quinta-feira, dezembro 29, 2011

Um Feliz 2012!


Achei muito oportuno publicar essa imagem para ilustrar a minha mensagem de feliz ano novo a todos os amigos, colegas e leitores do blog. Que o próximo ano se apresente carregado de desafios e boas oportunidades. Um grande abraço e saudações revolucionárias!
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terça-feira, dezembro 27, 2011

Para Hobsbawm, Protagonismo da Classe Média Marca Revoltas de 2011


A classe média foi a grande protagonista e força motriz das revoltas populares e ocupações que marcaram o ano de 2011. Esta é a opinião de Eric Hobsbawm, um dos mais importantes historiadores em atividade.

Em entrevista à BBC, o historiador marxista nascido no Egito, mas radicado na Grã-Bretanha, afirma ainda que a classe operária e a esquerda tradicional - da qual ele ainda é um dos principais expoentes - estiveram à margem das grandes mobilizações populares que ocorreram ao longo deste ano.

''As mais eficazes mobilizações populares são aquelas que começam a partir da nova classe média modernizada e, particularmente, a partir de um enorme corpo estudantil. Elas são mais eficazes em países em que, demograficamente, jovens homens e mulheres constituem uma parcela da população maior do que a que constituem na Europa'', diz, em referência especial à Primavera Árabe, um movimento que despertou seu fascínio.

''Foi uma alegria imensa descobrir que, mais uma vez, é possível que pessoas possam ir às ruas e protestar, derrubar governos'', afirma Hobsbawm, cujo título do mais recente livro, Como Mudar o Mundo, reflete sua contínua paixão pela política e pelos ideais de transformação social que defendeu ao longo de toda a vida e que segue abraçando aos 94 anos de idade.

As ausências da esquerda tradicional e da classe operária nesses movimentos, segundo ele, se devem a fatores históricos inevitáveis.

''A esquerda tradicional foi moldada para uma sociedade que não existe mais ou que está saindo do mercado. Ela acreditava fortemente no trabalho operário em massa como o sendo o veículo do futuro. Mas nós fomos desindustrializados, portanto, isso não é mais possível'', diz Hobsbawm.

Hobsbawm comenta que as diversas ocupações realizadas em diferentes cidades do mundo ao longo de 2011 não são movimentos de massa no sentido clássico.

''As ocupações na maior parte dos casos não foram protestos de massa, não foram os 99% (como os líderes dos movimentos de ocupação se autodenominam), mas foram os famosos 'exércitos postiços', formados por estudantes e integrantes da contracultura. Por vezes, eles encontraram ecos na opinião pública. Em se tratando das ocupações anti-Wall Street e anticapitalistas foi claramente esse o caso.''

À sombra das revoluções:

Hobsbawm passou sua vida à sombra - ou ao brilho - das revoluções. Ele nasceu apenas meses após a revolução de 1917 e foi comunista por quase toda a sua vida adulta, bem como um autor e pensador influente e inovador.

Ele tem sido um historiador de revoluções e, por vezes, um entusiasta de mudanças revolucionárias. O historiador enxerga semelhanças entre 2011 e 1848, o chamado ''ano das revoluções'', na Europa, quando ocorreram uma série de insurreições na França, Alemanha, Itália e Áustria e quando foi publicado um livro crucial na formação de Hobsbawm, O Manifesto Comunista, de Marx e Engels.

Hobsbawm afirma que as insurreições que sacudiram o mundo árabe e que promoveram a derrubada dos regimes da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen, ''me lembram 1848, uma outra revolução que foi tida como sendo auto-impulsionada, que começou em um país (a França) e depois se espalhou pelo continente em um curto espaço de tempo''.
Para aqueles que um dia saudaram a insurreição egípcia, mas que se preocupam com os rumos tomados pela revolução no país, Hobsbawm oferece algumas palavras de consolo. ''Dois anos depois de 1848, pareceu que alguma coisa havia falhado. No longo prazo, não falhou. Foi feito um número considerável de avanços progressistas. Por isso, foi um fracasso momentâneo, mas sucesso parcial de longo prazo - mas não mais em forma de revolução''.

