domingo, julho 28, 2013

“As Ruas São uma Tsunami nos Partidos e na Mídia”.

Em 2005, a jornalista e cientista política Beatriz Bissio bateu à porta do Ministério das Comunicações brasileiro no desespero da última cartada para tentar manter viva a publicação dos Cadernos de Terceiro Mundo. Para quem não conheceu, o suplemento foi uma das experiências mais ricas de mídia com enfoque Sul-Sul, que circulou principalmente na América do Sul e na África durante 30 anos. Pobreza, desigualdades (sim, elas são plurais e os Cadernos já sabiam disso desde a década de 1970), guerras civis, alternativas econômicas e um sem número de questões culturais deliciosas e peculiares enchiam as páginas da revista, publicada em vários idiomas e com colaboradores jornalistas do mundo inteiro. Mas aqueles tempos eram outros. O povo não estava nas ruas gritando pela democratização dos meios de comunicação. Sem resposta do ministério, que disse apoiar com verbas publicitárias apenas veículos de grande circulação e, afundada em dívidas contraídas na tentativa de mantê-lo funcionando, a publicação parou de circular.

Falar desse fato altera o rumo da prosa com Beatriz, mulher de olhos marcantes, mãos que não freiam a ansiedade da escrita nem durante uma entrevista e questionamentos sempre afiados, como os de uma repórter que tem dificuldade de estar do outro lado da conversa. Uruguaia que entrou na faculdade de Engenharia para, em meio à instalação do regime ditatorial do país, deixar o diploma de lado e se tornar jornalista na prática. Ameaçada pelo regime, exilou-se primeiramente no México, para depois descer a América chegando no Brasil. Ao lado do ex-marido, o jornalista Neiva Moreira, falecido no ano passado, cobriu a guerra de independência de Moçambique e acompanhou o acirramento do conflito no Oriente Médio. Grávida da única filha, embarcou para a província angolana de Cabinda, movida pela disputa do petróleo. Tornou-se brasileira, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Viu o nascimento de uma força da mídia alternativa e também sua dissolução, antes da eclosão das mídias sociais, entre eles os Cadernos. Afastou-se do jornalismo prático, para tornar-se pesquisadora do tema, como coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre África, Ásia e as Relações Sul-Sul, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Até pouco mais de um mês, estava focada na cobertura da mídia brasileira sobre o Oriente Médio (como o conflito Israel-Palestina), apontando a visão parcial, pró-Israel e com espaço absolutamente limitado nos jornais mais tradicionais do país. Mas agora, como boa parte dos cariocas, está de olho no que está acontecendo bem aqui, organizando debates e cineclubes sobre os protestos que estão mudando a rotina do Rio de Janeiro. Atônita com as últimas cenas, une os dois lados mais fortes de si própria e afirma: “Vejo esses acontecimentos como uma tsunami nos partidos políticos e na mídia tradicional”.

Na entrevista abaixo, ela – que é uma das diretoras da revista virtual Diálogos do Sul e membro do conselho consultivo da área de Comunicação do Ibase - afirma que os dois sistemas brasileiros – político e de comunicação – estão falidos.

Canal Ibase: Você é uma das poucas pessoas, talvez a única, que reúne duas experiências de vida riquíssimas para compreender o momento que o Brasil vive: é jornalista, entre as pioneiras da chamada mídia alternativa, e cientista política. Trata-se de um momento que põe em xeque os dois campos do conhecimento, você concorda?
Beatriz Bissio: Sim. O processo é novo e qualquer análise é provisória. Mas sem dúvida a sociedade civil está se tornando um ator cada vez mais importante e com mais instrumentos para cobrar seu espaço. Nenhum partido político pode escapar dessa compreensão. Vejo esse movimento como uma espécie de tsunami sobre os partidos políticos. Eu mesma fui uma das fundadoras do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que teve como marco um encontro em Lisboa, onde estavam presentes o Neiva (Moreira), Brizola e o Betinho (um dos fundadores do Ibase). Mas parei de militar. Considero que o partido se afastou da sua raiz, das suas bandeiras históricas. Houve o sequestro de uma sigla que representava reivindicações importantes sobre a lógica do trabalhismo. Os partidos terão que lidar com essa tsunami e se reconstituir. O mesmo acontece com a mídia brasileira, que pela primeira vez tem o cenário de monopólio questionado de forma tão veemente nas ruas.

