Aproveitando o contexto das comemorações relacionadas ao aniversário do grande líder e camarada Vladmir Lênin, e considerando que também neste ano, rememoramos que a exatos 100 anos, o comandante da revolução bolchevique, escreveu uma de suas principais obras, O Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo. Um livro que mesmo escrito à luz dos processos históricos do século passado, nos apresenta importantes considerações para entendermos com mais propriedade o nosso tempo.
Essas considerações são relevantes, pois fundamenta a crítica ao capitalismo, contribuindo também com as concepções socialistas e fortalecendo teoricamente as discussões acerca da luta de classe e sobre a importância da mobilização popular na busca pela ampliação da democracia, defesa da soberania e autodeterminação dos povos, desenvolvimento das forças produtivas e, sobretudo, a construção do socialismo no século XXI.
Na obra citada, Lênin nos apresentam uma análise econômica e política sobre os processos históricos que eclodem no início do século XX, tomando por base, elementos relacionados à teoria revolucionária socialista, e também, muitos dados, estatísticas e números da economia e do mercado. É incrível que, passados 100 anos, suas formulações permanecem atuais e relevantes para a compreensão dos nossos dias.
Segundo Lênin, “o século XX assinala, pois o ponto de viragem do velho capitalismo para o novo, da dominação do capital em geral para a dominação do capital financeiro (p.20)”. Nessa perspectiva, o autor fala sobre a percepção da hegemonia dos monopólios financeiros, percebido nas primeiras décadas do século passado, e sua atuação sobre a lógica produtiva e sobre as economias das diversas nações. “O imperialismo ou o domínio do Capital financeiro, é o capitalismo em seu grau superior (p.26)”. Lênin também pontua que a livre concorrência, característica estruturante do modo de produção capitalista (em sua versão mais clássica), foi superada pelo império do monopólio e da exportação de capital, oriundos das nações ricas e pertencentes aos grandes bancos, oligopólios e trustes para os países pobres, repercutindo diretamente no desenvolvimento do capitalismo nessas nações, criando laços de dependência e impactando na divisão social do trabalho (com o processo de partilha do mundo).
Outra observação importante diz respeito a evidencia de que é dentro dos contextos de crise econômica que o capitalismo se reconstrói. Para Lênin, é nesse ambiente que são criadas as condições materiais para o aumento da concentração ampla do capital, e conseqüentemente o imperialismo, a partilha do mundo, o ataque à soberania e a dependência econômica, fiscal e monetária. Uma observação bastante atual para os tempos de hoje. A história já nos mostrou que os bancos e os grandes grupos empresariais sempre saem dos momentos de crise, mais fortalecidos e controlando hegemonicamente a produção econômica e influenciando com grande peso nos espaços da política institucional. É nesse cenário que são notadas a incorporação das pequenas e médias empresas ao patrimônio do grande capital, principalmente dos bancos privados.
O poder e a supremacia do capital financeiro impõem aos trabalhadores e trabalhadoras ás mais variadas contradições. Maximiza a exploração, reduz a força de trabalho a uma simples e descartável mercadoria e a partir de uma agenda política opressora, cria divisões no movimento operário, enfraquece os sindicatos e demais organismos classistas, atacam e flexibilizam e precarizam as leis trabalhistas e os direitos conquistados, e sempre que podem, destroem a democracia, a autodeterminação dos povos e as bandeiras que interessam ao povo.
As palavras escritas por Lênin não são anacrônicas ao nosso tempo. As ideias imperialistas permanecem fortes e presente no seio da nossa sociedade. Restando também a missão histórica de superar o capitalismo e suas guerras, pelo bem da humanidade e pela necessidade de empoderamento da classe trabalhadora no processo de condução política e econômica da sociedade, e assim transitarmos rumo ao socialismo. Vladmir Lênin, vive!
