
Existem canais apropriados em vender quinquilharias. São capazes de empurrar no telespectador desprevenido, até mesmo, a lâmpada de Aladim. A eficiência para vender é tamanha, que junto à lâmpada, o consumidor compra, também, o remédio para acordar o gênio, caso ele durma lá dentro.
Diferentemente da televisão, o mascate não era apenas um distribuidor de sonhos. Ele conhecia as pessoas e sabia do que elas gostavam. Se a mulher era vaidosa, ela vendia os olhos da cara, para comprar os óculos da moda. O colar, não importava que fosse de ouro, ou não, mas era fundamental que brilhasse...
A cliente sabia que ninguém, nas proximidades, iria usar o mesmo tecido. Nesse pormenor, o tamanho da mala ajudava. Cabia somente aquele pedaço de pano que era ‘coisa rara’. Aliás, tudo na mala era coisa rara, inclusive ela. Abrir a mala era abrir o verdadeiro ‘baú da felicidade’. Não teria sido o mascate o responsável, em última instância, por essa expressão tão famosa?

Por acaso, na próxima visita, ele incluía na mala um corte de pano preto, que poderia servir para o luto e alguns pares de alianças. As alianças teriam vendas certas. Quanto ao pano de luto, isso era meio arriscado. Talvez vendesse as novas alianças também para a viúva de segundas intenções. Por isso, o mascate era a pessoa mais certa das horas incertas.
Atualmente, vivemos no império da televisão. Ela é uma vendedora fria. Tem uma visão geral do ser humano. Talvez por isso, o vendedor ambulante ainda sobrevive . A vitrine atual é uma versão moderna da mala do mascate. As mercadorias, entretanto, são em números maiores. Mas o ser humano, elemento necessário, numa relação de compra e venda, você sabe onde anda?

Existem canais apropriados em vender quinquilharias. São capazes de empurrar no telespectador desprevenido, até mesmo, a lâmpada de Aladim. A eficiência para vender é tamanha, que junto à lâmpada, o consumidor compra, também, o remédio para acordar o gênio, caso ele durma lá dentro.
Diferentemente da televisão, o mascate não era apenas um distribuidor de sonhos. Ele conhecia as pessoas e sabia do que elas gostavam. Se a mulher era vaidosa, ela vendia os olhos da cara, para comprar os óculos da moda. O colar, não importava que fosse de ouro, ou não, mas era fundamental que brilhasse...
A cliente sabia que ninguém, nas proximidades, iria usar o mesmo tecido. Nesse pormenor, o tamanho da mala ajudava. Cabia somente aquele pedaço de pano que era ‘coisa rara’. Aliás, tudo na mala era coisa rara, inclusive ela. Abrir a mala era abrir o verdadeiro ‘baú da felicidade’. Não teria sido o mascate o responsável, em última instância, por essa expressão tão famosa?

Por acaso, na próxima visita, ele incluía na mala um corte de pano preto, que poderia servir para o luto e alguns pares de alianças. As alianças teriam vendas certas. Quanto ao pano de luto, isso era meio arriscado. Talvez vendesse as novas alianças também para a viúva de segundas intenções. Por isso, o mascate era a pessoa mais certa das horas incertas.
Atualmente, vivemos no império da televisão. Ela é uma vendedora fria. Tem uma visão geral do ser humano. Talvez por isso, o vendedor ambulante ainda sobrevive . A vitrine atual é uma versão moderna da mala do mascate. As mercadorias, entretanto, são em números maiores. Mas o ser humano, elemento necessário, numa relação de compra e venda, você sabe onde anda?
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