As conjunturas nos remete a luta. E enquanto categoria profissional, não há como conceber nossas conquistas fora do âmbito da mobilização e organização classista. O sindicato, por sua vez, torna-se um elemento de singular importância para a obtenção e avanços no que tange os direitos coletivos. No entanto, nenhum processo de reivindicação pode ser vitorioso se os seus agentes não se apoderam das conjunturas que os cercam. Qualquer movimentação política torna-se irresponsável quando se estabelece desprovida de uma mínima leitura e reflexão sobre os fatos que norteiam a contemporaneidade. Nesse contexto, apresento esse breve debate sobre alguns aspectos que estão inseridos na conjuntura política nacional, e que vão influenciar direta e indiretamente, a campanha reivindicatória dos professores da educação privada em Pernambuco.
Como é bem compreendido, a sociedade em meio a uma série de fatos ocorridos principalmente a partir da última década tornou-se um cenário marcado por grandes transformações sociais. A democracia brasileira, nesses últimos anos, se estabelece em um processo marcante de amadurecimento, implicando em maiores questionamento sobre as formas tradicionais de administração do poder público. A exemplo disso, podemos destacar o ano de 2013 em que a reforma política tornou-se uma das pautas do povo brasileiro, principalmente após as jornadas populares de junho, quando a juventude e a classe trabalhadora foram as ruas e juntos às centrais sindicais e demais entidades representativas, reivindicaram formas mais progressistas de se pensar sobre a organização do Estado, a participação cidadã e a oferta dos direitos fundamentais.
E nesse horizonte pautado pelo crescente interesse por parte de uma significativa parcela da população em torno do debate político, mais uma vez é colocada ao futuro do país uma nova encruzilhada. Observa-se a emergência e disputa de dois projetos distintos de Estado. De um lado, os interesses populares, democráticos e classistas; capitaneados principalmente pelos partidos políticos, movimentos sociais, entidades sindicais e setores da intelectualidade ligados à esquerda. Do outro, as elites conservadoras patrocinada pela grande mídia burguesa, partidos de direita e representações dos interesses empresariais e latifundiários. É válido pontuar que esses últimos, vem se aproveitando dos movimentos espontâneos das ruas, para disputar as consciências populares no intuito de retomar as concepções neoliberais enquanto elemento norteador das políticas e instituições públicas, como também reforçar os interesses feudais predominantes da estrutura do Estado e dessa maneira, travar qualquer forma de desenvolvimento social e econômico no Brasil.
Dentro dessa quadra, soma-se ao ano de 2014 importantes fatos, que direta e indiretamente vão influenciar o panorama político e institucional do país, principalmente no contexto das próximas eleições gerais. Os 50 anos do golpe militar de 1964 e a Copa do Mundo são alguns desses elementos, que a luz de um debate mais amplo, detém a capacidade de trazer maior nitidez para o entendimento a cerca dos objetivos que estão alinhados a esses projetos de sociedade que estão postos para os brasileiros. Neste ponto, é preciso garantir a quarta vitória do povo, essa por sua vez, mesmo diante de tamanhas contradições no âmbito da política e da macroeconomia, está diretamente relacionada a mobilização pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff à chefia do executivo federal e ampliação do número de parlamentares que representem a luta dos trabalhadores nas assembleias legislativas estaduais e no congresso nacional.
Frente a esta breve contextualização, os professores da rede privada iniciam mais uma campanha reivindicatória, restabelecendo, enquanto trabalhadores organizados, um importante momento para a categoria, no que tange a reflexão sobre as conquistas de direitos e a necessidade de se avançar para o estabelecimento de um panorama laboral decente nas instituições particulares de ensino. É válido relembrar que esta campanha ainda se aflora dentro de um contexto marcado por novas investidas da OIT em oficializar a flexibilização da CLT, colocando em risco a utilização dos contratos por tempo indeterminado, além das tentativas de retrocesso imposto pelo Senado Federal na aprovação do projeto do Plano Nacional de Educação, e diga-se de passagem, orientado pelo MEC, na própria figura do ministro Mercadante.
E em virtude dessas leituras, é fundamental que pontuemos questões como: excessiva jornada de trabalho docente, a unificação do piso e reajuste salarial, pagamento das aulas-atividades, instituição do vale cultura, pagamento do ticket alimentação e questões relacionadas a saúde dos(as) professores(as), à luz de uma visão crítica sobre o conjunto de fatos que permeiam a contemporaneidade, a fim de se perceber o quanto esses fatores influenciam não apenas a nossa realidade no ponto de vista docente, mas também ao cotidiano dos demais trabalhadores brasileiros. E dessa maneira, a política classista torna-se uma necessidade para avançarmos na construção de um mundo do trabalho que tenha como alicerce um projeto nacional de desenvolvimento capaz de lançar as bases para uma transição indispensável ao socialismo.
