Ou me identifico com o destino do meu povo, com ele sofrendo a mesma luta, até sairmos todos vencedores, luta em que muitos sofrimentos e dor haveremos juntos de sofrer; ou me dissocio do destino do meu povo, juntando-me (como aliado, preposto, lacaio, servidor, títere, fantoche ou joguete) aos que exploram esse povo.
Antônio Houaiss
A juventude brasileira tem a marca da bravura que a história nunca poderá apagar. Das resistências estudantis contrárias à a ocupação francesa no Rio de Janeiro, em 1710 às manifestações populares ocorridas em várias regiões brasileiras em junho de 2013, os jovens sempre se apresentaram enquanto detentores de uma genética política caracterizada pela ousadia e pelo entusiasmo no enfrentamento corajoso às mazelas e contradições sociais existentes no âmbito social. Foram inúmeros os episódios em que, dotados de um espírito coletivo, a juventude foi protagonista e acumulou um papel singular para a conquista de direitos e de transformações. A luta pelo fim da escravidão no final do império, a resistência às ditaduras políticas, campanhas nacionais como “O Petróleo é Nosso”, “Diretas Já”, "Fora Collor" e a resistência frente ao neoliberalismo implantado na década de 1990, tem a cara da juventude e dos movimentos juvenis brasileiros.
Durante a década de 1960, a sociedade caracterizava a juventude por meio da expressão “futuros marginalizados”, os desafios de ser jovem em um país tão desigual era notório e as políticas destinadas a essa população, por terem raízes diretas com os anseios das elites conservadoras, propositalmente os definiam como sujeitos-problemas. No entanto, mesmo diante de tantas dificuldades, nada reduziu o vigor das lutas juvenis em prol às conquistas essenciais para o povo brasileiro.
A ousadia é o predicado da juventude. Pois cabe somente a essa geração, o poder de quebrar as mais variadas rotinas institucionais, através das manifestações, passeatas, protestos e de outras formas criadas a fim de se ocupar as ruas, as praças, as universidades e os prédios oficiais. A força da juventude emerge da indignação às contradições sociais e suas mensagens se propagam, principalmente nos muros, nas bandeiras e pelos cartazes levantados. E por esse perfil revolucionário, não erramos ao avaliar positivamente o papel de protagonismo que os movimentos juvenis tiveram para a derrocada das políticas conservadoras implantadas pelas forças dominantes no final do século passado.
As conquistas da juventude foram construídas através das lutas. Nada foi dado gratuitamente. E o Estado, por sua vez, no início desse século, se viu obrigado a atender os anseios dessa crescente parcela demográfica, a partir da implantação de uma agenda voltada ao processo de institucionalização das políticas públicas para a juventude, logrando assim, maiores conquistas, principalmente após a vitória eleitoral das forças de esquerda em 2002, que levou o ex-metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil. Da PEC (Emenda Constitucional Nº 65) ao Estatuto da Juventude, foram diversos entraves e obstáculos. A cada conquista garantida, aumentava a responsabilidade dos vários segmentos, organizações e coletivos juvenis a se mobilizarem em seus municípios, estados e regiões para a efetivação de uma militância focada nas pressões sobre o poder público, para que de fato, a esfera política consiga trazer novas respostas às demandas que são urgentes para os milhões de jovens brasileiros.
Em todos esses momentos, os movimentos e organizações juvenis, bem como as entidades estudantis (UNE e UBES) se apresentaram como segmentos importantes para politizar a população, mostrando que a famosa anedota – Si hay gobierno, soy contra” - devotada as manifestações juvenis espanholas em décadas passadas não se estabelece no país. A juventude brasileira aprende e pratica sua cidadania na luta e na resistência diária aos paradoxos estabelecidos historicamente pelas elites dirigentes do país. Infelizmente, os jovens estudantes, ainda encaram diariamente um sistema de ensino arcaico e com forte capacidade de desiludir qualquer pessoa em relação ao seu projeto de futuro. A juventude trabalhadora, ainda enfrenta um mundo do trabalho que os relega ao desemprego, subemprego, precarização e rotatividade. Já os jovens negros, as jovens mulheres e os jovens homossexuais, cotidianamente enfrentam uma institucionalidade violenta e desconectadas com os princípios que garantem a isonomia e o direito à diversidade. Além disso, é oportuno relembrar as situações precárias das periferias, que ainda são alvos de estruturas complexas que implicam a aceleração das desigualdades e que inserem as pessoas, cada vez mais em um modelo de cidade precário e estruturalmente com débeis possibilidades de mobilidade.
