias de um mundo bem mais simples: capitalista inescrupuloso contra operário injustiçado. E aguardam o dia em que o Bem e o Mal irão se confrontar, realizando manifestações grandiosas que tivemos a honra de presenciar: massas sendo empurradas de uma ponta à outra da cidade, perdendo o fôlego em longas caminhadas e brados malcriados; com suas camisas amarradas na cabeça, encarando o batalhão de choque da PM, gritando palavras de ordem contra seu comandante... Glorioso! Como na marcha dos cem mil em plena luta contra a ditadura. Finalmente algo real... Ou pelo menos parecido. Não basta ser revolucionário, tem que parecer com um. Temos cubanos, ligas camponesas, iconoclastas... Cada um vestido a caráter, suas boinas, coturnos, camisas do Che e do Fidel, bandeiras e megafones, disputando qual brado vai liderar nos próximos quinze minutos.
Mas a liderança do movimento foi impecável. Revolucionários profissionais, recebendo salário para contribuir como podem para a revolução proletária. Stalinistas versus trotskistas, anarquistas, petistas revolucionários (isso mesmo!), cada um por si e todos contra todos. Firmes no propósito de lutar contra o abuso econômico da burguesia. Nunca vi materialismo mais invisível: alimentam-se de idéias medíocres, mas quando precisam comer de verdade, fazem uso da cotização concreta dos filiados camaradas. Uma experiência frustrada, porém concreta; tola, mas real. Parabéns, vaidosos medíocres, vossa autenticidade está longe de ser construída. Enquanto se digladiam entre si na batalha dos carros-de-som, o Estado apenas olha com desdém e espera que se cansem – indo pra casa nos mesmos ônibus em que atiraram pedras e pagando sua tarifa sem pestanejar: “Já reclamei demais por hoje, amanhã volto ao centro (nesse mesmo ônibus...) e torno a reclamar...” Alimentando ainda mais as contas insaciáveis de seus vilões...
Envergonhem-se de vossa mediocridade!
Extra, extra, o muro de Berlim caiu! E com ele a máquina padronizante e burocrata da impessoalidade. A informação não chegou a todos. A Rússia era aqui dias atrás, e o czar, a EMTU... Imaginem quantos Lênins, Trotskis e Stalins não desfilavam pelo centro do Recife exercitando sua liderança no ensaio da Revolução... O ensaio foi um fracasso, mas o que é o fracasso de uma reivindicação contra o aumento das passagens dos transportes “públicos” diante da Revolução que vai transformar o mundo? Que, aliás, deve ser muito mais fácil, já que planejam isso dia e noite, não há possibilidade de erro. Devemos reconhecer que a liderança dos movimentos estudantis e os partidos revolucionários foram pegos desprevenidos, como a Rússia atacada por Hitler: atacar de surpresa, quebrando um tratado de paz é covardia...
Preparando oferendas para São Marx e Santo Engels, implorando milagres aos beatos Trotsky e Stalin, entre bandeiras de todas as cores e facções – estandartes de suas alegorias carnavalescas, os camaradas fecham suas portas aos dias de hoje com barricadas de maio de 1968... Vivem antigos dias de um mundo bem mais simples: capitalista inescrupuloso contra operário injustiçado. E aguardam o dia em que o Bem e o Mal irão se confrontar, realizando manifestações grandiosas que tivemos a honra de presenciar: massas sendo empurradas de uma ponta à outra da cidade, perdendo o fôlego em longas caminhadas e brados malcriados; com suas camisas amarradas na cabeça, encarando o batalhão de choque da PM, gritando palavras de ordem contra seu comandante... Glorioso! Como na marcha dos cem mil em plena luta contra a ditadura. Finalmente algo real... Ou pelo menos parecido. Não basta ser revolucionário, tem que parecer com um. Temos cubanos, ligas camponesas, iconoclastas... Cada um vestido a caráter, suas boinas, coturnos, camisas do Che e do Fidel, bandeiras e megafones, disputando qual brado vai liderar nos próximos quinze minutos.