Mas, com a possível exceção da Tunísia, o historiador não vê perspectivas de que os países árabes adotem democracias liberais ao estilo das europeias.'' Estamos em meio a uma revolução, mas não se trata da mesma revolução. O que as une é um sentimento comum de descontentamento e a existência de forças comuns mobilizáveis - uma classe média modernizadora, particularmente, uma classe média jovem e estudantil e, é claro, a tecnologia, que hoje em dia torna muito mais fácil organizar protestos.''

Fonte:BBC Brasil.

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Admirável República dos Tiriricas: Os Fatos Mais Interessantes da Política Tupiniquim.


Mesmo diante de tantos discursos e números otimismas, no que diz respeito aos desempenhos sociais, econômicos e políticos do país, não podemos negar que as velhas práticas de desrespeito ao dinheiro público ainda não estão sendo abolidas, pelo contrário, elas estão se perpetuando ainda mais. Se por um lado, as exportações brasileiras ultrapassaram o montante de 250 bilhões e o salário mínimo teve um aumento expressivo, 2011 também foi um ano difícil para conter os nossos "larápios institucionais" que historicamente parasitam a estrutura burocrática brasileira.

Façamos um balanço crítico do ano de 2011 e vamos avaliar algumas práticas que ainda insistem em existir, gerando um sentimento coletivo de desprezo pelos assuntos de interesse político. Lembrem-se que o próximo ano vamos ter eleições municipais e nossos representantes estarão demasiadamente ocupados, pois os mesmos precisam amarrar as alianças e os acordos para as disputas eleitorais e não vão ter tanto tempo para escutar as demandas do povo, exceto quando estiverem nos comícios, exbanjando toda simpatia do "bom politico tupiniquim".

Então, vamos  lembrar alguns fatos que ocorreram no decorrer do ano, para abrilhantar ainda mais o nosso bom e velho debate político de mesa de bar, Uma vez que, se existe um lugar onde esse papo flui de uma forma positiva é  quando estamos tomando cerveja com os ilustres companheiros e camaradas. Pois bem, para iniciar a nossa análise vamos avaliar a atual gestão federal que durante os últimos12 meses, teve sete ministros afastados e a maioria deles por suspeita de corrupção? Também podemos elencar o questionamento sobre as férias de 14 dias da querida presidenta que custará aos cofres públicos aproximadamente 650 mil Reais.

Depois dessas indagações, peça outra cerveja e prossiga com mais questionamentos: lembre-se dos salários faraônicos dos parlamentares, municipais, estaduais e federais, além das famosas verbas de gabinete e dos auxílios que garantem dinheiro para a aquisição de paletós, aluguel de residências, compra de passagens aéreas etc. É bom lembrar que a bandidagem política paira sobre o legislativo.

E por fim, cite o presentinho que os juízes e desembargadores pernambucanos receberão, no que diz respeito ao auxílio alimentação de R$ 630,00, retroativos a agosto de 2006. Afinal de contas, o judiciário não pode ficar fora desse picadeiro.

Portanto, evocar apenas os avanços e os momentos otimistas fechando os olhos para o que ainda permanece errado é avaliar a situação de forma despolitizada. É preciso fazer valer o nosso papel de cidadão e ficar atento ao que se passa na esfera pública, pois é dessa forma que a democracia avança. É com participação popular e o controle social que podem fazer com que a sociedade mude para melhor. Mais até lá, tomemos mais uma cerveja, e vamos falar de futebol.
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segunda-feira, dezembro 26, 2011

Mídia e Democracia - Dez Fatos que a "Grande" Imprensa Esconde da Sociedade .


As entidades que reúnem as grandes empresas de comunicação no Brasil usam e abusam da palavra "censura" para demonizar o debate sobre a regulação da mídia. No entanto, são os seus veículos que praticam diariamente a censura escondendo da população as práticas de regulação adotadas há anos em países apontados como modelos de democracia. Conheça dez dessas regras que não são mencionadas pelos veículos da chamada "grande" imprensa brasileira.

O debate sobre regulação do setor de comunicação social no Brasil, ou regulação da mídia, como preferem alguns, está povoado por fantasmas, gosta de dizer o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins. O fantasma da censura é o frequentador mais habitual, assombrando os setores da sociedade que defendem a regulamentação do setor, conforme foi estabelecido pela Constituição de 1988.