Por Wallace Melo Barbosa – mestre em ciências sociais, professor e secretário de jovens trabalhadores da CTB/PE
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Aproveitando o contexto das comemorações relacionadas ao aniversário do grande líder e camarada Vladmir Lênin, e considerando que também neste ano, rememoramos que a exatos 100 anos, o comandante da revolução bolchevique, escreveu uma de suas principais obras, O Imperialismo, Etapa Superior do Capitalismo. Um livro que mesmo escrito à luz dos processos históricos do século passado, nos apresenta importantes considerações para entendermos com mais propriedade o nosso tempo.
Essas considerações são relevantes, pois fundamenta a crítica ao capitalismo, contribuindo também com as concepções socialistas e fortalecendo teoricamente as discussões acerca da luta de classe e sobre a importância da mobilização popular na busca pela ampliação da democracia, defesa da soberania e autodeterminação dos povos, desenvolvimento das forças produtivas e, sobretudo, a construção do socialismo no século XXI.
Na obra citada, Lênin nos apresentam uma análise econômica e política sobre os processos históricos que eclodem no início do século XX, tomando por base, elementos relacionados à teoria revolucionária socialista, e também, muitos dados, estatísticas e números da economia e do mercado. É incrível que, passados 100 anos, suas formulações permanecem atuais e relevantes para a compreensão dos nossos dias.
Segundo Lênin, “o século XX assinala, pois o ponto de viragem do velho capitalismo para o novo, da dominação do capital em geral para a dominação do capital financeiro (p.20)”. Nessa perspectiva, o autor fala sobre a percepção da hegemonia dos monopólios financeiros, percebido nas primeiras décadas do século passado, e sua atuação sobre a lógica produtiva e sobre as economias das diversas nações. “O imperialismo ou o domínio do Capital financeiro, é o capitalismo em seu grau superior (p.26)”. Lênin também pontua que a livre concorrência, característica estruturante do modo de produção capitalista (em sua versão mais clássica), foi superada pelo império do monopólio e da exportação de capital, oriundos das nações ricas e pertencentes aos grandes bancos, oligopólios e trustes para os países pobres, repercutindo diretamente no desenvolvimento do capitalismo nessas nações, criando laços de dependência e impactando na divisão social do trabalho (com o processo de partilha do mundo).
Outra observação importante diz respeito a evidencia de que é dentro dos contextos de crise econômica que o capitalismo se reconstrói. Para Lênin, é nesse ambiente que são criadas as condições materiais para o aumento da concentração ampla do capital, e conseqüentemente o imperialismo, a partilha do mundo, o ataque à soberania e a dependência econômica, fiscal e monetária. Uma observação bastante atual para os tempos de hoje. A história já nos mostrou que os bancos e os grandes grupos empresariais sempre saem dos momentos de crise, mais fortalecidos e controlando hegemonicamente a produção econômica e influenciando com grande peso nos espaços da política institucional. É nesse cenário que são notadas a incorporação das pequenas e médias empresas ao patrimônio do grande capital, principalmente dos bancos privados.
O poder e a supremacia do capital financeiro impõem aos trabalhadores e trabalhadoras ás mais variadas contradições. Maximiza a exploração, reduz a força de trabalho a uma simples e descartável mercadoria e a partir de uma agenda política opressora, cria divisões no movimento operário, enfraquece os sindicatos e demais organismos classistas, atacam e flexibilizam e precarizam as leis trabalhistas e os direitos conquistados, e sempre que podem, destroem a democracia, a autodeterminação dos povos e as bandeiras que interessam ao povo.
As palavras escritas por Lênin não são anacrônicas ao nosso tempo. As ideias imperialistas permanecem fortes e presente no seio da nossa sociedade. Restando também a missão histórica de superar o capitalismo e suas guerras, pelo bem da humanidade e pela necessidade de empoderamento da classe trabalhadora no processo de condução política e econômica da sociedade, e assim transitarmos rumo ao socialismo. Vladmir Lênin, vive!
Por Wallace Melo Barbosa – mestre em ciências sociais, professor e secretário de jovens trabalhadores da CTB/PE
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