A Hegemonia Americana
Publicado em 17.12.2006
Um dos fatos mais importantes deste início de século 21 é a constatação da hegemonia dos Estados Unidos na superfície da Terra. Hegemonia que é o coroamento da vitória daquele país na chamada guerra fria, que se sucedeu à 2ª Guerra Mundial e que levou a nação norte-americana a expandir sua influência, coroando o chamado de processo de globalização. Na verdade, o processo de globalização é o ponto máximo do crescimento capitalista, concentrador de renda e de poder político.
Para se ter idéia da situação norte-americana no contexto mundial, é necessário refletir sobre um conjunto de dados. Os EUA possuem oficialmente, mais de 9 milhões de km² de superfície, sendo menos extenso apenas do que a Rússia, Canadá, e a China. Tinha uma população de 293 milhões de habitantes em 2005, inferior apenas à da China (1,3 bilhão) e Índia, (1,07 bilhão). É o país que possui o maio PIB do mundo (US$ 10,9 trilhões) e um IDH elevado (0,94 em 2004, segundo dados das Nações Unidas). O IDH indica a situação de bem-estar de um país ou região e o índice norte-americano é inferior apenas ao da Austrália (0,95), na Oceania, e de alguns países da Europa Setentrional, como a Noruega (0,96) e Suécia (0,95), e equivalente ao de países como o Canadá, seu enorme e rico vizinho do Norte, Japão, a rica nação do extremo oriente, e de países da Europa Central, como a Suíça.
Quanto ao PIB, os EUA são o país mais rico do mundo, tendo alcançado a cifra de US$ 10,9 trilhões, seguido do Japão, com menos da metade disso, depois a Alemanha, Reino Unido, França, Itália, China, Canadá, Espanha e México. O Brasil está colocado no 15º lugar, depois da Coréia do Sul, da Índia, da Austrália e da Holanda.
Mas os problemas norte-americanos são muito graves, de vez que há um grande desnível regional entre as várias porções do país, com extensas áreas desérticas, ao lado de áreas úmidas e até super-úmidas e glaciais. O país é muito sujeito a acidentes catastróficos naturais, como furacões e tufões, e a cheias como as do Mississipi. Também a população é muito heterogênea, face o grande fluxo de imigrantes nos séculos 19 e 20, e que continua a ocorrer nos dias de hoje. Assim, não se pode imaginar a população norte-americana como branca, saxônica e protestante, como a que formou o núcleo inicial de povoamento, pois hoje ela apresenta uma forte heterogeneidade, incluindo descendentes de africanos, trazidos da África no tempo da colonização e nas primeiras décadas da independência, hispânicos, não só que migraram para os Estados Unidos como também que habitavam os numerosos Estados conquistados ao México (Califórnia, Arizona, Novo México), orientais vindos do Japão, China e das ilhas do Pacífico Sul e do Hawaí, hoje transformado em Estado americano, muçulmanos oriundos da África e da Ásia, que constituem minoria expressiva e hoje em choque com as diretrizes do governo americano de apoio à política sionista de Israel, e do próprio choque que se acentua entre cristianismo e islamismo, entre Oriente e Ocidente. Choque que é naturalmente uma continuidade das lutas das Cruzadas.
Além disso, de forma dispersa há grande quantidade de migrantes que se dirigem para os EUA à procura de trabalho e de lucro, face à maior facilidade de acumulação de capital ou simplesmente de melhores salários em relação aos seus países de origem. Mesmo os brasileiros são numerosos na costa oriental dos EUA, formando correntes que partem de Minas Gerais para Massachusetts, ou de várias partes do Brasil para a Flórida. Em Miami, é freqüente se falar espanhol e português, em vez de inglês. E sabe-se que o espanhol é a língua mais falada nos EUA, depois do inglês.
Ainda se sabe que o Estados Unidos, face à sua expansão política e à sua luta para dominar o mundo, é hoje um país deficitário em suas relações econômicas, assim como em conseqüência de suas divergências internas, e pode vir a implodir, como ocorreu com outros impérios que dominaram o mundo em épocas pretéritas.