Regulamentar para quê? – indagam os que enxergam na proposta uma tentativa disfarçada de censura. A mera pergunta já é reveladora da natureza do problema. Como assim, para quê? Por que a comunicação deveria ser um território livre de regras e normas, como acontece com as demais atividades humanas? Por que a palavra “regulação” causa tanta reação entre os empresários brasileiros do setor?

O que pouca gente sabe, em boa parte por responsabilidade dos próprios meios de comunicação que não costumam divulgar esse tema, é que a existência de regras e normas no setor da comunicação é uma prática comum naqueles países apontados por esses empresários como modelos de democracia a serem seguidos.

O seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias, realizado em Brasília, em novembro de 2010, reuniu representantes das agências reguladoras desses países que relataram diversos casos que, no Brasil, seriam certamente objeto de uma veemente nota da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) denunciando a tentativa de implantar a censura e o totalitarismo no Brasil.

Ao esconder a existências dessas regras e o modo funcionamento da mídia em outros países, essas entidades empresariais é que estão praticando censura e manifestando a visão autoritária que tem sobre o tema. O acesso à informação de qualidade é um direito. Aqui estão dez regras adotadas em outros países que os barões da mídia brasileira escondem da população:

1. A lei inglesa prevê um padrão ético nas transmissões de rádio e TV, que é controlado a partir de uma mescla da atuação da autorregulação dos meios de comunicação ao lado da ação do órgão regulador, o Officee of communications (Ofcom). A Ofcom não monitora o trabalho dos profissionais de mídia, porém, atua se houver queixas contra determinada cobertura ou programa de entretenimento. A agência colhe a íntegra da transmissão e verifica se houve algum problema com relação ao enfoque ou se um dos lados da notícia não recebeu tratamento igual. Após a análise do material, a Ofcom pode punir a emissora com a obrigação de transmitir um direito de resposta, fazer um pedido formal de desculpas no ar ou multa.

2. O representante da Ofcom contou o seguinte exemplo de atuação da agência: o caso de um programa de auditório com sorteios de prêmios para quem telefonasse à emissora. Uma investigação descobriu que o premiado já estava escolhido e muitos ligavam sem chance alguma de vencer. Além disso, as ligações eram cobradas de forma abusiva. A emissora foi investigada, multada e esse tipo de programação foi reduzida de forma geral em todas as outras TVs.

3. Na Espanha, de 1978 até 2010, foram aprovadas várias leis para regular o setor audiovisual, de acordo com as necessidades que surgiam. Entre elas, a titularidade (pública ou privada); área de cobertura (se em todo o Estado espanhol ou nas comunidades autônomas, no âmbito local ou municipa); em função dos meios, das infraestruturas (cabo, o satélite, e as ondas hertzianas); ou pela tecnologia (analógica ou digital).

4. Zelar para o pluralismo das expressões. Esta é uma das mais importantes funções do Conselho Superior para o Audiovisual (CSA) na França. O órgão é especializado no acompanhamento do conteúdo das emissões televisivas e radiofônicas, mesmo as que se utilizam de plataformas digitais. Uma das missões suplementares e mais importantes do CSA é zelar para que haja sempre uma pluralidade de discursos presentes no audiovisual francês. Para isso, o conselho conta com uma equipe de cerca de 300 pessoas, com diversos perfis, para acompanhar, analisar e propor ações, quando constatada alguma irregularidade.

5. A equipe do CSA acompanha cada um dos canais de televisão e rádio para ver se existe um equilíbrio de posições entre diferentes partidos políticos. Um dos princípios dessa ação é observar se há igualdade de oportunidades de exposição de posições tanto por parte do grupo político majoritário quanto por parte da oposição.

6. A CSA é responsável também pelo cumprimento das leis que tornam obrigatórias a difusão de, pelo menos, 40% de filmes de origem francesa e 50% de origem européia; zelar pela proteção da infância e quantidade máxima de inserção de publicidade e distribuição de concessões para emissoras de rádio e TV.