Mas a liderança do movimento foi impecável. Revolucionários profissionais, recebendo salário para contribuir como podem para a revolução proletária. Stalinistas versus trotskistas, anarquistas, petistas revolucionários (isso mesmo!), cada um por si e todos contra todos. Firmes no propósito de lutar contra o abuso econômico da burguesia. Nunca vi materialismo mais invisível: alimentam-se de idéias medíocres, mas quando precisam comer de verdade, fazem uso da cotização concreta dos filiados camaradas. Uma experiência frustrada, porém concreta; tola, mas real. Parabéns, vaidosos medíocres, vossa autenticidade está longe de ser construída. Enquanto se digladiam entre si na batalha dos carros-de-som, o Estado apenas olha com desdém e espera que se cansem – indo pra casa nos mesmos ônibus em que atiraram pedras e pagando sua tarifa sem pestanejar: “Já reclamei demais por hoje, amanhã volto ao centro (nesse mesmo ônibus...) e torno a reclamar...” Alimentando ainda mais as contas insaciáveis de seus vilões...
Envergonhem-se de vossa mediocridade!
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Qual a causa da desorientação ideológica da juventude atual? Parece barata tonta depois de um porre de Baygon®... Será que a democracia da técnica e do capital finalizou a História, transformando jovens guerrilheiros políticos em Quixotes pós-modernos que procuram pêlo em ovo enquanto tomam uma coca-cola? São estes os profetas que aguardam a esperada batalha apocalíptica entre proletários e burgueses que – longe de ouvir Marx – se daria num país como o Brasil? Síndrome de Che Guevara: “Viva Cuba! Vivaaaaaaa!”
Extra, extra, o muro de Berlim caiu! E com ele a máquina padronizante e burocrata da impessoalidade. A informação não chegou a todos. A Rússia era aqui dias atrás, e o czar, a EMTU... Imaginem quantos Lênins, Trotskis e Stalins não desfilavam pelo centro do Recife exercitando sua liderança no ensaio da Revolução... O ensaio foi um fracasso, mas o que é o fracasso de uma reivindicação contra o aumento das passagens dos transportes “públicos” diante da Revolução que vai transformar o mundo? Que, aliás, deve ser muito mais fácil, já que planejam isso dia e noite, não há possibilidade de erro. Devemos reconhecer que a liderança dos movimentos estudantis e os partidos revolucionários foram pegos desprevenidos, como a Rússia atacada por Hitler: atacar de surpresa, quebrando um tratado de paz é covardia...
Preparando oferendas para São Marx e Santo Engels, implorando milagres aos beatos Trotsky e Stalin, entre bandeiras de todas as cores e facções – estandartes de suas alegorias carnavalescas, os camaradas fecham suas portas aos dias de hoje com barricadas de maio de 1968... Vivem antigos dias de um mundo bem mais simples: capitalista inescrupuloso contra operário injustiçado. E aguardam o dia em que o Bem e o Mal irão se confrontar, realizando manifestações grandiosas que tivemos a honra de presenciar: massas sendo empurradas de uma ponta à outra da cidade, perdendo o fôlego em longas caminhadas e brados malcriados; com suas camisas amarradas na cabeça, encarando o batalhão de choque da PM, gritando palavras de ordem contra seu comandante... Glorioso! Como na marcha dos cem mil em plena luta contra a ditadura. Finalmente algo real... Ou pelo menos parecido. Não basta ser revolucionário, tem que parecer com um. Temos cubanos, ligas camponesas, iconoclastas... Cada um vestido a caráter, suas boinas, coturnos, camisas do Che e do Fidel, bandeiras e megafones, disputando qual brado vai liderar nos próximos quinze minutos.
