sábado, abril 24, 2021

24 DE ABRIL: DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE TRABALHADORA

 

#Juventude #ClasseTrabalhadora

O dia de hoje nos remete a reflexões sobre o mundo do trabalho, em vista a relação entre a classe trabalhadora e as juventudes. 

Valorizo essa data, em virtude da instituição do Dia Internacional da Juventude Trabalhadora, pensado pela Juventude Operária Cristã Internacional (JOCI) na década de 1970, como forma de fortalecimento das lutas, dentro do mundo do trabalho, haja vista as reivindicações pela criação de postos de trabalho e por direitos, feitos por segmentos juvenis em todo mundo. 

Uma data que surgiu, diga-se de passagem, em um horizonte conturbado, visto os processos de transformações ocorridas após a Segunda Guerra, percebidas, sobretudo na divisão internacional do trabalho e nas transmutações do capital industrial, repercutindo nas formas e relações de trabalho.

E percebendo tais repercussões a JOCI entendeu esse dia, como uma data necessária, visando o fortalecimento das lutas, da consciência e das mobilizações, com vistas a construção de uma nova realidade social. Entendimento esse que ainda se expressa com fortes relações à atual conjuntura. 

A exemplo do Brasil, que em tal contexto de crise econômica e pandemia, percebe-se o aumento das desigualdades e ampliação da miséria, fome e desemprego. Cerca de 70%, dos 14 milhões de desempregados no país, são jovens, e em sua maioria negros(as) e moradores(as) de periferias e favelas.

Soma-se também, a chacina da juventude negra e periférica, que ainda se apresenta em índices alarmantes, bem como as infecções e mortes por conta da Covid-19, que vem se ampliando na população jovem, em todo país. Um horizonte deveramente preocupante. 

Assim, distanciados das devidas comemorações, não restam dúvidas que este 24 de abril, se estabelece por ora, como um marco simbólico que visa o compromisso das juventudes e da classe trabalhadora com a construção de um país mais justo, soberano, democrático e nos rumos do desenvolvimento. 

Pois, nossa juventude não quer morrer! Ela quer vacina, escola, emprego e democracia! Fora Bolsonaro!

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domingo, abril 18, 2021

SAÚDE PARA O POVO E ATENÇÃO AOS EMPOBRECIDOS, CONCLAMA CNBB, APÓS ASSEMBLEIA GERAL

#Brasil #CNBB

Após os encerramentos da 58° Assembleia Geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, entidade aprova mensagem, clamando pela saúde do povo, atenção aos vulneráveis e unidade popular na construção de um Brasil mais justo.

Em sua mensagem ao povo, os bispos mostraram preocupação com o descaso do governo com a saúde pública, haja vista a ineficácia no combate à pandemia. 

No documento, a CNBB avalia ser "inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”. Uma preocupação que se estabelece ainda mais sobre as camadas sociais mais vulneráveis. "Embora todos sofram com a pandemia, suas consequências são mais devastadoras na vida dos pobres e fragilizados, avalia a CNBB. 

E para o devido enfrentamento aos atuais problemas que passa o país, a CNBB conclama à todos com "um forte apelo à unidade das Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil: Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha". 

Uma mudança justa e necessária se faz no Brasil, com objetivo de "promover a melhor política, que não se submete aos interesses econômicos, e seja pautada pela fraternidade e pela amizade social, que implica não só a aproximação entre grupos sociais distantes, mas também a busca de um renovado encontro com os setores mais pobres e vulneráveis. 

A Confederação salienta preocupação com "as múltiplas formas de violência disseminada na sociedade, favorecida pelo fácil acesso às armas. A desinformação e o discurso de ódio, principalmente nas redes sociais, geram uma agressividade sem limites. 

E por fim, também repudia o uso da religião "como instrumento de disputa política, justificando a violência e gerando confusão entres os fiéis e na sociedade. Uma mensagem construída com muita propriedade e análise acerca da atual conjuntura brasileira.

Que a paz esteja convosco!

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quarta-feira, janeiro 06, 2021

ESCOLA E PERSPECTIVAS: O QUE ESPERAR PARA O ANO LETIVO DE 2021?


O ano de 2020 será historicamente marcado pelas profundas mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19. Na seara educacional, é comum percebemos, nos mais variados discursos, proferidos principalmente por professores e professoras, bem como os demais trabalhadores e trabalhadoras da educação, que em março, surgiu uma nova escola, devido ao processo de suspensão das aulas presenciais, haja vista que o novo Coronavírus já se propagava rapidamente entre as pessoas.

O medo, a insegurança e a incerteza foram marcas desse processo, e a escola se percebeu numa grande encruzilhada.