A juventude brasileira tem a marca da bravura que a história nunca poderá apagar. Das resistências estudantis contrárias à a ocupação francesa no Rio de Janeiro, em 1710 às manifestações populares ocorridas em várias regiões brasileiras em junho de 2013, os jovens sempre se apresentaram enquanto detentores de uma genética política caracterizada pela ousadia e pelo entusiasmo no enfrentamento corajoso às mazelas e contradições sociais existentes no âmbito social. Foram inúmeros os episódios em que, dotados de um espírito coletivo, a juventude foi protagonista e acumulou um papel singular para a conquista de direitos e de transformações. A luta pelo fim da escravidão no final do império, a resistência às ditaduras políticas, campanhas nacionais como “O Petróleo é Nosso”, “Diretas Já”, "Fora Collor" e a resistência frente ao neoliberalismo implantado na década de 1990, tem a cara da juventude e dos movimentos juvenis brasileiros.
Durante a década de 1960, a sociedade caracterizava a juventude por meio da expressão “futuros marginalizados”, os desafios de ser jovem em um país tão desigual era notório e as políticas destinadas a essa população, por terem raízes diretas com os anseios das elites conservadoras, propositalmente os definiam como sujeitos-problemas. No entanto, mesmo diante de tantas dificuldades, nada reduziu o vigor das lutas juvenis em prol às conquistas essenciais para o povo brasileiro.
A ousadia é o predicado da juventude. Pois cabe somente a essa geração, o poder de quebrar as mais variadas rotinas institucionais, através das manifestações, passeatas, protestos e de outras formas criadas a fim de se ocupar as ruas, as praças, as universidades e os prédios oficiais. A força da juventude emerge da indignação às contradições sociais e suas mensagens se propagam, principalmente nos muros, nas bandeiras e pelos cartazes levantados. E por esse perfil revolucionário, não erramos ao avaliar positivamente o papel de protagonismo que os movimentos juvenis tiveram para a derrocada das políticas conservadoras implantadas pelas forças dominantes no final do século passado.
As conquistas da juventude foram construídas através das lutas. Nada foi dado gratuitamente. E o Estado, por sua vez, no início desse século, se viu obrigado a atender os anseios dessa crescente parcela demográfica, a partir da implantação de uma agenda voltada ao processo de institucionalização das políticas públicas para a juventude, logrando assim, maiores conquistas, principalmente após a vitória eleitoral das forças de esquerda em 2002, que levou o ex-metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil. Da PEC (Emenda Constitucional Nº 65) ao Estatuto da Juventude, foram diversos entraves e obstáculos. A cada conquista garantida, aumentava a responsabilidade dos vários segmentos, organizações e coletivos juvenis a se mobilizarem em seus municípios, estados e regiões para a efetivação de uma militância focada nas pressões sobre o poder público, para que de fato, a esfera política consiga trazer novas respostas às demandas que são urgentes para os milhões de jovens brasileiros.
Em todos esses momentos, os movimentos e organizações juvenis, bem como as entidades estudantis (UNE e UBES) se apresentaram como segmentos importantes para politizar a população, mostrando que a famosa anedota – Si hay gobierno, soy contra” - devotada as manifestações juvenis espanholas em décadas passadas não se estabelece no país. A juventude brasileira aprende e pratica sua cidadania na luta e na resistência diária aos paradoxos estabelecidos historicamente pelas elites dirigentes do país. Infelizmente, os jovens estudantes, ainda encaram diariamente um sistema de ensino arcaico e com forte capacidade de desiludir qualquer pessoa em relação ao seu projeto de futuro. A juventude trabalhadora, ainda enfrenta um mundo do trabalho que os relega ao desemprego, subemprego, precarização e rotatividade. Já os jovens negros, as jovens mulheres e os jovens homossexuais, cotidianamente enfrentam uma institucionalidade violenta e desconectadas com os princípios que garantem a isonomia e o direito à diversidade. Além disso, é oportuno relembrar as situações precárias das periferias, que ainda são alvos de estruturas complexas que implicam a aceleração das desigualdades e que inserem as pessoas, cada vez mais em um modelo de cidade precário e estruturalmente com débeis possibilidades de mobilidade.
