quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Apontamentos Sobre Marx e o Marxismo

O presente texto se estabelece a partir da sistematização de alguns apontamentos extraídos a partir da leitura dos seguintes textos de Marx: 1. Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política (1859): Produção, Consumo, Distribuição, Troca (Circulação). 2. O Capital: Os Dois Factores da Mercadoria:Valor-de-Uso e Valor-de-Troca ou Valor Propriamente Dito (Substância do valor, Grandeza do Valor). 3. O Capital: Processo de Trabalho e Processo de Produção de Mais valia. Tendo como objetivo, contribuir com o debate e entendimento sobre alguns dos principais conceitos existentes, tanto na própria literatura marxiana, quanto nas diversificadas produções de tradição marxista.

Ao lançar um olhar crítico sobre a sociedade, Marx propôs um roteiro que avaliava a humanidade na sua perspectiva social (zoon politikon), ponderando a produção econômica como um aspecto de relevante destaque, para o entendimento a respeito do desenvolvimento social. E diante disso, o filósofo se coloca frente ao desafio de criar uma teoria social e histórica focando uma visão sobre as estruturas econômicas das sociedades. Ao avaliar o capital como um instrumento de produção, que vai além da esfera particular e é entendido, antes de mais nada como um corpo social, sendo assim, completamente alinhada com o seu tempo histórico. Nesse contexto, as sociedades ao produzirem, fazem com que os produtos da natureza tomem formas socialmente adequadas às necessidades humanas socialmente determinadas.

E para haver um entendimento sobre essa sua visão, Marx passa a trabalhar com os conceitos de produção, distribuição, troca e consumo, não como aspectos separados uns dos outros, mas como parte de um corpo social, estruturado sobre uma rígida base econômica. Para Marx “uma dada produção determina um dado consumo, uma dada distribuição e uma dada troca; determina ainda as relações recíprocas e bem determinadas entre esses diversos elementos. Existe uma interação de todos estes elementos: isto é próprio de um todo orgânico”.

Assim, Marx ao propor uma análise social, por meio das condições materiais de uma sociedade, para ele é nítido que essas condições, pautadas pela análise sobre a produção, consumo, distribuição e troca, traz em seu conjunto o entendimento de como a sociedade estudada se organiza e desenvolve seus sistemas políticos, suas instituições e as concepções de Estado e poder.

Seguindo essa avaliação, Marx avalia como a sociedade ao criar seus padrões de consumo, por meio dos valores de uso das mercadorias produzidas, criam também, em seu aspecto quantitativo os seus valores de troca. E esses são medidos, por meio do tempo de trabalho utilizado na produção.

Para o filósofo, "Como valores, as mercadorias são apenas medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizado". È por esse roteiro que em sua teoria, a mercadoria torna-se um aspecto importante para visualizarmos como surgem as relações de produção e como elas tornam-se as bases das relações sociais. O valor das mercadorias, que representam o trabalho acumulado, é uma realidade social. As mercadorias produzidas, quando incluídas no contexto social, passam a se relacionar com as diversas mercadorias existentes, sendo mensuradas dessa forma, não pelo seu valor relativo, e sim pelos valores equivalentes. Ou seja, uma mercadoria somente pode ser mensurada, quando posta em paralela com outra. Assim encontramos o seu valor, e consequentemente o valor do trabalho. Como o valor é uma produção social, as mercadorias ao serem valoradas, passam a regular as relações de trocas existentes na sociedade. Ou seja, somente pela troca é que os produtos do trabalho adquirem, como valores, uma existência social idêntica e uniforme, distinta da sua existência material e multiforme como objetos úteis.

O trabalho aqui é medido pelo tempo e pela mercadoria, em seu aspecto qualitativo e quantitativo. Para atribuir valor à mercadoria, a moeda torna-se um valor equivalente universal. Sendo assim, a força de trabalho, enquanto elemento constitutivo da produção econômica, torna-se também uma mercadoria, uma espécie de bem intermediário, que ao ser “comprada” pelo capitalista, junto com os demais elementos da produção, gera na mercadoria produzida o valor excedente, denominada de Mais Valia que a característica mais relevante para o entendimento das formas capitalistas da produção de mercadoria.


REFERÊNCIAS:
Marx, Karl. “Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao.htm.

