sexta-feira, junho 12, 2009

Ecologia e Socialismo - Michael Lowy

Michael Lowy nasceu em São Paulo, no final da primeira metade do século XX, teve sua formação acadêmica iniciada na década de 60 do século passado, mesma época que também manteve uma militância política. O citado autor atualmente se enquadra como um notório intelectual, autor de várias publicações, no qual, podemos avaliar um forte teor político e marxista nessas obras.

A citada obra foi publicada, tendo em vista o intuito do autor, trabalhar através de um diálogo bibliográfico e ideológico a relação entre, as lutas ambientais e as idéias socialistas, principalmente em um momento de intersecção entre as duas temáticas, no que diz respeito a uma crítica fundamentada ao regime capitalista. È nessa perspectiva que o intelectual apresenta em virtuose a obra citada, ressaltando a priori, uma homenagem da histórica luta do ativista político Chico Mendes, tendo o próprio, como uma referencia potencial, no que diz respeito a ligação entre a luta política e ambiental.
É válido ressaltar que a obra tem uma notória fundamentação teórica ligada aos estudos publicados por Karl Marx e Friedrich Engels, tal observação se comprova, nas diversas citações esquematizadas pelo autor ao longo do livro. No entanto, tal comentário não tem objetivo de reduzir a obra Ecologia e Socialismo, como uma simples compilação de fragmentos textuais, e sim, ressaltar a autoridade intelectual que Lowy, detém, em trabalhar Marx e Engels, entre outras fontes bibliográficas (marxistas ou não) com grande maestria, através de fecundo um diálogo textual.
É válido ressaltar que a citada obra abrange ao longo de suas páginas uma relação crítica entre as causas ambientais junto ao processo de desigualdade social imposto pela exploração capitalista. Tal fato, é fundamentado em um diálogo historiográfico e bibliográfico, na leitura de Marx e Engels, no que diz respeito a formulação de um campo teórico, denominado de Ecossocialismo, fazendo uma ponte entre a critica política e a crítica ambiental ao capitalismo. Enxergando tal regime como algo incompatível à preservação da humanidade e da natureza. Enfim, a contextualização da obra reside em uma crítica a uma ética capitalista, marcada por valores quantitativos em detrimento a valores sociais, sendo assim um regime que desumaniza a economia em nome do lucro e da acumulação de capital.Em torno de uma crítica política, há também um notório elogio aos esforços ecossocialistas em manter vivo a esperança que um outro mundo é possível, onde o “bem comum” e a justiça social seja uma constante nessa transformação.
A guisa de uma conclusão, é válido destacar alguns pontos:
  • “Apesar de não haver uma ligação direta entre os estudos de Karl Marx e Friedrich Engels com as causas ambientais, alguns conceitos idealizados por tais intelectuais podem alicerçar estudos sistemáticos a respeito da ecologia moderna. Assim fatores como: devastação dos solos, destruição de florestas, poluição atmosférica, estão fortemente ligadas à exploração proletária. Sendo assim um virtuoso campo de reflexão a respeito de uma ruptura com a sociedade material capitalista”.
  • “Devido ao crescimento acelerado da exploração do meio natural, as idéias ecossocialistas se manifestam como críticas virtuosas a essa “crise de civilização” presente na contemporaneidade”.
  • “É através de uma Revolução Social, baseada em uma ética democrática e humanizada, onde o bem estar social fosse o fim de todas as demandas sociais.
  • A ecologia social corresponde a uma ferramenta política com amplas potencialidades de quebrar os paradigmas da contemporaneidade, baseado em princípios neoliberais.
  • “Um novo mundo será possível, tendo em vista a necessidade de se romper com a ética desumana do capital e de sua estrutura econômica exterior ao contexto social. Nesse contexto, ecologia e socialismo carregam consigo uma fértil instrumentalização teórica fundamentada em valores que não contemplam a lógica de mercantilização do planeta e focalizam suas ações na construção de uma ética democrática e auto-sustentável”.
Pois bem, tendo em vista o que foi explanado, considero que a obra “Ecologia e Socialismo” se apresenta como um importante suporte intelectual sobre a temática abordada, principalmente pela utilização de um vocabulário acessível ao publico em geral. Com isso, a indicação de tal obra se estende, não somente para ambientalistas, mas também para humanistas em geral, jovens, militantes políticos e socialistas.
Enfim, é de fundamental importância da atenção a preocupação que o autor detém ao longo do livro em relacionar ao contexto ambiental o conteúdo político, ressaltando assim o paralelo entre política e meio ambiente, contextualizando o discurso ambientalista não de uma forma isolada, e sim mostrando a alta complexidade que a temática envolve no contexto social.
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Michael Lowy nasceu em São Paulo, no final da primeira metade do século XX, teve sua formação acadêmica iniciada na década de 60 do século passado, mesma época que também manteve uma militância política. O citado autor atualmente se enquadra como um notório intelectual, autor de várias publicações, no qual, podemos avaliar um forte teor político e marxista nessas obras.