As jornadas de junho que ocorreram no ano passado, foi um exemplo de que a indignação ainda predomina no imaginário dos jovens brasileiros. Essa juventude necessita de novas respostas políticas para os seus problemas. Muitos que foram as ruas, com absoluta certeza se quer sabiam o que seriam as políticas públicas de juventude, porém todos se mostravam interessados na possibilidade de transformações sociais. Do turbilhão de demandas específicas, riscadas nas cartolinas e levantadas pelos jovens, a maioria tinham ligações diretas com a carência de uma efetivação de direitos tidos como universais (educação, saúde, emprego, transporte públicos etc). A pauta da juventude é a sociedade brasileira e não apenas o preço cobrado nas passagens. Esse fato é nítido.
Por outro lado, essas mesmas jornadas, tornaram-se alvos de várias interpretações e significados, principalmente no que tange a sua natureza e objetivos. A ação da imprensa e de partidos conservadores conseguiram colocar a juventude em disputa. Porém, as organizações juvenis mais uma vez foram heroicas em não permitir uma possível hegemonia “direitista” na direção das manifestações. É válido ressaltar essa preocupação, pois ela se constrói pelo fato de que, em outros momentos, essas tendências já teriam investido dentro dos movimentos juvenis, em destaque o movimento estudantil, visando, principalmente o enfraquecimento e a desestabilização política da juventude.
E diante de inúmeras trajetórias de lutas e conquistas, torna-se evidente para os jovens, que as juventudes devem ganhar cada vez mais as ruas, e assim, suas bandeiras se transformem em políticas públicas. O atual momento é propício, mas necessita que a unidade e a coletividade prevaleçam eque haja um maior acumulo de forças, visando um avanço orientado pelas melhores alternativas e políticas, para que as respostas devotadas à juventude signifiquem maiores conquistas e efetivação de direitos. O tempo é da política e a juventude tem pressa para transformar o Brasil no país de suas utopias.
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Ou me identifico com o destino do meu povo, com ele sofrendo a mesma luta, até sairmos todos vencedores, luta em que muitos sofrimentos e dor haveremos juntos de sofrer; ou me dissocio do destino do meu povo, juntando-me (como aliado, preposto, lacaio, servidor, títere, fantoche ou joguete) aos que exploram esse povo.
Antônio Houaiss
A juventude brasileira tem a marca da bravura que a história nunca poderá apagar. Das resistências estudantis contrárias à a ocupação francesa no Rio de Janeiro, em 1710 às manifestações populares ocorridas em várias regiões brasileiras em junho de 2013, os jovens sempre se apresentaram enquanto detentores de uma genética política caracterizada pela ousadia e pelo entusiasmo no enfrentamento corajoso às mazelas e contradições sociais existentes no âmbito social. Foram inúmeros os episódios em que, dotados de um espírito coletivo, a juventude foi protagonista e acumulou um papel singular para a conquista de direitos e de transformações. A luta pelo fim da escravidão no final do império, a resistência às ditaduras políticas, campanhas nacionais como “O Petróleo é Nosso”, “Diretas Já”, "Fora Collor" e a resistência frente ao neoliberalismo implantado na década de 1990, tem a cara da juventude e dos movimentos juvenis brasileiros.
Durante a década de 1960, a sociedade caracterizava a juventude por meio da expressão “futuros marginalizados”, os desafios de ser jovem em um país tão desigual era notório e as políticas destinadas a essa população, por terem raízes diretas com os anseios das elites conservadoras, propositalmente os definiam como sujeitos-problemas. No entanto, mesmo diante de tantas dificuldades, nada reduziu o vigor das lutas juvenis em prol às conquistas essenciais para o povo brasileiro.
A ousadia é o predicado da juventude. Pois cabe somente a essa geração, o poder de quebrar as mais variadas rotinas institucionais, através das manifestações, passeatas, protestos e de outras formas criadas a fim de se ocupar as ruas, as praças, as universidades e os prédios oficiais. A força da juventude emerge da indignação às contradições sociais e suas mensagens se propagam, principalmente nos muros, nas bandeiras e pelos cartazes levantados. E por esse perfil revolucionário, não erramos ao avaliar positivamente o papel de protagonismo que os movimentos juvenis tiveram para a derrocada das políticas conservadoras implantadas pelas forças dominantes no final do século passado.
