segunda-feira, outubro 31, 2016

BELCHIOR 70 ANOS: “ELES VENCERAM E O SINAL ESTÁ FECHADO PARA NÓS QUE SOMOS JOVENS”



Os versos da emblemática canção “Como nossos pais”, de Belchior mostra toda a importância e atualidade do cantor e compositor cearense, que fez muito sucesso nos anos 1970 e 1980 com suas canções icônicas.

Belchior completou 70 anos de idade na quarta-feira (26) sem festa porque ninguém sabe ao certo o seu paradeiro desde 2009, quando ele sumiu sem dar notícias. "Como nossos pais", que contém o verso do título, é uma das mais executadas até hoje na voz da cantora gaúcha Elis Regina (1945-1982). 

Como nossos pais



Com “Apenas um rapaz latino-americano”, Belchior canta a latinidade e a necessidade de união dessa parte do continente americano tão maltratada pelos países do Hemisfério Norte. Ela permanece tão atual que o grupo paulistano de rap Racionais MCs a cita na sua canção “Capítulo 4 versículo 3”.

“Não me peça que eu lhe faça/Uma canção como se deve/Correta, branca, suave/Muito limpa, muito leve/Sons, palavras, são navalhas/E eu não posso cantar como convém/Sem querer ferir ninguém”, diz uma estrofe da música do artista nordestino.

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o Belchior, nasceu em Sobral, Ceará. Carrega em sua obra toda a rica herança cultural da cultura cearense e nordestina, sob muita influência do rock, principalmente dos Beatles, algumas vezes citados em suas músicas, além de Luiz Gonzaga, como não poderia deixar de ser.

Apenas um rapaz latino-americano



Do Ceará para o mundo a sua força poética e o seu jeito de cantar fizeram que alguns críticos o comparassem com o compositor norte-americano Bob Dylan, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura deste ano.

Conseguiu gravar seu primeiro disco em 1974, “Mote e glosa”, onde canta “Passeio”, na qual fala em fugir em um disco voador. Como no disco “Todos os sentidos”, de 1978, na canção “Até amanhã”, ele diz que o reencontro pode não acontecer porque pode não haver amanhã. O sumiço parece algo presente em sua obra.

Além de “Como nossos pais”, e “Apenas um rapaz latino-americano”, muitos sucessos de Belchior estão eternizados no imaginário popular. Em “Velha roupa colorida” ele canta o seu tema predileto o tempo e a juventude.

Velha roupa colorida


“Você não sente, não vê/Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo/Que uma nova mudança em breve vai acontecer/O que há algum tempo era novo, jovem/Hoje é antigo/E precisamos todos rejuvenescer”, diz o clássico da MPB.

Outros clássicos de sua autoria nunca são esquecidos. “Paralelas”, “Galos, noites e quintais”, “Medo de avião”, “Retórica sentimental”, “A palo seco”, “Tudo sujo de batom”, “Divina comédia humana”, “Alucinação”, “Saia do meu caminho”, entre outras dezenas de belas canções, eternizadas no acervo histórico da MPB.

Então pouco importa o paradeiro de Belchior, que de acordo com o jornal Folha de S.Paulo está no Uruguai para traduzir a obra do italiano Dante Aleghieri (1265 dC-1321 dC), o clássico “Divina Comédia”.

Divina comédia humana


Belchior já fez o suficiente para permanecer eternamente na história da cultura brasileira e mora nos corações dos brasileiros, com ou sem medo de avião.

Por Marcos Aurélio Ruy
FONTE: Portal CTB
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Os versos da emblemática canção “Como nossos pais”, de Belchior mostra toda a importância e atualidade do cantor e compositor cearense, que fez muito sucesso nos anos 1970 e 1980 com suas canções icônicas.

Belchior completou 70 anos de idade na quarta-feira (26) sem festa porque ninguém sabe ao certo o seu paradeiro desde 2009, quando ele sumiu sem dar notícias. "Como nossos pais", que contém o verso do título, é uma das mais executadas até hoje na voz da cantora gaúcha Elis Regina (1945-1982). 

Como nossos pais



Com “Apenas um rapaz latino-americano”, Belchior canta a latinidade e a necessidade de união dessa parte do continente americano tão maltratada pelos países do Hemisfério Norte. Ela permanece tão atual que o grupo paulistano de rap Racionais MCs a cita na sua canção “Capítulo 4 versículo 3”.

“Não me peça que eu lhe faça/Uma canção como se deve/Correta, branca, suave/Muito limpa, muito leve/Sons, palavras, são navalhas/E eu não posso cantar como convém/Sem querer ferir ninguém”, diz uma estrofe da música do artista nordestino.

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o Belchior, nasceu em Sobral, Ceará. Carrega em sua obra toda a rica herança cultural da cultura cearense e nordestina, sob muita influência do rock, principalmente dos Beatles, algumas vezes citados em suas músicas, além de Luiz Gonzaga, como não poderia deixar de ser.

Apenas um rapaz latino-americano



Do Ceará para o mundo a sua força poética e o seu jeito de cantar fizeram que alguns críticos o comparassem com o compositor norte-americano Bob Dylan, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura deste ano.

Conseguiu gravar seu primeiro disco em 1974, “Mote e glosa”, onde canta “Passeio”, na qual fala em fugir em um disco voador. Como no disco “Todos os sentidos”, de 1978, na canção “Até amanhã”, ele diz que o reencontro pode não acontecer porque pode não haver amanhã. O sumiço parece algo presente em sua obra.

Além de “Como nossos pais”, e “Apenas um rapaz latino-americano”, muitos sucessos de Belchior estão eternizados no imaginário popular. Em “Velha roupa colorida” ele canta o seu tema predileto o tempo e a juventude.

Velha roupa colorida


“Você não sente, não vê/Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo/Que uma nova mudança em breve vai acontecer/O que há algum tempo era novo, jovem/Hoje é antigo/E precisamos todos rejuvenescer”, diz o clássico da MPB.

Outros clássicos de sua autoria nunca são esquecidos. “Paralelas”, “Galos, noites e quintais”, “Medo de avião”, “Retórica sentimental”, “A palo seco”, “Tudo sujo de batom”, “Divina comédia humana”, “Alucinação”, “Saia do meu caminho”, entre outras dezenas de belas canções, eternizadas no acervo histórico da MPB.

Então pouco importa o paradeiro de Belchior, que de acordo com o jornal Folha de S.Paulo está no Uruguai para traduzir a obra do italiano Dante Aleghieri (1265 dC-1321 dC), o clássico “Divina Comédia”.

Divina comédia humana


Belchior já fez o suficiente para permanecer eternamente na história da cultura brasileira e mora nos corações dos brasileiros, com ou sem medo de avião.

Por Marcos Aurélio Ruy
FONTE: Portal CTB
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