Mas a liderança do movimento foi impecável. Revolucionários profissionais, recebendo salário para contribuir como podem para a revolução proletária. Stalinistas versus trotskistas, anarquistas, petistas revolucionários (isso mesmo!), cada um por si e todos contra todos. Firmes no propósito de lutar contra o abuso econômico da burguesia. Nunca vi materialismo mais invisível: alimentam-se de idéias medíocres, mas quando precisam comer de verdade, fazem uso da cotização concreta dos filiados camaradas. Uma experiência frustrada, porém concreta; tola, mas real. Parabéns, vaidosos medíocres, vossa autenticidade está longe de ser construída. Enquanto se digladiam entre si na batalha dos carros-de-som, o Estado apenas olha com desdém e espera que se cansem – indo pra casa nos mesmos ônibus em que atiraram pedras e pagando sua tarifa sem pestanejar: “Já reclamei demais por hoje, amanhã volto ao centro (nesse mesmo ônibus...) e torno a reclamar...” Alimentando ainda mais as contas insaciáveis de seus vilões...
Envergonhem-se de vossa mediocridade!
Extra, extra, o muro de Berlim caiu! E com ele a máquina padronizante e burocrata da impessoalidade. A informação não chegou a todos. A Rússia era aqui dias atrás, e o czar, a EMTU... Imaginem quantos Lênins, Trotskis e Stalins não desfilavam pelo centro do Recife exercitando sua liderança no ensaio da Revolução... O ensaio foi um fracasso, mas o que é o fracasso de uma reivindicação contra o aumento das passagens dos transportes “públicos” diante da Revolução que vai transformar o mundo? Que, aliás, deve ser muito mais fácil, já que planejam isso dia e noite, não há possibilidade de erro. Devemos reconhecer que a liderança dos movimentos estudantis e os partidos revolucionários foram pegos desprevenidos, como a Rússia atacada por Hitler: atacar de surpresa, quebrando um tratado de paz é covardia...
Preparando oferendas para São Marx e Santo Engels, implorando milagres aos beatos Trotsky e Stalin, entre bandeiras de todas as cores e facções – estandartes de suas alegorias carnavalescas, os camaradas fecham suas portas aos dias de hoje com barricadas de maio de 1968... Vivem antigos dias de um mundo bem mais simples: capitalista inescrupuloso contra operário injustiçado. E aguardam o dia em que o Bem e o Mal irão se confrontar, realizando manifestações grandiosas que tivemos a honra de presenciar: massas sendo empurradas de uma ponta à outra da cidade, perdendo o fôlego em longas caminhadas e brados malcriados; com suas camisas amarradas na cabeça, encarando o batalhão de choque da PM, gritando palavras de ordem contra seu comandante... Glorioso! Como na marcha dos cem mil em plena luta contra a ditadura. Finalmente algo real... Ou pelo menos parecido. Não basta ser revolucionário, tem que parecer com um. Temos cubanos, ligas camponesas, iconoclastas... Cada um vestido a caráter, suas boinas, coturnos, camisas do Che e do Fidel, bandeiras e megafones, disputando qual brado vai liderar nos próximos quinze minutos.
Mas a liderança do movimento foi impecável. Revolucionários profissionais, recebendo salário para contribuir como podem para a revolução proletária. Stalinistas versus trotskistas, anarquistas, petistas revolucionários (isso mesmo!), cada um por si e todos contra todos. Firmes no propósito de lutar contra o abuso econômico da burguesia. Nunca vi materialismo mais invisível: alimentam-se de idéias medíocres, mas quando precisam comer de verdade, fazem uso da cotização concreta dos filiados camaradas. Uma experiência frustrada, porém concreta; tola, mas real. Parabéns, vaidosos medíocres, vossa autenticidade está longe de ser construída. Enquanto se digladiam entre si na batalha dos carros-de-som, o Estado apenas olha com desdém e espera que se cansem – indo pra casa nos mesmos ônibus em que atiraram pedras e pagando sua tarifa sem pestanejar: “Já reclamei demais por hoje, amanhã volto ao centro (nesse mesmo ônibus...) e torno a reclamar...” Alimentando ainda mais as contas insaciáveis de seus vilões...
Envergonhem-se de vossa mediocridade!
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