As conquistas da juventude foram construídas através das lutas. Nada foi dado gratuitamente. E o Estado, por sua vez, no início desse século, se viu obrigado a atender os anseios dessa crescente parcela demográfica, a partir da implantação de uma agenda voltada ao processo de institucionalização das políticas públicas para a juventude, logrando assim, maiores conquistas, principalmente após a vitória eleitoral das forças de esquerda em 2002, que levou o ex-metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil. Da PEC (Emenda Constitucional Nº 65) ao Estatuto da Juventude, foram diversos entraves e obstáculos. A cada conquista garantida, aumentava a responsabilidade dos vários segmentos, organizações e coletivos juvenis a se mobilizarem em seus municípios, estados e regiões para a efetivação de uma militância focada nas pressões sobre o poder público, para que de fato, a esfera política consiga trazer novas respostas às demandas que são urgentes para os milhões de jovens brasileiros.
Em todos esses momentos, os movimentos e organizações juvenis, bem como as entidades estudantis (UNE e UBES) se apresentaram como segmentos importantes para politizar a população, mostrando que a famosa anedota – Si hay gobierno, soy contra” - devotada as manifestações juvenis espanholas em décadas passadas não se estabelece no país. A juventude brasileira aprende e pratica sua cidadania na luta e na resistência diária aos paradoxos estabelecidos historicamente pelas elites dirigentes do país. Infelizmente, os jovens estudantes, ainda encaram diariamente um sistema de ensino arcaico e com forte capacidade de desiludir qualquer pessoa em relação ao seu projeto de futuro. A juventude trabalhadora, ainda enfrenta um mundo do trabalho que os relega ao desemprego, subemprego, precarização e rotatividade. Já os jovens negros, as jovens mulheres e os jovens homossexuais, cotidianamente enfrentam uma institucionalidade violenta e desconectadas com os princípios que garantem a isonomia e o direito à diversidade. Além disso, é oportuno relembrar as situações precárias das periferias, que ainda são alvos de estruturas complexas que implicam a aceleração das desigualdades e que inserem as pessoas, cada vez mais em um modelo de cidade precário e estruturalmente com débeis possibilidades de mobilidade.
A juventude brasileira tem a marca da bravura que a história nunca poderá apagar. Das resistências estudantis contrárias à a ocupação francesa no Rio de Janeiro, em 1710 às manifestações populares ocorridas em várias regiões brasileiras em junho de 2013, os jovens sempre se apresentaram enquanto detentores de uma genética política caracterizada pela ousadia e pelo entusiasmo no enfrentamento corajoso às mazelas e contradições sociais existentes no âmbito social. Foram inúmeros os episódios em que, dotados de um espírito coletivo, a juventude foi protagonista e acumulou um papel singular para a conquista de direitos e de transformações. A luta pelo fim da escravidão no final do império, a resistência às ditaduras políticas, campanhas nacionais como “O Petróleo é Nosso”, “Diretas Já”, "Fora Collor" e a resistência frente ao neoliberalismo implantado na década de 1990, tem a cara da juventude e dos movimentos juvenis brasileiros.
Durante a década de 1960, a sociedade caracterizava a juventude por meio da expressão “futuros marginalizados”, os desafios de ser jovem em um país tão desigual era notório e as políticas destinadas a essa população, por terem raízes diretas com os anseios das elites conservadoras, propositalmente os definiam como sujeitos-problemas. No entanto, mesmo diante de tantas dificuldades, nada reduziu o vigor das lutas juvenis em prol às conquistas essenciais para o povo brasileiro.
A ousadia é o predicado da juventude. Pois cabe somente a essa geração, o poder de quebrar as mais variadas rotinas institucionais, através das manifestações, passeatas, protestos e de outras formas criadas a fim de se ocupar as ruas, as praças, as universidades e os prédios oficiais. A força da juventude emerge da indignação às contradições sociais e suas mensagens se propagam, principalmente nos muros, nas bandeiras e pelos cartazes levantados. E por esse perfil revolucionário, não erramos ao avaliar positivamente o papel de protagonismo que os movimentos juvenis tiveram para a derrocada das políticas conservadoras implantadas pelas forças dominantes no final do século passado.