Canal Ibase: Fala se em crise de representatividade política…
Beatriz: Sim. Um divisor de águas foi o fato de uma convocatória pontual ter criado uma fibra para despertar essa massividade. Nada se explicaria se não existisse na sociedade um grande desconforto anterior. Nunca se explica o contemporâneo sem entender o contexto que já estava dado. Havia uma mistura de decepção, raiva, estresse, exaustão da vida urbana. A convocatória contra o aumento no preço da passagem tocou este mal-estar. No Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCS) da UFRJ estamos em estado de assembleia permanente. É um momento completamente novo e meus alunos, sendo a maioria deles pessoas que já possuíam um engajamento acima da média dos jovens, estão percebendo que a situação exige deles uma compreensão que todos estamos buscando. As ruas despertaram a juventude e impulsionaram debates que já ocorriam no âmbito dos movimentos sociais. Nas ruas, você passa do que leu no livro para o que sentiu na pele. E a heterogeneidade é bastante didática. As pessoas se percebem parte de conjuntos, embora tenham diferentes bandeiras.

Canal Ibase: Sem usar a alcunha de “mídia alternativa” – expressão mais recente para designar fontes de informação fora da mídia tradicional – você foi uma das pioneiras desse movimento na América Latina. Agora, o assunto está no centro do debate. A mídia brasileira poderá ser a mesma após esse renascimento das ruas como um fato social?
Beatriz: Ainda é cedo para afirmar, mas acho que não. Algo já mudou. As ruas estão exigindo uma mídia diferente da que temos, completamente alienante. A grande mídia é a principal interessada até na continuidade desse modelo, porque assim ela não é questionada e continua lucrando, mantendo seus trabalhadores inclusive com salários baixos. As ruas provaram que querem novas fontes de informação. As pessoas sentiram na pele, presenciaram os acontecimentos e não os viram refletidos nas notícias. A experiência acabou com a alienação.

Canal Ibase: Mas, para mudar esse sistema, é preciso ir além. Você teve que fechar os Cadernos de Terceiro Mundo e a editora responsável por ele, em 2005, por falta de apoio. A principal forma de mudar seria a discussão da publicidade do setor público?
Beatriz: Sim. Pouco antes de fechar a editora fui recebida no Ministério das Comunicações. A primeira pergunta que a pessoa me fez foi: que tiragem vocês têm? Ele me disse: nossa verba é só para quem está com mais de 500 mil exemplares por mês. Na época da crise, tirávamos 20 mil exemplares, sendo 70% de assinantes fieis. Mas a questão sequer era essa. O governo não tem que pensar em publicidade apenas para se divulgar mais. A publicidade de órgãos públicos serve também para fomentar veículos de comunicação. Assim deveria ser. Os Cadernos de Terceiro Mundo chegaram a ter uma tiragem de 120 mil exemplares por mês. Mas mesmo que não tivesse. A escolha não pode ser feita dessa forma, se não os pequenos veículos nunca crescerão, nunca receberão apoio. É isso que as pessoas que estão nas ruas ainda precisar entender, se apropriar dessa informação. Precisamos discutir a democratização dos nossos meios de comunicação. É bom para todo mundo.

Canal Ibase: Há um discurso de que faltam mídias “alternativas”. Sabemos que essa percepção é errada…
Beatriz: Quem afirma que faltam iniciativas de comunicação está mal informado. Elas existem, não temos que inventar a roda, nem cair no erro de apoiar uma apenas. Existem as mídias alternativas mais diversas e algumas muito boas, excelentes. O que precisa mudar é a parcela milionária de publicidade que o governo destina aos grandes veículos. Isso melhorou no último governo, mas não foi suficiente. A grande mídia argumenta que a mediocridade é reflexo do que o público consome. Não concordo em absoluto. As pessoas também dão resposta a conteúdos de qualidade.

Canal Ibase: Há então uma crise de representatividade no que diz respeito à mídia?
Beatriz: Sim, as pessoas não se veem mais representadas ali. Há uma crise das ideologias que estão postas, do modelo de desenvolvimentismo adotado inclusive pelo governo Dilma. A perplexidade que acontece no território da política se reflete na mídia e nas novas fontes de informação que surgem.

Canal Ibase: O grupo que você coordena no IFCS analisa a cobertura da grande mídia sobre o Oriente Médio. Ela também reflete essas falhas?
Beatriz Bissio: A cobertura sobre o Oriente Médio tem pouco espaço, acontece de forma descontínua e muitas vezes sem contextualização suficiente. No caso da Sïria, estamos analisando o discurso da grande mídia e há generalizações perigosas, como o uso de “rebeldes”. No caso de Israel e Palestina, por exemplo, a cobertura é completamente pró-Israel. Isso altera a visão de mundo das pessoas, é muito grave e muito ruim que tenhamos tão poucas fontes de informação. Por outro lado, acho que isso está mudando. Os brasileiros estão nas ruas pedindo, também, por novas fontes de informação. É um direito básico do cidadão e essencial em uma democracia.

Além de professora e pesquisadora da UFRJ, Beatriz é hoje uma das diretoras da revista virtual Diálogos do Sul e membro do conselho consultivo da área de Comunicação do Ibase.