Como seria possível conceber um espaço de aprendizagem escolar, sem interação presencial? As escolas fechariam sua portas, frente a pandemia? Era o que muitos se perguntavam.

E diante tantas dúvidas, as aulas de março foram suspensas. Faltavam 10 dias para terminar o mês, e todos que ali estavam precisavam de soluções para aquele momento.

Os dias se passavam e já se tornavam iniciantes, algumas experiências remotas de ensino, com a oferta de pequenas aulas por vídeos. A escola não podia acabar.

Em abril, os professores e professoras das escolas particulares, adiantaram suas férias, que ordinariamente se efetiva em julho. Todo tempo era válido para se pensar e apontar saídas, a escola não podia parar.

Nesse momento, outras experiências didáticas tiveram que ser visitadas pelas equipes pedagógicas, do home schoolling às metodologias ativas; dos modelos de ensino híbrido aos fundamentos da educação à distância; das tecnologias da informação e comunicação aos ambientes virtuais de aprendizagem etc.

E esses processos, levaram a comunidade escolar a convergir, que nesse momento, a internet cumpriria um singular papel tático para a continuidade das atividades escolares. Era a ferramenta mais viável, pelo menos para uma parcela da população.

Passado alguns dias, os rápidos momentos formativos voltados à construção de uma "escola para os tempos de pandemia", surgia, de forma emergencial e sem a mínima regulamentação. Fazendo nascer, o que hoje chamamos de Ensino Remoto.

E esse novo modelo de aula se entrelaçou com as dinâmicas didáticas tradicionais e a escola se transformaria em um grande laboratório pedagógico. No entanto, como toda transição, as dúvidas e os obstáculos surgiam com mais intensidade e os trabalhos pedagógicos aumentariam substancialmente.

Não tínhamos completados nem sessenta dias de atividades remotas e já percebíamos, na comunidade escolar em geral, cansaço e esgotamento (tempo de tela, estresse, isolamento, tudo contribuía). Mas era preciso manter a escola viva.

E os processos seguiram, o ensino remoto persistiu com poucos marcos regulatórios, apenas orientações, resoluções e portarias, emitidas por órgãos educacionais (MEC, Conselhos, Secretarias etc.). Questões como, avaliação e frequência continuavam com poucos regramentos, mas a oferta das aulas prosseguia.

Com a reabertura gradual das aulas presenciais, o modelo de ensino tradicional funde-se ainda mais com as práticas remotas.

Nesse momento, mais uma vez, os esforços profissionais passaram a ser maiores, principalmente no trabalho docente, que agora se estabeleceria numa jornada dupla, lecionar presencialmente (aos alunos que voltaram à escola) e virtualmente (aos demais que permanecem em isolamento), por meio das plataformas.

O cansaço mental foi inevitável, assim como o medo, pois com o retorno à escola, as possibilidades de contágio seria maior, mesmo com os mais rígidos protocolos de segurança sanitária.

Mas ainda assim, a escola vem conseguindo sobreviver a 2020. Em sua grande parte, com a contínua adesão aos modelos remotos. Porém tarefa de repensar o que será dos próximos dias permanece, uma vez que os trabalhos de consolidação de um novo modelo escolar, voltado à pandemia, ainda não se esgotou.

É bem verdade que estamos mais preparados, o ano foi de muito trabalho e aprendizado, nos mais variados sentidos, porém como será a escola em 2021?

O horizonte que se apresenta ainda estabelece às previsões de continuidade desse modelo misto - presencial e virtual. A questão do acesso e frequência escolar também tem sido um problema que necessita de maior esforço, sobretudo no âmbito da escola pública e as práticas avaliativas precisam ser repensadas, principalmente nas suas ferramentas.

Porém, outra lacuna que precisamos avançar para o próximo ano letivo, se estabelece na sustentabilidade e regulamentação dessas novas maneiras de ensino.

Ora, se os processos educacionais mudaram velozmente, é bem verdade que a escola precisará também se transformar, principalmente no que diz respeito a sua sustentabilidade, seja financeira, pedagógica, didática, espacial etc.

Além disso, espera-se que o trabalho docente tenha mais regulamentação, pois os esforços têm sido hercúleos por parte dos professores e professoras, categoria que vem sentindo prejuízos financeiros e em sua saúde, mental e física, com as novas rotinas educacionais postas.

Por fim, penso que em 2021 teremos um ano letivo com uma escola mais preparada aos desafios que possam se apresentar, mas com a certeza de que os processos ainda não se esgotaram, e agora, o momento é de amadurecer aquilo que foi construído, a fim de solidificar as novas práticas escolares, de forma saudável e sustentável.

Pois a escola não pode parar, uma vez que, sem ela, a sociedade perece em mediocridade e ignorância.

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