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A Hegemonia Americana
Publicado em 17.12.2006
Um dos fatos mais importantes deste início de século 21 é a constatação da hegemonia dos Estados Unidos na superfície da Terra. Hegemonia que é o coroamento da vitória daquele país na chamada guerra fria, que se sucedeu à 2ª Guerra Mundial e que levou a nação norte-americana a expandir sua influência, coroando o chamado de processo de globalização. Na verdade, o processo de globalização é o ponto máximo do crescimento capitalista, concentrador de renda e de poder político.
Para se ter idéia da situação norte-americana no contexto mundial, é necessário refletir sobre um conjunto de dados. Os EUA possuem oficialmente, mais de 9 milhões de km² de superfície, sendo menos extenso apenas do que a Rússia, Canadá, e a China. Tinha uma população de 293 milhões de habitantes em 2005, inferior apenas à da China (1,3 bilhão) e Índia, (1,07 bilhão). É o país que possui o maio PIB do mundo (US$ 10,9 trilhões) e um IDH elevado (0,94 em 2004, segundo dados das Nações Unidas). O IDH indica a situação de bem-estar de um país ou região e o índice norte-americano é inferior apenas ao da Austrália (0,95), na Oceania, e de alguns países da Europa Setentrional, como a Noruega (0,96) e Suécia (0,95), e equivalente ao de países como o Canadá, seu enorme e rico vizinho do Norte, Japão, a rica nação do extremo oriente, e de países da Europa Central, como a Suíça.
Quanto ao PIB, os EUA são o país mais rico do mundo, tendo alcançado a cifra de US$ 10,9 trilhões, seguido do Japão, com menos da metade disso, depois a Alemanha, Reino Unido, França, Itália, China, Canadá, Espanha e México. O Brasil está colocado no 15º lugar, depois da Coréia do Sul, da Índia, da Austrália e da Holanda.
Mas os problemas norte-americanos são muito graves, de vez que há um grande desnível regional entre as várias porções do país, com extensas áreas desérticas, ao lado de áreas úmidas e até super-úmidas e glaciais. O país é muito sujeito a acidentes catastróficos naturais, como furacões e tufões, e a cheias como as do Mississipi. Também a população é muito heterogênea, face o grande fluxo de imigrantes nos séculos 19 e 20, e que continua a ocorrer nos dias de hoje. Assim, não se pode imaginar a população norte-americana como branca, saxônica e protestante, como a que formou o núcleo inicial de povoamento, pois hoje ela apresenta uma forte heterogeneidade, incluindo descendentes de africanos, trazidos da África no tempo da colonização e nas primeiras décadas da independência, hispânicos, não só que migraram para os Estados Unidos como também que habitavam os numerosos Estados conquistados ao México (Califórnia, Arizona, Novo México), orientais vindos do Japão, China e das ilhas do Pacífico Sul e do Hawaí, hoje transformado em Estado americano, muçulmanos oriundos da África e da Ásia, que constituem minoria expressiva e hoje em choque com as diretrizes do governo americano de apoio à política sionista de Israel, e do próprio choque que se acentua entre cristianismo e islamismo, entre Oriente e Ocidente. Choque que é naturalmente uma continuidade das lutas das Cruzadas.
Além disso, de forma dispersa há grande quantidade de migrantes que se dirigem para os EUA à procura de trabalho e de lucro, face à maior facilidade de acumulação de capital ou simplesmente de melhores salários em relação aos seus países de origem. Mesmo os brasileiros são numerosos na costa oriental dos EUA, formando correntes que partem de Minas Gerais para Massachusetts, ou de várias partes do Brasil para a Flórida. Em Miami, é freqüente se falar espanhol e português, em vez de inglês. E sabe-se que o espanhol é a língua mais falada nos EUA, depois do inglês.
Ainda se sabe que o Estados Unidos, face à sua expansão política e à sua luta para dominar o mundo, é hoje um país deficitário em suas relações econômicas, assim como em conseqüência de suas divergências internas, e pode vir a implodir, como ocorreu com outros impérios que dominaram o mundo em épocas pretéritas.
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