________ (1974) “Processo de Trabalho de Processo de Produção da Mais-Valia”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital- v1/vol1cap07.htm.
________ (1974) “O fetichismo da mercadoria e seu segredo”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/vol1cap01.html
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O presente texto se estabelece a partir da sistematização de alguns apontamentos extraídos a partir da leitura dos seguintes textos de Marx: 1. Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política (1859): Produção, Consumo, Distribuição, Troca (Circulação). 2. O Capital: Os Dois Factores da Mercadoria:Valor-de-Uso e Valor-de-Troca ou Valor Propriamente Dito (Substância do valor, Grandeza do Valor). 3. O Capital: Processo de Trabalho e Processo de Produção de Mais valia. Tendo como objetivo, contribuir com o debate e entendimento sobre alguns dos principais conceitos existentes, tanto na própria literatura marxiana, quanto nas diversificadas produções de tradição marxista.

Ao lançar um olhar crítico sobre a sociedade, Marx propôs um roteiro que avaliava a humanidade na sua perspectiva social (zoon politikon), ponderando a produção econômica como um aspecto de relevante destaque, para o entendimento a respeito do desenvolvimento social. E diante disso, o filósofo se coloca frente ao desafio de criar uma teoria social e histórica focando uma visão sobre as estruturas econômicas das sociedades. Ao avaliar o capital como um instrumento de produção, que vai além da esfera particular e é entendido, antes de mais nada como um corpo social, sendo assim, completamente alinhada com o seu tempo histórico. Nesse contexto, as sociedades ao produzirem, fazem com que os produtos da natureza tomem formas socialmente adequadas às necessidades humanas socialmente determinadas.

E para haver um entendimento sobre essa sua visão, Marx passa a trabalhar com os conceitos de produção, distribuição, troca e consumo, não como aspectos separados uns dos outros, mas como parte de um corpo social, estruturado sobre uma rígida base econômica. Para Marx “uma dada produção determina um dado consumo, uma dada distribuição e uma dada troca; determina ainda as relações recíprocas e bem determinadas entre esses diversos elementos. Existe uma interação de todos estes elementos: isto é próprio de um todo orgânico”.

Assim, Marx ao propor uma análise social, por meio das condições materiais de uma sociedade, para ele é nítido que essas condições, pautadas pela análise sobre a produção, consumo, distribuição e troca, traz em seu conjunto o entendimento de como a sociedade estudada se organiza e desenvolve seus sistemas políticos, suas instituições e as concepções de Estado e poder.

Seguindo essa avaliação, Marx avalia como a sociedade ao criar seus padrões de consumo, por meio dos valores de uso das mercadorias produzidas, criam também, em seu aspecto quantitativo os seus valores de troca. E esses são medidos, por meio do tempo de trabalho utilizado na produção.

Para o filósofo, "Como valores, as mercadorias são apenas medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizado". È por esse roteiro que em sua teoria, a mercadoria torna-se um aspecto importante para visualizarmos como surgem as relações de produção e como elas tornam-se as bases das relações sociais. O valor das mercadorias, que representam o trabalho acumulado, é uma realidade social. As mercadorias produzidas, quando incluídas no contexto social, passam a se relacionar com as diversas mercadorias existentes, sendo mensuradas dessa forma, não pelo seu valor relativo, e sim pelos valores equivalentes. Ou seja, uma mercadoria somente pode ser mensurada, quando posta em paralela com outra. Assim encontramos o seu valor, e consequentemente o valor do trabalho. Como o valor é uma produção social, as mercadorias ao serem valoradas, passam a regular as relações de trocas existentes na sociedade. Ou seja, somente pela troca é que os produtos do trabalho adquirem, como valores, uma existência social idêntica e uniforme, distinta da sua existência material e multiforme como objetos úteis.

O trabalho aqui é medido pelo tempo e pela mercadoria, em seu aspecto qualitativo e quantitativo. Para atribuir valor à mercadoria, a moeda torna-se um valor equivalente universal. Sendo assim, a força de trabalho, enquanto elemento constitutivo da produção econômica, torna-se também uma mercadoria, uma espécie de bem intermediário, que ao ser “comprada” pelo capitalista, junto com os demais elementos da produção, gera na mercadoria produzida o valor excedente, denominada de Mais Valia que a característica mais relevante para o entendimento das formas capitalistas da produção de mercadoria.


REFERÊNCIAS:
Marx, Karl. “Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1859/contcriteconpoli/introducao.htm.

________ (1974) “Processo de Trabalho de Processo de Produção da Mais-Valia”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital- v1/vol1cap07.htm.
________ (1974) “O fetichismo da mercadoria e seu segredo”, Arquivo Marxista na Internet, [online]. Disponível em http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/vol1cap01.html
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