O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e como os distribui. Assim, numa determinada época histórica, uma sociedade tem uma certa maneira de se organizar para produzir e para distribuir sua produção. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existente na sociedade. (p. 50)
Entendemos por modo de produção, como as formas de apropriação dos meios de produção em um determinado tempo histórico. Assim, podemos afirmar que na vida em sociedade, sempre existirá algum tipo de modo de produção. No entanto, não podemos entender por completo sobre os modos de produção, por meio dessa simples explicação, uma vez que, ao trabalharmos os modos de produção, precisamos ter um entendimento mais complexo, a respeito de conceitos de infraestrutra e superestrutura, conceitos esses, que podemos ter na literatura marxista como uma base fundamental.
A forma na qual a sociedade se apropria dos meios de produção e cria as suas relações de produção, tendo em vista as suas forças produtivas são as condições materiais para o surgimento de um corpo jurídico e político, de caráter ideológico sobre essa estrutura material. Ou seja, todas as concepções sociais do indívíduo são construídas pelas suas bases materiais. A essas bases materiais chamamos de infraestrutura, já as abstrações jurídicas e políticas, chamamos de superestrutura. Diante disso, podemos entender que, segundo Marx, as relações de produção forma, de fato, o alicerce econômico de uma sociedade, e sem essa base, não poderíamos ter mais nenhuma superestrutura jurídica e política. Assim, o modo de produção é aquilo que condiciona uma vida social regida por abstrações políticas e jurídicas.
Os Modos de Produção:
01. Modo de Produção Primitivo:
Está ligado, principalmente ao momento na qual o homem passou a viver de uma forma sedentária, desenvolvendo assim, técnicas agrícolas e de domesticação de animais. Nesse momento o uso coletivo dos meios de produção contribuía para a criação de uma sociedade comunal, pautada em valores coorporativistas e sem a ideia de uma propriedade privada. Assim, as relações de produção e os meios de produção são coletivos. Os homens trabalham por si e por todos.
02. Modo de Produção Escravista ou Asiático.
Foi o primeiro modo de produção a estabelecer um conceito de propriedade privada, seja na propriedade de terras, como também de escravos. Esse modo de produção se encontra presente nas civilizações antigas. E por criarem a noção de propriedades materiais privadas, foi necessário, também a criação de uma instituição política e jurídica com objetivos de proteção à propriedade privada, garantia da ordem social, como também, responsável pela justiça. Temos assim o surgimento do que chamamos de Estado.
03. Modo de Produção Feudal.
Modo de Produção presente nas sociedades medievais, marcados pelas relações de suserania e vassalagem, onde a propriedade de terra , sendo considerada como o principal meio econômico, favorecia o surgimento de relações sociais, pautadas na servidão e no pagamento de tributos a uma pequena nobreza, detentora do meio de produção pelo grande contingente populacional que formava a classe camponesa que trabalhava para garantir a sua sobrevivência e a de sua família, por meio da agricultura de subsistência.
Esses camponeses estavam sujeitos a uma série de obrigações para com o senhor das terras, dentre as quais a mais importante era o trabalho forçado em determinados dias da semana diretamente nas terras administradas pelo senhor feudal. A submissão ao senhor também podia se traduzir na obrigação de entregar o excedente da produção agrícola ou, no momento de decadência do sistema, do pagamento de taxas e impostos por dinheiro obtido no comércio dos bens produzidos pelos camponeses.
04. Modo de Produção Capitalista.
O sistema capitalista surgiu em meio as próprias contradições internas do sistema feudal em paralelo ao desenvolvimento das atividades comerciais protagonizadas pela classe burguesa. O capitalismo está alicerçado na propriedade dos meios de produção por uma classe minoritária. Essa elite detentora do Capital, praticamente obriga o trabalhador a vender a sua força de trabalho em troca de um salário. É nesse momento que a condição de servo, oriunda do feudalismo perde espaço para o trabalho assalariado. Portanto existem basicamente duas classes sociais, a burguesia e os trabalhadores.
A produção é feita para garantir os interesses de uma sociedade burguesa e de consumo. A produção é voltada exclusivamente para o obtenção de lucro, com base na exploração dos trabalhadores, que são obrigados, pelas relações econômicas a conviverem em uma sociedade pautada por uma lógica de mercado. O modo de produção capitalista, desde o fim do período medieval até a contemporaneidade é o modelo predominante no mundo, sua hegemonia secular se deu por meio da sua característica de autotransformação, que foi desde o capitalismo mercantil, passando pelo capitalismo liberal, industrial e neoliberal.
MARX. Karl. Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política. São Paulo. Expressão Popular, 2007.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. São Paulo. Ática, 1991.