A citada obra foi publicada, tendo em vista o intuito do autor, trabalhar através de um diálogo bibliográfico e ideológico a relação entre, as lutas ambientais e as idéias socialistas, principalmente em um momento de intersecção entre as duas temáticas, no que diz respeito a uma crítica fundamentada ao regime capitalista. È nessa perspectiva que o intelectual apresenta em virtuose a obra citada, ressaltando a priori, uma homenagem da histórica luta do ativista político Chico Mendes, tendo o próprio, como uma referencia potencial, no que diz respeito a ligação entre a luta política e ambiental.
É válido ressaltar que a obra tem uma notória fundamentação teórica ligada aos estudos publicados por Karl Marx e Friedrich Engels, tal observação se comprova, nas diversas citações esquematizadas pelo autor ao longo do livro. No entanto, tal comentário não tem objetivo de reduzir a obra Ecologia e Socialismo, como uma simples compilação de fragmentos textuais, e sim, ressaltar a autoridade intelectual que Lowy, detém, em trabalhar Marx e Engels, entre outras fontes bibliográficas (marxistas ou não) com grande maestria, através de fecundo um diálogo textual.
É válido ressaltar que a citada obra abrange ao longo de suas páginas uma relação crítica entre as causas ambientais junto ao processo de desigualdade social imposto pela exploração capitalista. Tal fato, é fundamentado em um diálogo historiográfico e bibliográfico, na leitura de Marx e Engels, no que diz respeito a formulação de um campo teórico, denominado de Ecossocialismo, fazendo uma ponte entre a critica política e a crítica ambiental ao capitalismo. Enxergando tal regime como algo incompatível à preservação da humanidade e da natureza. Enfim, a contextualização da obra reside em uma crítica a uma ética capitalista, marcada por valores quantitativos em detrimento a valores sociais, sendo assim um regime que desumaniza a economia em nome do lucro e da acumulação de capital.Em torno de uma crítica política, há também um notório elogio aos esforços ecossocialistas em manter vivo a esperança que um outro mundo é possível, onde o “bem comum” e a justiça social seja uma constante nessa transformação.
A guisa de uma conclusão, é válido destacar alguns pontos:
  • “Apesar de não haver uma ligação direta entre os estudos de Karl Marx e Friedrich Engels com as causas ambientais, alguns conceitos idealizados por tais intelectuais podem alicerçar estudos sistemáticos a respeito da ecologia moderna. Assim fatores como: devastação dos solos, destruição de florestas, poluição atmosférica, estão fortemente ligadas à exploração proletária. Sendo assim um virtuoso campo de reflexão a respeito de uma ruptura com a sociedade material capitalista”.
  • “Devido ao crescimento acelerado da exploração do meio natural, as idéias ecossocialistas se manifestam como críticas virtuosas a essa “crise de civilização” presente na contemporaneidade”.
  • “É através de uma Revolução Social, baseada em uma ética democrática e humanizada, onde o bem estar social fosse o fim de todas as demandas sociais.
  • A ecologia social corresponde a uma ferramenta política com amplas potencialidades de quebrar os paradigmas da contemporaneidade, baseado em princípios neoliberais.
  • “Um novo mundo será possível, tendo em vista a necessidade de se romper com a ética desumana do capital e de sua estrutura econômica exterior ao contexto social. Nesse contexto, ecologia e socialismo carregam consigo uma fértil instrumentalização teórica fundamentada em valores que não contemplam a lógica de mercantilização do planeta e focalizam suas ações na construção de uma ética democrática e auto-sustentável”.
Pois bem, tendo em vista o que foi explanado, considero que a obra “Ecologia e Socialismo” se apresenta como um importante suporte intelectual sobre a temática abordada, principalmente pela utilização de um vocabulário acessível ao publico em geral. Com isso, a indicação de tal obra se estende, não somente para ambientalistas, mas também para humanistas em geral, jovens, militantes políticos e socialistas.
Enfim, é de fundamental importância da atenção a preocupação que o autor detém ao longo do livro em relacionar ao contexto ambiental o conteúdo político, ressaltando assim o paralelo entre política e meio ambiente, contextualizando o discurso ambientalista não de uma forma isolada, e sim mostrando a alta complexidade que a temática envolve no contexto social.
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