7. A regulação das comunicações em Portugal conta com duas agências: a Entidade reguladora para Comunicação Social (ERC) – cuida da qualidade do conteúdo – e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que distribui o espectro de rádio entre as emissoras de radiodifussão e as empresas de telecomunicações. “A Anacom defende os interesses das pessoas como consumidoras e como cidadãos.

8. Uma das funções da ERC é fazer regulamentos e diretivas, por meio de consultas públicas com a sociedade e o setor. Medidas impositivas, como obrigar que 25% das canções nas rádios sejam portuguesas, só podem ser tomadas por lei. Outra função é servir de ouvidoria da imprensa, a partir da queixa gratuita apresentada por meio de um formulário no site da entidade. As reclamações podem ser feitas por pessoas ou por meio de representações coletivas.

9. A União Européia tem, desde março passado, novas regras para regulamentar o conteúdo audiovisual transmitido também pelos chamados sistemas não lineares, como a Internet e os aparelhos de telecomunicação móvel (aqueles em que o usuário demanda e escolhe o que quer assistir). Segundo as novas regras, esses produtos também estão sujeitos a limites quantitativos e qualitativos para os conteúdos veiculados. Antes, apenas meios lineares, como a televisão tradicional e o rádio, tinham sua utilização definida por lei.

10. Uma das regras mais importantes adotadas recentemente pela União Europeia é a que coloca um limite de 12 minutos ou 20% de publicidade para cada hora de transmissão. Além disso, as publicidades da indústria do tabaco e farmacêutica foram totalmente banidas. A da indústria do álcool são extremamente restritas e existe, ainda, a previsão de direitos de resposta e regras de acessibilidade.

Todas essas informações estão disponíveis ao público na página do Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias. Note-se que a relação não menciona nenhuma das regras adotadas recentemente na Argentina, que vem sendo demonizadas nos editoriais da imprensa brasileira. A omissão é proposital. As regras adotadas acima são tão ou mais "duras" que as argentinas, mas sobre elas reina o silêncio, pois vêm de países apontados como "exemplos a serem seguidos" Dificilmente, você ouvirá falar dessas regras em algum dos veículos da chamada grande imprensa brasileira. É ela, na verdade, quem pratica censura em larga escala hoje no Brasil.

por Marco Aurélio Weissheimer
Do Portal Carta Maior.
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domingo, dezembro 25, 2011

Reforma Política: Um Debate Necessário Para o Brasil Avançar.


No campo da política não há espaço para formulas prontas quando estamos diante de problemas relacionados a natureza do Estado. Essas problemáticas, normalmente são frutos da própria dinâmica social e tendem a se tornar elementos essenciais para tranformarmos a realidade, além de adequar a funcionabilidade estatal ao seu contexto histórico. É nesse processo dialético que passam a surgir os novos desafios e novas demandas políticas que por sua vez, podem ou não determinar o início de uma transformação social.

E diante de tal contexto, é fundamental avaliar um pouco sobre o nosso papel como sujeito histórico, tendo em vista a responsabilidade de identificarmos esses novos desafios que podem condicionar uma transformação política para que nossa ação, enquanto cidadãos seja cada vez mais qualificada e fundamentada no atual momento que estamos inseridos. Não adianta pararmos no tempo e pensar que presente é apenas o bastante para lidarmos com as atuais demandas sociais, pelo contrário, precisamos utilizar de todas as lições que obtivemos no passado para daí, compreender a contemporaneidade e assim oferecer respostas concretas para as necessidades políticas atuais.

Enfim, é no acúmulo de força e no diálogo com outras opiniões que vamos obter a experiência necessária para compreendermos a nossa realidade. A maior prova disso, consiste no avanço que os partidos e entidades civis de ideologia progressista e de esquerda vem obtendo ao longo da última década, principalmente após a vitória eleitoral do presidente Lula em 2002. Foi um processo que não surgiu do dia para a noite, pelo contrário, foi uma construção histórica e obtida ao longo de um árduo processo de acúmulo de experiências, estudos e alianças políticas. Processo esse que vai sendo construído a medida em que as contradições vão se manifestando com mais intensidade e precisando assim de respostas mais fundamentadas às reais necessidades.