As conquistas da juventude foram construídas através das lutas. Nada foi dado gratuitamente. E o Estado, por sua vez, no início desse século, se viu obrigado a atender os anseios dessa crescente parcela demográfica, a partir da implantação de uma agenda voltada ao processo de institucionalização das políticas públicas para a juventude, logrando assim, maiores conquistas, principalmente após a vitória eleitoral das forças de esquerda em 2002, que levou o ex-metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil. Da PEC (Emenda Constitucional Nº 65) ao Estatuto da Juventude, foram diversos entraves e obstáculos. A cada conquista garantida, aumentava a responsabilidade dos vários segmentos, organizações e coletivos juvenis a se mobilizarem em seus municípios, estados e regiões para a efetivação de uma militância focada nas pressões sobre o poder público, para que de fato, a esfera política consiga trazer novas respostas às demandas que são urgentes para os milhões de jovens brasileiros.
Em todos esses momentos, os movimentos e organizações juvenis, bem como as entidades estudantis (UNE e UBES) se apresentaram como segmentos importantes para politizar a população, mostrando que a famosa anedota – Si hay gobierno, soy contra” - devotada as manifestações juvenis espanholas em décadas passadas não se estabelece no país. A juventude brasileira aprende e pratica sua cidadania na luta e na resistência diária aos paradoxos estabelecidos historicamente pelas elites dirigentes do país. Infelizmente, os jovens estudantes, ainda encaram diariamente um sistema de ensino arcaico e com forte capacidade de desiludir qualquer pessoa em relação ao seu projeto de futuro. A juventude trabalhadora, ainda enfrenta um mundo do trabalho que os relega ao desemprego, subemprego, precarização e rotatividade. Já os jovens negros, as jovens mulheres e os jovens homossexuais, cotidianamente enfrentam uma institucionalidade violenta e desconectadas com os princípios que garantem a isonomia e o direito à diversidade. Além disso, é oportuno relembrar as situações precárias das periferias, que ainda são alvos de estruturas complexas que implicam a aceleração das desigualdades e que inserem as pessoas, cada vez mais em um modelo de cidade precário e estruturalmente com débeis possibilidades de mobilidade.
As jornadas de junho que ocorreram no ano passado, foi um exemplo de que a indignação ainda predomina no imaginário dos jovens brasileiros. Essa juventude necessita de novas respostas políticas para os seus problemas. Muitos que foram as ruas, com absoluta certeza se quer sabiam o que seriam as políticas públicas de juventude, porém todos se mostravam interessados na possibilidade de transformações sociais. Do turbilhão de demandas específicas, riscadas nas cartolinas e levantadas pelos jovens, a maioria tinham ligações diretas com a carência de uma efetivação de direitos tidos como universais (educação, saúde, emprego, transporte públicos etc). A pauta da juventude é a sociedade brasileira e não apenas o preço cobrado nas passagens. Esse fato é nítido.
Por outro lado, essas mesmas jornadas, tornaram-se alvos de várias interpretações e significados, principalmente no que tange a sua natureza e objetivos. A ação da imprensa e de partidos conservadores conseguiram colocar a juventude em disputa. Porém, as organizações juvenis mais uma vez foram heroicas em não permitir uma possível hegemonia “direitista” na direção das manifestações. É válido ressaltar essa preocupação, pois ela se constrói pelo fato de que, em outros momentos, essas tendências já teriam investido dentro dos movimentos juvenis, em destaque o movimento estudantil, visando, principalmente o enfraquecimento e a desestabilização política da juventude.
E diante de inúmeras trajetórias de lutas e conquistas, torna-se evidente para os jovens, que as juventudes devem ganhar cada vez mais as ruas, e assim, suas bandeiras se transformem em políticas públicas. O atual momento é propício, mas necessita que a unidade e a coletividade prevaleçam eque haja um maior acumulo de forças, visando um avanço orientado pelas melhores alternativas e políticas, para que as respostas devotadas à juventude signifiquem maiores conquistas e efetivação de direitos. O tempo é da política e a juventude tem pressa para transformar o Brasil no país de suas utopias.
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