FONTE: Ibase.
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Em 2005, a jornalista e cientista política Beatriz Bissio bateu à porta do Ministério das Comunicações brasileiro no desespero da última cartada para tentar manter viva a publicação dos Cadernos de Terceiro Mundo. Para quem não conheceu, o suplemento foi uma das experiências mais ricas de mídia com enfoque Sul-Sul, que circulou principalmente na América do Sul e na África durante 30 anos. Pobreza, desigualdades (sim, elas são plurais e os Cadernos já sabiam disso desde a década de 1970), guerras civis, alternativas econômicas e um sem número de questões culturais deliciosas e peculiares enchiam as páginas da revista, publicada em vários idiomas e com colaboradores jornalistas do mundo inteiro. Mas aqueles tempos eram outros. O povo não estava nas ruas gritando pela democratização dos meios de comunicação. Sem resposta do ministério, que disse apoiar com verbas publicitárias apenas veículos de grande circulação e, afundada em dívidas contraídas na tentativa de mantê-lo funcionando, a publicação parou de circular.

Falar desse fato altera o rumo da prosa com Beatriz, mulher de olhos marcantes, mãos que não freiam a ansiedade da escrita nem durante uma entrevista e questionamentos sempre afiados, como os de uma repórter que tem dificuldade de estar do outro lado da conversa. Uruguaia que entrou na faculdade de Engenharia para, em meio à instalação do regime ditatorial do país, deixar o diploma de lado e se tornar jornalista na prática. Ameaçada pelo regime, exilou-se primeiramente no México, para depois descer a América chegando no Brasil. Ao lado do ex-marido, o jornalista Neiva Moreira, falecido no ano passado, cobriu a guerra de independência de Moçambique e acompanhou o acirramento do conflito no Oriente Médio. Grávida da única filha, embarcou para a província angolana de Cabinda, movida pela disputa do petróleo. Tornou-se brasileira, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Viu o nascimento de uma força da mídia alternativa e também sua dissolução, antes da eclosão das mídias sociais, entre eles os Cadernos. Afastou-se do jornalismo prático, para tornar-se pesquisadora do tema, como coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre África, Ásia e as Relações Sul-Sul, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Até pouco mais de um mês, estava focada na cobertura da mídia brasileira sobre o Oriente Médio (como o conflito Israel-Palestina), apontando a visão parcial, pró-Israel e com espaço absolutamente limitado nos jornais mais tradicionais do país. Mas agora, como boa parte dos cariocas, está de olho no que está acontecendo bem aqui, organizando debates e cineclubes sobre os protestos que estão mudando a rotina do Rio de Janeiro. Atônita com as últimas cenas, une os dois lados mais fortes de si própria e afirma: “Vejo esses acontecimentos como uma tsunami nos partidos políticos e na mídia tradicional”.

Na entrevista abaixo, ela – que é uma das diretoras da revista virtual Diálogos do Sul e membro do conselho consultivo da área de Comunicação do Ibase - afirma que os dois sistemas brasileiros – político e de comunicação – estão falidos.

Canal Ibase: Você é uma das poucas pessoas, talvez a única, que reúne duas experiências de vida riquíssimas para compreender o momento que o Brasil vive: é jornalista, entre as pioneiras da chamada mídia alternativa, e cientista política. Trata-se de um momento que põe em xeque os dois campos do conhecimento, você concorda?
Beatriz Bissio: Sim. O processo é novo e qualquer análise é provisória. Mas sem dúvida a sociedade civil está se tornando um ator cada vez mais importante e com mais instrumentos para cobrar seu espaço. Nenhum partido político pode escapar dessa compreensão. Vejo esse movimento como uma espécie de tsunami sobre os partidos políticos. Eu mesma fui uma das fundadoras do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que teve como marco um encontro em Lisboa, onde estavam presentes o Neiva (Moreira), Brizola e o Betinho (um dos fundadores do Ibase). Mas parei de militar. Considero que o partido se afastou da sua raiz, das suas bandeiras históricas. Houve o sequestro de uma sigla que representava reivindicações importantes sobre a lógica do trabalhismo. Os partidos terão que lidar com essa tsunami e se reconstituir. O mesmo acontece com a mídia brasileira, que pela primeira vez tem o cenário de monopólio questionado de forma tão veemente nas ruas.