Vivênciamos uma década repleta de mudanças, principalmente no que diz respeito ao fortalecimento do diálogo e da participação popular dentro das instâncias deliberativas do poder político. Foi o momento em que os movimentos sociais, os partidos políticos de esquerda e as organizações civis passaram a ser os principais representantes do povo brasileiro, pois esses, foram capazes de entender toda a complexidade das relações políticas e ao mesmo tempo, criaram as condições necessárias para um período de intensas transformações sociais. Como sabemos, a ascensão desses setores políticos foi responsável pelo desenvolvimento das políticas públicas, das ações afirmativas e dos mecanismos de controle social.

Contudo, todos esses avanços também possibilitou um amadurecimento político que por sua vez, veio acompanhado por novas demandas, necessitando ainda mais a ampliação das ações políticas para que haja maior participação popular a fim de que esses novos desafios sejam incorporados à agenda publica. Ainda temos um longo caminho para debatermos sobre questões fundamentais para o desenvolvimento social do Brasil, e a reforma política é uma dessas questões. Felizmente, criamos condições reais para debatermos sobre essa temática, dentro e fora das instâncias burocráticas e conservadoras do Estado. Para ficar mais claro esse raciocínio, vamos pensar da seguinte maneira: se no passado, a juventude exigia mais escolas e universidades, hoje, temos que exigir uma revolução no modelo educacional do país; se os trabalhadores clamavam pela criação de novos postos de trabalhos, hoje, temos que lutar pela valorização e pelo trabalho decente e se a outrora, lutávamos por um projeto político voltado para as classes populares, hoje, temos condições de exigir uma reforma no modelo de organização política do país, para que possamos transformar o Brasil em uma democracia ampla, participativa e popular. Os novos desafios do século XXI estão lançados e o momento é bastante propício para avançarmos junto com os movimentos sociais.

Enfim, não podemos negar que chegamos a um momento de grande maturidade, e justamente por isso, temos total condições de identificar os próximos passos para avançar no processo de reformulação da democracia brasileira. Para isso, é fundamental romper com obstáculos institucionais que foram cristalizados nas raízes do Estado brasileiro, pois esses dificultam a possibilidade de se executar maiores transformações na atual conjuntura política. Além disso, também é necessário desconstruir a lógica que está inserida no atual modelo de democracia representativa do país. Democracia essa que em muitos caso, não favorece de forma eficaz a participação popular nas instâncias governamentais e que é facilmente manipulada por fatores externos, como a grande mídia e o capital privado. Nessa conjuntura, temos que fortalecer cada vez mais a ideia de uma democracia livre do capital econômico.

Estamos diante de uma nova contradição e os partidos políticos, junto aos movimentos sociais precisam tomar propriedade desse debate, para que a democracia brasileira não seja, mais um instrumento das oligarquias e dos empresários que historicamente utilizam da gestão pública para manter os seus interesses de mercado. É difícil avançar, tendo que conviver com um modelo de democracia vacilante e submissa ao poder economico. É difícil chegarmos a novos patamares se ainda predomina uma cultura política conservadora e paternalista. Entretanto, só vamos encontrar a solução para esses novos desafios através da mobilização popular.

As organizações sindicais, os movimentos comunitários, as mulheres, a juventude e os movimentos de negros e negras precisam formular opiniões sobre o fortalecimento dos partidos políticos e do financiamento público de campanha para que possamos acabar com certas práticas eleitorais que somente favorecem uma elite e que faz da gestão pública um instrumento para a manutenção dos interesses particulares. Para a democracia avançar é preciso que os partidos políticos se fortaleçam e que seus programas sejam respeitados e não reduzidos apenas a legendas eleitorais.

E é diante disso que os movimentos sociais precisam responder aos novos estímulos e orientar os rumos do debate sobre a reforma política brasileira, com o intuito de escrever um novo projeto nacional de desenvolvimento para país. Os movimentos não podem estagnar no tempo e no espaço, nem ficar presos as bandeiras do passado, é preciso renovar a luta e avançar na política. Em outras palavras, vamos democratizar a democracia e fazer com que haja de fato, um modelo de representação democrática que contemple os trabalhadores, as mulheres, os jovens, os negros, os indígenas e outras minorias. É dessa democracia que o país precisa.