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O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e como os distribui. Assim, numa determinada época histórica, uma sociedade tem uma certa maneira de se organizar para produzir e para distribuir sua produção. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existente na sociedade. (p. 50)
Entendemos por modo de produção, como as formas de apropriação dos meios de produção em um determinado tempo histórico. Assim, podemos afirmar que na vida em sociedade, sempre existirá algum tipo de modo de produção. No entanto, não podemos entender por completo sobre os modos de produção, por meio dessa simples explicação, uma vez que, ao trabalharmos os modos de produção, precisamos ter um entendimento mais complexo, a respeito de conceitos de infraestrutra e superestrutura, conceitos esses, que podemos ter na literatura marxista como uma base fundamental.
A forma na qual a sociedade se apropria dos meios de produção e cria as suas relações de produção, tendo em vista as suas forças produtivas são as condições materiais para o surgimento de um corpo jurídico e político, de caráter ideológico sobre essa estrutura material. Ou seja, todas as concepções sociais do indívíduo são construídas pelas suas bases materiais. A essas bases materiais chamamos de infraestrutura, já as abstrações jurídicas e políticas, chamamos de superestrutura. Diante disso, podemos entender que, segundo Marx, as relações de produção forma, de fato, o alicerce econômico de uma sociedade, e sem essa base, não poderíamos ter mais nenhuma superestrutura jurídica e política. Assim, o modo de produção é aquilo que condiciona uma vida social regida por abstrações políticas e jurídicas.
Os Modos de Produção:
01. Modo de Produção Primitivo:
Está ligado, principalmente ao momento na qual o homem passou a viver de uma forma sedentária, desenvolvendo assim, técnicas agrícolas e de domesticação de animais. Nesse momento o uso coletivo dos meios de produção contribuía para a criação de uma sociedade comunal, pautada em valores coorporativistas e sem a ideia de uma propriedade privada. Assim, as relações de produção e os meios de produção são coletivos. Os homens trabalham por si e por todos.
02. Modo de Produção Escravista ou Asiático.
Foi o primeiro modo de produção a estabelecer um conceito de propriedade privada, seja na propriedade de terras, como também de escravos. Esse modo de produção se encontra presente nas civilizações antigas. E por criarem a noção de propriedades materiais privadas, foi necessário, também a criação de uma instituição política e jurídica com objetivos de proteção à propriedade privada, garantia da ordem social, como também, responsável pela justiça. Temos assim o surgimento do que chamamos de Estado.
03. Modo de Produção Feudal.
Modo de Produção presente nas sociedades medievais, marcados pelas relações de suserania e vassalagem, onde a propriedade de terra , sendo considerada como o principal meio econômico, favorecia o surgimento de relações sociais, pautadas na servidão e no pagamento de tributos a uma pequena nobreza, detentora do meio de produção pelo grande contingente populacional que formava a classe camponesa que trabalhava para garantir a sua sobrevivência e a de sua família, por meio da agricultura de subsistência.
Esses camponeses estavam sujeitos a uma série de obrigações para com o senhor das terras, dentre as quais a mais importante era o trabalho forçado em determinados dias da semana diretamente nas terras administradas pelo senhor feudal. A submissão ao senhor também podia se traduzir na obrigação de entregar o excedente da produção agrícola ou, no momento de decadência do sistema, do pagamento de taxas e impostos por dinheiro obtido no comércio dos bens produzidos pelos camponeses.
04. Modo de Produção Capitalista.
O sistema capitalista surgiu em meio as próprias contradições internas do sistema feudal em paralelo ao desenvolvimento das atividades comerciais protagonizadas pela classe burguesa. O capitalismo está alicerçado na propriedade dos meios de produção por uma classe minoritária. Essa elite detentora do Capital, praticamente obriga o trabalhador a vender a sua força de trabalho em troca de um salário. É nesse momento que a condição de servo, oriunda do feudalismo perde espaço para o trabalho assalariado. Portanto existem basicamente duas classes sociais, a burguesia e os trabalhadores.
A produção é feita para garantir os interesses de uma sociedade burguesa e de consumo. A produção é voltada exclusivamente para o obtenção de lucro, com base na exploração dos trabalhadores, que são obrigados, pelas relações econômicas a conviverem em uma sociedade pautada por uma lógica de mercado. O modo de produção capitalista, desde o fim do período medieval até a contemporaneidade é o modelo predominante no mundo, sua hegemonia secular se deu por meio da sua característica de autotransformação, que foi desde o capitalismo mercantil, passando pelo capitalismo liberal, industrial e neoliberal.
MARX. Karl. Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política. São Paulo. Expressão Popular, 2007.
OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. São Paulo. Ática, 1991.
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1 comentários:
Parabéns pelo conteúdo!Vim pela imagem e encontrei um conteúdo muito bom!
Profa. Sarah Freitas.
Manaus - Amazonas.
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