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As conjunturas nos remete a luta. E enquanto categoria profissional, não há como conceber nossas conquistas fora do âmbito da mobilização e organização classista. O sindicato, por sua vez, torna-se um elemento de singular importância para a obtenção e avanços no que tange os direitos coletivos. No entanto, nenhum processo de reivindicação pode ser vitorioso se os seus agentes não se apoderam das conjunturas que os cercam. Qualquer movimentação política torna-se irresponsável quando se estabelece desprovida de uma mínima leitura e reflexão sobre os fatos que norteiam a contemporaneidade. Nesse contexto, apresento esse breve debate sobre alguns aspectos que estão inseridos na conjuntura política nacional, e que vão influenciar direta e indiretamente, a campanha reivindicatória dos professores da educação privada em Pernambuco.
Como é bem compreendido, a sociedade em meio a uma série de fatos ocorridos principalmente a partir da última década tornou-se um cenário marcado por grandes transformações sociais. A democracia brasileira, nesses últimos anos, se estabelece em um processo marcante de amadurecimento, implicando em maiores questionamento sobre as formas tradicionais de administração do poder público. A exemplo disso, podemos destacar o ano de 2013 em que a reforma política tornou-se uma das pautas do povo brasileiro, principalmente após as jornadas populares de junho, quando a juventude e a classe trabalhadora foram as ruas e juntos às centrais sindicais e demais entidades representativas, reivindicaram formas mais progressistas de se pensar sobre a organização do Estado, a participação cidadã e a oferta dos direitos fundamentais.
E nesse horizonte pautado pelo crescente interesse por parte de uma significativa parcela da população em torno do debate político, mais uma vez é colocada ao futuro do país uma nova encruzilhada. Observa-se a emergência e disputa de dois projetos distintos de Estado. De um lado, os interesses populares, democráticos e classistas; capitaneados principalmente pelos partidos políticos, movimentos sociais, entidades sindicais e setores da intelectualidade ligados à esquerda. Do outro, as elites conservadoras patrocinada pela grande mídia burguesa, partidos de direita e representações dos interesses empresariais e latifundiários. É válido pontuar que esses últimos, vem se aproveitando dos movimentos espontâneos das ruas, para disputar as consciências populares no intuito de retomar as concepções neoliberais enquanto elemento norteador das políticas e instituições públicas, como também reforçar os interesses feudais predominantes da estrutura do Estado e dessa maneira, travar qualquer forma de desenvolvimento social e econômico no Brasil.
Dentro dessa quadra, soma-se ao ano de 2014 importantes fatos, que direta e indiretamente vão influenciar o panorama político e institucional do país, principalmente no contexto das próximas eleições gerais. Os 50 anos do golpe militar de 1964 e a Copa do Mundo são alguns desses elementos, que a luz de um debate mais amplo, detém a capacidade de trazer maior nitidez para o entendimento a cerca dos objetivos que estão alinhados a esses projetos de sociedade que estão postos para os brasileiros. Neste ponto, é preciso garantir a quarta vitória do povo, essa por sua vez, mesmo diante de tamanhas contradições no âmbito da política e da macroeconomia, está diretamente relacionada a mobilização pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff à chefia do executivo federal e ampliação do número de parlamentares que representem a luta dos trabalhadores nas assembleias legislativas estaduais e no congresso nacional.
Frente a esta breve contextualização, os professores da rede privada iniciam mais uma campanha reivindicatória, restabelecendo, enquanto trabalhadores organizados, um importante momento para a categoria, no que tange a reflexão sobre as conquistas de direitos e a necessidade de se avançar para o estabelecimento de um panorama laboral decente nas instituições particulares de ensino. É válido relembrar que esta campanha ainda se aflora dentro de um contexto marcado por novas investidas da OIT em oficializar a flexibilização da CLT, colocando em risco a utilização dos contratos por tempo indeterminado, além das tentativas de retrocesso imposto pelo Senado Federal na aprovação do projeto do Plano Nacional de Educação, e diga-se de passagem, orientado pelo MEC, na própria figura do ministro Mercadante.
E em virtude dessas leituras, é fundamental que pontuemos questões como: excessiva jornada de trabalho docente, a unificação do piso e reajuste salarial, pagamento das aulas-atividades, instituição do vale cultura, pagamento do ticket alimentação e questões relacionadas a saúde dos(as) professores(as), à luz de uma visão crítica sobre o conjunto de fatos que permeiam a contemporaneidade, a fim de se perceber o quanto esses fatores influenciam não apenas a nossa realidade no ponto de vista docente, mas também ao cotidiano dos demais trabalhadores brasileiros. E dessa maneira, a política classista torna-se uma necessidade para avançarmos na construção de um mundo do trabalho que tenha como alicerce um projeto nacional de desenvolvimento capaz de lançar as bases para uma transição indispensável ao socialismo.
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