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sábado, dezembro 24, 2011

Feliz Natal!

Deixo aqui as minhas sinceras considerações a todos os amigos, colegas e familiares que estão festejando mais um natal e que com absoluta certeza, ja fizeram profundas reflexões sobre o verdadeiro sentido dessa data, principalmente no que diz respeito a necessidade de se construir um mundo pautado por muita paz, solidariedade e humanismo.

E para promover mais uma crítica aos festejos capitalistas que paíram sobre essa data que normalmente se caracteriza, mais pela embriagues e consumo, do que pelo seu sentido real, ofereço a vocês, camaradas algumas canções natalinas.




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sexta-feira, dezembro 23, 2011

Edgar Vasques: Rango.

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As Aventuras da Família Brasil - Luis Fernando Veríssimo.

Em muitos casos, se analisarmos os tradicionais festejos ocorridos durante os finais de todos os anos, será fácil observar que a medida do tempo, as pessoas estão se afastando gradativamente do verdadeiro significado histórico e simbólico desse período e atribuindo cada vez mais, valores consumistas e mercadológicos para essas datas. As reflexões perdem espaços para as tantas confraternizações, festas e amigos secretos. E assim passamos a ser orientados ordinariamente a seguir uma lógica imposta pelo mercado, nos endividando e começando um novo ano com as contas do "vermelho".

O pior é que, essa realidade não é novidade para ninguém, contudo, todo ano é a mesma "ladainha". Cartões estourados, contas atrasadas, crédito negativado, impostos, material escolar etc... É como se essa lógica de consumo irresponsável e manipulado pelo mercado já estivesse tão incorporada na realidade das famílias brasileiras que o sentido no natal e do ano novo (segundo o calendario cristão) fosse desprovido de sentido algum, se não estivermos comprando e consumindo os descartáveis da vida capitalista.

Diante disso, achei oportuno trazer essa reflexão da "Família Brasil" que me ajudou a ficar mais convencido da veracidade da ideia de que Papai Noel é mais um Filho da Puta que defende os interesses do capital contra a classe trabalhadora. Enfim, deixo a todos vocês, meus sinceros votos de feliz natal e um excelente ano novo.



 
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Coluna: Os Malvados.

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domingo, dezembro 18, 2011

Pernambucanos no New York Times Assustaram Tio Sam.


por Natália Pesciotta.

Em tempos de Guerra Fria, qualquer ameaça de revolta era uma preocupação internacional. Jornalistas, professores, representantes do governo. A luta por melhores condições de vida das Ligas Camponesas em Pernambuco atraiu olhos do Brasil inteiro para o estado, no fim dos anos 1950. E chamou atenção também fora do País.

Em 31 de outubro de 1960, o jornal The New York Times publicou como título da primeira página: “A pobreza do Nordeste do Brasil gera ameaça de revolta”. Com o eco da notícia nos Estados Unidos, logo o serviço secreto americano se envolveu no caso. Em tempos de Guerra Fria, os relatórios da CIA apontavam que Francisco Julião, líder do movimento, tinha “longa admiração por Fidel Castro e Mao Tse-Tung” e anunciara que “a revolução logo começaria no centro do Brasil”.

Até uma missão especial veio dos Estados Unidos para Pernambuco – chefiada por Edward Kennedy, irmão do presidente –, e o estado recebeu 100 milhões de dólares do Tio Sam. Com o golpe militar de 1964, Francisco Julião foi preso, e as Ligas, definitivamente encerradas.

SAIBA MAIS: Medo, Comunismo e Revolução, de Pablo Porfírio (Ufpe, 2009).
FONTE: Almaque Brasil.
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Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Barão do Rio Branco.



"Existem no Brasil, apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o carnaval."

Barão do Rio Branco





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sábado, dezembro 17, 2011

Download: A Privataria Tucana.


RIBEIRO JR, Amaury. A Privataria Tucana.
Download: MédiaFire

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sábado, dezembro 10, 2011

10 de Dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Em 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou, em Paris (França), a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Com 30 artigos, a Assembléia proclamou o documento “como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.” E, em 1950, a ONU estabeleceu que anualmente, nesta data, seria celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Fonte: MNDH
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quinta-feira, dezembro 08, 2011

Elogiando as Utopias & Cortejando o Absurdo - Aristófanes.