Canal Ibase: Fala se em crise de representatividade política…
Beatriz: Sim. Um divisor de águas foi o fato de uma convocatória pontual ter criado uma fibra para despertar essa massividade. Nada se explicaria se não existisse na sociedade um grande desconforto anterior. Nunca se explica o contemporâneo sem entender o contexto que já estava dado. Havia uma mistura de decepção, raiva, estresse, exaustão da vida urbana. A convocatória contra o aumento no preço da passagem tocou este mal-estar. No Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCS) da UFRJ estamos em estado de assembleia permanente. É um momento completamente novo e meus alunos, sendo a maioria deles pessoas que já possuíam um engajamento acima da média dos jovens, estão percebendo que a situação exige deles uma compreensão que todos estamos buscando. As ruas despertaram a juventude e impulsionaram debates que já ocorriam no âmbito dos movimentos sociais. Nas ruas, você passa do que leu no livro para o que sentiu na pele. E a heterogeneidade é bastante didática. As pessoas se percebem parte de conjuntos, embora tenham diferentes bandeiras.

Canal Ibase: Sem usar a alcunha de “mídia alternativa” – expressão mais recente para designar fontes de informação fora da mídia tradicional – você foi uma das pioneiras desse movimento na América Latina. Agora, o assunto está no centro do debate. A mídia brasileira poderá ser a mesma após esse renascimento das ruas como um fato social?
Beatriz: Ainda é cedo para afirmar, mas acho que não. Algo já mudou. As ruas estão exigindo uma mídia diferente da que temos, completamente alienante. A grande mídia é a principal interessada até na continuidade desse modelo, porque assim ela não é questionada e continua lucrando, mantendo seus trabalhadores inclusive com salários baixos. As ruas provaram que querem novas fontes de informação. As pessoas sentiram na pele, presenciaram os acontecimentos e não os viram refletidos nas notícias. A experiência acabou com a alienação.

Canal Ibase: Mas, para mudar esse sistema, é preciso ir além. Você teve que fechar os Cadernos de Terceiro Mundo e a editora responsável por ele, em 2005, por falta de apoio. A principal forma de mudar seria a discussão da publicidade do setor público?
Beatriz: Sim. Pouco antes de fechar a editora fui recebida no Ministério das Comunicações. A primeira pergunta que a pessoa me fez foi: que tiragem vocês têm? Ele me disse: nossa verba é só para quem está com mais de 500 mil exemplares por mês. Na época da crise, tirávamos 20 mil exemplares, sendo 70% de assinantes fieis. Mas a questão sequer era essa. O governo não tem que pensar em publicidade apenas para se divulgar mais. A publicidade de órgãos públicos serve também para fomentar veículos de comunicação. Assim deveria ser. Os Cadernos de Terceiro Mundo chegaram a ter uma tiragem de 120 mil exemplares por mês. Mas mesmo que não tivesse. A escolha não pode ser feita dessa forma, se não os pequenos veículos nunca crescerão, nunca receberão apoio. É isso que as pessoas que estão nas ruas ainda precisar entender, se apropriar dessa informação. Precisamos discutir a democratização dos nossos meios de comunicação. É bom para todo mundo.

Canal Ibase: Há um discurso de que faltam mídias “alternativas”. Sabemos que essa percepção é errada…
Beatriz: Quem afirma que faltam iniciativas de comunicação está mal informado. Elas existem, não temos que inventar a roda, nem cair no erro de apoiar uma apenas. Existem as mídias alternativas mais diversas e algumas muito boas, excelentes. O que precisa mudar é a parcela milionária de publicidade que o governo destina aos grandes veículos. Isso melhorou no último governo, mas não foi suficiente. A grande mídia argumenta que a mediocridade é reflexo do que o público consome. Não concordo em absoluto. As pessoas também dão resposta a conteúdos de qualidade.

Canal Ibase: Há então uma crise de representatividade no que diz respeito à mídia?
Beatriz: Sim, as pessoas não se veem mais representadas ali. Há uma crise das ideologias que estão postas, do modelo de desenvolvimentismo adotado inclusive pelo governo Dilma. A perplexidade que acontece no território da política se reflete na mídia e nas novas fontes de informação que surgem.

Canal Ibase: O grupo que você coordena no IFCS analisa a cobertura da grande mídia sobre o Oriente Médio. Ela também reflete essas falhas?
Beatriz Bissio: A cobertura sobre o Oriente Médio tem pouco espaço, acontece de forma descontínua e muitas vezes sem contextualização suficiente. No caso da Sïria, estamos analisando o discurso da grande mídia e há generalizações perigosas, como o uso de “rebeldes”. No caso de Israel e Palestina, por exemplo, a cobertura é completamente pró-Israel. Isso altera a visão de mundo das pessoas, é muito grave e muito ruim que tenhamos tão poucas fontes de informação. Por outro lado, acho que isso está mudando. Os brasileiros estão nas ruas pedindo, também, por novas fontes de informação. É um direito básico do cidadão e essencial em uma democracia.

Além de professora e pesquisadora da UFRJ, Beatriz é hoje uma das diretoras da revista virtual Diálogos do Sul e membro do conselho consultivo da área de Comunicação do Ibase.

FONTE: Ibase.
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