 
"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, porém, a estupidez é eterna."

"São pelos inimigos, e não pelos amigos, que as cidades aprendem a construir muros altos."

Aristófanes.




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quarta-feira, dezembro 07, 2011

07 de Dezembro: Biblioteca Pública de Olinda Festeja 181 anos.


Dia de festa no casarão de número 100 da Avenida da Liberdade. É que nesta quarta-feira (07), a Biblioteca Pública de Olinda festeja exatos 181 anos. A comemoração será a partir das 14h e contará com a presença do prefeito da cidade, Renildo Calheiros.

Além do bolo e do tradicional “Parabéns para você”, o local também receberá um grupo do ProJovem do município de Ipojuca. Na ocasião, os visitantes terão a oportunidade de conhecer a história da Biblioteca Pública de Olinda, que foi a primeira do Estado e a quinta a ser estabelecida no Brasil.

HISTÓRICO – Foi no dia 07 de dezembro de 1830, época em que Olinda era a capital da província de Pernambuco, que foi criada, através de Decreto Imperial, a primeira Biblioteca do Estado, localizada no Convento dos Franciscanos. Depois de sucessivas mudanças de sede, a Biblioteca Municipal de Olinda foi instalada na casa de número 100 da Praça do Carmo, uma das mais antigas construções da cidade.

Fonte: Vermelho.
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domingo, dezembro 04, 2011

CURIOSIDADES: O Processo Mais Longo da Justiça Brasileira.


Um processo que ocupava 13 estantes e uma sala inteira do Foro de Rio Grande tornou-se documento histórico, trata-se do inventário do Comendador Domingos Faustino Correa, o mais longo da história judiciária do Brasil.

O processo, que tramitou durante 107 anos, já está no CDH, que vai abrigar, tratar e preservar a história da migração de centenas de famílias que se habilitaram a receber a “herança” do comendador. São 500 caixas devidamente catalogadas, graças ao trabalho da pesquisadora e servidora do Foro estadual Virgilina Fidelis de Palma. O material contém dados desde o ano de 1874, quando começou a disputa pela mais famosa herança do Brasil e que inclui “herdeiros” em várias regiões e até outros países.

Conforme a coordenadora da CDH, profª drª Márcia Naomi Kuniochi, trata-se de material de muita importância histórica porque contém dados da genealogia das famílias, a migração de muitos que vieram pelo Porto do Rio Grande e depois ficaram ou fizeram suas vidas em outras cidades da região e ainda a formação das diferentes linhagens dos que se dizem descendentes do Comendador. Estes dados poderão somar-se a outros dos quais o CDH já dispõe, que são cópias dos arquivos do Bispado de Rio Grande, com registros de nascimentos, casamentos e óbitos. Ambos os arquivos dão ampla visão da formação da cidade e região através das famílias que nasceram ou vieram para cá. E todo o material poderá servir para pesquisas diversas. O material do inventário é mais completo na genealogia das famílias, porque os “herdeiros” tiveram que provar sua descendência.

O inventário deu entrada em Juízo em 27 de junho de 1874. O processo tramitou em Juízo por 107 anos, gerando uma verdadeira corrida atrás do “ouro” deixado pelo inventariado. Ao longo desse tempo, milhares de ´herdeiros´ se habilitaram à herança, cuja meação do Comendador jamais foi partilhada aos supostos herdeiros”.

Fonte: Memorial Colonial.
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04 de Dezembro: 332 Anos da Morte de Hobbes.

Thomas Hobbes filósofo inglês muito influente morre em 4 de dezembro de 1679 em Hardwick Hall. Estudou os conceitos do estado da natureza, do pacto de submissão e do contrato social.

Publicou em 1651 sua obra principal, “Leviatã”, que lhe valeu a acusação de ateísmo e a hostilidade da Igreja. Nela expôs que as pessoas são naturalmente perversas e não seriam confiáveis em governar. Por isso, acreditava que uma monarquia absoluta era a melhor forma de governo.



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